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A ENTREVISTA

EM PESQUISA

UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP


PSICOLOGIA – TÉCNICAS DE ENTREVISTA E OBSERVAÇÃO
INSTRUMENTO DE PESQUISA

❖ Entrevista não envolve instrumental técnico complexo.


❖ Pergunta ou discussão de tema(s) pré-definido(s).
❖ Instrumento favorito na pesquisa qualitativa de coleta e análise de
dados.
❖ Entrevista em pesquisa é mais formalizada pois deve atender ao
foco do que é pesquisado.
❖ Objetivo do pesquisador: obter falas daquele(s) que pressupõe ser
capaz(es) de ter o que dizer sobre o tema do projeto.
❖ Entrevista semi-estruturada como procedimento de coleta de
dados.
INSTRUMENTO DE PESQUISA

❖ A entrevista é uma possibilidade de acessar o que uma pessoa tem


em sua mente e que não é passível de observação direta:

✓ Pensamentos

✓ Sentimentos

✓ Intenções

✓ Comportamentos passados

❖ Através da entrevista, pode-se acessar a perspectiva de outra


pessoa sobre diversos temas, com o pressuposto de que esta
perspectiva é significativa, passível de ser conhecida e explicitada.
ANÁLISE DE CONTEÚDO

❖ A análise de conteúdo também permite a obtenção de dados


quantitativos, se o pesquisador desejar.

❖ Na pesquisa qualitativa, trata-se a organização dos temas do


material de modo a estudar as características da mensagem, seu
valor como informação, as palavras, idéias e afetos nela expressos
= análise temática.

❖ Atividades sequenciais para análise de conteúdo, segundo Bardin


(1977):

✓ Pré-análise

✓ Exploração do material

✓ Tratamento dos resultados, inferências e interpretação.


Análise de Conteúdo: PRÉ-ANÁLISE

❖ É a fase da organização propriamente dita. Organiza-se o material a


ser analisado com o objetivo de torná-lo operacional e sistematizar
as idéias iniciais.

❖ Passos:

a - Leitura Flutuante: contato com o material para conhecer o texto.

b - Escolha dos Documentos: demarcação dos documentos a serem


analisados.

c – Formulação de Hipóteses: surgem através do material analisado.

d – Unidades de Conteúdo: obter uma representação do conteúdo do que


os entrevistadores verbalizaram.
Análise de Conteúdo: EXPLORAÇÃO DO MATERIAL

❖ Categoriais iniciais: servem para condensar os elementos


comuns; normalmente são-lhes atribuídos títulos.

Critérios para organização das categorias iniciais:


✓ Semântico: temas
✓ Sintático: substantivos e verbos
✓ Léxico: sinônimos e sentidos próximos
✓ Expressivo: ex: perturbações do comportamento

❖ Categorias intermediárias: análise das categorias iniciais para


condensação mais abrangente das informações.

❖ Categorias finais: síntese da categoria, de modo a obter-se o(s)


tema(s) investigado(s).
Análise de Conteúdo: TRATAMENTO DOS ACHADOS,
INFERÊNCIA E
INTERPRETAÇÃO

❖ Apresentação coerente das sínteses categoriais.

❖ Teoria de escolha: norteia a compreensão teórica dos achados.

❖ TRATAMENTO DOS RESULTADOS:


Organização dos resultados, permitindo a elaboração de tabelas
que destacam as informações fornecidas para análise.

❖ INFERÊNCIA:
Tentativa de dedução das informações a partir dos dados.

❖ INTERPRETAÇÃO:
Explicações para o objeto de estudo investigado.
CONSIDERAÇÕES ÉTICAS
❖ Todas as pesquisas devem ter o preenchimento do TCLE (Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido), no qual o sujeito é informado
do tipo de pesquisa que irá participar, da possibilidade de
desistência a qualquer tempo, do sigilo quanto à sua identidade
(direito à privacidade) e outros dados, como os possíveis riscos
envolvidos (proteção contra danos). Deve ser lido, esclarecidas as
dúvidas e assinado pelo participante da pesquisa.

❖ Tem por base o princípio bioético do respeito pela pessoa nos seus
valores fundamentais, reconhecendo a autonomia do entrevistado
(Relatório Belmont, 1978).

❖ Atitude eticamente correta (Clotet, Goldim e Francisconi, 2000).

❖ Código Civil Brasileiro (2002): Dos Direitos da Personalidade.


Código Penal (2003): sigilo da informação.
CFP (2000) e Ministério da Saúde (1996): obrigatoriedade do TCLE.

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