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A ENTREVISTA NA PESQUISA

EM EDUCAÇÃO:
A PRÁTICA REFLEXIVA
SEMINÁRIO 6
Heloísa Szymanski
Laurinda Ramalho de Almeida
Letícia da Cruz Souza Regina Célia Almeida Rego Frandini
Marina Porto Carvalho
ENTREVISTA REFLEXIVA:
UM OLHAR PSICOLÓGICO SOBRE A ENTREVISTA EM PESQUISA
• A entrevista reflexiva é uma solução para o estudo de significados subjetivos e tópicos
complexos.

• Aspecto neutro: um encontro entre duas pessoas para obtenção de informação por uma delas.

• Aspecto interativo: as relações entrevistador/entrevistado influenciam tanto no curso da entrevista


quanto nas informações que aparecem.

• É fundamentalmente uma situação de interação humana com percepções, expectativas,


sentimentos, preconceitos e interpretações.

• Possui caráter reflexivo, num intercâmbio entre os significados, crenças, valores, perpassados por
emoções e sentimentos dos protagonistas.

• O significado é construído na interação, podendo se constituir um momento de construção de um


novo conhecimento.
OS PROTAGONISTAS:
ENTREVISTADOR/ENTREVISTADO
• Entrevistador:
• Expectativas: disposição, compreensão, extração de informações, parceira, transparência.

• Entrevistado:
• Possibilidades: oportunidades, avaliação, ameaça, aborrecimento, invasão.
• Tais situações determinam o rumo da entrevista, as informações lembradas, esquecidas,
ocultadas ou inventadas.

• Organização das ações:


• Emergência de significados da fala e da interação.
• Relação interpessoal.
• História de vida e ambiente sociocultural (apoio afetivo/invasão de privacidade/ameaça)

• Intervenção:
• Tomada de consciência.
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA

➢ CONTATO INICIAL
• Apresentação do entrevistador, da instituição de origem, do tema da
pesquisa.
• Solicitação de autorização para gravar.
• Assegurar a compreensão acerca dos objetivos de um trabalho de
pesquisa.
• Informar-se a respeito do ambiente social do entrevistado, relacionado à
cultura do grupo ou da instituição, por razões éticas e metodológicas.

➢ CONDUÇÃO DA ENTREVISTA
Aquecimento
• Contato mais pessoal, informal, para conhecimento mútuo e delineamento
biográfico.
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA

Questão Desencadeadora
• Os objetivos da pesquisa são a base.
• Ela deve ser o ponto de partida da fala do participante.
• Vai direcionar as reflexões do entrevistado, por meio da expressão livre a respeito do
tema.
• Elaborá-la de diferentes maneiras para possíveis pedidos de esclarecimentos.
• Deixe o entrevistado discorrer livremente.
Critérios:
• Objetivos.
• Amplitude.
• Evitar indução.
• Termos no universo linguístico do participante.
• Escolha do termo interrogativo:
✓ Como - narração/descrição
✓ Para que – orientação a uma escolha
✓ Por que – causas
✓ O que/qual - descrição carregada de "teorias" ou causalidade elaboradas.
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA

A expressão da compreensão
• O entrevistador, gradativamente, demonstra, verbalmente, compreensão do discurso
do entrevistado, sem fugir dos objetivos do estudo.
• A compreensão tem caráter descritivo e de síntese da informação recebida, sendo
pautada na empatia.
• "Vigilância interpretativa" na compreensão dos estados emocionais e indícios não
verbais.
• Além de indicar compreensão, o entrevistador pode atuar para manter o foco do
problema da pesquisa elaborando sínteses e questões (de
esclarecimento, focalizadoras e de aprofundamento).

Sínteses
✓ Apresentar o quadro que está sendo delineado por meio do acompanhamento da fala do
entrevistado.
✓ Manter postura descritiva.
✓ Buscar imersão no discurso.
✓ Encerrar digressões.
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA
Questões
➢ De esclarecimento:
✓ Trazer clareza para ideias e fatos trazidos pelo entrevistado.
✓ Solucionar discursos confusos.
✓ Apresentar a compreensão do entrevistador.
✓ Possibilitar aprofundamento na reflexão e expressão dos participantes.

➢ Focalizadoras:
✓ Trazer o discurso para o foco desejado na pesquisa em uma digressão muito prolongada.
✓ Atentar-se aos momentos em que as intervenções foram necessárias.
✓ Respeitar a "fuga" do entrevistado se ele não retornar após o uso das questões.

➢ De aprofundamento:
✓ Para ampliar discursos superficiais.
✓ Direcionar para uma informação específica.
✓ Favorecer o reconhecimento do contexto e mudar o papel de protagonista para observador.
✓ Lançar um olhar reflexivo e desenvolver um olhar comparativo.
Todas as questões têm função de retomar o foco, pois a entrevista está organizada em torno de um
objetivo. O uso delas pode enriquecer com informações e proporcionar a construção de conhecimento.
As intervenções servirão de índices para análise das digressões, confusões, expressão de fatos e ideias, de
superficialidades, dentre outras.
DESENVOLVIMENTO DA ENTREVISTA

Devolução
• Exposição da compreensão do entrevistador sobre a experiência relatada
pelo entrevistado.
• Equilíbrio das relações de poder.
• Dar acesso à interpretação, apresentando a transcrição e a pré-análise.
• Impacto no modo de perceber o fenômeno.
• Refletir e provocar mudanças esclarecendo, reafirmando ou acrescentando
informações.
• Aprovação da compreensão e ampliação de considerações anteriores.
• Desenvolvimento de consciência.
• Estímulo para novas considerações, solução de dúvidas do pesquisador.
PERSPECTIVAS PARA A ANÁLISE DE ENTREVISTAS
Análise de dados qualitativos:
• interpretação que consiste no desvelamento do oculto, do "não aparente", o
potencial de inédito (não dito);
• inferência, superando intuições ou impressões precipitadas, desocultando significados
invisíveis à primeira vista;
• superação da "ilusão de transparência", para manter o rigor, a validade e a
fidedignidade dos procedimentos metodológicos (análise do conteúdo, análise do
discurso e hermenêutica dialética)

Hermenêutica:
Compreensão de sentido que se dá na comunicação entre os seres humanos (Minayo,
1996).
Teoria ou filosofia da interpretação do sentido. Problema: saber como é possível este
processo e como tornar objetivas as descrições de sentido subjetivamente intencional,
tendo em conta o fato de passarem pela subjetividade do próprio intérprete. (Bleicher,
1992).
Imersão empática no mundo da descrição; redução do ritmo de análise e permanência
na descrição; ampliação da situação; suspensão da crença; passagem dos objetos para
os significados. (Martins e Bicudo, 1989).
SITUANDO AS PROPOSTAS DE ANÁLISE

Análise de relato por Amadeo Giorgi (1985):


1. O pesquisador lê o depoimento todo para se familiarizar, imerso em um enfoque
gestáltico.
2. Após apreender todo o sentido, a análise é feita por partes do texto, colocando
em evidência os significados (respostas para as suas interrogações), obtendo
"unidades de significado" que se relacionam mas indicam momentos distinguíveis.
3. Transformação das expressões "ingênuas" do depoente em linguagem
psicológica, pois elas expressam realidades múltiplas.
4. Sintetizar as unidades de significado, integrando-as em uma descrição
consistente, expressando-as tanto em um nível mais específico quanto mais geral.
5. Colocar algumas falas em destaque.

Gomes Szymanski:
• Incluiu, na etapa de análise, a interpretação, o contexto de significação.

Prandini:
• Realização da análise do material a partir do todo, sem fragmentação dos
discursos.
NOTAS PARA PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE ENTREVISTAS

A subjetividade na análise:
• A análise é o processo que conduz à explicação da compreensão do
fenômeno pelo pesquisador.
• Considerar a subjetividade significa cuidado com o rigor.
A entrevista em contextos sociais:
• Atentar-se tanto à fala quanto ao meio físico, social, e às interações.
Análise como processo:
• Compreender a maneira como o fenômeno se insere no contexto do qual
faz parte, incluindo interrupções, clima emocional, imprevistos e novos
elementos.
Registro contínuo:
• De percepções, impressões, sentimentos do pesquisador.
NOTAS PARA PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE DE ENTREVISTAS

Transcrição:
• Primeira versão escrita da fala do entrevistado, traduzindo de um código
para outro, diferentes entre si.
Texto de referência:
• Limpeza dos vícios de linguagem e do texto grafado, segundo normas ortográficas
e de sintaxe, mas sem substituição de termos.
Transcrever/rever/analisar:
• É também um momento de análise, posssibilitando ao pesquisador reviver e refletir,
incluindo no texto de referência impressões, percepções e sentimentos do
pesquisador tanto durante a entrevista quanto na transcrição.
Categorização:
• Elaboração de sínteses provisórias, insights, concretizando a imersão do
pesquisador nos dados e sua forma particular de agrupá-los conforme sua
compreensão.
A DIMENSÃO AFETIVA NA SUTUAÇÃO DE ENTREVISTA
DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
A entrevista é um momento de encontro entre duas pessoas, com diferentes
histórias, experiências, expectativas e disposições afetivas.
O pesquisador busca colher informações.
O entrevistado possui intenções que podem variar e serem ou não
explicitadas.
O que fazer?
Priorizar o foco.
Estar atento aos próprios sentimentos, preconceitos e valores.
Considerar o contexto do entrevistado.
Estar atento ao clima da entrevista.
INTRODUÇÃO À PESQUISA EM
CIÊNCIAS SOCIAIS
A PESQUISA QUALITATIVA EM EDUCAÇÃO
Augusto N. S. Triviños

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA COMO TÉCNICA DE COLETA DE INFORMAÇÕES


1º ASPECTOS GERAIS
No enfoque qualitativo, podemos usar a entrevista estruturada (fechada), a semi-
estruturada e a entrevista livre ou aberta.
Entrevista semi-estruturada:
• Valoriza a presença do investigador.
• Oferece o alcance da liberdade e da espontaneidade ao entrevistado.
• Parte de questionamentos básicos e oferece amplo campo de interrogativas.
• As perguntas básicas se apoiam em teorias e hipóteses, recolhidas de informações
do fenômeno social pelo pesquisador.
• Dá melhores resultados se trabalhada em diferentes grupos de pessoas, iniciando
com entrevistas individuais e partindo para coletivas, ambas desenvolvidas em
processos de retroalimentação.
• A duração é flexível, mas se for além de trinta minutos, torna-se repetitiva e se
empobrece.
2º COMO INICIAR A ENTREVISTA
• Realizar várias visitas.
• Tornar-se familiar.
• Realizar uma reunião geral.
3º AS QUESTÕES PRELIMINARES DA ENTREVISTA
Os propósitos da entrevista e do trabalho:
• Ser explícito em relação aos objetivos da entrevista e em relação à ideia do projeto.
O registro e o horário da entrevista:
• Anotar, escrever apenas ideias principais, reter tudo na memória ou gravar. Tudo depende da
aprovação do informante.
• Recomenda-se gravar, pois conta com todo o material informado, além de permitir que ele
escute e complete, aperfeiçoe e destaque ideias expostas. Permite anotações gerais,
desenhos, planos, fotografias, mas pode, também, inibir o participante inicialmente.
• A definição de horário e local é primordial, pois permite tanto o planejamento do tempo
do investigador quanto significa respeito às atividades realizadas pelo informante.
A necessidade de rapport:
• Desenvolver clima de simpatia, de confiança, de lealdade e de harmonia.
• Possibilitar a participação ativa do entrevistado.
Os tipos de perguntas:
• Perguntas descritivas terão máxima importância na linha teórica fenomenológica.
• Perguntas explicativas ou causais, com objetivo de determinar razões imediatas ou mediatas,
estão dentro do campo da pesquisa histórico-estrutural dialética. O método dialético é capaz de
aprofundar a análise da realidade do fenômeno social, com todas as suas contradições,
dinamismo e relações.
• Perguntas de natureza explicativa imediata: "A que se deve, em seu ponto de vista, a evasão
escolar?"
• Perguntas de natureza interrogativa imediata: "Você diz que pertence à classe média. Existem
outras classes sociais e por que elas existem?"
• Perguntas "consequências" (objetivo de apreciar resultados futuros): "O que pode significar para
a comunidade que você vive a quantidade de pessoas que não sabe ler?"
• Perguntas avaliativas (estabelecer juízos de valor): "Como você julga a situação atual da
educação?"
• Questões hipotéticas: "Se você fosse a professora, como acha que seria?"
• Perguntas categoriais (classificar fenômenos sociais): "Observando os estudantes e suas
dificuldades, em quantos grupos de reforço você os organizaria para um acompanhamento
mais direcionado?"
4º O PROCESSO DA ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA
• Reúne condições que individualizam em relação às outras.
• A não-diretiva privilegia o sujeito (fenomenológica).
• A padronizada, exalta o objeto (positivista).
• A semi-estruturada mantém a presença consciente e atuante do pesquisador e, ao mesmo
tempo, permite a relevância na situação do ator (dialética).
COMO ELABORAR UM
QUESTIONÁRIO
Hartmut Günther
COMPREENSÃO DO COMPORTAMENTO HUMANO

• Observar no ambiente social natural (realismo).


• Criar situações artificiais e observar o comportamento (randomização e
inferências).
• Perguntar (representatividade e generalização).

➢ O que é um questionário?
Um instrumento que permite levantamento de dados por amostragem.

➢ Survey
Método para coletar informação de pessoas acerca de suas ideias,
sentimentos, planos, crenças, bem como origem social, educacional e
financeira.
BASE CONCEITUAL E POPULACIONAL

Ponto de partida:
Refletir sobre qual o objetivo da
pesquisa em termos dos conceitos
a serem pesquisados e do público-
alvo?
Conceito/Item
População-alvo/Amostra.
BASE CONCEITUAL E POPULACIONAL
➢ Conceito - Itens

• Primeiramente, os conceitos a serem investigados são determinados pelo objetivo da pesquisa.

• Segundo, o objetivo determina os itens (perguntas).

• Ambos determinam o instrumento e a maneira de apresentação do questionário.

➢ Público-Alvo - Amostra

• Pode determinar a forma do instrumento via conceito e itens.

• A depender do objetivo e da população-alvo, serão definidos diferentes tipos de amostra.

• Há características embutidas na seleção do público e da amostra que influenciam na maneira de


administrar um instrumento.
BASE CONCEITUAL E POPULACIONAL

Reciprocidade entre Conceito e População-alvo

(1) o grau de complexidade dos conceitos determina número de itens e forma de


apresentação deles;
(2) reciprocidade entre as características da população-alvo e a complexidade dos
conceitos a serem investigados (determinam a transformação de conceito em
itens).
(3) tamanho da amostra influencia a maneira de administrar o instrumento e é
determinado pelos recursos (tempo, dinheiro e recursos humanos) disponíveis.

Ao elaborar um questionário, o pesquisador deve atentar para:


(a) o contexto social da aplicação do instrumento;
(b) a estrutura lógica do instrumento na organização de seus elementos;
(c) os elementos do instrumento (questões e itens);
(d) diferenças nos instrumentos.
CONTEXTO SOCIAL DA APLICAÇÃO DO INSTRUMENTO
Quem deseja algo de quem numa determinada pesquisa?

• A disposição do respondente em dar as informações vai variar conforme a situação.

• Em uma pesquisa social acadêmica (pesquisador - "sujeito"), sabendo que não tem poder
sobre o respondente, o pesquisador precisa convencê-lo de que vale a pena a sua
participação.

Aspectos da interação pergunta-resposta:

• Background cultural: o que pode ser indagado? O que é público? O que é privado?

• Background do pesquisador: aflição; relação com a organização; distância social e


cultural; relevância do assunto para o respondente.

• Contexto da pesquisa: físico; social; cultural; influência da temática; desejabilidade do tema.

• Background do respondente: distância entre opinião pública e privada.


ESTRUTURA LÓGICA DO INSTRUMENTO
Para Dillman, para maximizar as respostas, há três ações que um pesquisador pode fazer:

• Recompensar o respondente.

• Reduzir o custo de responder.

• Estabelecer confiança.

INTRODUÇÃO: ESTABELECER CONFIANÇA

• Apresentar a pesquisa e o pesquisador.


• Capturar a importância do tema para o respondente, ressaltando opiniões
e experiências.
• Explicar os objetivos e o que o respondente precisa fazer.
• Manter contato prévio com os membros da amostra.
ESTRUTURA LÓGICA DO INSTRUMENTO
INTERAÇÃO PERGUNTA–RESPOSTA: REDUZINDO O CUSTO PARA RESPONDER
Dillman: Rodeghier:
• Fazer com que a tarefa pareça breve. • Facilitar a tarefa.
• Reduzir o esforço físico e mental requerido. • Interessar o respondente.
• Possibilidade de embaraço. • Aumentar a atenção.
• Eliminar a implicação de subordinação.
• Eliminar qualquer custo financeiro.
DESPEDIDA: REFORÇAR BENEFÍCIOS DA PESQUISA
• Comunicar resultados e/ou facilitar o acesso a eles.
• Agradecer.

RECOMPENSAS E INCENTIVOS FINANCEIROS*

ESTRUTURA E SEQUÊNCIA
• Do mais geral para o mais específico.
• Seguir uma ordem lógica.
• Itens com mesma temática juntos e com uma introdução.
Considerações Gerais
ELEMENTOS DO INSTRUMENTO
Para respostas fidedígnas e válidas:

• a pergunta precisa ser compreendida consistentemente;


• a pergunta precisa ser comunicada consistentemente;
• as expectativas quanto à resposta adequada precisam ser claras para o
respondente;
• a menos que se esteja verificando conhecimento, os respondentes devem ter toda
informação necessária;
• os respondentes precisam estar dispostos a responder.
Para isso, cada pergunta deve ser específica, breve, clara, além de escrita em
vocabulário apropriado e correto.

Como escrever bons itens? (Sudman e Bradburn 1982, p. 14)


• Refletir completamente sobre as perguntas da pesquisa antes de escrever itens
específicos impulsivamente.
• Anotar as perguntas e tê-las sempre por perto quando for criar um questionário.
• Indagar "Por que quero saber disto?" a cada item criado.
ELEMENTOS DO INSTRUMENTO
Considerações Temáticas
Itens que tratam de conhecimentos, de atitudes e opiniões e de informações factuais.
• Grau de ameaça dos itens.
• Itens de conhecimento.
• Itens para informação factual.

Considerações Técnicas
• Escala Nominal: uso de símbolos ou números somente para identificar pessoas,
objetos ou categorias.
• Escala Ordinal: identifica e ordena numa dimensão subjacente.
• Escala Intervalar: identifica, ordena e analisa os intervalos entre as alternativas,
pois têm tamanhos conhecidos e podem ser comparados.
• Escala de Razão: os itens são revertidos em perguntas abertas. A primeira
resposta representa uma medição nominal, as demais seguem a escala da razão.
• Escala Likert: mais usada para levantamento de atitudes, opiniões e avaliações. O
respondente avalia um fenômeno numa escala de cinco alternativas (aplica-se
totalmente, aplica-se, nem sim nem não, não se aplica, definitivamente não se
aplica).

Considerações Estatísticas
DIFERENÇAS NOS INSTRUMENTOS
Entrevista Pessoal (telefone)
Entrevista Pessoal
• Necessidade de treinamento.
• Permite o acesso a informações mais delicadas.
• Redução do uso de papel.
• Mais demorado e mais caro.
• Sequenciar perguntas.
• Problemático pois necessita de treinamento.
• Atenção para a representatividade do público e
da amostra atingida.
• Necessidade de transcrição.
Questionário auto-aplicável (internet ou e-mail)
Questionário auto-aplicável (correio ou grupo)
• Grande potencial.

• Redução da variabilidade.
• Mais rápido.

• Taxa de resposta.
• Mais barato.

• Público-alvo atingível mais restrito.


REFERÊNCIAS

GÜNTHER, Hartmurt. Como elaborar um questionário. (Série: Planejamento da Pesquisa nas


Ciências Sociais, n. 01). Brasília, DF. UnB, Laboratório de Psicologia Ambienta, 2003.
SZYMANSKI, Heloisa. A entrevista na educação: a prática reflexiva. Brasília: Liber Livro
Editora, 2008.
TRIVIÑOS, Augusto N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa
em educação. São Paulo: Atlas, 2011.

OBRIGADA!

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