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Artefato – produto de uma criação que será utilizada por uma população e que terá resultados
efetivos no que se espera. Ex: políticas, sistemas, documentos etc.
Suposições ontológicas
Pressuposto epistemológico
Para o paradigma qualitativo – o pesquisador interage com o que está sendo estudado.
Pressuposto axiológico
Retórica
Para o paradigma quantitativo – formal e impessoal. Uso de palavras quantitativas (ex: relação,
comparação)
Para o paradigma qualitativo – informal, voz pessoal, palavras qualitativas (ex: compreender)
Entrevista qualitativa
Não diretiva; Não estruturada (pesquisa enviada por e-mail é uma pesquisa estruturada); Não
padronizada; Aberta; Em profundidade.
É modelada como uma conversa entre iguais e não apenas uma dinâmica de perguntas e
respostas.
As pessoas dão sentido as suas vidas por meio da fala sobre suas experiências (Mishler, 1986,
Reissman, 2008).
Entrevista em profundidade: eu tenho os temas, os assuntos, mas não uma lista de perguntas
pré-formatadas, também não há tempo limite para elas.
Quantas pessoas são necessárias: o número é a tomada de decisão mais ao final da pesquisa.
No mínimo 10 entrevistados em profundidade.
É possível parar a pesquisa quando há saturação: não vem nada de novo nas entrevistas em
profundidade. Quando as entrevistas não apresentarem mais insights.
Quanto maior o número de entrevistas com cada informante, menos informantes para ter
dados suficientes para escrever um artigo, tese ou monografia.
Técnicas: snowball (indicação dos informantes que já responderam), restrição (pode limitar a
diversidade dos informantes)
Quando contatar os informantes: explicar a pesquisa de forma ampla para que não haja
respostas tendenciosas (desejabilidade social). Garantir o anonimato. Não oferecer dinheiro.
Garantir pelo menos uma hora por entrevista, local com privacidade, sem interrupções, local
de trabalho do entrevistado ou outros locais públicos (desde que não seja interrompido).
Em interações sociais, todos tentam gerenciar a impressão que os outros possuem de nós
(Goffman, 1967). Entrevistas são interações sociais, por isso é tão importante um treinamento
em entrevista antes de ir para a prática.
Iniciar com perguntas abertas e depois ir aprofundando. Deixar cada pessoa pensar no seu
tempo para responder.
As contradições devem ser checadas com muito tato para termos uma informação mais
coerente na narrativa da pessoa.
Ouvir várias pessoas ao mesmo tempo, além de observar a dinâmica do próprio grupo.
Quando utilizar?
A pressão de participantes que estão dentro do critério escolhido (grupo homogêneo) facilita a
reflexão;
Moderador:
Deve estar atento ao processo grupal; analisar as interações; distribuir as falas (não permitir
que apenas uma pessoa fale); lista de pontos a serem discutidos.
Condução:
Análise temática
O observador está em relação face a face com os observados e, em participando com eles em
seu ambiente natural de vida, coleta dados.
O observador se torna parte do contexto observado e, por essa razão, modifica e é modificado
por este contexto (Shwartz & Shartz, 1955).
Entrando no campo
- Elicitar dados
- Notas de campo
Desenvolver relações abertas e fazer parte do cenário, não de forma obstrutiva. Idealmente o
desejo é que os informantes “esqueçam” que o observador está ali.
Atuação mais passiva: sentir a situação, ir devagar, aprender a se situar, ouvir mais, para
estabelecer uma identidade como uma pessoa confiável. Aprender a agir adequadamente no
contexto.
Preparar e treinar uma frase sobre qual é a pesquisa. A frase precisa ser ampla para que não
percebam como julgamento e não tentem “se adequar” ao estudo.
A observação na visita só é útil se pode ser lembrada, por isso um tempo menor é mais
adequado.
Negociar o papel: deixar claro qual é o nosso papel. Podemos colaborar um pouco com o
trabalho, mas não vamos fazer o trabalho todo, é importante ajudar para compreender.