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Para Duarte (2005, apud Fontana & Frey,1994,), “entrevista é uma das mais comuns e poderosas
maneiras que utilizamos para tentar compreender nossa condição humana”. Para este mesmo
autor (Duarte, 2005, p. 62), “a entrevista tornou-se técnica clássica de obtenção de informações
nas ciências sociais, com larga adoção em áreas como sociologia, comunicação, antropologia,
administração, educação e psicologia”.
Tipos de entrevistas
Entrevista aberta: se caracteriza por ter um tema central que flui livremente, sendo aprofundada
em determinado rumo de acordo com aspetos significativos pelo entrevistador enquanto o
entrevistado define a resposta segundo seus próprios termos, utilizando como referência seu
conhecimento, perceção, linguagem, realidade, experiência. Muitas vezes é realizada como
sondagem, para a elaboração de roteiros semiestruturados ou questionários estruturados;
Entrevista fechada: é realizada a partir de questionários estruturados, com perguntas iguais para
todos os entrevistados, de modo que seja possível estabelecer uniformidade e comparação entre
respostas.
No que tange as entrevistas individuais temos que observar as questões éticas que envolvem
pesquisa com seres humanos, bem como a aceitação preferencialmente por escrito quando se
tratar de entrevistar pessoas em empresas, associações, com isto estaremos melhor validando a
pesquisa e creditando seriedade ao trabalho.
Sempre que possível, nas entrevistas individuais é importante que o pesquisador seja apresentado
à pessoa que ele irá entrevistar, por alguém a qual o pesquisado conheça, estabelecendo com isto
uma relação de confiança.
Podemos inferir por meio das vantagens da entrevista individual é que ela enriquece a pesquisa a
ser realizada quando conseguimos fazer com que o entrevistado perceba a importância do
trabalho que estamos realizando, neste caso caberá ao entrevistador ser hábil no seu
convencimento e arguição para com o entrevistado.
Quando optamos pela pesquisa qualitativa podemos utilizar como método de coleta de dados, o
tipo de entrevista acima descrito ou podemos utilizar o grupo focal.
Grupo focal
Os estudos acerca do Grupo Focal surgiram na década de 1940, e sua utilização inicial é
atribuída nas Ciências Sociais (Costa, 2005), mas o que observamos por meio de autores que
estudam métodos de pesquisa é a utilização deste tipo de técnica na área de marketing, políticas
públicas, educação e mais recentemente na saúde. O grupo focal é bastante flexível, pois pode
ser utilizado em pesquisas qualitativas e quantitativas como complemento. Para Costa (2005,
p.180), “o grupo focal, quando bem orientado, permite a reflexão sobre o essencial, o sentido dos
valores, dos princípios e motivações que regem os julgamentos e perceções das pessoas”.
Para Dias (2000, p.144) grupo focal são: “pequenos grupos de pessoas reunidos para avaliar
conceitos ou identificar problemas”.
Para Iervolino & Pelicioni (2001, p.116), “o grupo focal pode ser utilizado no entendimento das
diferentes perceções e atitudes acerca de um fato, prática, produto ou serviço”.
O que podemos inferir sobre os conceitos acima citados é que o grupo focal é uma técnica
que colabora quando se quer investigar com mais profundidade o objeto de pesquisa,
principalmente quando esse se trata de elementos que não podem ser mensuráveis pela via
quantitativa. Podendo ser “uma técnica perfeitamente adaptável a qualquer tipo de abordagem:
exploratória, fenomenológica ou clínica”. DIAS (2000, p. 144)
O que percebemos é que o grupo focal é uma técnica flexível que quando bem aplicada colabora
com o pesquisador na busca de seus constructos na efetivação do seu objeto de pesquisa. Outras
características que compõem o grupo focal são:
- O grupo é formado por seis a dez pessoas (DIAS 2000); (IERVOLINO & PELICIONI, 2001);
- Cada reunião deve durar uma hora e meia (1h30), no máximo duas horas (2h), (GOMES &
BARBOSA, 1999);
abordados. Estes tópicos são geralmente pouco abrangentes, de modo que a conversação sobre os
mesmos se torne relevante; (GOMES & BARBOSA, 1999).
De acordo com Dias (2000, p.146), o objetivo do grupo focal é “identificar perceções,
sentimentos, atitudes e ideias dos participantes a respeito de um determinado assunto, produto ou
atividade”.
De acordo com Costa (2005, p.187), a disposição dos participantes na sala onde será feita a
reunião deve ser da seguinte forma: sentar-se ao redor de uma mesa de reuniões ou em círculo e
ter a sua frente a identificação com nome e número para facilitar a atuação do
pesquisador/moderador. O observador registra as respostas usando apenas o número”.
e) Análise dos dados. Temos que ter em mente que não será possível quantificar os dados
coletados neste tipo de técnica, pois os mesmos são de natureza qualitativa e devem receber igual
tratamento.
Podemos concluir a partir do uso do grupo focal, que ele é uma ferramenta que tende a
enriquecer o trabalho do pesquisador, principalmente quando este tem por interesse, entender os
desejos, crenças e perceções dos sujeitos pesquisados.
• Entrevista de emprego técnica. É aquela que avalia conhecimentos técnicos bem específicos.
• Entrevista comportamental ou por competências. Esse é um dos tipos mais comuns nos
processos seletivos atuais. ... •
• Entrevista simulada.
• Entrevista coletiva.
• Entrevista-painel.
Bibliografia
Textos jornalísticos /discurso de imprensa- ENTREVISTA