maneiras que utilizamos para tentar compreender nossa condição humana, dizem Fontana & Frey. ENTREVISTAS Ela tornou-se técnica clássica de obtenção de informações nas ciências sociais, com larga adoção em áreas como sociologia, comunicação, antropologia, administração, educação e psicologia. Embora antes utilizada em jornalismo, etnografia, psicologia e pesquisas de mercado e de opinião. ENTREVISTAS Seu surgimento como tema metodológico pode ser identificado na década de 1930 no âmbito das publicações de assistência social americana, recebendo grande contribuição na década de 1940 nos estudos de Carl Rogers sobre psicoterapia orientada para o paciente (SCHEUCH, 1973, p. 171-172). A partir da Segunda Guerra Mundial, as entrevistas passam a possuir orientações metodológicas próprias. ENTREVISTAS Técnica qualitativa que explora um assunto a partir da busca de informações, percepções e experiências de informantes para analisá-las e apresentá-las de forma estruturada. ENTREVISTAS
A entrevista em profundidade é um recurso
metodológico que busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo investigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja conhecer. ENTREVISTAS
Como na análise de Demo (2001, p. 10) sobre
pesquisa qualitativa, os dados não são apenas colhidos, mas também resultado de interpretação e reconstrução pelo pesquisador, em diálogo inteligente e crítico com a realidade. ENTREVISTAS
A entrevista em profundidade não permite testar
hipóteses, dar tratamento estatístico às informações, definir a amplitude ou quantidade de um fenômeno. ENTREVISTAS
Não se busca, por exemplo, saber quantas ou
qual a proporção de pessoas que identifica determinado atributo na empresa A. ENTREVISTAS Por meio da entrevista em profundidade, é possível, por exemplo, entender como produtos de comunicação estão sendo percebidos por funcionários, explicar a produção da notícia em um veículo de comunicação, identificar motivações para uso de determinado serviço, conhecer as condições para uma assessoria de imprensa ser considerada eficiente, identificar as principais fontes de informação de jornalistas que cobrem economia. ENTREVISTAS A entrevista em profundidade é uma técnica dinâmica e flexível, útil para apreensão de uma realidade tanto para tratar de questões relacionadas ao íntimo do entrevistado, como para descrição de processos complexos nos quais está ou esteve envolvido. TIPOS DE ENTREVISTAS
As entrevistas em profundidade são geralmente
individuais, embora seja possível, por exemplo, entrevistar duas fontes em conjunto. TIPOS DE ENTREVISTAS
As entrevistas são classificadas com grande
variedade de tipologias, geralmente caracterizadas como abertas, semi-abertas e fechadas, originárias, respectivamente, de questões não estruturadas, semi- estruturadas e estruturadas. TIPOS DE ENTREVISTAS
As abertas e semi-abertas são do tipo em
profundidade, que se caracterizam pela flexibilidade e por explorar ao máximo determinado tema, exigindo da fonte subordinação dinâmica ao entrevistado. TIPOS DE ENTREVISTAS
A diferença entre abertas e semi-abertas é que
as primeiras são realizadas a partir de um tema central, uma entrevista sem itinerário, enquanto as semi-abertas partem de um roteiro-base. TIPOS DE ENTREVISTAS
Ander-Egg (1978, p. 111) e Selltiz et al. (1987, p.
298) identificam um tipo especial de entrevista em profundidade, a clínica, relacionada a motivações, atitudes, crenças específicas do respondente com base em sua experiência de vida. TIPOS DE ENTREVISTAS
Apesar dessa distinção, a entrevista clínica é do
tipo aberta, apenas com objetivo relacionado à personalidade e aos sentimentos de uma única pessoa, buscando beneficiá-la individualmente. TIPOS DE ENTREVISTAS
Já a entrevista fechada é utilizada
principalmente em pesquisas quantitativas, quando, por exemplo, se deseja obter informações representativas de um conjunto de uma população. TIPOS DE ENTREVISTAS
Guber (2001) avalia que as entrevistas fechadas
implicam a participação do informante nos termos do pesquisador, enquanto as abertas pressupõem a participação do pesquisador nos termos do informante. MODELO DE TIPOLOGIA EM ENTREVISTA ENTREVISTA ABERTA É essencialmente exploratória e flexível, não havendo seqüência predeteRminada de questões ou parâmetros de respostas. ENTREVISTA ABERTA Tem como ponto de partida um tema ou questão ampla e flui livremente, sendo aprofundada em determinado rumo de acordo com aspectos significativos identificados pelo entrevistador enquanto o entrevistado define a resposta segundo seus próprios termos, utilizando como referência seu conhecimento, percepção, linguagem, realidade, experiência. ENTREVISTA ABERTA Uma das dificuldades é que o pesquisador deve ter afiada capacidade de manter o foco e garantir a fluência e a naturalidade. Flexível e permissiva, exige habilidade para não perder-se no irrelevante ou torná-la uma conversa agradável, mas improdutiva. ENTREVISTA SEMI-ABERTA
Modelo de entrevista que tem origem em uma
matriz, um roteiro de questões-guia que dão cobertura ao interesse de pesquisa. Ela parte de certos questionamentos básicos, apoiados em teorias e hipóteses que interessam à pesquisa. ENTREVISTA SEMI-ABERTA A lista de questões desse modelo tem origem no problema de pesquisa e busca tratar da amplitude do tema, apresentando cada pergunta da forma mais aberta possível. ENTREVISTA SEMI-ABERTA
Ela conjuga a flexibilidade da questão não
estruturada com um roteiro de controle. As questões, sua ordem, profundidade, forma de apresentação, dependem do entrevistador, ENTREVISTA FECHADA É realizada a partir de questionários estruturados, com perguntas iguais para todos os entrevistados, de modo que seja possível estabelecer uniformidade e comparação entre respostas. ENTREVISTA FECHADA
As pesquisas de opinião são exemplo típico.
ENTREVISTA FECHADA As pesquisas de opinião são exemplo típico. Exigem distanciamento do entrevistador, que cumpre a função de obter respostas para as questões propostas, sem discussão sobre elas. ENTREVISTA FECHADA O questionário estruturado, muitas vezes, é utilizado para dar subsídio inicial ou para aprofundar resultados obtidos em entrevistas em profundidade. Pode ser empregado como item complementar de uma entrevista semi- estruturada.
Sincronicidade e entrelaçamento quântico. Campos de força. Não-localidade. Percepções extra-sensoriais. As surpreendentes propriedades da física quântica.