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CAP.

1 - EVOLUÇÃO DA PESQUISA NA EDUCAÇÃO


Conceito estreito de “pesquisa” no coditidano:
1. Tendência - pesquisa política
2. Consulta - educação básica
Pesquisa = confronto (dados X teoria X evidências x informações coletadas) a partir
de um PROBLEMA
Reune PENSAMENTO + AÇÃO
Pesquisa de caráter social (PEDRO DEMO, 1981)
A construção da ciência (subjetividade - Foucault) é uma construção social /
intimamente inserida em seu contexto sociohistórico
A pesquisa não é um “dom” de alguns, mas um conjunto de habilidades e
conhecimentos específicos que podem ser adquiridos por um educador.
Valores e ideologias - Um pesquisador é um “sujeito historicamente constituído e
interpelado” que enuncia a partir de um conjunto de procedimentos e técnicas
enunciativas que delimitam e definem o que pode ou não ser dito e como pode ou não
ser dito, se pertence ou não ao saber científico (FOUCAULT). Ex.: Emergência de
uma nova função sujeito fim do século XVIII (Sírio Possenti, “enxergar no lugar de
ver”).
Pesquisas educacionais por muito tempo foram influenciadas por um fazer científico
das ciências naturais, com observação (medição) em laboratório e isolamento de
variáveis.
Testes laboratoriais são testes laboratóriais (experimentos são experimentos), cujos
resultados não podem ser aplicáveis a todas as situações.
Em educação, o conhecimento não é natural, não se apresenta visivelmente aos olhos
e nem transparentemente.
Não há neutralidade em ciência
Mutabilidade dos fatos educacionais - necessidade de criação de métodos que
acompanhem as mudanças e dinâmicas sociais (superação do método positivista)
Várias variáveis em educação que devem ser levadas em consideração caso se queira
ter uma visão geral.
Evação escolar - levantamento na instituição ou outro método em sala de aula (design
experimental ou desenho experimental, modelo estatítico usado para estabelecer
relações entre causas e efeito, ou variável indepentente e dependentes)
GIROUX
CAP. 2 - ABORDAGENS QUALITATIVA DA PESQUISA: A PESQUISA
ETNOGRÁFICA E O ESTUDO DE CASOS

Crescente o interesse por pesquisa qualitativa na educação e em como manter o rigor


científico neste tipo de pesquisa
CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA QULITATIVA, segundo Bogdan e Biklen
(1982):
1. Ambiente ou situação como fonte, e o pesquisador, como instrumento. Tipo de
estudo naturalístico (sem interferência do pesquisador);
2. Dados predominantemente descritivos;
3. Peocupação com o processo maior que com o produto (medidas disciplinares
influenciando o processo de alfabetização)
4. O “significado” atribuído às coisas e à vida tem atenção especial do investigador;
5. Tendência ao processo indutivo da pesquisa qualitativa;
A pesquisa qualitativa ou naturalística, segundo Bogdan e Biklen (1982), envolve
a obtenção de dados descritivos, obtivos no contato direto do pesquisador com a
situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em
retratar a perspectiva dos participantes.
2.1. Abordagem etnográfica (descrição do sistema de significados de
determinado grupo) na pesquisa educacional
Até os anos 70, eram quase exclusivamente de uso de antropólogos e sociólogos.
Pesquisar o ensino-aprendizagem em um contexto cultural amplo.
1. Hipoteses não rígida e apriorística
2. Pesquisador dever realizar a maior parte do trabalho em campo
3. O trabalho em campo de ve durar, pelo menos, um ano
4. O pesquisador deve ter tido contato com outros povos ou grupos
culturais
5. Abordagem etnográfica combina vários métodos de coletas (dois
métodos básicos: observação direta e entrevistas, combinados com
outros: levantamentos, história de vida, análise de documentos, testes
psicológicos, videoteipes, fotografias, outros)
6. Relatório com vários dados
Pressupostos
Hipótese naturlaista-ecológica: influência do contexto no comportamento humano.
Hipótese qualitativo-fenomenológica: influência do quadro referencial dentro do qual
os indivíduos interpretam seus pensamentos, sentimentos e ações interfere no
comportamento humano
Método
Escolha do método em função do problema.
Três etapas geralmente usadas na investigação: exploração, decisão e descoberta.

 Seleção e definição de Busca Explicação da


problemas sistemática realidade
 Escolha do local dos dados
 Estabelecimento de seleciodas
contratos para a entrada em

O papel do observador
Habilidades necessárias segundo Hall: tolerar ambiguidades, trabalhar sobre própria
responsabildade, inspirar confiança, pessoalmente comprometida, sensível a si e aos
outros, madura e consistente, guardar informações confidenciais, saber selecionar e
reduzir a realidade sistematicamente a partir de uma teoria.
2.2. Estudo de caso: seu pontencial em educação
O estudo de caso é estudo de UM caso.
Singularidade do caso.
1. Visam à descoberta.
2. Enfatizam a “interpretação em contexto”.
3. Busca retratar a realidade de forma completa e profunda
4. Variedade de fontes de informação
5. Revelam experiência vicária e permitem generalidações naturalísticas
6. Produram representar os diferentes e às vezes conflitantes pontos d evistas
presentes numa situação social
7. Utilizam uma linguagem e uma forma mais acessível do que os outros
relatórios de pesquisa

Fase exploratória, delimitação do estudo, análise sistemática e a elaboração do


relatório, prática de estudo de caso
CAP. 3 - MÉTODOS DE COLETA DE DADOS
3.1. OBSERVAÇÃO, para ser científica, precisa ser CONTROLADA e
SISTEMÁTICA.
3.2. CRÍTICA À OBSERVAÇÃO: visão distorcida do fenômeno ou uma visão
parcial da realidade. Crítica refurtada.
3.3. VARIAÇÃO NOS MÉTODOS DE OBSERVAÇÃO: vai de uma imersão total a
um distanciamento total.
Continuum: participante total, participante como observador, observador como
participante, observador total
3.4. Conteúdo das observações: uma parte descritiva, uma parte reflexiva
3.1.4. O registro: depente muito do tipo de observador você é e do tipo de pesquisa.
3.2. Entrevista: estruturada (similar a um questionário, mas com a vantagem de se
poder pedir esclarecimentos sobre um ponto não entendido) , semiestruturada e não
estruturada
3.3. Análise documental: qualquer material escrito. Linguística forense e análise
documental de decisões jurídicas sobre crimes (e possível racismo). Análisie
histórica de documentos de anúncios de fuga de escravos podem indicar a fulga
como forma de resistência.

CAP. 4 - Análise dos dados e algumas questões relacionadas


à objetividade e à validade das abordagens qualitativas

A tarefa da análise implica organizar todo material obtido durante a pesquisa,


dividindo em partes, relacionando estas partes e procurando indentificar tendências e
padrões.
Análise presente em toda etapa da pesquisa. Análise constante, tomando decisões de
mudança de direção, o que merece ser mais explorado, o que deve sair...
Em um confronto direto entre teoria e dados Experiência da Tânia (anotar
conversas informais)
Estragégias para não se ter ao fim um amontoado de informações confusas
1. Delimitação progressiva do foco de estudo
Processo de coleta como um funil: fase mais aberta e visão mais ampla sobre
contexto, participantes, questões do estudo. Depois delimitar o que é importante.
2. Formulação de questões analíticas
Delimitação de questões ou proposições específicas durante a pesquisa.
3. Aprofundamento da revisão de literatura
Pode ajudar muito à análise ao se perceber o que tem sido negligenciado ou não em
pesquisas similares, o que ajuda a direcionar a pesquisa e até a atenção ao que vale a
pena se gastado esforço.
4. Testagem de ideias juntos aos sujeitos
“A questão é escolher os informantes certos na hora certa”. Como assim?
5. Uso extensido de comentários, observações e especulações ao longo da coleta
Registre impressões e sentimentos.
ANÁLISE APÓS A COLETA DE DADOS
Neste momento, o pesquisador já tem uma ideia das possíveis direções teóricas do
seu estudo e pode já construir categorias descritivas.
Leia e releia muito o material até tê-la na mente.
É importante buscar entender o que está implícito e silenciado no material.
Da análise para a teorização
Classificação e categorização preparam o terreno para a teorização. É preciso
estabelecer relações e conexões, abstrair. Crítica ao Estruturismo que criou listas de
formas linguísticas.
QUESTÕES ÉTICAS, METODOLOGICAS E POLÍTICAS
Consentimento, sigilo e forma de observação, veto no relatório
CAP. 5

Caso de Tania com a pesquisa de caso e escassês de bibliografia


O segundo foi uma pesquisa etnográfica de Ruth.

Artigo: O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores,


perspectivas e desafios. (SANTOS, 2017)

Grosso modo, podemos dizer que a autoetnografia é um método que se sustenta e se


equilibra em um “modelo triádico” (chanG, 2008)

Em suma, e por múltiplas que sejam as perspectivas que adentram ao tema, talvez se possa condensá-
las no entendimento de que a autoetnografia é um método de pesquisa que: a) usa a experiência pessoal
de um pesquisador para descrever e criticar as crenças culturais, práticas e experiências; b) reconhece e
valoriza as relações de um pesquisador com os “outros” (sujeitos da pesquisa) e c) visa a uma profunda
e cuidadosa autorreflexão, entendida aqui como reflexividade, para citar e interrogar as interseções
entre o pessoal e o político, o sujeito e o social, o micro e o macro.
O etnógrafo está completamente imbricado nos fenômenos que ele documenta e, também, ao fato de
que não pode haver uma “observação” desprendida de uma cena social em que exista um “estado de
natureza” independente da presença do observador (como nas relações de entrevistas que são
coconstruídas com os informantes).
Não somos interessantes o suficiente para que os outros nos ouçam.

Logo, os autoetnógrafos, muitas vezes, mantêm e valorizam os laços interpessoais com os seus
participantes, tornando a ética relacional mais complexa.

Enquanto a essência e o significado da história pesquisada são mais importantes do que a recontagem
precisa do detalhe, os autoetnógrafos devem ficar cientes de como esses dispositivos de proteção
podem influenciar a integridade de sua investigação, bem como a forma como o seu trabalho será
interpretado e compreendido (ADAMS; BOCHNER; ELLIS, 2011, p. 281)

De acordo com esses autores, existem quatro razões fundamentais para realizar a autoetnografia,
são elas: 1) realizar uma crítica mais contundente, fazer contribuições e/ou estender a pesquisa e teoria
existente; 2) abraçar a vulnerabilidade como uma maneira de compreender as emoções e melhorar a
vida social; 3) interromper tabus, quebrar silêncios e recuperar vozes perdidas e desconsideradas; e 4)
tornar a pesquisa acessível a diversos públicos.

“Você fique tranquilo, pois, a sua função não necessita que você faça cálculos ou raciocine; o que
precisa mesmo é de força. Como já estou vendo que você é forte, você se dará bem”.

Isso porque, e para concluir, é importante reter o elo entre a dimensão do indivíduo e as questões
macrossociais. É a partir das interações desses indivíduos, inclusive com os sujeitos pesquisadores,
que poderemos estar mais próximos de captar o sentido das representações sociais e das estratégias
individuais, permitindo um grau de análise mais acurado. A autoetnografia vem reforçar o vigor e a
reflexividade de um conhecimento que advoga o relevo dos microprocessos (individuais) para o
entendimento dos processos macrossociais, como a desigualdade, a discriminação, o racismo
institucional – que interessam mais de perto a este trabalho.

Revisão integrativa: o que é e como fazer

Os dados devem incluir: definição dos sujeitos, metodologia, tamanho


da amostra, mensuração de variáveis, método de análise e conceitos
embasadores empregados.
Os dados devem incluir: definição dos sujeitos, metodologia, tamanho
da amostra, mensuração de variáveis, método de análise e conceitos
embasadores empregados.
[...] a condução da revisão integrativa, a partir da inclusão de uma
sistemática e rigorosa abordagem do processo, particularmente da
análise de dados, resulta na diminuição de vieses e erros.

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