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Iniciação ao Comando Numérico

© SENAI-SP, 2003

Trabalho organizado pela escola SENAI “Mariano Ferraz” do


Departamento Regional do SENAI-SP

Equipe responsável

Coordenação Geral Adelmo Belizário

Coordenação Ademir Bernardes da Silva

Elaboração e Ilustração Hélcio Nascimento

Capa Fernando de Lima Szabo

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou
processo. A violação dos direitos autorais é punível como crime com pena de prisão e multa, e
indenizações diversas (Código Penal Leis No 5.988 e 6.895).

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Iniciação ao comando numérico

Sumário
SUMÁRIO 3

CONTEÚDO 5

APRESENTAÇÃO 5

HISTÓRICO 6

COMANDO NUMÉRICO 8

DENOMINAÇÃO DOS EIXOS DE MOVIMENTO 11

REGRA DA MÃO DIREITA 12

QUADRANTES 15

TIPOS DE COMANDO 16

SISTEMA DE COORDENADAS 19

PONTOS DE REFERÊNCIA DA MÁQUINA 23

FUNÇÕES DE PROGRAMAÇÃO 26

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS “G” 27

FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO 44

FUNÇÕES AUXILIARES 46

FUNÇÕES MISCELÂNEAS “M” 52

PONTO DE TROCA 60

COMPOSIÇÃO DE UM PROGRAMA CNC CENTUR 20 RV 61

ESTRUTURA BÁSICA DE PROGRAMAÇÃO 64

INTERPOLAÇÃO LINEAR 66

CICLOS AUTOMÁTICOS DE USINAGEM 73

CICLO DE TORNEAMENTO FUNÇÃO G74 74

CICLO DE FURAÇÃO FUNÇÃO G74 76

CICLO DE FACEAMENTO FUNÇÃO G75 81

CICLO DE CANAIS FUNÇÃO G75 83

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COMPENSAÇÃO AUTOMÁTICA DO RAIO DA FERRAMENTA 89

LADO DE CORTE PARA COMPENSAÇÃO DO RAIO DA FERRAMENTA 93

INTERPOLAÇÃO CIRCULAR G02 E G03 98

CICLO AUTOMÁTICO DE DESBASTE LONGITUDINAL G66 108

ROSCAMENTO AUTOMÁTICO G37 119

PRÁTICA DE OFICINA 124

PAINEL 124
1.1. Funções do painel 125
1.2. Softkeys 125
1.3. Palkeys 126
TECLADO 128
1.4. Teclas especiais 129
SEQÜÊNCIA DE OPERAÇÕES PARA O TORNO CENTUR 20 RV 132
1.5. Ligar e Referenciar a máquina 132
1.6. Movimentar os Eixos em JOG 133
1.7. Ligar e Desligar Eixo Árvore Via MDI (entrada manual de dados) 134
1.8. Inserir um Programa Manualmente 135
1.9. Testar o programa em rápido “STATUS” 136
1.10. Testar o programa em rápido “GRÁFICOS” 137
1.11. Testar o programa “Sem Rotação” 139
1.12. Operar o comando Via MDI ( entrada manual de dados) 140
1.13. Origem do Sistema de Coordenadas Absolutas G92 141
1.14. Executar a usinagem em operação Automática 142
1.15. Lado de Corte para Compensação do raio da Ferramenta 143
1.16. Funções de Compensação do raio da Ferramenta G41,G42 e G40 144
1.17. Usar Corretores de ferramentas 145
1.18. Iniciar usinagem com qualquer ferramenta no meio do programa 146
1.19. Parar a placa durante a usinagem 147
1.20. Tornear Castanhas Moles usando G92 (nova origem) 148
AJUSTE DE FERRAMENTAS “PRE-SET” 149

Ponto de Troca 155

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Conteúdo
Apresentação

No desenvolvimento histórico das Máquinas Ferramentas de


usinagem, sempre se procurou soluções que permitissem
aumentar a produtividade com qualidade superior e a
minimização dos desgastes físicos na operação das máquinas.
Muitas soluções surgiram, mas até recentemente, nenhuma
oferecia flexibilidade necessária para o uso de uma mesma
máquina na usinagem de peças com diferentes configurações e
em lotes reduzidos.

Um exemplo desta situação é o caso do torno. A evolução do


torno universal, levou à criação do torno revólver, do torno
copiador e torno automático, com programação elétrica ou
mecânica, com emprego de “cames”, etc. Em paralelo ao
desenvolvimento da máquina, visando o aumento dos recursos
produtivos, outros fatores colaboraram com sua evolução, que foi
o desenvolvimento das ferramentas, desde as de aço rápido,
metal duro às modernas ferramentas com insertos de cerâmica. A
condição de corte imposta pelas novas ferramentas exigiu das
máquinas novos conceitos de projetos, que permitissem a
usinagem com rigidez e dentro destes, novos parâmetros. Então,
com a descoberta e, conseqüente aplicação do Comando
Numérico à Máquina Ferramenta de Usinagem, esta preencheu
as lacunas existentes nos sistemas de trabalho com peças
complexas, reunindo as características de várias destas
máquinas.

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Histórico

Em 1950, já se dizia em voz corrente, que a cibernética


revolucionaria, completamente, as Máquinas Ferramentas de
usinagem, mas não se sabia exatamente como. Houve
tendências iniciais de aplicar o computador para comando de
máquinas, o que, de certa forma, retardou o aparecimento do CN.
Somente quando este caminho foi abandonado por ordem
econômica, principalmente, abriu-se para a pesquisa e o
desenvolvimento do que seria o “Comando Numérico”.

No conceito “Comando Numérico”, deve entender “numérico”,


como significando por meio ou através de números. Este conceito
surgiu e tomou corpo, inicialmente nos idos de 1949/50, nos
Estados Unidos da América e, mais precisamente, no
Massachussets Institute os Tecnology, quando sob a tutela da
Parsons Corporation e da Força Aérea dos Estados Unidos,
desenvolveu-se um projeto específico que tratava do
“desenvolvimento de um sistema aplicável às máquinas-
ferramenta para controlar a posição de seus fusos, de acordo
com os dados fornecidos por um computador”, idéia, contudo,
basicamente simples.

Entre 1955 e 1957, a Força Aérea Norte-Americana utilizou em


suas oficinas máquinas C.N., cujas idéias foram apresentadas
pela “Parson Corporation”. Nesta mesma época, várias empresas
pesquisavam, isoladamente, o C.N. e sua aplicação. O M.I.T.,
Massachussets Institute of Tecnology, também participou das
pesquisas e apresentou um comando com entrada de dados
através de fita magnética. A aplicação ainda não era significativa,
pois faltava confiança, os custos eram altos e a experiência muito
pequena. Da década de 60, foram desenvolvidos novos
sistemas, máquinas foram especialmente projetadas para
receberem o C.N., e aumentou muito a aplicação no campo da
metalurgia. Este desenvolvimento chega a nossos dias
satisfazendo os quesitos de confiança, experiência e viabilidade
econômica.

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A história não termina, mas abre-se novas perspectivas de


desenvolvimento, que deixam de envolver somente Máquinas
Operatrizes de usinagem, entrando em novas áreas. Os
desenvolvimentos da eletrônica aliados ao grande progresso da
tecnologia mecânica garantem estas perspectivas do
crescimento.

Atualmente, as palavras “Comando Numérico” começam a ser


mais freqüentemente entendida como soluções de problemas de
usinagem, principalmente, onde não se justifica o emprego de
máquinas especiais. Em nosso país, já se iniciou o emprego de
máquinas com C.N., em substituição aos controles
convencionais.

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Comando numérico

Como definição, pode-se dizer que o Comando Numérico é um


equipamento eletrônico capaz de receber informações através de
entrada própria de dados, compilar estas informações e transmiti-
las em forma de comando à máquina ferramenta de modo que
esta, sem a intervenção do operador, realize as operações na
seqüência programada.

Para entendermos o princípio básico de funcionamento de uma


máquina-ferramenta a Comando Numérico, devemos dividi-la,
genericamente, em duas partes:

O C.N. é composto de uma unidade de assimilação de


informações, recebidas através da leitora de fitas, entrada
manual de dados, micro e outros menos usuais.

Uma unidade calculadora, onde as informações recebidas são


processadas e retransmitidas às unidades motoras da máquina-
ferramenta.

O circuito que integra a máquina-ferramenta ao C.N. é


denominado de interface, o qual será programado de acordo com
as características mecânicas da máquina.

Máquina-Ferramenta

O projeto da máquina-ferramenta deverá objetivar os recursos


operacionais oferecidos pelo C.N.. Quanto mais recursos
oferecer, maior a versatilidade.

Vantagens do Comando Numérico

O Comando Numérico pode ser utilizado em qualquer tipo de


máquina-ferramenta. Sua aplicação tem sido maior nas máquinas
de diferentes operações de usinagem, como Tornos, Fresadoras,
Furadeiras, Mandriladoras e Centros de Usinagem.

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Basicamente, sua aplicação deve ser efetuada em empresas que


utilizem as máquinas na usinagem de séries médias e repetitivas
ou em ferramentarias, que usinam peças complexas em lotes
pequenos ou unitários.

A compra de uma máquina-ferramenta não poderá basear-se


somente na demonstração de economia comparado com o
sistema convencional, pois, o seu custo inicial ficará em segundo
plano, quando analisarmos os seguintes critérios na aplicação de
máquinas a C.N.

As principais vantagens são :

1- Maior versatilidade do processo


2- Interpolações lineares e circulares
3- Corte de roscas
4- Sistema de posicionamento, controlado pelo C.N., de grande
precisão.
5- Redução na gama utilizável de ferramentas.
6- Compactação do ciclo de usinagem.
7- Menor tempo de espera.
8- Menor movimento da peça.
9- Menor tempo de preparação da máquina.
10-Menor interação entre homem/máquina. As dimensões
dependem, quase que somente, do comando da máquina.
11-Uso racional de ferramentas, face aos recursos do
comando/máquina, os quais executam as formas geométricas da
peça, não necessitando as mesmas de projetos especiais.
12-Simplificação dos dispositivos.
13-Aumento da qualidade de serviço.
14-Facilidade na confecção de perfis simples e complexos, sem a
utilização de modelos.
15-Repetibilidade dentro dos limites próprios da máquina.
16-Maior controle sobre desgaste das ferramentas.
17-Possibilidade de correção destes desgastes.
18-Menor controle de qualidade.
19-Seleção infinitesimal dos avanços.
20-Profundidade de corte perfeitamente controlável.

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21-Troca automática de velocidades (2 gamas).


22-Redução do refugo.
23-Menor estoque de peças em razão da rapidez de fabricação.
24-Maior segurança do operador.
25-Redução na fadiga do operador.
26-Economia na utilização de operários não qualificados.
27-Rápido intercâmbio de informações entre os setores de
Planejamento e Produção.
28-Uso racional do arquivo de processos.
29-Troca rápida de ferramentas.

Principais Recursos do CNC (comando numérico


computadorizado)

- Vídeo gráfico para o perfil da peça e visualização do campo de


trabalho da ferramenta.
- Compensação do raio do inserto.
- Programação de áreas de segurança.
- Programação de quaisquer contornos.
- Programação de velocidade de corte constante.
- Programação com sub-programas.
- Comunicação direta com operador através do vídeo.
- Sistema de autodiagnóstico.
- Programação absoluta ou incremental nos deslocamentos.
- Capacidade de memória 64 Kbytes, ou +/- 65 metros de fita
- Memorização dos programas por entrada manual de dados, fita
perfurada, fita magnética e micro.
- Monitorização da vida útil da ferramenta.
- Programação em milímetros ou polegadas.
- Programação em ciclos fixos de usinagem.
- “PRE-SET” realizado na própria máquina.

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Denominação dos eixos de movimento

Os movimentos das máquinas operatrizes CNC que dão origem à


geometria da peça, são comandados e controlados pelo
comando da máquina. Para que isso seja possível, o comando
deve receber a informação que permite a ele reconhecer qual dos
carros, mesas, cabeçotes ou árvores de rotação ele deve
comandar e controlar num dado instante.
O programa é quem fornece essas informações, através de
designações normalizadas das direções e sentido dos
movimentos dos componentes da máquina (fig.1). As direções e
sentidos dos movimentos são designados conforme norma DIN
66217.

fig.1

Muitas máquinas CNC, permitem o movimento rotativo da mesa


de trabalho e do cabeçote da árvore, dando maior flexibilidade à
máquina que pode através disso usinar diversos lados da peça
com diferentes ângulos de posicionamento.
Esses eixos rotativos da mesa e do cabeçote, possuem
comandos próprios e independentes dos eixos direcionais
básicos dos carros. Os eixos rotativos são designados conforme
a norma DIN, com letras A, B, e C, primeiras letras do alfabeto, e
os eixos principais de avanço com as letras X, Y, e Z, últimas
letras do alfabeto.

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Regra da Mão Direita

As designações dos eixos básicos principais e dos eixos de


rotação são interdependentes, ou seja, obedecem a uma
convenção fixada pela regra da mão direita e pela seqüência das
letras do alfabeto.

Todos os sistemas de coordenadas das máquinas CNC,


respeitam a regra da mão direita (fig.2). Para um sistema
tridimensional, são utilizados três eixos perpendiculares entre si,
que podem ser designados com auxílio dos dedos da mão direita.

Fig. 2

Polegar: indica o sentido positivo do eixo


imaginário, representado pela letra X.
Indicador: aponta o sentido positivo do eixo Y.
Médio: nos mostra o sentido positivo do eixo Z.

O eixo de giro na mesma direção do eixo (X), é designado como


(A), na mesma direção do eixo (Y), é designado como (B), e na
mesma direção do eixo (Z) é designado como (C).
Ou seja, disposição dos eixos conforme norma DIN 66217 é:

Avanços Lineares X Y Z
  
Avanços Rotativos A B C

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Nas máquinas-ferramenta, o sistema de coordenadas


determinado pela regra da mão direita pode variar de posição em
função do tipo de máquina, mas sempre respeitará a norma onde
os dedos apontam o sentido positivo dos eixos imaginários, com
o eixo “Z” coincidente ou paralelo ao eixo da árvore principal.

Para o comando de avanço e penetração nos tornos, bastam


apenas dois eixos imaginários.
Estes são designados pelas letras X e Z, onde o eixo X relaciona-
se com o diâmetro da peça, e o eixo Z, relaciona-se com as
dimensões longitudinais da peça, (fig. 3 e 4).

Fig.3

Fig.4

Embora a origem do eixo “X”, seja no centro de rotação da peça,


a maioria dos comandos interpretam os valores nesse eixo como
sendo já o diâmetro da peça.

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Para outros eixos de avanço adicionais, atribuem-se também,


eixos de coordenadas adicionais com as designações
correspondentes. Para diferentes tipos de usinagem é necessário
que um programa CNC, seja programado o ângulo de giro em
torno de um ou mais eixos de coordenadas.
A estes eixos, designados por eixos rotativos, atribuímos letras
que os identificam ao comando, sendo elas as seguintes:

Eixo A : rotação em torno de X


Eixo B : rotação em torno de Y
Eixo C : rotação em torno de Z

As medidas dos giros são fornecidas e interpretadas pelo


comando através dos ângulos.

Nas máquinas, onde a peça ou a ferramenta pode ser


comandada em movimentos giratório, designam-se os eixos
giratórios, pelos ângulos de rotação A, B, C (fig.8 e 9).

O giro é positivo (+) quando, olhando-se do ponto-zero em


direção ao sentido positivo do eixo, o giro se realizar no sentido
horário (fig.10).

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Quadrantes
O sinal positivo ou negativo introduzido na dimensão a ser
programada é dado em função do quadrante onde a ferramenta
está atuando, porém o quadrante normal de trabalho é o
primeiro, ou seja o quadrante positivo dos eixos.

Torre traseira

Torre dianteira

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Tipos de comando

Os tipos de comando são basicamente três:


comando ponto a ponto, comando de percurso e comando de
trajetória.

O tipo de comando encontrado numa máquina dependerá da


aplicação a que ela se destina e do grau de sofisticação
desejado.

Comando ponto a ponto:

O comando ponto a ponto é recomendável quando se exige


somente posicionamento em pontos programados, com
deslocamentos em avanço rápido.

Embora este tipo seja o tipo mais simples, ele garante o


posicionamento segundo os eixos geométricos da máquina
dentro do intervalo de precisão e repetibilidade previstas (fig.22).

Fig.22

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Comando de percurso:

O comando de percurso representa uma evolução do comando


ponto a ponto, isso porque, além do posicionamento dos eixos,
ele passa também a garantir a direção da ferramenta e o avanço
de corte.
É o comando que realiza separadamente, isto é, um de cada vez,
os deslocamentos longitudinal e transversal dos eixos de uma
máquina. É indicado apenas para usinagens paralelas ao eixo da
máquina (fig.23).

Fig.23

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Comando de trajetória:

O comando de trajetória é o tipo mais completo de comando, pois


realiza, instante por instante, o controle da posição da ferramenta
na trajetória entre dois pontos. Garante o posicionamento exato e
controla a trajetória e o avanço da ferramenta, podendo os carros
ter movimentos simultâneos e perfeitamente conjugados, de
modo que se obtenham quaisquer ângulos ou perfis circulares
com qualquer raio (fig.24).

Fig.24

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Sistema de Coordenadas

Plano Cartesiano

Toda geometria da peça é transmitida ao comando com o auxílio


de um sistema de coordenadas cartesianas.

O sistema de coordenadas é definido no plano formado pelo


cruzamento de uma linha paralela ao movimento longitudinal (Z),
com uma linha paralela ao movimento transversal (X).

Todo movimento da ponta da ferramenta é descrito neste plano X


Z, em relação a uma origem preestabelecida (X0,Z0). Lembrar
que a maioria dos comandos interpreta “X” como sendo valor de
diâmetro da peça.

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Sistema de Coordenadas Absolutas

Neste sistema, a origem preestabelecida como sendo X0,Z0, o


ponto X0 é definido pela linha de centro do eixo árvore, e Z0 é
definido por qualquer linha perpendicular à linha de centro do
eixo árvore.
Este processo é denominado “ZERO FLUTUANTE”.
Durante a programação normalmente a origem (X0,Z0), é
preestabelecida no fundo da peça (encosto da castanha), ou na
face da mesma, conforme ilustração abaixo:

Origem (X0,Z0)
EXEMPLO:

COORDENADAS
ABSOLUTASPONTOXZA030B3030C5020D
8020E800

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Sistema de Coordenadas Incrementais

A origem deste sistema é estabelecida para cada movimento da


ferramenta.
Após qualquer deslocamento haverá uma nova origem , ou seja
qualquer ponto atingido pela ferramenta, a origem das
coordenadas passará a ser o ponto alcançado.
Todas as medidas são feitas através da distância a ser
deslocada.

Note-se que o ponto A é a origem


do deslocamento para o ponto B,
e B será a origem para o
deslocamento até o ponto C, e
assim sucessivamente.

EXEMPLO:

COORDENADAS
INCREMENTAISPONTOXZA00B300C20-
10D300E0-20

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Preencher as coordenadas em branco

COORDENADAS COORDENADAS
ABSOLUTASPONTOXZABCDEFGH INCREMENTAISPONTOXZABCDEFGH

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Pontos de Referência da Máquina

R Pto de Referenciamento da Máquina

O ponto de Referenciamento é uma coordenada definida na área de


trabalho através de chaves limites e cames, que servem para à
aferição e controle do sistema de medição dos eixos de movimento
da máquina (fig.4). Tal coordenada é determinada pelo fabricante da
máquina.

M Pto Zero Máquina

O ponto Zero da máquina é o ponto Zero para o sistema de


coordenadas da máquina (X0, Z0), e também o ponto inicial para
todos os demais sistemas de coordenadas e pontos de referência
existentes. Geralmente é determinado após o referenciamento da
máquina (fig.4).

N Pto de Trajetória
O ponto de trajetória “N” é um ponto no espaço (fig.5). Porém, uma
vez referenciada a máquina suas coordenadas de posicionamento
dentro da área de trabalho são reconhecidas pelo comando, e servirá
como referência na obtenção dos balanços das ferramentas (bX, bZ),
quando montadas na máquina durante a preparação da mesma, (ver
ponta útil da ferramenta).

P Ponta útil da ferramenta

É o ponto de atuação da ferramenta no perfil programado. Porém para


que isso ocorra é necessário definir os valores de balanço em X e Z das
ferramentas operantes, tendo como referência nas tomadas de medidas
o ponto de trajetória “N” (fig.6). Tais valores introduzidos no comando
durante a preparação da máquina, servem para efetuar os cálculos
necessários para que o ponto de trajetória “N” se dê afastado do perfil
programado, permitindo assim a atuação da ponta útil das ferramentas
(P) na usinagem da peça (fig.7).

W Pto Zero Peça

O ponto zero peça “W”, é o ponto que define a origem (X0,Z0) do


sistema de coordenadas da peça. Este ponto é definido pelo
programador através de um código de função preparatória (G54 ou
G55), e determinado na máquina pelo operador na preparação da
mesma (Preset), levando em consideração apenas a medida de
comprimento no eixo “Z” (fig.4), tomada em relação ao zero máquina.

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Localização dos pontos de referência

(Fig.4) Pontos de Referência

R – Ponto de Referenciamento da máquina


M – Ponto Zero Máquina
N – Ponto de Trajetória
W – Ponto Zero Peça
P – Ponta Útil da Ferramenta

SENAI 24
Iniciação ao comando numérico

(fig.6) Definição da ponta útil da ferramenta “P”

(fig.5) Ponto de trajetória “N”

(fig.7) Atuação da Ponta útil da ferramenta “P”

Obs: b = Balanços da ferramenta

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Iniciação ao comando numérico

Funções de Programação

Os programas CNC, são compostos por funções que definen ao


comando como ele deverá se comportar na usinagem das peças,
transimtindo-lhe basicamente informações técnologicas, de
posicionamentos e funções que o auxiliam nessa execução.

Tipos de funções de programação:

PROGRAMA- CNC

FUNÇÕES PREPARATÓRIAS “G”

G00 -
G01 -
: OUTRAS

FUNÇÕES DE POSICIONAMENTO

PRINCIPAL - X,Y,Z
AUXILIAR - I, J, K, R, C, A.. OUTRAS

FUNÇÕES AUXILIARES
;
N-
T-
O-
S-
F-
H-
E-
L-
: OUTRAS

COMPLEMENTARES

FUNÇÕES MISCELÂNEAS “M”

M00 -
M02 -
: OUTRAS

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Funções Preparatórias “G”

As funções Preparatórias, também conhecidas por funções “G”,


formam um grupo de funções que definem a máquina o que
fazer, preparando-a para executar um tipo de operação, ou para
receber uma determinada informação. O formato da função é g2
(dois dígitos) e vai de g00 a g99.

As funções Preparatórias “G”, podem ser MODAIS ou NÃO


MODAIS.

MODAIS :
São as funções que uma vez programadas permanecem na
memória do comando, valendo para todos os blocos posteriores,
a menos que modificadas por uma outra função ou a mesma,
com parâmetros diferentes. Dentre as várias instruções podemos
citar as funções G00 (avanço rápido), G01 (interpolação linear
com avanço programado) e F (valor de avanço de corte).

NÃO MODAIS :
São as funções que todas as vezes que requeridas, devem ser
programadas, ou seja, são válidas somente no bloco que as
contém. Dentre as várias instruções podemos citar as funções
G02 (interpolação circular horária) e G03 (interpolação circular
anti-horária).
No exemplo abaixo, temos duas condições diferentes de
digitação, descrevendo o mesmo trecho de um programa, onde a
diferença está na utilização da condição Modal, que permite uma
programação mais enxuta.

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Iniciação ao comando numérico

Exemplos:
Programação onde não se fez uso da condição Modal.
:
N40 G00 X150. Z150.
N45 G00 X21. Z72.
N50 G01 X21. Z70. F.25
N55 G01 X25. Z68. F.25
N60 G01 X25. Z40. F.25
N65 G02 X35. Z35. R5.
N70 G03 X45. Z30. R5.
N75 G01 X50. Z30. F.1
:

Conclusão:
Nesta condição foram efetuadas sucessivas repetições de
parâmetros, onde um dos maiores problemas é o de carregar
mais rápida a memória do comando.

Programação onde se fez uso da condição Modal.


:
G00 X150. Z150.
X21. Z72.
G01 Z70. F.25
X25. Z68.
Z40.
G02 X35. Z35. R5. (Não Modal)
G03 X45. Z30. R5. (Não Modal)
X50. F.1
:

Conclusão:
Nesta condição enquanto a instrução modal não for modificada
ou cancelada, ela permanecerá na memória do comando não
havendo necessidade de sucessivas repetições parâmetros.

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Iniciação ao comando numérico

A seguir veremos algumas funções preparatórias básicas:

G00 Interpolação linear rápida


G01 Interpolação linear com avanço programado
G02 Interpolação circular no sentido horário
G03 Interpolação circular no sentido anti-horário
G04 Tempo de permanência
G17 Seleção de plano X-Y
G18 Seleção de plano X-Z
G19 Seleção de plano Y-Z
G20 Programação em diâmetro
G21 Programação em raio
G40 Cancela compensação do raio da ponta da ferramenta
G41 Compensação do raio da ferramenta (esquerda)
G42 Compensação do raio da ferramenta (direita)
G54 Deslocamento de Ponto Zero (1º DPZ)
G55 Deslocamento de Ponto Zero (2º DPZ)
G70 Admite programação em polegada
G71 Admite programação em milímetro
G90 Programação em coordenadas absolutas
G91 Programação em coordenadas incrementais
G92 Definição de origem temporária / RPM direto
G94 Programação de avanço de corte por minuto
G95 Programação de avanço de corte por rotação
G96 Programação em velocidade de corte constante
G97 Programação em rpm direta
G99 Cancela definição de origem temporária

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Iniciação ao comando numérico

Dentre as funções Preparatórias podemos destacar as seguintes:

Interpolação linear com avanço rápido G00

Esta função realiza movimentos nos eixos com a maior


velocidade de avanço disponível para cada modelo de máquina,
devendo ser utilizada somente para posicionamentos sem
nenhum tipo de usinagem.

A função G00 é Modal portanto cancela (G01,G02,G03).

Interpolação linear com avanço programado G01

Esta função realiza movimentos retilíneos com qualquer ângulo,


calculado através das coordenadas de posicionamento descritas,
utilizando-se de uma velocidade de avanço (F) pré-determinada
pelo programador.

- A função G01 é Modal portanto cancela (G00,G02,G03)

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Interpolação circular G02 / G03

Esta função realiza interpolações circulares onde a ferramenta


desloca-se entre dois pontos, executando a usinagem de arcos
pré-definidos, através de uma movimentação apropriada e
simultânea dos eixos.

A função G02 e G03 não são Modais.

Tempo de permanência G04

Com esta função entre um deslocamento e outro da ferramenta,


pode-se programar um determinado tempo para que a mesma
permaneça parada. A função G04 executa essa permanência,
cuja duração é definida por um valor “D” associado, que define o
tempo em segundos ( 00,01 a 00,99 segundos ).

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Iniciação ao comando numérico

Plano de Trabalho X , Y G17

Esta função obedece a regra da mão direita e define ao comando


o plano de trabalho X,Y, no qual a ferramenta irá usinar.
A função G17 é um comando Modal e encontra-se ativa quando
ligamos a máquina (Fresadora).

Plano de Trabalho X , Z G18

Esta função obedece a regra da mão direita e define ao comando


o plano de trabalho, no qual a ferramenta irá usinar.
A função G18 é um comando Modal e encontra-se ativa quando
ligamos a máquina (Torno).

Programação em diâmetro G20

Esta função define o valor dimensional associado com o eixo X


especificado em diâmetro, e aplica-se aos códigos de
programação X, I e U.

SENAI 32
Iniciação ao comando numérico

A função G20 é um comando Modal e encontra-se ativa quando


ligamos a máquina, caso necessário acioná-la deverá ser
programada em um bloco separado, antes de qualquer
movimento relativo à programação em diâmetro.

Ela cancela qualquer função G21 anterior (programação em raio).


Pode-se verificar na pagina de “STATUS” a função comandada
em destaque.

Programação em raio G21

Esta função define o valor dimensional associado com o eixo X


especificado em raio, e aplica-se aos códigos de programação X,I
e U.

A função G21 é um comando Modal e deve ser programada em


um bloco separado, antes de qualquer movimento relativo à
programação em raio.

Ela cancela qualquer função G20 anterior e será mostrada na


página de “STATUS” em destaque.

33 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Compensação do raio da ferramenta G42 (à direita)

A função G42 é Modal, cancela G40 e implica em compensação


similar a G41, exceto que para os cálculos de compensação a
ferramenta está à direita da peça a ser usinada, vista em relação
ao sentido de avanço de corte.

Compensação do raio da ferramenta G41 (à esquerda)

A função G41 é Modal, cancela G40 e seleciona o valor do raio


do inserto para os cálculos de compensação, estando a
ferramenta à esquerda da peça a ser usinada, vista em relação
ao sentido de avanço de corte.

Cancela a compensação do raio da ferramenta G40

A função G40 é Modal e cancela as funções de compensação


previamente solicitadas G41 ou G42, e esta ativa quando a
máquina é ligada.

SENAI 34
Iniciação ao comando numérico

Deslocamento de ponto zero “DPZ” G54,G55,G53

G54 (1º DPZ) G55 (2º DPZ) G53 (Cancela)

A função G54, assim como G55, são funções que definem uma
distância predeterminada (A,B), em relação ao ponto zero
máquina “M”, para que seja utilizada pelo ponto zero peça “W”
definido na programação, e seus valores referem-se somente ao
eixo “Z”.
A função G53 cancela os valores determinados pelas funções
G54 e G55, retornando-os ao ponto zero máquina “M”.

O ponto zero peça “W” como origem do sistema de coordenadas


da peça (X0,Z0), pode ser definido na face de encosto da
castanha (fig.1) ou na face da própria peça (fig.2), sendo
chamado no programa através das funções G54 ou G55 definido
pelo programador, e determinado na máquina pelo operador na
preparação da mesma.

35 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Observações:
Uma peça poderá ter mais que uma origem zero peça “W”
(G54 e G55), conforme a necessidade (fig. 3).
Os códigos G54 e G55, quando utilizados, devem ser
programados para todas as ferramentas do programa que exijam
a confirmação da mudança do zero peça, a não observância
deste detalhe em certas condições, como por exemplo uma
usinagem iniciando no meio do programa onde o comando levará
em consideração o zero máquina poderá acarretar em colisões
indesejáveis.

Programação em polegada G70

Esta função prepara o comando para computar todas as entradas


de dados dimensionais em polegada.

A função G70 é Modal e quando utilizada deve ser programada


em um bloco separado.

SENAI 36
Iniciação ao comando numérico

Programação em milímetro G71

Esta função prepara o comando para computar todas as entradas


de dados dimensionais em milímetros.

A função G71 é Modal, e se necessário, deverá ser programado


em um bloco separado.

Observação: Na maioria dos comandos não há necessidade de


programar-se esta função pois a mesma está ativa quando a
máquina é ligada.

Programação em Coordenadas Absolutas G90

A função G90 é Modal e prepara a máquina para executar


operações em coordenadas absolutas, que usam como
referência uma origem ( Zero Peça W ), pré-determinada para
programação.

37 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Obs:
Muitas máquinas ao serem ligadas já assumem G90 como
condição básica de funcionamento,
e é a função utilizada em 90% dos casos de programação.

Programação em Coordenadas Incrementais G91

A função G91 é Modal e prepara a máquina para executar todas


as operações em coordenadas incrementais. Assim todas as
medidas são feitas através da distância a se deslocar.
Neste caso, a origem das coordenadas de qualquer ponto é o
ponto anterior ao deslocamento.

Origem do Sistema de Coordenadas e Limite de Rotação G92

O código G92 é utilizado como dupla função, Origem de sistema


de coordenadas absolutas e Limite de rotação do eixo árvore.

Origem do sistema de coordenadas G92

A função G92 acompanhada das funções de posicionamento X e


Z estabelece na memória do comando, uma nova origem do
sistema de coordenadas absolutas (X0,Z0), através da qual
efetuará os cálculos dos posicionamentos posteriores.

SENAI 38
Iniciação ao comando numérico

A função G92 é Modal e deve ser dada no início de cada


programa podendo ser cancelada pela função G99.
Os valores da função G92 podem ser positivos ou negativos,
dependendo do quadrante utilizado pela ferramenta.

Limite de rotação do eixo árvore G92

Quando utilizarmos o código G92 junto com a função auxiliar S 4


( 4 dígitos ) estaremos limitando a rotação do eixo-árvore.
Exemplo:
N40 G92 S3000 M3 #
Estamos permitindo que o eixo-árvore gire até 3000 rpm no
máximo.

39 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Programação de Avanço por minuto G94

A função G94 é Modal e prepara o comando para computar todos


os avanços programados pela função auxiliar ‘f’ em pol/min
quando utilizado juntamente com a função G70 ou mm/min
quando utilizado juntamente com a função G71.

Após definição de aplicação encontraremos o seguinte formato


para a função ‘f’:
f 3.1 formato para pol/min (G94 com G70)
f4 formato para mm/min (G94 com G71)

Programação de avanço por rotação G95

A função G95 é Modal prepara o comando para computar todos


os avanços programados pela função auxiliar ‘f’ em pol/rot
quando utilizado juntamente com a função G70 ou mm/rot
quando utilizado juntamente com a função G71.

SENAI 40
Iniciação ao comando numérico

Após definição da aplicação encontraremos o seguinte formato


para função ‘f’:
f 2.4 formato para pol/rot (G95 com G70)
f 2.2 formato para mm/rot (G95 com G71)

Muitas máquinas ao serem ligadas já assumem G95 com a


função G71 como condição básica de funcionamento.

Programação em velocidade de corte constante (Vc) por minuto G96

A função G96 é Modal e seleciona o modo de programação em


velocidade de corte constante por minuto. Ela deverá ser
programada em bloco separado precedido pela função auxiliar
“S” a qual entra como um valor de velocidade de corte.
O valor da velocidade de corte dado pela função auxiliar “S” é
computado pelo comando em pés/minuto quando utilizado
juntamente com a função G70 ou metros/minuto quando utilizado
juntamente com a função G71, para efeito dos cálculos da
rotação.
O cálculo da rotação é feito em função do diâmetro usinado e do
valor da velocidade de corte requerida pela função “S”, deste
modo a velocidade de corte é mantida variando-se apenas a
rotação, a medida que varia o diâmetro usinado.

Fórmula

A máxima rpm alcançada pela velocidade de corte constante


pode ser limitada programando-se a função G92

41 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Após definição de aplicação encontraremos o seguinte formato


para função “S”.
S 4.1 para pés/minuto (G96 com G70)
S 3.1 para metros por minuto (G96 com G71)

Nota
O cancelamento da função G96 se da pela função G97.

Exemplo:
:
N40 G96 # (Programação em velocidade de corte constante)
N45 S 200.# (Valor da velocidade de corte )
N50 G92 S3000 M3 # (Limitação máxima da rpm e sentido de
giro da placa ).
:

Programação em rpm direta G97

A função G97 é Modal e é cancelada pela função G96, deve ser


programada em bloco separado e seleciona o modo de
programação em rpm direta cujo valor é dado pela função auxiliar
“S” usando um formato S4, desta forma não havendo variação de
rotação.

A modificação da rpm só poderá variar através do seletor da rpm


no painel do comando, que varia de 50% até 125% da rpm
programada.

SENAI 42
Iniciação ao comando numérico

Exemplo:
:
N65 G97# (Programação em rpm direta)
N70 S2500 M3 # (Valor da rpm e sentido de giro)
:

Cancela g92 e define a programação em função do zero máquina G99

A função G99 não é provida de movimentos nos eixos, e é


Modal.
Esta função quando solicitada cancela o efeito de origem dada
pela Função G92, quando trabalha-se em coordenadas
absolutas, transportando a origem para o Zero Máquina,
conhecido por MACHINE HOME.

43 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Funções de posicionamento

As funções de posicionamento são aquelas que definem as


coordenadas inerentes as trajetórias a serem executadas pela
ferramenta, e podem ser principais ou auxiliares.

Funções de Posicionamento Principal

São aquelas definidas no sistema de coordenadas, por


posicionamentos ligados aos eixos de movimentos principais da
máquina ou seja , transversal “X “ e longitudinal ”Z”.

O formato das funções “X” e ”Z” dependem do comando, porém a


maioria utiliza para X/Z (+ -) 4.4 para milímetros (mm), e X/Z (+-)
3.5 para polegadas.

SENAI 44
Iniciação ao comando numérico

Funções de Posicionamento Auxiliar

São funções definidas por posicionamentos co-direcionais aos


eixos de movimentos da máquina (“X” e “Z”), dependendo é
claro, da regência exercida pelo modo preparatório, como por
exemplo em G02 e G03 interpolação circular, onde “I” indica um
valor co-direcional paralelo ao eixo “X” e “K” indica um valor co-
direcional paralela ao eixo “Z” representando as coordenadas de
centro do raio.

45 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Funções Auxiliares

As funções auxiliares formam um grupo de funções que


completam as informações transmitidas ao comando através das
funções preparatórias e funções de posicionamento
principalmente com informações tecnológicas.
Dentre as funções auxiliares podemos destacar as seguintes:

Função N
Cada bloco ou sentença de informação é identificado pela função
“N”, seguida de até 4 dígitos.
A função “N” deverá ser informada no início do bloco ou
sentença.
Se usada, esta função deveria ser incrementada com valores por
exemplo, de 5 em 5 ou 10 em 10, deixando assim espaço para
possíveis modificações no programa.

Exemplo: N50 G0 X130. Z140. #


N55 G1 X132. Z138. F.2 #

Função S
Através desta função o comando recebe informações quanto ao
valor da velocidade de corte de duas maneiras diferentes:

DIRETA:
Quando utilizado junto com a função G96, o valor da
função auxiliar “S”, entra como valor de velocidade de corte
constante, com o qual o comando executa os cálculos de rpm em
função do diâmetro da peça, ocasionando assim uma variação de
rotação durante a usinagem.
Deve-se limitar o rpm máximo alcançado em função da
velocidade de corte requerida, programando-se a função G92
seguida da função auxiliar “S”, entrando neste caso como valor
máximo de rotação à atingir.

SENAI 46
Iniciação ao comando numérico

Exemplo:
G96# (Programação em velocidade de corte constante)
S 200.# ( Valor da velocidade de corte )
G92 S3000 M03 # ( Limitação de rpm máximo e
sentido de giro )

INDIRETA:
Quando utilizado com a função G97 o valor da
função auxiliar “S”, entra apenas como valor de rotação constante
a ser usada da máquina, com um formato de função S4 (4
dígitos).
Exemplo:
G97 # ( Programação em rpm direta )
S3000 M3# ( rpm e sentido de giro )
ou simplesmente dependendo do comando
S3000 M3# ( rpm e sentido de giro )

Função T
A função “T” é usada para selecionar as ferramentas na torre ou
magazine da máquina, informando seus parâmetros de PRE-
SET.

Exemplo para Torno:

T01 01 #
Onde:
T01 define a ferramenta a ser usada, e 01 define o corretor a ser
utilizado.

Exemplo para Fresadora:

T01 M6 #
O01 S2000 M3 #
Onde:
T01 define a ferramenta a ser usada, e O01 define o corretor a
ser utilizado.

47 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Função P

A função P identifica programas e sub-programas e aceita até 3


dígitos numerais ( P01 a P250).
Todo programa existente no comando é identificado através da
função auxiliar “P”, pela qual poderá ser chamado no diretório de
programas, renumerados ou até mesmo apagados.

Nota: Se um sub-programa é renumerado, a referência a este


programa contidas em outros, não é automaticamente atualizada.

Função F

Através da função “F” programa-se a velocidade de avanço para


o trabalho em usinagem.
Em se tratando de torno este avanço poderá ser em pol/rot
(quando utilizada as funções G70 com G94), com formato de
função f 2.4, ou em mm/rot (quando utilizada as funções G71
com G95), com formato de função f 2.2

Nota: Na maioria dos comandos, ligou a máquina ela já assume


G71 com G95 (mm/rot) como condição básica de funcionamento.

Exemplo:
N10 G1 X45. Z66. F.15 #

Ou
Em se tratando de fresadora, através da função “F” pode-se
programar a velocidade de avanço dos eixos para trabalho, em
mm/min (formato F4) (quando utilizada as funções G71 com G94,
ou pol/min (formato F4.1) (quando utilizada as funções G70 com
G94.
O valor de “F” programado é modal, isto é, permanece
memorizado até que seja programado outro valor de “F”.
O avanço pode ser modificado durante uma execução de
usinagem através da chave variadora de avanço do painel de
controle do comando, onde normalmente pode-se variar de 0 a
150%.

SENAI 48
Iniciação ao comando numérico

Nota: Na maioria dos comandos, ligou a máquina ela já assume


G71 com G94 (mm/min) como condição básica de
funcionamento.

Exemplo:
N10 G1 X50. Z120. F200 #

Função H (inicia um desvio incondicional)

A função auxiliar “H” precedida de um valor numérico, executa


desvios incondicionais no programa, podendo ser utilizada para
iniciar uma subrotina.
Esta função deve ser usada em programas contendo números
seqüenciais de sentença, precedida pela função “N”, pois o
desvio ocorre para um determinado bloco, onde “N” tem um valor
exatamente igual ao determinado na função “H”.

Exemplo:

N00 ;EIXO #
:
H70
N30 T0101;BROCA #
N35 G54 #
N40 G00 X30. Z75.#
:
N70 T0202; DESBASTE INTERNO#
:
N200 M30 #

49 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Função E (termina um desvio incondicional)

A função E (formato E4), especifica o bloco final da sub-rotina. O


último bloco da sub-rotina a ser executado será o anterior ao
especificado pela função E.

Função L

A função “L” define o número de repetições que uma


determinada função ou sub-programa ou subrotina deve ser
executado.
Pode-se chamar um sub-programa para múltiplas repetições,
programando-se um bloco contendo a função “P” (com o número
do sub-programa) e “L” (com o número de vezes que o sub-
programa deverá ser executado.

Exemplo:
N80 P10 L3 # (Esta sentença define que o sub-programa 10 será
repetido 3 vezes)

Função / (Barra)

Utilizamos a função ( / ) barra quando for necessário inibir a


execução de blocos no programa, sem alterar a programação.
Se o caracter “/” for digitado na frente de alguns blocos, estes
serão ignorados pelo comando, desde que o operador tenha
selecionado a opção “INIBE BLOCOS” na página de
“REFERÊNCIAS DE TRABALHO”.
Caso a opção INIBE BLOCOS não seja selecionado, o comando
executará os blocos normalmente, inclusive os que contiverem o
caracter “/”.
Exemplo:

/N90 M08 #
:

SENAI 50
Iniciação ao comando numérico

Função EOB (END OF BLOCK)

A função auxiliar “EOB”, é representado pelo caracter “#”,e é


utilizada no final de cada bloco ou sentença com o intuito de
finaliza-la para que outra possa ser aberta.
Exemplo:

:
N10 G1 X45. Z66. F.15 #
:

51 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Funções Miscelâneas “M”

As funções Miscelâneas formam um grupo de funções que


abrangem os recursos da máquina não cobertos pelas funções
preparatórias, de posicionamento, auxiliares, especiais, ou seja
são funções complementares. Estas funções têm formato M2 ( 2
dígitos ) e apenas um código M pode ser usado em cada bloco
ou sentença.
FUNÇÕES “M”

M00 Parada do programa


M01 Parada opcional do programa
M02 Fim de programa
M03 Sentido horário de rotação do eixo-árvore
M04 Sentido anti-horário de rotação do eixo-árvore
M05 Desliga o eixo-árvore
M06 Libera o giro da torre
M08 Liga refrigerante de corte
M09 Desliga refrigerante de corte
M10 Troca faixa de rotação
M11 Troca faixa de rotação
M12 Troca faixa de rotação
(*) M15 Liga ferramenta rotativa no sentido horário
(*) M16 Liga ferramenta rotativa no sentido anti-horário
(*) M17 Desliga ferramenta rotativa
(*) M18 Liga manipulador de peças
(*) M19 Orientação do eixo-árvore
(*) M20 Liga aparelho alimentador de barras
(*) M21 Desliga aparelho alimentador de barras
(*) M22 Trava o eixo-árvore
(*) M23 Destrava o eixo-árvore
M24 Abrir placa
M25 Fechar placa
(*) M26 Recuar o mangote do contra-ponto
(*) M27 Acionar o mangote do contra-ponto
(*) M28 Abrir luneta
(*) M29 Fechar luneta
M30 Fim de programa

SENAI 52
Iniciação ao comando numérico

(*) M33 Posicionamento do contra-ponto


(*) M36 Abrir a porta automática
(*) M37 Fechar a porta automática
(*) M38 Avançar o aparador de peças
(*) M39 Recuar o aparador de peças
(*) M50 Subir o braço do leitor de posição da ferramenta
(TOOL EYE)
(*) M51 Descer o braço do leitor de posição da ferramenta
(TOOL EYE)
(*) FUNÇÕES OPCIONAIS

53 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Dentre as funções Miscelâneas podemos destacar as


seguintes:

Parada do Programa M00


Este código causa parada imediata do programa, refrigerante de
corte, eixo árvore, e um aviso de “AGUARDANDO INÍCIO “ é
mostrado no vídeo ao operador.

A função M00 é programada geralmente para que o operador


possa virar a peça na placa, trocar ferramentas, trocar faixas de
rotações, etc.

Fim de Programa M02


Esta função é usada para indicar o fim de programa existente na
memória do comando.

Sentido Horário de Rotação do Eixo Árvore M03


Esta função gira o eixo árvore no sentido horário olhando-se
frontalmente.

A função M03 é cancelada por: M00, M01, M02, M04, M05 e


M30.

SENAI 54
Iniciação ao comando numérico

Sentido Anti-horário de Rotação do Eixo Árvore M04


Esta função gira o eixo árvore no sentido anti-horário olhando-se
frontalmente.
A função M04 é cancelada por: M00, M01, M02, M03, M05 e
M30.

Desliga o Eixo Árvore M05


Esta função quando programada pára imediatamente a rotação
do eixo árvore, cancelando as funções M03 ou M04.
A função M05 ao iniciar-se o programa já está ativa e é
cancelada pelas funções M03 e M04.

Libera giro de torre M06


Em máquinas que possuam troca automática de ferramentas,
toda vez que se seleciona uma determinada face da torre,
através da função “T”, esta deve ser acompanhada da função
M06 que permite o giro da torre, para que haja a troca das
mesmas.
Necessariamente, a função M06 não precisa vir no mesmo bloco
da função “T”.

55 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Liga o Refrigerante de Corte M08


Este código aciona o motor da refrigeração de corte e cancela-se
por M09, M00, M01, M02, M30.

Desliga o Refrigerante de Corte M09


Este código desliga o motor da refrigeração de corte e está ativo
ao inicia-se o programa.

Faixas de Rotação M10, M11, M12, M13, M14


Estas funções tem por finalidade indicar as faixas de rotação a
serem utilizadas de acordo com as especificações do fabricante.

SENAI 56
Iniciação ao comando numérico

Abrir a Placa M24


Esta função quando ativada efetua a abertura da Placa de
fixação da peça.

Fechar a Placa M25


Esta função quando ativada efetua o fechamento da placa de
fixação da peça.

Recua a manga do contra ponta M26


Esta função quando ativada efetua o recuo da manga do contra-
ponto.

57 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Avança a manga do contra ponta M27


Esta função quando ativada efetua o avanço da manga do
contra-ponto.

Fim de Programa M30


Esta função tem a mesma aplicação da função M02 para
comandos que trabalham com memória.

SENAI 58
Iniciação ao comando numérico

Condições Básicas ao se ligar a máquina CNC “Default”.

Dentre as funções Preparatórias, algumas são ativadas


automaticamente quando a máquina é ligada, dando-lhe assim
condições básicas de funcionamento, dentre as quais podemos
destacar as seguintes: G20 Programação em diâmetro, G40
Cancela compensação do raio da ponta da ferramenta, G71
Admite programação em milímetros, G90 Programação em
coordenadas absolutas, G95 Estabelece a programação em
avanço por rotação, G99 Cancela novas origens do sistema de
coordenadas absolutas. Estas funções podem ser modificadas
somente através de funções de cancelamento, ou mudanças nos
parâmetros da máquina.

59 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Ponto de troca

O ponto de troca é uma coordenada qualquer definida no


programa cujo objetivo é:

- Servir de ponto de partida para posicionamentos rápidos.


- Servir como ponto de parada para troca de ferramentas.
- Local seguro para giro de torre elétrica ou virar peças na placa.
- Paradas de programa, etc.

Este procedimento visa evitar colisões indesejáveis de


ferramentas, facilitar o trabalho por parte do operador da máquina
e aumentar a sua segurança.

:
T00
G54
G00 X150. Z150.
T0202 M06
:

SENAI 60
Iniciação ao comando numérico

Composição de um programa CNC Centur 20 RV

A composição de um programa CNC baseia-se nas informações


geométricas e tecnológicas necessárias para a execução de uma
determinada peça. Tal composição deverá ser estruturada com
os seguintes elementos:

Cabeçalho
Através do cabeçalho do programa são introduzidos o nome do
programa e as funções que determinam os modos de
programação, necessários a execução do programa, tais como o
sistema de coordenadas empregado, o plano de trabalho
desejado, o sistema de medição e etc.

Comentários
O caracter que define um comentário é o ponto e vírgula ( ; ).
O texto de um comentário deverá estar logo após o caracter “;”
através do qual é possível passar instruções ou informações ao
operador.
Os comentários devem ser inseridos no final do bloco ou em
blocos isolados, jamais no meio do bloco.
Um comentário poderá ter até 120 caracteres dos quais apenas
43 serão apresentados no campo de comentários da tela.
Obs: O comentário inserido no início do programa sem o número
de bloco (função N), será apresentado ao lado do número do
programa no diretório de programas do comando, caracterizando
assim o nome do mesmo.

Chamada de ferramenta
A chamada das ferramentas operantes é feita através da função
auxiliar “T” (formato T4, quatro dígitos), cujo os dígitos numéricos
definem o número da ferramenta e corretor, e também pelas
instruções inerentes a sua utilização tais como definição de Zero
Peça, Faixa de rotação, Definição de rpm e Sentido de giro.
Lembramos que na troca de ferramenta automática é efetuada
pela função “T”, seguida pela função miscelânea “M06” que libera
o giro de Torre.

61 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Origem Zero peça


Através da função preparatória G54 ou G55 define-se a
origem zero (X0,Z0), do sistema de coordenadas da peça.
Atenção: Este é um dado muito importante, pois caso queira
iniciar uma usinagem no meio do programa, por exemplo para
uma correção de medida, na falta da origem G54 ou G55 a
ferramenta procura o zero máquina, e ai a colisão é inevitável.

Faixa de rotação
As funções auxiliares de “M10 a M14” , determinam as
faixas de rotação que poderão ser utilizadas dentro das etapas
de usinagem.

Obs: As faixas acima referem-se a máquina CENTUR 20 RV

Definição do RPM e Sentido de giro

Na definição da rotação a função preparatória G96


deverá ser utilizada, quando se deseja promover a variação do
rpm dentro de uma determinada faixa de rotação, caso contrário,
deve-se usar a função G97 ou seja rpm direto.

Aplicando-se a função G96, através da função auxiliar “S”


determina-se o valor de Vc utilizado, com o qual o comando fará
os devidos cálculos de variação de rpm, de acordo com os
diâmetros usinados. Caso tenha sido feito o uso da função G97,
a função auxiliar “S” determina apenas o valor de rpm a ser
utilizado.

A função G92 deverá ser utilizada sempre que for feita a


programação usando a função G96, pois ela tem por finalidade
limitar a rpm máxima aplicada, indiferente do diâmetro usinado.
Já a função miscelânea M03 (sentido horário de giro) ou M04

SENAI 62
Iniciação ao comando numérico

(sentido anti-horário de giro) definem o sentido de giro da placa,


visto frontalmente.

Blocos de Usinagem
Um bloco de usinagem contém todas as informações necessárias
à execução de uma etapa do programa. Está limitado em 43
caracteres por linha e pode ser subdividido em várias linhas de
programação.
O número do bloco pode ser escolhido livremente, obedecendo a
uma ordem de aparecimento na programação, porém, não
deverá haver mais de um bloco com o mesmo número.
É permitida a programação sem numeração de bloco, porém,
neste caso não será possível o adiantamento do programa para
um bloco intermediário nem a utilização de instruções de salto.

Ponto de troca
O ponto de troca é um posicionamento definido na programação
para promover as trocas de ferramentas necessárias à execução
da peça.
Lembramos que para isso deve-se desligar o eixo árvore (através
de M00 para troca manual ou M06 para troca automática) , e
normalmente é efetuado através da sintaxe T00 seguida pelo
Zero Peça e posicionamento desejado (Vide Estrutura Básica de
Programação).

Final de Programa
O final do programa será representado por uma função
miscelânea específica entendida pelo comando, e tal instrução
deverá estar sozinha na sentença e na última linha de
programação, a qual promoverá o retorno ao início do programa.

63 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Estrutura Básica de Programação

Cabeçalho do Programa

; NOME (Nome do Programa, visível na página de diretório)


N10 G99 (Cancela Zero Temporário)
N20 G90 (Progr. no Sistema de coordenadas Absolutas)
N30 G95 (Programação em avanço por rotação)
N40 G71 (Programação em Milímetros mm)
N50 G18 (Plano de Trabalho X,Z)

Chamada de Ferramenta

N60 T0101 M06 (Chamada da Ferramenta e Corretor )


N70 G54 (Estabelece o zero peça)
N80 M13 (Faixa de rotação)
N90 G96 (Programação em velocidade de corte constante VC)
N100 S _____ (Valor de VC)
N110 G92 S _______ M03 (Limite de rpm e sentido de giro)
N120 G00 X ___ Z ___ M08 (Pto de Troca e Liga o refrig.)

Blocos de Usinagem

N130 G00 X50. Z45. (Posicionamento rápido)


N140 G01 X50. Z10. F.25 (Interp. com avanço Programado)

SENAI 64
Iniciação ao comando numérico

Troca de Ferramenta
:
N200 G00 X __ Z __ M09 (Ponto de Troca e Desliga o refrig.)
N210 M00 (Parada programada)
N220 T0202 M06 (Chamada da próxima Ferramenta)
N230 G54 (Estabelece o zero peça)
N240 M13 (Faixa de rotação)
N250 G96 (Programação em vel. de corte constante VC)
N260 S _____ (Valor de VC)
N270 G92 S _______ M03 (Limite de rpm e sentido de giro)

N280 : (Processo de Usinagem)

Final de Programa

N290 G00 X ___ Z ___ M09 (Pto de Troca e Desliga o refrig.)


N360 M30 (Finaliza o Programa)

Obs: O rpm também pode ser definido através de rotação direta


usando a função G97.

:
N80 G97 (Programação em rpm direto)
N90 S 1500 M03 (Valor de rpm / sent. de giro)
:

65 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Programação Convencional Ponto a Ponto

Interpolação linear

Posicionamento Rápido G00

Esta função realiza movimentos nos eixos com a maior


velocidade de avanço disponível para cada modelo de máquina,
devendo ser utilizada somente para posicionamentos sem
nenhum tipo de usinagem.

G00 X... Z... ( M... ) #

onde:

X - Definição de posicionamento final no eixo X (diâmetro)


Z - Definição de posicionamento final no eixo Z (comprimento)
(M) - Definição de Função Miscelânea
# - Fim de bloco ou sentença

Exemplo:
:
N10 G00 X95. Z70. M08 #
:
Obs:
-A função G00 é Modal portanto cancela (G01,G02,G03).
- Graficamente é representada por linhas tracejadas .
- Utilizar a função G00 somente para posicionamentos sem
nenhum tipo de usinagem.

SENAI 66
Iniciação ao comando numérico

Interpolação Linear com avanço programável G01

Esta função realiza movimentos retilíneos com qualquer ângulo,


calculado através das coordenadas de posicionamento descritas,
utilizando-se de uma velocidade de avanço (F) pré determinada
pelo programador.

G 01 X... Z... F... (M...) #


onde:
X - Definição de posicionamento final no eixo X (diâmetro)
Z - Definição de posicionamento final no eixo Z (comprimento)
F - Avanço programado
(M)- Definição de Função Miscelânea
# - Fim de bloco ou sentença

Exemplo:
:
N25 G01 X20. Z42. F.1#
:

Obs:
- O avanço é um dado importante de corte e é obtido levando-se
em conta o material, a ferramenta e a operação a ser executada.
- Geralmente nos tornos CNC utiliza-se o avanço em mm/rotação,
mas também pode ser utilizado mm/min.
- A função G01 é Modal portanto cancela (G00,G02,G03) .

67 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Usinar a peça abaixo usando as funções G00 e G01.
- Desbastar a peça com passes de 5 mm no diâmetro.
- Deixar um sobremetal para acabamento de 1 mm no diâmetro e
0,5 mm na face.
- Efetuar o desbaste e o acabamento com a mesma ferramenta.

1. DESENHO DA PEÇA:

SENAI 68
Iniciação ao comando numérico

OBSERVAÇÕES:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
; EIXO # Nome do programa
N05 T0101; DESB. # Ferr. / corretor
N10 G54 #
N15 M13 # Faixa de rotação
N20 G96 # Prog. em Vc constante
N25 S 180. # Valor de Vc
N30 G92 S1300 M03 # RPM / Sent. giro
N35 G00 X150. Z150. M08# Ponto de troca
N40 G00 X36. Z37. # Pos. Rápido
N45 G01 X36. Z20.5 F.25 # 1° Passe de desbaste
N50 G00 X41. Z37. # Recuo da ferramenta
N55 G00 X31. Z37. # Pos. Rápido p/ 2 passe
N60 G01 X31. Z20.5 # 2° Passe de desbaste
N60 G00 X36. Z37. # Recuo da ferramenta
N65 G00 X26. Z37. # Pos. Rápido p/ 3passe
N70 G01 X26. Z20.5 # 3° Passe de desbaste
N75 G00 X31. Z37. # Recuo da ferramenta
N80 G00 X21. Z37. # Pos. Rápido p/ 4 passe
N85 G01 X21. Z20.5 # 4° Passe de desbaste
N90 G00 X26. Z37. # Recuo da ferramenta
N95 G00 X0 Z37. # Pos. Rápido /
N100 G01 X0 Z35. F .15 # Aprox. / pto inicial.
N105 G01 X20. Z35.# Faceamento frontal .
N110 G01 X20. Z20.# Torneamento
N115 G01 X41. Z20.# Faceamento do rebaixo.
N120 G01 X41. Z12.# Torneamento
N125 G01 X45. Z12.# Recuo da ferramenta.
N130 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N135 M30 # Final de programa

69 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Usinar a peça abaixo usando as funções G00 e G01.
- Desbastar a peça com passes de 3 mm no diâmetro.
- Deixar um sobremetal para acabamento de 1 mm no
diâmetro e 0,5 mm na face.
- Efetuar o desbaste e o acabamento com a mesma
ferramenta.

1. DESENHO DA PEÇA:

PONTO DE TROCA X ________, Z _________

SENAI 70
Iniciação ao comando numérico

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO X EIXO Z AUXIL./ MISCELÂNEAS

71 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Tempo de permanência G04 (Aplicação no Centur 20 RV)

Com esta função entre um deslocamento e outro da ferramenta,


pode-se programar um determinado tempo para que a mesma
permaneça parada. A função G04 executa essa permanência,
cuja duração é definida por um valor “D” associado, que define o
tempo em segundos ( 00,01 a 00,99 segundos ).

G04 D... #
Onde:D - Tempo de permanência em segundos.

Exemplo 01 (Canal)

:
N30 G00 X29. Z-20. M08 #
N35 G01 X20. Z-20. F .05 #
N40 G04 D1. #
N45 G00 X29. Z-20. #
N50 G00 X150. Z50. M09 #
:

Exemplo 02 (Furo de centro)

:
N30 G00 X0 Z2. M08 #
N35 G01 X0 Z-1. F .05 #
N40 G04 D1. #
N45 G01 X0 Z-6.5 #
N50 G04 D1. #
N55 G00 X0 Z2. #
N60 G00 X150. Z50. M09 #
:

Obs:
- Na primeira vez que um bloco com G04 aparece no programa, a
função “D” deve ser incluída no bloco
- A função G04 não é MODAL porém os novos tempos usados
nos blocos seguintes e que tiverem o mesmo valor da função “D”,
podem ser requeridos apenas com a programação da função
G04.
SENAI 72
Iniciação ao comando numérico

Ciclos Automáticos de usinagem

Ciclos Fixos

Os ciclos fixos consistem em uma série de funções preparatórias


pré-determinadas, que executam operações de usinagem
através de uma única sentença de programação.

Estas sentenças comandam os movimentos de todos os eixos


e a utilização das funções auxiliares nelas contidas.

Os ciclos fixos ajudam assim na execução de operações


complexas tais como desbastes, roscamentos, furações e outras,
pois, elimina a necessidade de informações repetitivas de
programação.

Dentre os vários ciclos fixos podemos destacar os seguintes:

 G37 Ciclo automático de roscamento (volume)


 G66 Ciclo automático de desbaste longitudinal
 G74 Ciclo de desbaste Longitudinal
 G74 Ciclo de furação com descarga de cavacos
 G75 Ciclo de desbaste transversal
 G75 Ciclo de faceamento e canais com quebra de cavacos

73 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Ciclo de torneamento função G74

A função G74 pode ser também utilizada como ciclo de


torneamento paralelo ao eixo Z, o qual executa a usinagem
com sucessivos passes até o diâmetro desejado, utilizando-
se das informações contidas na sentença.

G74 X... Z... I... (U1) F... #

Onde:

X= Diâmetro final (absoluto)


Z= Posição final (absoluto)
I= Incremento por passada no diâmetro (incremental)
(U1)= Recuo angular da ferramenta
F= Avanço

Nota
Se houver a função “U1” no ciclo de torneamento, a cada
passada efetuada o comando fará um retorno em X, no
sentido contrário à penetração e com valor da função “I” .

Observação:

O posicionamento inicial do ciclo G74, é que define se o


torneamento é externo ou interno.

SENAI 74
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Programação da função G74 como ciclo de torneamento

1. DESENHO DA PEÇA:

2. PROGRAMAÇÃO:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
:
N30 T 0101;.Desbaste # Selec.ferr / corretor
N35 G54 # Origem zero peça
N40 M12 # Faixa de rotação
N45 G97 # Progr.em rpm direta
N50 S650 M03 # rpm/sent. de giro
N55 G00 X54. Z83. M08 # Posic. inicial
N60 G74 X33. Z28. U1 I6. F.2 # Ciclo de torneamento
N65 M09 # Desliga refrigerante
N70 G00 X150. Z150.# Ponto de troca
N75 M30 # Fim de programa

75 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Ciclo de furação função G74

A aplicação da função G74 como ciclo de furação, realiza


furações com descarga de cavacos, evitando com esse
procedimento uma possível quebra da broca utilizada.

G74 Z... ( W... ) F... #

Onde:

Z = Posição Final. ( absoluto )


(W) = Distância para quebra de cavacos. ( incremental )
F = Avanço programado para furação.

Nota:
A função G74 não é MODAL

Observação:
Na ausência da função W, o eixo Z avança para o ponto final em
movimento contínuo.

SENAI 76
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Programação da função G74 ( como ciclo de furação)

1. DESENHO DA PEÇA:

Observação: No último passe de penetração, a broca retorna ao


ponto inicial.

2. FERRAMENTAS:

Broca de centro
Broca Helicoidal  15 mm

77 SENAI
Iniciação ao comando numérico

3. PROGRAMAÇÃO:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP. EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
; BUCHA # Nome
N05 T0101;Broca centro# Selec.ferr./corretores
N10 G54 # Origem zero peça
N15 M13 Faixa de rotação
N20 G97 Progr.em rpm direta
N25 S1000 M03 # rpm/sentido de giro
N30 G00 X150. Z150. # Ponto de troca
N35 G00 X0 Z75. M08 # Posic. rápido
N40 G01 X0 Z69. F.05 # Ref. de centro
N45 G04 D1. # Parada
N50 G01 X0 Z60. # Abre o furo de centro
N55 G04 D1. # Parada
N60 G00 X0 Z75. Recuo
N65 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N70 M00 # Parada no Programa
N75 T0202; Broca 12mm# Selec.ferr./corretores
N80 G54 # Origem zero peça
N85 M13 # Faixa de rotação
N90 G97 # Progr.em rpm direta
N95 S650 M03 # rpm/sentido de giro
N100 G00 X0 Z75. M08 # Posic. inicial
N105 G74 Z-5. W 15. F.15 # Ciclo de furação
N110 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N115 M30 # Fim de programa

SENAI 78
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Programação da função G74 como dupla função.

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS:

Obs: Procurar códigos de ferramentas em catálogos de fabricante.

79 SENAI
Iniciação ao comando numérico

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / MISCELÂNEAS
X Z

SENAI 80
Iniciação ao comando numérico

Ciclo de faceamento função G75

A função G75 pode ser utilizada como ciclo de torneamento


paralelo ao eixo X, auxiliando nos trabalhos de desbaste
como ciclo de faceamento.

G75 X... Z... K... (U1) F... #

Onde:

X= Diâmetro final (absoluto)


Z= Posição final (absoluto)
K= Incremento por passada em Z (incremental)
(U1)= Recuo angular da ferramenta (incremental)
F= Avanço

Observação:
Se houver a função “U1” no ciclo de faceamento, então a
cada passada o comando fará um retorno no eixo Z, no
sentido contrário à penetração, com valor da função K até a
posição inicial X.

81 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Programação da função G75 como ciclo de Faceamento

1. DESENHO DA PEÇA:

2. PROGRAMAÇÃO:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
:
N30 T 0101;Facear # Selec. ferra./correto
N35 G54 # Origem zero peça
N40 M12 # Faixa de rotação
N45 G97 # Progr. em rpm direta
N50 S650 M03 # rpm/sentido de giro
N55 G00 X95. Z28. M08 # Posici. inicial
N60 G75 X25. Z15. K2. U1 F.2 # Ciclo de faceamento
N65 M09 # Desliga refrigerante
N70 G00 X150. Z150.# Ponto de troca
N75 M30 # Fim de programa

SENAI 82
Iniciação ao comando numérico

Ciclo de canais Função G75

Este ciclo permite o sangramento de canais eqüidistantes, com


quebra de cavacos, programados em um único bloco de
programação.

G75 X... Z... ( W...) K... ( D... ) F... #

Onde:

X = Diâmetro Final. (absoluto)


Z = Posição Final. (absoluto) Obs: último canal
(W) = Distância para quebra de cavacos. (incremental) Obs: no
diâmetro
K = Incremento por passada em Z. (incremental) Obs: distância
entre canais
(D) = Tempo de permanência. (segundos)
F = Avanço.

Notas:
A função G75 não é Modal:
Na ausência do parâmetro “W” , o eixo “X” avança para o
diâmetro final com movimento contínuo.

Observação:
Somente usar o ciclo para canais eqüidistantes.

83 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo: Usar a função G 75 (como ciclo de canal )

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS E CÁLCULOS:

Observação: A largura da ferramenta deverá estar na medida

SENAI 84
Iniciação ao comando numérico

3. PROGRAMAÇÃO

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
; EIXO COM CANAIS# Nome do programa
N10 T 0101 M06 ; CENTRO # Selec.ferr / corretor
N15 G54 # Origem zero peça
N20 M13 # Faixa de rotação
N25 G97 # Rpm direto
N30 S1000 M03 # Rpm / sent. de giro
N35 G00 X150. Z150. M08 # Ponto de troca inicial
N40 G00 X0 Z102. # Posic. inicial
N45 G01 X0 Z99. F.1 #
N50 G04 D1. #
N55 G01 X0 Z92. #
N60 G04 D1. #
N65 G00 X0 Z102. #
N70 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N75 M00 # Parada no programa
N80 M27 # Avança a Manga
N85 T 0202 M06 # Selec.ferr / corretor
N90 G54 # Origem zero peça
N95 M13 # Faixa de rotação
N100 G97 # Rpm direto
N105 S1500 M03 # Rpm / sent. de giro
N110 G00 X68. Z102. M08 # Posic. inicial
N115 G74 X61. Z81.2 I4. U1 F.25 #
N120 G00 X54. Z102.
N125 G01 X54. Z100.
N130 G01 X60. Z97.
N135 G01 X60. Z81.
N140 G01 X75. Z81.
N145 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca

85 SENAI
Iniciação ao comando numérico

N155 T 0303 M06 ; CANAL # Selec.ferr / corretor


N165 G54 # Origem zero peça
N170 M13 # Faixa de rotação
N175 G97 # Rpm direto
N180 S1000 M03 # Rpm / sent. de giro
N185 G00 X75. Z67. M08 # Posic. inicial
N190 G 75 X60. Z25. K14. F.1 D1. W5. #
N195 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N200 M00 # Parada no programa
N205 M26 # Recua a Manga
N210 M30 # Fim de programa

SENAI 86
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Programação da função G75 como dupla função

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS:

Obs: Procurar códigos de ferramentas em catálogos de fabricante.

87 SENAI
Iniciação ao comando numérico

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / MISCELÂNEAS
X Z

SENAI 88
Iniciação ao comando numérico

Compensação automática do raio da ferramenta

Nas máquinas CNC, o comando entende como ponta da


ferramenta o ponto comandado da mesma.
O ponto comandado é um ponto no espaço que se encontra no
cruzamento das linhas X e Z que tangenciam o raio do inserto.
Porém a ponta útil da ferramenta, na verdade são todos os
pontos de contato que tangenciam o raio do inserto.

89 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Em algumas situações de usinagem o ponto comandado não


interfere no dimensionamento final da peça, como no caso de
faceamentos e torneamentos cilíndricos.
Nesses casos o ponto comandado equivale à ponta útil da
ferramenta, ou seja o ponto de contato tangencial do raio do
inserto.

SENAI 90
Iniciação ao comando numérico

Porém em situações de usinagem como torneamentos de


superfícies cônicas ou curvilíneas, há necessidade de se fazer a
compensação do raio da ferramenta, para que não haja
distorções de dimensionamento final da peça, em função do
ponto comandado não equivaler à ponta útil da ferramenta.

Nestas situações de usinagem a compensação do raio da


ferramenta se dá através de cálculos efetuados pelo comando,
em função do valor do raio do inserto determinado no ajuste da
máquina para cada ferramenta operante, transferindo com esses
cálculos o ponto comandado para a ponta útil da ferramenta.

91 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Nas figuras abaixo podemos ver claramente a aplicação da


compensação do raio da ferramenta.

Sem compensação:

Com compensação:

SENAI 92
Iniciação ao comando numérico

Lado de corte para compensação do raio da ferramenta

O lado de corte “L” é um dado definido pelo operador na


preparação da máquina (Pre-Set), informando ao comando o
lado de ataque das ferramentas operantes durante a
usinagem.

Esta definição se dá através de códigos, levando-se em


consideração a orientação dos eixos e é um dado essencial
para que o comando faça os cálculos de compensação.
Caso o comando não receba esta informação ele fará uso de
seu valor padrão “00”

Obs: Os códigos acima também se aplicam para torre Dianteira.

93 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Funções de compensação do raio da ferramenta G41,G42,G40

As funções de compensação G41 e G42 selecionam o valor do


raio da ponta da ferramenta, estando ela à esquerda ou à direita
da peça a ser usinada, vista em relação ao sentido do avanço de
corte da ferramenta, para os devidos cálculos de compensação,
devendo após sua utilização serem canceladas pela função G40.

 Compensação do raio da ferramenta G41 (à esquerda)

A função G41 é Modal portanto cancela G40 e seleciona o valor


do raio do inserto para os cálculos de compensação, estando à
esquerda da peça a ser usinada, vista em relação ao sentido de
avanço de corte.
A função da compensação deve ser programada em um bloco
separado e ser seguido por um bloco de aproximação em
movimento linear G01, para que o comando possa fazer a
compensação de raio da ferramenta dentro deste movimento,
onde recomenda-se que não haja nenhum tipo de usinagem.
Exemplo:
N35 G41 #
N40 G01 X... Z... F... #(Este bloco será utilizado para a
compensação)

 Compensação do raio da ferramenta G42 (à direita)

A função G42 é Modal portanto cancela G40 e implica em


compensação similar a G41, exceto que a direção de
compensação à direita da peça a ser usinada, vista em relação
ao sentido de avanço de corte.
Como na função G41 a função G42 deverá ser programada em
um bloco separado e ser seguido por um bloco de aproximação.
Exemplo:
N35 G42 #
N40 G01 X... Z... F... # (Este bloco será utilizado para a
compensação)

SENAI 94
Iniciação ao comando numérico

Observações:
1. A escolha do código G41 ou G42 adequado para cada caso,
será feito em função do sentido longitudinal de corte na
usinagem.
2. Nunca se deve usar o código G00 (avanço rápido) quando se
estiver compensando o raio da ferramenta.
3. Os ciclos fixos não são possíveis quando estiver
compensando o raio da ferramenta.
4. A função “L” (lado de corte da ferramenta para compensação),
e “R” (raio do inserto), deverá ser informado ao comando pelo
operador no Pre Set da máquina.

 Cancela a compensação do raio da ferramenta G40

A função G40 é Modal e cancela as funções de compensação


previamente solicitadas G41 ou G42, e esta ativa quando a
máquina é ligada.
A função G40 deve ser programada em um bloco separado, e
quando solicitada pode utilizar o bloco posterior com avanço
linear G01 para efetuar a descompensação, onde recomenda-se
que não haja nenhum tipo de usinagem

Exemplo:
N35 G40 #
N40 G01 X... Z... F... # (Este bloco será utilizado para a
descompensação)

95 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Códigos de compensação do raio da ferramenta

Torre traseira

Obs: Quadrante negativo invertem-se os códigos.

SENAI 96
Iniciação ao comando numérico

Códigos de compensação do raio da ferramenta

Torre Dianteira

Obs: Quadrante negativo invertem-se os códigos.

97 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Interpolação Circular G02 e G03

Nas interpolações circulares a ferramenta deve deslocar-se entre


dois pontos, executando a usinagem de arcos pré-definidos,
através de uma movimentação apropriada e simultânea dos
eixos.
A interpolação circular é regida pela regra da mão direita e
deslocará a ferramenta da seguinte forma:
 Ao longo de uma circunferência,
- No sentido horário G02
- No sentido anti-horário G03

Definida pelo tipo de torre utilizada (dianteira ou traseira) e pelo


sentido de corte da usinagem.

 Em um plano de trabalho selecionado (XY, XZ ou YZ).


- G17 plano X-Y
- G18 plano X-Z (torno)
- G19 plano Y-Z

SENAI 98
Iniciação ao comando numérico

 Do ponto inicial (P1) até o ponto final (P2) descrevendo uma


trajetória circular.

A Interpolação circular pode ser feita das seguintes maneiras:

99 SENAI
Iniciação ao comando numérico

1- Através da definição do valor do raio, pela função R.


G02 / G03 X... Z... R... #

Onde:

X - Definição do posicionamento final no eixo X (diâmetro).


Z - Definição do posicionamento final no eixo Z (comprimento).
R - Raio
# - Fim de bloco

Exemplo:
:
N25 G03 X40 Z30 R5 #
:

Obs:
As funções G02 e G03 não são modais, cancelam a função G00
e só autorizam o código G01 para movimentos subsequentes.

SENAI 100
Iniciação ao comando numérico

2- Através de coordenadas do centro do arco, pelas funções I e k.

G02 / G03 X... Z... I... K... #

Onde:
X - Definição do posicionamento final no eixo X (diâmetro).
Z - Definição do posicionamento final no eixo Z (comprimento).
I - Coordenada do centro do arco, co-direcional paralela ao eixo
X
K- Coordenada do centro do arco, co-direcional paralela ao eixo
Z
# - Fim de bloco

As funções I e K são programadas tomando-se como referência a


distância do centro do arco até a origem do sistema de
coordenadas.

Exemplo:
:
N25 G03 X80 Z22 I74 K22 #
:

101 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Notas:
A função “I” deve ser programada em diâmetro.
Caso o centro do arco ultrapasse a linha de centro
deveremos dar o sinal correspondente ao quadrante.
O sentido de execução da usinagem do arco define se
este é horário ou anti-horário.
Observações:
No caso de termos ferramentas trabalhando em
quadrantes diferentes, no eixo transversal (quadrante negativo),
devemos inverter o código de interpolação circular ( G02 e
G03 ) em relação ao sentido da ferramenta.
Antes da execução do bloco contendo a interpolação
circular o comando verifica automaticamente o arco e se for
geometricamente impossível a execução, o comando pára,
mostrando a mensagem G02/G03 -DEF.ILEGAL.

SENAI 102
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Aplicar as Funções G00, G01, G02/G03, (usando as funções R e
IK) somente como acabamento.

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS:

SUPORTE
SVJBR 2020 K16

PASTILHA
VBMT 160408 UR

103 SENAI
Iniciação ao comando numérico

OBSERVAÇÕES:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / ANÁLISE
X Z MISCELÂNEAS
: Desbaste anterior
N40 T0202; ACAB. # Chamada de ferr./corr.
N45 G54 # Origem zero peça
N50 M13 # Faixa de rotação
N55 G96 # Prog. em Vc constante
N60 S180. # Valor de Vc
N65 G92 S1500 M03 # Limite de RPM/Sent.giro
N70 G00 X0. Z82. M08 # Posicionamento rápido
N75 G42 # Compensação de raio
N80 G01 X0. Z80. F.2 # Aproximação
N85 G01 X21. Z80. # Faceia
N90 G01 X24. Z78.5 # Interpola chanfro
N95 G01 X24. Z50. # Torneia rebaixo
N100 G02 X44. Z40. R 10. # Interpola raio anti-hor.
N105 G01 X50. Z25. # Interpola chanfro
N110 G01 X74. Z25. # Faceia
N115 G03 X80. Z22. R 3. # Interpola raio horário
N120 G01 X80. Z12. # Torneia  maior
N125 G40 # Descompensação
N130 G01 X84. Z12. # Recua
N135 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N140 M30 # Final de programa

N100 G02 X44. Z40. I 44. K 50. # Interpola raio anti-hor.


N115 G03 X80. Z22. I 74. K 22. # Interpola raio horário

SENAI 104
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
Objetivo:
Usinar a peça abaixo externa e internamente somente como
acabamento.

Considerar:
A peça já vem com o furo de  18 mm passante
Torre dianteira

1. DESENHO DA PEÇA:

3. FERRAMENTAS:

105 SENAI
Iniciação ao comando numérico

OBSERVAÇÕES:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / MISCELÂNEAS
X Z

SENAI 106
Iniciação ao comando numérico

OBSERVAÇÕES:

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO EIXO AUXILIARES / MISCELÂNEAS
X Z

107 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Ciclo Automático de Desbaste Longitudinal G66

Este ciclo permite a usinagem de desbaste completa da peça


utilizando-se apenas de um bloco de programação, contendo os
parâmetros necessários para sua execução.

G66 X... Z... I... K... ( U1 ) W... P... F... #

Onde:

X = Diâmetro de referência para início de torneamento (vide regra


de posicionamento)
Z = Comprimento de referência para início de torneamento (vide
regra de posicionamento)
I = Sobremetal para acabamento no eixo X
K = Sobremetal para acabamento no eixo Z
(U1) = Pré-alisamento paralelo ao perfil final, mantendo as
dimensões pré-estabelecidas
W = Incremento por passada no diâmetro
P = Sub-programa que contém as dimensões de acabamento do
perfil final da peça
F = Avanço programado para desbaste

Exemplo:
:
N50 G66 X75. Z82 I1. K.2 U1 W3. F.2 P10 #
:

SENAI 108
Iniciação ao comando numérico

Notas:

- Na função G66 o sub-programa não aceita inversões de cotas


nos eixos “X” e “Z”.

- A função G66 não é Modal e requer um sub-programa com as


dimensões de acabamento da peça .

- Sempre o último valor de ‘X’ do sub-programa (Externo ou


Interno), deverá informar o diâmetro bruto do material, no caso de
furos informar seu diâmetro.

Regra de posicionamento para os eixos X e Z

 A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste


externo deverá seguir as seguintes condições:

X = Maior diâmetro da peça em bruto + 4 mm


Z = Comprimento da peça em bruto + 2 mm

 A regra para posicionamento inicial do ciclo de desbaste


interno deverá seguir as seguintes condições:

X = Menor diâmetro da peça em bruto - 4 mm


Z = Comprimento da peça em bruto + 2 mm

Observações:

Para utilizarmos o mesmo sub-programa de desbaste, no


acabamento da peça, utilizando-se ferramentas diferentes, será
necessário que ambas estejam no mesmo quadrante.

As funções “G” admissíveis no sub-programa são G1,G2,G3,G4 e


G73.

109 SENAI
Iniciação ao comando numérico

Comportamento do ciclo G66

1- Partindo do posicionamento inicial (P1) o ciclo efetua passes


de desbaste Longitudinais respeitando os parâmetros
programados na função.

2- Uma vez programado o parâmetro U1 o ciclo realiza um pré-


alisamento paralelo ao perfil final, mantendo o sobremetal.

3- Após executar o ciclo de desbaste a ferramenta retornará


automaticamente ao ponto inicial (P1) programado no bloco G66

SENAI 110
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO EXTERNO

Objetivo:
Usar a função G66 (ciclo de desbaste longitudinal externo),
usando o seu sub-programa para o acabamento.

Obs: Material com 1 mm sobre metal no comprimento.


Não pode haver inversão de eixos em G66.
Durante a compensação de raio da ferramenta não pode
ter a função G00.

1. DESENHO DA PEÇA:

2- FERRAMENTAS:
T0101-
PCLNR 2020 K12
CNMG 120408 QM

T0202-
SVJCR 2020 K16
VBMT 160408 UR

111 SENAI
Iniciação ao comando numérico

PROGRAMA PRINCIPAL
N. F. POSIC. FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO X EIXO Z AUXILIARES ANÁLISE
;EIXO # Nome do programa
N05 G99 # Zero máquina
N10 T0101;DESB.# Selec. Ferr. e corretor
N15 M06 # Libera giro de torre
N20 G54 # Origem zero peça
N25 M13 # Faixa de rotação
N30 G96# Progr. em V C cte
N35 S180. # Valor de V C
N40 G92 S1500 M03 # rpm e sentido de giro
N45 G00 X150. Z150. # Ponto de troca
N50 G00 X80. Z85. M08 # Posic. rápido / Refrig.
N55 G01 X-1. Z85. F.1 # Faceamento
N60 G66 X76. Z87. I1. K.2 U1 W4. F.25 P10 # Ciclo de desbaste
N65 G00 X150. Z150. M09 # Ponto de troca
N70 T0202; ACAB.# Selec. Ferr. e corretor
N75 M06 # Libera giro de torre
N80 G54 # Origem zero peça
N85 M13 # Faixa de rotação
N90 G96# Progr. em V C cte
N95 S180. # Valor de V C
N100 G92 S1500 M03 # rpm e sentido de giro
N105 G00 X26. Z87. # Posic. rápido
N110 G42 # Compensar o raio
N115 P10 # Chama sub-programa
N120 G01 X74. Z67.464 F1. #
N125 G01 X30. Z67.464 F.1 # Aprox. para mergulho
N130 G01 X26. Z60. # Efetua o mergulho
N135 G01 X26. Z52. #
N140 G02 X30. Z50. R2. #
N145 G01 X54. Z50. #
N150 G40 # Descompensa o raio
N155 G01 X56. Z50. M09 # Descompensação
N160 G00 X150. Z150. # Ponto de troca
N165 M30 # Fim de programa

SENAI 112
Iniciação ao comando numérico

SUB-PROGRAMA ( P 10 )
;EIXO_SB # Nome do sub-programa
N05 G01 X26. Z85. F.15 # Aproximação usada p/ compensar
N10 G01 X30. Z83. # Interpola chanfro
N15 G01 X30. Z50. # Torneia rebaixo
N20 G01 X40. Z50. # Faceia o rebaixo
N25 G03 X50. Z45. R 5.# Interpola raio
N30 G01 X50. Z30. # Torneia rebaixo
N35 G01 X70. Z20. # Interpola chanfro
N40 G01 X72. Z20. # Considera o Material bruto
M02 # Final do sub-programa

113 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO INTERNO

Objetivo:
Aplicar a função G66 (ciclo de desbaste) internamente.

Considerar:
A peça já vem com o furo de  22 mm por 25 mm de comprimento
Usinar utilizando apenas 1 (uma ) ferramenta
Desbastar usando ciclo fixo G66
Utilizar sub-programa para dar o acabamento

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS:

SUPORTE
S16R SCLCR 09M

PASTILHA
CCMT 09T304 UR 415

SENAI 114
Iniciação ao comando numérico

PROGRAMA PRINCIPAL

N. F. POSIC. FUNÇÕES
BLOCO PREP EIXO X EIXO Z AUXILIARES ANÁLISE
;CANECA # Nome do programa
N05 G99 # Zero máquina
N10 T0101;DESB. ACAB.# Ferr. e corretor
N15 M06 # Libera giro de torre
N20 G54 # Origem zero peça
N25 M13 # Faixa de rotação
N30 G96# Progr. em V C cte
N35 S180. # Valor de V C
N40 G92 S1500 M03 # rpm e sentido de giro
N45 G00 X100. Z100. M08 # Ponto de troca
N50 G66 X16. Z2. I1. K.2 U1 W1.5. F.25 P10 # Ciclo de desbaste
N55 G00 X46. Z2. #
N60 G41 # Compensar o raio
N65 P10 # Sub-programa
N70 G40 # Descompensação
N75 G01 X18. Z-21. #
N80 G00 X18. Z50. #
N85 G00 X100. Z100. M09 # Ponto de troca
N115 M30 Fim de programa

SUB-PROGRAMA ( P 10 )

;EIXO_SB # Nome do sub-programa


N05 G01 X46. Z0. F.15 #
N10 G02 X42. Z-2. R2.#
N15 G03 X32. Z-7. R5. #
N20 G01 X32. Z-21.
N25 M02 # Final do sub-programa

115 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo: Desbastar usando G66 e dar acabamento usando


o subprograma. Sangrar aplicando a função G04 no fundo
do canal com um tempo de 1 segundos.

- DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS:

SENAI 116
Iniciação ao comando numérico

PROGRAMA PRINCIPAL
N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP. EIXO X EIXO Z COMPLEMENTARES

117 SENAI
Iniciação ao comando numérico

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP. EIXO X EIXO Z COMPLEMENTARES

SUB-PROGRAMA P______

SENAI 118
Iniciação ao comando numérico

Roscamento Automático G37

Esta função permite abrir roscas em diâmetros externos e


internos, roscas paralelas e cônicas, simples ou de múltipla
entrada com apenas um bloco de informação, sendo que o
comando fará o cálculo de quantas passadas serão necessárias
para o roscamento, mantendo sempre o mesmo volume de
cavaco da primeira passada.

G37 X... Z... (I...) K... D... E... (A...) (B...) (W...) (U...) (L...) #

Onde:
X = Profundidade final de roscamento (diâmetro) (absoluto)
Z = Posição final do comprimento da rosca (absoluto )
(I) = Conicidade incremental no eixo X para rosca cônica
(diâmetro) (incremental)
Obs: No caso de rosca cônica interna, o valor da função “I”
deverá ser negativo
K = Passo da rosca (incremental)
D = Profundidade da 1ª passada
Onde: H = Altura do filete no diâmetro
(H = (0.65 x passo) x 2)

119 SENAI
Iniciação ao comando numérico

E = Distância de aproximação para início de roscamento


(incremental) (diâmetro)
E= Diâmetro posicionado - Diâmetro externo (usinagem
externa)
E= Diâmetro da crista - Diâmetro posicionado (usinagem
interna)
(A) = Abertura angular entre entradas da rosca (graus)
Obs: O valor dado a “K” é o passo nominal multiplicado pelo nº
de entr. da rosca.
(B) = Ângulo de alimentação para roscamento (graus)
(W) = Parâmetros para ângulo de saída de rosca
W0 = 90 graus, W1 = 30 graus, W2 = 45 graus, W3 =
60 graus
(U) = Profundidade do último passe da rosca (diâmetro)
(incremental)
(L) = Número de repetições do último passe da rosca
(acabamento)

SENAI 120
Iniciação ao comando numérico

EXEMPLO DE FIXAÇÃO
Objetivo: Usar a função G37 ciclo de roscamento automático com
11 passadas

1. DESENHO DA PEÇA:
CÁLCULOS:
H = (0.65x 2.5) x 2 = 3.25 Diâmetro interno X = 20 - 3.25 = 16.75
D = Profundidade da 1ª passada E = 25-20 = 5

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP. EIXO X EIXO Z AUXILIARES / MISCELÂNEAS
: Operações anteriores
N25 T0404; ROSCAR #
N30 G54 #
N35 M12 #
N40 G97 #
N45 S600 M03 #
N50 G00 X35. Z65. M08 # (Posicionamento rápido)
N55 G01 X25. Z65. F1. # (Posicionamento inicial)
N60 G37 X16.75 Z28.5 K2.5 D.98 E5. B60. U.05 L2 #
N65 M09 #
N70 G00 X100. Z120. #
N75 M30 #

121 SENAI
Iniciação ao comando numérico

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO

Objetivo:
Executar a rosca abaixo, usando a função G37 ( ciclo de roscamento
automático ) com 9 passes

1. DESENHO DA PEÇA:

2. FERRAMENTAS E CÁLCULOS:

SENAI 122
Iniciação ao comando numérico

3. PROGRAMAÇÃO :

N. F. POSICIONAMENTO FUNÇÕES
BLOCO PREP. EIXO X EIXO Z AUXILIARES/MISCELÂNEAS

123 SENAI

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