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428-33]

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15956
Segunda edição
22.03.2021
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Cruzetas poliméricas — Especificação, métodos


de ensaio, padronização e critérios de aceitação
Polymeric crossarms — Definitions, test methods, standardization and
approval criterion

ICS 29.240.99 ISBN 978-65-5659-875-8

Número de referência
ABNT NBR 15956:2021
25 páginas

© ABNT 2021
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ABNT NBR 15956:2021

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
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4.1 Características físicas........................................................................................................3


4.2 Características mecânicas.................................................................................................3
4.3 Identificação........................................................................................................................4
4.4 Acondicionamento..............................................................................................................4
4.5 Inspeção...............................................................................................................................4
4.6 Ensaios.................................................................................................................................5
5 Métodos de ensaio e critérios de aceitação.....................................................................5
5.1 Inspeção geral.....................................................................................................................5
5.1.1 Amostragem........................................................................................................................5
5.1.2 Procedimento......................................................................................................................6
5.1.3 Critério de aceitação...........................................................................................................6
5.2 Verificação dimensional.....................................................................................................6
5.2.1 Amostragem........................................................................................................................6
5.2.2 Procedimento......................................................................................................................6
5.2.3 Critério de aceitação...........................................................................................................6
5.3 Resistência à flexão............................................................................................................6
5.3.1 Amostragem........................................................................................................................6
5.3.2 Procedimento......................................................................................................................6
5.4 Resistência à torção...........................................................................................................8
5.4.1 Amostragem........................................................................................................................8
5.4.2 Procedimento......................................................................................................................8
5.4.3 Critérios de aceitaçao.........................................................................................................9
5.5 Ensaio de tração lateral......................................................................................................9
5.5.1 Amostragem........................................................................................................................9
5.5.2 Procedimento......................................................................................................................9
5.5.3 Critério de aprovação.......................................................................................................10
5.6 Resistência ao torque.......................................................................................................10
5.6.1 Amostragem......................................................................................................................10
5.6.2 Procedimento....................................................................................................................10
5.6.3 Critério de aceitação.........................................................................................................10
5.7 Ensaios mecânicos do composto antes e após o envelhecimento em câmara de UV ... 11
5.7.1 Amostragem...................................................................................................................... 11
5.7.2 Procedimento.................................................................................................................... 11
5.7.3 Critério de aceitação......................................................................................................... 11
5.8 Verificação da resistência ao trilhamento e erosão....................................................... 11
5.8.1 Amostragem...................................................................................................................... 11

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5.8.2 Procedimento.................................................................................................................... 11
5.8.3 Critério de aceitação......................................................................................................... 11
5.9 Flamabilidade.................................................................................................................... 11
5.9.1 Amostragem...................................................................................................................... 11
5.9.2 Procedimento de ensaio................................................................................................... 11
5.9.3 Critério de aceitação.........................................................................................................12
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5.10 Absorção de água.............................................................................................................12


5.10.1 Amostragem......................................................................................................................12
5.10.2 Procedimento....................................................................................................................12
5.10.3 Critério de aceitação.........................................................................................................12
5.11 Ensaio mecânico de longa duração................................................................................12
5.11.1 Amostragem......................................................................................................................12
5.11.2 Procedimento....................................................................................................................12
5.11.3 Critério de aceitação.........................................................................................................13
5.12 Tensão suportável à frequência industrial sob chuva...................................................13
5.12.1 Amostragem......................................................................................................................13
5.12.2 Procedimento....................................................................................................................13
5.12.3 Critério de aceitação.........................................................................................................14
5.13 Resistência à propagação de chama..............................................................................14
5.13.1 Amostragem......................................................................................................................14
5.13.2 Procedimento....................................................................................................................14
5.13.3 Critério de aceitação.........................................................................................................15
5.14 Verificação da estrutura interna.......................................................................................15
5.14.1 Amostragem......................................................................................................................15
5.14.2 Procedimento....................................................................................................................15
5.14.3 Critério de aceitação.........................................................................................................15
6 Relatório de ensaio...........................................................................................................16
Anexo A (informativo) Planos de amostragem e ensaios...............................................................17
Anexo B (normativo) Características dimensionais.......................................................................22

Figuras
Figura 1 – Esquema para o ensaio de flexão.....................................................................................7
Figura 2 – Isolador para o ensaio de torção......................................................................................8
Figura 3 – Esquema para ensaio de torção.......................................................................................9
Figura 4 – Esquema para o ensaio de tração lateral.......................................................................10
Figura 5 – Ensaio mecânico de longa duração...............................................................................13
Figura 6 – Ensaio de tensão suportável...........................................................................................14
Figura 7 – Dispositivo para ensaio de resistência a propagação de chama................................15
Figura B.1 – Cruzeta 90 mm × 90 mm × 2 000 mm...........................................................................22
Figura B.2 – Cruzeta 90 mm × 112,5 mm × 2 000 mm......................................................................23
Figura B.3 – Cruzeta 90 mm × 90 mm × 2 400 mm...........................................................................24
Figura B.4 – Cruzeta 90 mm × 112,5 mm × 2 400 mm......................................................................25

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Tabelas
Tabela A.1 – Ensaios de tipo e de recebimento...............................................................................17
Tabela A.2 – Plano de amostragem dupla para os ensaios especificados ..................................18
Tabela A.3 – Plano de amostragem simples para os ensaios especificados ..............................19
Tabela A.4 – Valores para os ensaios de flexão (ver 5.3) e longa duração (ver 5.11) para
cruzetas de 2 000 mm.......................................................................................................20
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Tabela A.5 – Valores para os ensaios de flexão (ver 5.3) e longa duração (ver 5.11) para
cruzetas de 2 400 mm.......................................................................................................21
Tabela A.6 – Valores para os ensaios de resistência à torção (ver 5.4) e tração lateral (ver 5.5).....21

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.
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Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 15956 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Materiais e Acessórios Poliméricos para Redes de Distribuição de Energia
(CE-003:513.002). O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02,
de 10.02.2021 a 11.03.2021.

A ABNT NBR 15956:2021 cancela e substitui a ABNT NBR 15956:2011, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 15956 é o seguinte:

Scope
This Standard specifies requirements for preparation, delivery and standardization of steel
or GRP reinforced rebar or not of polymeric crossarms for overhead distribution lines.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15956:2021

Cruzetas poliméricas — Especificação, métodos de ensaio, padronização


e critérios de aceitação

1 Escopo
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Esta Norma especifica os requisitos para a preparação, recebimento e padronização das cruzetas
poliméricas em polietileno de alta densidade (PEAD) podendo ser reforçadas com barras de aço
ou barras de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV), destinadas às redes aéreas
de distribuição elétrica.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente
as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido
documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5310, Materiais plásticos para fins elétricos – Determinação da absorção de água

ABNT NBR 5426, Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos

ABNT NBR 5427, Guia para utilização da norma ABNT NBR 5426 – Planos de amostragem
e procedimentos na inspeção por atributos

ABNT NBR 8159, Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas de distribuição de energia elétrica –
Padronização

ABNT NBR 10296:2014, Material isolante elétrico – Avaliação da resistência ao trilhamento e erosão
sob condições ambientais severas

ABNT NBR 12459, Isolador tipo pilar de porcelana – Dimensões e características

ABNT NBR 15688:2012, Redes de distribuição aérea de energia elétrica com condutores nus

ABNT NBR NM IEC 60811-1-1, Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação
e de cobertura de cabos elétricos – Parte 1: Métodos para aplicação geral – Capítulo 1: Medição
de espessuras e dimensões externas – Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas

ABNT IEC/TR 60815 (em todas as partes), Seleção e dimencionamento de isoladores para alta-tensão
para uso sob condições de poluição

ASTM G155, Practice for operating xenon-arc light apparatus for exposure of non-metallic

UL 94, Test for flammability of plastics materials for parts in devices and appliances

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ABNT NBR 15956:2021

3 Termos e definições
3.1
carga de ruptura
Cr
carga que provoca o rompimento ou a fluência da cruzeta em uma seção transversal

NOTA A ruptura é definida pela carga máxima indicada no aparelho de medida dos esforços, carregando-se
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a cruzeta de modo contínuo e crescente. A fluência pode ser caracterizada como o ponto onde não suporta
mais a carga aplicada mesmo sem apresentar ruptura em função de propriedades elásticas do material.

3.2
cruzeta polimérica
peça constituída de composto polimérico, podendo ser reforçada internamente com barras de PRFV
ou aço, com eixo retilíneo, sem emendas, destinada a suportar os esforços mecânicos provenientes
dos isoladores, condutores e equipamentos de redes aéreas de distribuição de energia elétrica

3.3
curvatura
desvio de direção da cruzeta

3.4
face A
face da cruzeta que apresenta a furação-padrão para fixar a cruzeta ao poste

3.5
face B
face da cruzeta que apresenta a furação padrão para fixação dos isoladores tipo suporte

3.6
fissura
trinca
fratura superficial visível a olho nu

3.7
flecha
medida do deslocamento de um ponto em um determinado plano, provocado pela ação de uma carga

3.8
flecha residual
flecha que permanece após a remoção dos esforços, determinada pelas condições especificadas

3.9
limite de carregamento excepcional
1,4 x Rn
corresponde a uma sobrecarga de 40 % sobre o valor da carga nominal

3.10
Resistência nominal
Rn
carga nominal que a cruzeta suporta continuamente, na direção e sentido indicados no plano
de aplicação e passando pelo eixo da cruzeta, de grandeza tal que não produza em qualquer plano
transversal um momento fletor que prejudique a qualidade dos materiais, trincas e flechas superiores
às especificadas

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ABNT NBR 15956:2021

4 Requisitos
4.1 Características físicas

A cruzeta polimérica deve ser fabricada em polietileno de alta densidade podendo ser reforçada
com barras de PRFV ou barras de aço, que atenda aos requisitos de desempenho especificados
na Seção 6 e com características dimensionais mínimas conforme o Anexo B.
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As cruzetas devem apresentar resistência ao ataque de agentes naturais, físicos e biológicos.

NOTA Entende-se como agentes físicos naturais a radiação ultravioleta, tempestades, umidade
e variações de temperatura, e como agentes biológicos, a ação de insetos, roedores, aves e fungos.

As cruzetas devem apresentar superfície contínua e uniforme, sem cantos vivos, arestas cortantes
ou rebarbas, e devem ser isentas de defeitos como trincas, fissuras, bolhas, avarias de transporte
ou armazenagem e deformações, não sendo permitidas aspereza, rugosidade ou imperfeição que
dificultem as suas condições de utilização ou que possam colocar em risco a integridade física
do instalador.

As cruzetas devem ser maciças.

Os furos da face A e da face B devem ser passantes e perpendiculares ao eixo da cruzeta.

Todos os furos devem ser cilíndricos ou ligeiramente troncocônicos, permitindo-se o arremate na saída
dos furos, para garantir uma superfície tal que não dificulte a montagem de ferragens, acessórios
e equipamentos.

Nos furos de configuração troncocônica o diâmetro menor determina o diâmetro do furo.

4.2 Características mecânicas

As cruzetas não podem apresentar fissuras, trincas ou ruptura e devem atender aos requisitos
do Anexo A.

As cruzetas devem suportar, sem sofrer deformação ou trincas, a aplicação do torque mínimo
de 8,0 kgf/m2 nos furos de fixação.

As cruzetas devem ser projetadas para trabalhar sob as seguintes condições:

 a) altitude de 1 500 m;

 b) clima tropical e subtropical com temperatura ambiente de - 10 °C até 45 °C, com média diária não
superior a 35 °C;

 c) umidade relativa do ar de até 100 %, precipitação pluviométrica com média anual de 1 500 mm
a 3 000 mm;

 d) nível de radiação solar de 1,1 kW/ m2;

 e) pressão de vento não superior a 1,03 kPa;

 f) expostas ao sol, à chuva e à poluição como emissões industriais, poeira, areia e salinidade,
desde que utilizadas com isolador adequado para o nível de agressividade presente no local

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de instalação. O dimensionamento do isolador deve ser realizado conforme previsto na Série


ABNT IEC/TR 60815.

NOTA Recomenda-se que condições de utilização diferentes das descritas na alínea f) sejam acordadas
previamente entre o fornecedor e o cliente.

 g) Recomenda-se que as cruzetas sejam instaladas com o isolador apropriado para a tensão
nominal do sistema e, em hipótese alguma, os condutores devem ser fixados diretamente sobre
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as cruzetas.

4.3 Identificação

A identificação das cruzetas deve ser realizada de forma legível e indelével, com as seguintes
informações:

 a) nome ou marca do fabricante;

 b) material da cruzeta;

 c) data da fabricação (mês e ano);

 d) dimensões das faces A e B e comprimento, em milímetros;

 e) resistência nominal em decanewton (daN);

 f) código de rastreabilidade;

 g) material da barra de reforço.

4.4 Acondicionamento

O acondicionamento das cruzetas deve ser adequado ao manuseio e transporte, não permitindo
o contato com o solo.

Em cada acondicionamento os volumes devem ser marcados de forma legível e indelével, no mínimo
com as seguintes informações:

 a) nome e/ou marca comercial do fabricante;

 b) identificação completa do conteúdo (tipo e quantidade);

 c) massas (bruta e líquida) e dimensões do volume;

 d) dados do comprador;

 e) número da ordem de compra e da nota fiscal.

4.5 Inspeção

O fornecimento das cruzetas deve ser condicionado à aprovação nos ensaios de tipo que, em comum
acordo entre as partes, podem ser substituídos por um certificado de ensaio emitido por um laboratório
oficial ou credenciado.

Por ocasião do recebimento, para fins de aprovação do lote, devem ser executados todos os ensaios
de recebimento e, quando exigidos previamente pelo cliente, os ensaios de tipo.

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A dispensa da execução de qualquer ensaio e a aceitação do lote não eximem o fabricante


da responsabilidade de fornecer o material de acordo com esta Norma.

Para a análise da aceitação ou rejeição de um lote, devem-se inspecionar as peças de acordo com
os critérios de aceitação do Anexo A, utilizar as Tabelas A1, A2 e A3 para o produto acabado, além
dos corpos de prova para os ensaios do composto que devem ser retirados das cruzetas do próprio
lote avaliado.
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A comutação do regime de inspeção ou qualquer outra consideração adicional deve ser feita
de conforme a ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427.

4.6 Ensaios

Os seguintes ensaios são necessários para assegurar os requisitos mecânicos e físicos das cruzetas:

 a) inspeção geral (ver 5.1);

 b) verificação dimensional (ver 5.2);

 c) resistência à flexão (ver 5.3);

 d) resistência à torção (ver 5.4);

 e) resistência à tração lateral (ver 5.5);

 f) resistência ao torque (ver 5.6);

 g) ensaios mecânicos do composto – antes e após envelhecimento em câmara de UV (ver 5.7);

 h) verificação da resistência ao trilhamento elétrico (ver 5.8);

 i) flamabilidade (ver 5.9);

 j) absorção de água (ver 5.10);

 k) ensaio mecânico de longa duração (ver 5.11);

 l) tensão suportável à frequencia industrial sob chuva (ver 5.12);

 m) resistência a propagação de chama (ver 5.13);

 n) verificação da estrutura interna (ver 5.14);

NOTA A definição de quais ensaios são de tipo e/ou recebimento estão na Tabela A.1.

5 Métodos de ensaio e critérios de aceitação


5.1 Inspeção geral

5.1.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo, devem ser avaliadas três amostras e para o ensaio de recebimento, a amostragem
deve estar de acordo com a Tabela A.2.

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5.1.2 Procedimento

Deve ser verificado se as amostras atendem às características físicas, de identificação


e de acondicionamento.

5.1.3 Critério de aceitação

A cruzeta deve ser aprovada se atender aos seguintes critérios:


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 a) características físicas (ver 4.1);

 b) identificação (ver 4.3);

 c) acondicionamento (ver 4.4).

5.2 Verificação dimensional

5.2.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo, devem ser avaliadas três amostras, e para o ensaio de recebimento,
a amostragem deve estar de acordo com a Tabela A.2.

5.2.2 Procedimento

Realizar a medição de todas as cotas indicadas nas Figuras B.1, B.2, B.3 e B.4 para cada tamanho
de cruzeta ensaiada e comparar com as cotas dos desenhos indicados.

5.2.3 Critério de aceitação

A cruzeta deve ser considerada aprovada no ensaio se as dimensões encontradas estiverem


de acordo com as dimensões especificadas nas figuras do Anexo B.

5.3 Resistência à flexão

5.3.1 Amostragem

Para ensaio de tipo, devem ser avaliadas três amostras, e para ensaio de recebimento, a amostragem
deve estar de acordo com as Tabelas A.3.

5.3.2 Procedimento

5.3.2.1 Resistência nominal (Rn)

A cruzeta deve ser instalada conforme a Figura 1, fixada no apoio central com um conjunto composto
por parafuso M16, porca quadrada e arruela quadrada de 38 mm × 38 mm.

Nos pontos de tração, deve ser fixado um parafuso tipo olhal M16 com porca quadrada e arruela
quadrada de 38 mm × 38 mm.

Com a cruzeta instalada a, aplicar gradativamente a carga F (nominal), de forma simultânea, nas
duas extremidades. Permanecer com esta carga aplicada durante 1 min, no mínimo, para permitir
a acomodação da instalação, retirar a carga e realizar os ajustes da instalação, se necessário.

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Dimensões em milímetros

Y
F
0
15
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F
Figura 1 – Esquema para o ensaio de flexão

Com os ajustes realizados, aplicar novamente a carga F (nominal) de forma simultânea, nas duas
extremidades, de forma gradativa e permanecer com a mesma aplicada durante 5 min, no mínimo.

Após decorridos 5 min, com a carga F (nominal) ainda aplicada:

 a) a cruzeta não pode apresentar trincas.

 b) a flecha medida em cada extremidade, no plano de aplicação das cargas, não pode ser superior
ao estabelecido nas Tabelas A.4 e A.5.

NOTA 1 A aplicação da carga F pode ser no sentido oposto em relação ao da Figura 1, de acordo com
as necessidades de projeto.

NOTA 2 Para cruzetas cujas dimensões não estejam especificadas nesta Norma, recomendam- se que
os valores e critérios de aceitação para o ensaio de resistência à flexão sejam acertados entre o fornecedor
e o cliente.

5.3.2.2 Limite de carregamento excepcional (1,4 x Rn)

Mantendo a condição de instalação descrita em 5.3.2.1, aplicar gradativamente a carga F (excepcional)


nas duas extremidades, de forma simultânea ou seja, a carga correspondente a 1,4 × Rn. Permanecer
com essa carga aplicada durante 5 min no mínimo e no máximo por 10 min. Após esse tempo e com
a carga ainda aplicada a cruzeta não pode apresentar trincas.

Retirando-se o esforço, a leitura do valor da flecha residual deve ser realizada no intervalo entre 5 min
e 10 min. A cruzeta deve ser considerada aprovada se:

 a) não apresentar trincas;

 b) a flecha residual máxima em cada extremidade, no plano de aplicação das cargas não pode ser
superior ao estabelecido nas Tabelas A.4 e A.5.

5.3.2.3 Carga mínima de ruptura (Cr)

Mantendo a condição de instalação descrita em 5.3.2.1, aplicar gradativamente a carga F (carga


de ruptura) nas duas extremidades, de forma simultânea, carga correspondente a 2 × Rn, sem que
ocorra a ruptura.

NOTA Se o valor da carga aplicada lida no dinamômetro for maior que 2 × Rn sem o rompimento
da cruzeta, o ensaio deve ser interrompido e a cruzeta é considerada aprovada.

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5.4 Resistência à torção

5.4.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo, devem ser avaliadas três amostras e para o ensaio de recebimento a amostragem
deve estar de acordo com a Tabela A3.

NOTA Para realização deste ensaio, utilizar cruzetas que ainda não foram utilizadas em outros
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ensaios mecânicos.

5.4.2 Procedimento

Montar a cruzeta conforme indicado na Figura 3, fixar com parafuso M16, porca quadrada e arruela
quadrada 38 mm × 38 mm, instalar a 100 mm de cada extremidade um isolador PL8CA170L
padronizado na ABNT NBR 12459, (ver Figura 2). Os dispositivos de tração devem ser fixados nos
pescoços dos isoladores.

Figura 2 – Isolador para o ensaio de torção

Aplicar gradativamente uma carga F de 50 daN nas duas extremidades, de forma simultânea.
Com a carga aplicada verificar se não há trincas, conforme a Tabela A.6.

Aumentar gradativamente a carga F até 70 daN nas duas extremidades, de forma simultânea.
Com a carga aplicada verificar se não há trincas, conforme a Tabela A.6.

Aumentar gradativamente a carga F até 100 daN nas duas extremidades, de forma simultânea não
podendo ocorrer ruptura, conforme a Tabela A.6.

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Dimensões em milímetros

F
0
10

150
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F
0
10
NOTA A aplicação da carga F pode ser no sentido oposto em relação a Figura 3, de acordo com
as necessidades do cliente.

Figura 3 – Esquema para ensaio de torção

5.4.3 Critérios de aceitaçao

Conforme a Tabela A.6.

Para cruzetas cujas dimensões não estejam especificadas nesta Norma, os valores e critérios
de aceitação para o ensaio de torção devem ser acordados entre o fornecedor e o cliente.

5.5 Ensaio de tração lateral

5.5.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo, devem ser avaliadas três amostras.

Para o ensaio de recebimento, a amostragem deve estar de acordo com a Tabela A.3.

Para realização destes ensaios, utilizar cruzetas que ainda não foram utilizadas em outros ensaios
mecânicos.

5.5.2 Procedimento

Instalar a cruzeta no dispositivo de ensaio conforme a ABNT NBR 15688 como demonstrado
na Figura 4. As mãos-francesas planas devem atender a ABNT NBR 8159 conforme a seguir:

 c) mão-francesa plana, com furo oblongo de 5 mm × 32 mm × 619 mm para cruzetas de 2 000 mm
conforme a ABNT NBR 15688:2012, Figura 17.

 d) mão-francesa plana com furo oblongo de 5 mm × 32 mm × 726 mm para cruzetas de 2 400 mm
conforme a ABNT NBR 15688:2012, Figura 17.

Instalar o isolador PL8CA170L conforme a Figura 2 e fixar com porca quadrada M16 e arruela
quadrada 38 mm × 38 mm, aplicar um torque de 8 daN.m nos parafusos de fixação do isolador
e da cruzeta. Aplicar o carregamento no sentido indicado até atingir 50 daN e permanecer com esta
carga aplicada durante 1 min, para permitir a acomodação da instalação. Retirar a carga e realizar
ajustes na instalação, se necessário.

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Com os ajustes realizados, aplicar 80 daN de forma gradativa e permanecer com esta carga aplicada
por 5 min. Retirar a carga e avaliar as condições da cruzeta de acordo com a Tabela A.6, após
a avaliação, aumentar gradativamente a carga até 160 daN, não podendo ocorrer a ruptura com carga
menor que 160 daN conforme a Tabela A.6.

5.5.3 Critério de aprovação

Os critérios de aprovação estão apresentados na Tabela A.6.


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NOTA Valores maiores para este ensaio são admitidos de acordo com as necessidades de projeto
de cada cliente.

Para as cruzetas cujas dimensões não estão especificadas nesta Norma, os valores e critérios
de aprovação para o ensaio de tração lateral devem ser acordado entre o fornecedor e o cliente.

Dimensões em milímetros

Figura 4 – Esquema para o ensaio de tração lateral

5.6 Resistência ao torque


5.6.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo devem ser avaliadas três amostras que ainda não foram utilizadas em outros
ensaios mecânicos.

Para o ensaio de recebimento a amostragem deve estar de acordo com a Tabela A.3 e as amostras
não podem ter sido utilizadas em outros ensaios mecânicos.

5.6.2 Procedimento

Fixar aleatoriamente, em um dos furos da face A, um parafuso M16 com arruelas quadradas
de 38 mm × 38 mm e porca quadrada M16. Aplicar um torque de 8 daN.m na porca.

Repetir o procedimento para a face B.

5.6.3 Critério de aceitação

Com um torque aplicado de 8 daN.m, a cruzeta não pode apresentar fissuras, trincas, rachaduras
ou deformação que comprometam o seu desempenho.

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5.7 Ensaios mecânicos do composto antes e após o envelhecimento em câmara de UV

5.7.1 Amostragem

Devem ser confeccionados dez corpos de prova uniformes, retirados de partes da cruzeta, com
dimensões de acordo com a norma de ensaio, e separados em dois grupos com cinco unidades
cada. Um dos grupos com cinco unidades deve ser colocado na camara de UV para envelhecimento
e o outro grupo deve permanecer fora da câmara de intemperismo. Aguardar o tempo de finalização
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do ensaio.

Após a finalização do tempo na câmara de intemperismo, devem ser realizados os ensaios mecânicos
nos dois grupos de corpo de prova separadamente.

5.7.2 Procedimento

O ensaio de envelhecimento deve ser realizado conforme a ASTM G155, ciclo 1, durante 2 000 h.

O ensaio de tração e alongamento antes e após o envelhecimento deve ser realizado conforme
a ABNT NBR NM IEC 60811-1-1.

5.7.3 Critério de aceitação

É considerada aprovada neste ensaio a cruzeta cujos corpos de prova ensaiados após
o envelhecimento não apresentarem variação maior ou menor que 25 % em relação aos valores
médios do ensaio de tração e do ensaio de alongamento obtidos com os corpos de prova ensaiados
sem envelhecimento.

5.8 Verificação da resistência ao trilhamento e erosão

5.8.1 Amostragem

A amostra deve ser retirada da cruzeta e as dimensões devem estar de acordo com
a ABNT NBR 10296.

5.8.2 Procedimento

O Ensaio deve ser realizado conforme a ABNT NBR 10296:2014, método 2, critério A.

5.8.3 Critério de aceitação

O material é considerado aprovado se atender no mínimo à classe 2A 1,50 kV da ABNT NBR 10296.

5.9 Flamabilidade

5.9.1 Amostragem

Devem ser confeccionadas dez amostras conforme a UL 94, que devem ser retiradas de diferentes
partes da cruzeta de forma a se verificar a homogeneidade do produto.

5.9.2 Procedimento de ensaio

O ensaio deve ser realizado de acordo com a UL 94 (método de queima vertical).

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5.9.3 Critério de aceitação

Os corpos de prova devem apresentar classificação mínima de V-1.

5.10 Absorção de água

5.10.1 Amostragem
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As amostras devem ser retiradas da cruzeta com dimensões de acordo com a ABNT NBR 5310.

5.10.2 Procedimento

O ensaio deve ser realizado pelo método gravimétrico, conforme a ABNT NBR 5310.

5.10.3 Critério de aceitação

O teor de absorção de água da amostra não pode ser maior que 3 % em relação ao valor médio das
amostras.

5.11 Ensaio mecânico de longa duração

5.11.1 Amostragem

Deve ser ensaiada uma amostra de cruzeta.

5.11.2 Procedimento

Com a cruzeta instalada ao tempo conforme a ABNT NBR 15688, deve ser aplicada a carga nominal
nos pontos de fixação dos isoladores laterais (a 100 mm das extremidades da cruzeta na face B)
conforme a Figura 5.

A carga deve ser mantida pelo tempo de de 216 h e, ao final desse período, deve ser realizada a leitura
do valor da flecha com a carga ainda aplicada.

Realizar a leitura do valor da flecha residual no intervalo entre 5 min e 10 min após a retirada da carga.

Para montagem deve-se utilizar a mão francesa plana conforme a ABNT NBR 8159 e descritivo
a seguir:

 a) mão-francesa plana, com furo oblongo de 5 mm × 32 mm × 619 mm, conforme


a ABNT NBR 8159:2017, Figura 17 para cruzetas 2 000 mm.

 b) mão-francesa plana, com furo oblongo de 5 mm × 32 mm × 726 mm conforme


a ABNT NBR 8159:2017, Figura 17 para cruzetas 2 400 mm.

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Dimensões em milímetros.

100 100
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F F

1 300
Re
eferência Refferência
de
e medida de medida

Figura 5 – Ensaio mecânico de longa duração

5.11.3 Critério de aceitação

A cruzeta é considerada aprovada se atender às condições a seguir:

 a) não apresentar trincas.

 b) atender à flecha nominal especificada na Tabela A.4 para cruzetas de 2 000 mm e Tabela A.5
para cruzetas de 2 400 mm.

 c) não possuir flecha residual máxima, medida em cada extremidade, superior a 20 mm para
cruzetas de 2 000 mm e de 2 400 mm no plano de aplicação de cargas.

Para cruzetas cujas dimensões não estejam especificadas nesta Norma, os valores e critérios devem
ser acordado entre o fornecedor e o cliente.

5.12 Tensão suportável à frequência industrial sob chuva

5.12.1 Amostragem

Deve ser ensaiada uma amostra.

5.12.2 Procedimento

A tensão deve ser aplicada diretamente na cruzeta, no ponto de fixação da fase central. A cruzeta
deve ser fixada diretamente ao poste com mão francesa metálica, montada em apenas um dos lados
do conjunto. A tensão deve ser aplicada no lado oposto, entre o ponto de fixação do isolador e o ponto
de fixação da cruzeta ao poste (terra) conforme a Figura 6.

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Dimensões em milímetros.
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Figura 6 – Ensaio de tensão suportável

A tensão de ensaio à ser aplicada na cruzeta deve ser de 1,05 vez a maior tensão fase-terra
do sistema para a qual a cruzeta será utilizada. Devidamente corrigido para as condições atmosféricas
no momento da execução do ensaio. A tensão de ensaio deve ser mantida aplicada durante 1 min.

5.12.3 Critério de aceitação

A cruzeta é considerada aprovada se não ocorrer descarga disruptiva alguma ou qualquer dano
ao material durante o ensaio.

5.13 Resistência à propagação de chama

5.13.1 Amostragem

Para ensaio de tipo deve ser ensaiada uma amostra.

Para ensaio de recebimento a amostragem deve estar de acordo com a Tabela A.3.

5.13.2 Procedimento

A cruzeta deve ser posicionada sobre o dispositivo conforme a Figura 7 e, para cada amostra, devem
ser escolhidos três pontos para aplicação da chama. Acender a chama e regular a altura da chama
e a pressão do GLP conforme Figura 7 sem a presença da cruzeta.

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Dimensões em milímetros.
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Figura 7 – Dispositivo para ensaio de resistência a propagação de chama

Com a chama e pressão indicadas, deve-se posicionar a cruzeta no primeiro ponto de ensaio, retirá-la
após 1 min e cronometrar o tempo para que a chama se apague.

Repetir este procedimento em mais dois pontos da cruzeta, distantes pelo menos 400 mm do ponto
de aplicação da chama anterior, sempre cronometrando o tempo de extinção da chama.

O dispositivo é um lança chama longo para conexão com botijão de GLP P13, com diâmetro
de saída de 50 mm e com regulador de pressão para GLP P13. A pressão deve ser regulada em 1 bar
(14,5 Psi).

5.13.3 Critério de aceitação

Após a retirada da fonte de calor, a chama não pode se propagar pela amostra e deve extinguir-se
em no máximo 30 s em cada ponto.

5.14 Verificação da estrutura interna

5.14.1 Amostragem

Para o ensaio de tipo deve ser ensaiada uma amostra.

Para o ensaio de recebimento a amostragem deve estar de acordo com a Tabela A.3.

5.14.2 Procedimento

Seccionar a cruzeta em cinco partes com cortes perpendiculares ao comprimento, sendo que cada
parte deve ter no mínimo 300 mm de comprimento.

5.14.3 Critério de aceitação

As cruzetas poliméricas devem ser homogêneas, sem falhas e os reforços internos devem
estar simétricos. Os reforços devem ser verificados quanto ao material e conferidos com a placa
de identificação.

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6 Relatório de ensaio
Devem constar no relatório de ensaio as seguintes informações:

 a) nome ou marca comercial do fabricante;

 b) identificação do laboratório de ensaio;


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 c) quantidade de material do lote e quantidade ensaiada;

 d) identificação completa do material ensaiado (desenho técnico com dimensões e referência
comercial);

 e) relação, descrição e resultado dos ensaios executados e as respectivas normas utilizadas;

 f) certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios com validade máxima de 24 meses;

 g) número da ordem de compra (quando aplicável);

 h) data de início e de término de cada ensaio;

 i) nomes legíveis e assinaturas dos representantes do fabricante e do inspetor do cliente bem como
a data de sua emissão;

 j) data da emissão do relatório.

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Anexo A
(informativo)

Planos de amostragem e ensaios


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Tabela A.1 – Ensaios de tipo e de recebimento


Relação de ensaios Classificação
Inspeção geral T/R
Verificação dimensional T/R
Resistência à flexão T/R
Resistência à torção T/R
Resistência à tração lateral T/R
Ensaios mecânicos do composto – antes e após envelhecimento em câmara T
de UV
Verificação da resistência ao trilhamento e erosão T
Flamabilidade T
Absorção de água T
Ensaio mecânico de longa duração T
Tensão suportável à frequência industrial sob chuva T
Resistência à propagação da chama T/R
Verificação da estrutura interna T/R
Legenda

T = ensaio de tipo
T/R = ensaio de recebimento

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Tabela A.2 – Plano de amostragem dupla para os ensaios especificados


Inspeção geral e dimensional
Código das Sequência de
Tamanho do lote Nível II – NQA 4 %
amostras amostragem
AM AC RE
1ª 13 0 0
Até 150
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2ª 13 3 4
1ª 20 1 4
151 a 280 G
2ª 20 4 5
1ª 32 2 5
281 a 500 H
2ª 32 6 7
1ª 50 3 7
501 a 1 200 I
2ª 50 8 9
1ª 80 5 9
1 201 a 3 200 J
2ª 80 12 13
1ª 125 7 11
3 201 a 10 000 K
2ª 125 8 19
1ª 200 11 16
10 001 a 35 000 L
2ª 200 26 27
NOTA 1 Na inspeção geral verificar:
— forma e acabamento;

— dimensões;

— identificação;

— desobstrução dos furos.


NOTA 2 Amostragem dupla – Regime normal de inspeção:
— AM = tamanho da amostra;

— AC = número de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o lote;

— RE = número de unidades defeituosas que implica na rejeição do lote.


NOTA 3 Procedimento para amostragem dupla: inicialmente, é ensaiado um número de unidades igual
ao da primeira amostra obtida nesta tabela. Se o número de unidades defeituosas estiver compreendido
entre Ac e Re (excluídos estes valores). Recomenda-se que seja ensaiada uma segunda amostra.

NOTA 4 NQA = Níveis de qualidade aceitável (ABNT NBR 5426). O lote só será aprovado se o total
de unidades defeituosas encontradas depois de ensaiadas as duas amostras for igual ou inferior
ao maior AC especificado.

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Tabela A.3 – Plano de amostragem simples para os ensaios especificados


Ensaios de flexão,
Ensaios de torção, propagação de chama e
tração lateral e verificação da estrutura
Código das
Tamanho do lote resistência ao torque interna
amostras
Nível S3 – NQA 4 %
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AM AC RE AM AC RE
Até 150 Acordo entre fabricante e comprador
151 a 280 D
8
281 a 500 D
1 2
501 a 1 200 E
2 0 1 13
1 201 a 3 200 E
3 201 a 10 000 F
20 2 3
10 001 a 35 000 F
NOTA 1 Amostragem simples – Nível especial de inspeção:
— AM = tamanho da amostra;

— AC = número de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o lote;

— RE = número de unidades defeituosas que implica a rejeição do lote.


NOTA 2 Procedimento para amostragem simples: inicialmente, é ensaiado um número de unidades
de produto inspecionado igual ao tamanho da amostra obtida nesta tabela. Se o número de unidades
defeituosas encontrado na amostra for igual ou menor do que o número de aceitação (AC), o lote
é considerado aceito. Sendo o número de unidades defeituosas igual ou maior do que o número
de rejeição (RE), o lote é rejeitado.

NOTA 3 NQA = Níveis de qualidade aceitável (ABNT NBR 5426). O tamanho da amostra para efetuar
os ensaios de ruptura e de uma cruzeta em cada sublote de até 150 unidades, convenientemente
agrupadas. Os ensaios são considerados satisfatórios se não houver nenhuma falha.

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Tabela A.4 – Valores para os ensaios de flexão (ver 5.3) e longa duração (ver 5.11) para
cruzetas de 2 000 mm
Flecha para ensaio de
Resistência resistência à flexão e Longa
Dimensões Descrição do Duração em mm
F
mm carregamento
daN Residual
Máxima
máxima
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Nominal 250 30 -
90 × 90 × 2 000 Máximo excepcional 350 - 6
Mínimo de ruptura 500 - -
Nominal 400 50 -
90 × 90 × 2 000 Máximo excepcional 560 - 10
Mínimo de ruptura 800 - -
Nominal 250 30 -
90 × 112,5 × 2 000 Máximo excepcional 350 - 6
Mínimo de ruptura 500 - -
Nominal 400 50 -
90 × 112,5 × 2 000 Máximo excepcional 560 - 10
Mínimo de ruptura 800 - -

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Tabela A.5 – Valores para os ensaios de flexão (ver 5.3) e longa duração (ver 5.11) para
cruzetas de 2 400 mm
Flecha para ensaio de
Resistência resistência à flexão e Longa
Comprimento Descrição do Duração em mm
F
mm carregamento
daN Residual
Máxima
máxima
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Nominal 250 36 -
90 × 90 × 2 400 Máximo excepcional 350 - 8
Mínimo de ruptura 500 - -
Nominal 400 60 -
90 × 90 × 2 400 Máximo excepcional 560 - 12
Mínimo de ruptura 800 - -
Nominal 250 36 -
90 × 112,5 × 2 400 Máximo excepcional 350 - 8
Mínimo de ruptura 500 - -
Nominal 400 60 -
90 × 112,5 × 2 400 Máximo excepcional 560 - 12
Mínimo de ruptura 800 - -

Tabela A.6 – Valores para os ensaios de resistência à torção (ver 5.4) e tração lateral (ver 5.5)
Resistência Descrição Condição
Aplicação
Ensaio (F) Nº para
dos esforços
daN Item aprovação
Não pode
50 simultâneos 6.4
apresentar trincas
Resistência Não pode
70 simultâneos 6.4
a torção apresentar trincas
Não pode ocorrer
100 simultâneos 6.4
ruptura
Não Não pode
80 6.5
simultâneos apresentar trincas
Tração lateral
Não Não pode ocorrer
160 6.5
simultâneos ruptura

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Anexo B
(normativo)

Características dimensionais
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Dimensões em milímetros.

D etalhes

Figura B.1 – Cruzeta 90 mm × 90 mm × 2 000 mm

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Dimensões em milímetros.
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Detalhe
es

Figura B.2 – Cruzeta 90 mm × 112,5 mm × 2 000 mm

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Dimensões em milímetros.
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D etalhes

Figura B.3 – Cruzeta 90 mm × 90 mm × 2 400 mm

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Dimensões em milímetros.
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Detalhe
es

Figura B.4 – Cruzeta 90 mm × 112,5 mm × 2 400 mm

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