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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 17075
Primeira edição
09.11.2022
Exemplar para uso exclusivo - INSPECAR - INSPEÇÕES VEICULARES SANTA ROSA LTDA - 05.910.465/0001-01 (Pedido 850550 Impresso: 29/11/2022)

Inspeção de segurança veicular — Veículos


destinados ao transporte escolar — Requisitos
Safety vehicle inspection — Vehicles for the transport of schoolchildren —
Requirements

ICS 43.100 ISBN 978-85-07-09393-0

Número de referência
ABNT NBR 17075:2022
22 páginas

© ABNT 2022
ABNT NBR 17075:2022
Exemplar para uso exclusivo - INSPECAR - INSPEÇÕES VEICULARES SANTA ROSA LTDA - 05.910.465/0001-01 (Pedido 850550 Impresso: 29/11/2022)

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ABNT NBR 17075:2022

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
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3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
4.1 Requisitos básicos..............................................................................................................3
4.2 Requisitos específicos.......................................................................................................4
4.2.1 Documentação e registro...................................................................................................4
4.2.2 Equipamentos obrigatórios e proibidos, sistemas e componentes do veículo............4
4.2.3 Local de inspeção...............................................................................................................5
5 Reprovação do veículo.......................................................................................................6
6 Aprovação do veículo.........................................................................................................6
Anexo A (informativo) Modelo de lista de verificação para inspeção de veículos
para transporte escolar......................................................................................................7
Anexo B (normativo) Procedimento para verificação da orientação de fachos de luz
de faróis baixos de veículos rodoviários........................................................................12
B.1 Princípio.............................................................................................................................12
B.2 Aparelhagem......................................................................................................................12
B.3 Área de ensaio...................................................................................................................12
B.4 Verificação do farol com o uso de uma parede (tela distante).....................................13
B.4.1 Introdução..........................................................................................................................13
B.4.2 Preparação da verificação................................................................................................13
B.4.3 Verificação.........................................................................................................................15
B.5 Critérios de aprovação.....................................................................................................15
Anexo C (normativo) Procedimento para verificação dos sistemas de freios.............................16
C.1 Princípio.............................................................................................................................16
C.2 Características da pista de ensaio..................................................................................16
C.3 Métodos de ensaio............................................................................................................16
C.3.1 Preparação dos ensaios...................................................................................................16
C.3.2 Realização dos ensaios....................................................................................................17
C.3.2.1 Introdução..........................................................................................................................17
C.3.2.2 Aparelhagem......................................................................................................................17
C.3.3 Procedimentos..................................................................................................................17
C.3.3.1 Ensaio de eficiência dos freios de serviço.....................................................................17
C.3.3.2 Ensaio de equilíbrio de frenagem....................................................................................18
C.3.3.3 Ensaio de frenagem de estacionamento.........................................................................19
C.4 Registros............................................................................................................................19
Anexo D (normativo) Procedimento para verificação dos sistemas de direção em pista..........20
D.1 Princípio.............................................................................................................................20
D.2 Características da pista de ensaio..................................................................................20
D.3 Preparação do ensaio.......................................................................................................20

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ABNT NBR 17075:2022

D.4 Realização do ensaio........................................................................................................20


D.4.1 Introdução..........................................................................................................................20
D.4.2 Aparelhagem......................................................................................................................20
D.5 Realização do ensaio........................................................................................................20
D.6 Critérios de reprovação....................................................................................................21
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D.7 Registros............................................................................................................................21
Bibliografia..........................................................................................................................................22

Figuras
Figura B.1 – Projeção do faixo luminoso.........................................................................................13
Figura B.2 – Marcação do centro geométrico.................................................................................14
Figura B.3 – Medições.......................................................................................................................14
Figura B.4 – Geometria da medição da inclinação dos faróis.......................................................15
Figura C.1 – Ilustração da inclinação da rampa..............................................................................19

Tabelas
Tabela C.1 – Distâncias de frenagem...............................................................................................18
Tabela C.2 – Referência de deslocamento lateral de frenagem.....................................................18

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
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elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR 17075 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Transportes e Tráfego (ABNT/CB-016), pela
Comissão de Estudo de Inspeção de Segurança Veicular (CE-016:800.001). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 05.10.2022 a 03.11.2022.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 17075 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements for carrying out the safety inspection on vehicles intended
for the transport of schoolchildren, including the principles, obligations, specifications, equipment, human
resources, the place where the inspection is carried out and the basic controls that apply to inspection.

This Standard applies only to vehicles with a classification permitted by traffic legislation.

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Inspeção de segurança veicular — Veículos destinados ao transporte


escolar — Requisitos

1 Escopo
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Esta Norma estabelece os requisitos para inspeção de segurança em veículos para transporte escolar,
incluindo os princípios, as obrigações, as especificações e os controles básicos, que se aplicam
à estrutura das estações de inspeção, equipamentos e recursos humanos envolvidos.

Esta Norma se aplica somente aos veículos com classificação permitida pela legislação de trânsito.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 13776, Veículos rodoviários automotores, seus rebocados e combinados – Classificação

ABNT NBR 14040-1, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 1: Diretrizes
básicas

ABNT NBR 14040-2, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 2:
Conformidade cadastral

ABNT NBR 14040-3, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 3:
Equipamentos obrigatórios e proibidos

ABNT NBR 14040-4, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 4: Sinalização

ABNT NBR 14040-5, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 5: Iluminação

ABNT NBR 14040-6, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 6: Freios

ABNT NBR 14040-7, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 7: Direção

ABNT NBR 14040-8, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 8: Eixos
e suspensão

ABNT NBR 14040-9, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 9: Pneus
e rodas

ABNT NBR 14040-10, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 10: Sistemas
e componentes complementares

ABNT NBR 14040-11, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 11: Estação
de inspeção de segurança veicular

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ABNT NBR 17075:2022

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 14040-1 e
ABNT NBR 14040-11, e os seguintes.

3.1
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direção do veículo
direção paralela ao plano de referência e ao plano longitudinal mediano do veículo colocado no piso
da área de ensaio

3.2
inspeção
processo de avaliação visual e instrumentalizada de um veículo, abrangendo os equipamentos obrigatórios
estabelecidos pela legislação de trânsito e ambiental, sua estrutura, sistemas e componentes de
segurança, efetuado no ambiente de um local de inspeção, com resultados rastreáveis, realizado por
inspetores qualificados e habilitados, com equipamentos e instrumentos apropriados e calibrados,
com a finalidade de constatar o atendimento aos requisitos estabelecidos na legislação de trânsito
e ambiental e na normalização existente, para que seja permitida, ou não, a sua circulação

3.3
inspeção em pista
processo de inspeção realizado de forma precária em local de inspeção que não seja uma estação
de inspeção

3.4
laudo de aprovação da inspeção
documento emitido após a aprovação do veículo, que atesta a conformidade com esta Norma

3.5
linha de inspeção portátil
conjunto de equipamentos portáteis capazes de realizar os ensaios de inspeção de segurança veicular,
atendendo aos mesmos requisitos dos equipamentos que compõem uma linha fixa

3.6
local de inspeção
ambiente apropriado e seguro, devidamente autorizado pelo órgão competente, dotado de condições
mínimas para a execução da inspeção

3.7
lotação
carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros, que o veículo transporta

NOTA Para os veículos de passageiro, a lotação é expressa em número de pessoas.

3.8
manual de procedimentos operacionais
documento que descreve as práticas e metodologias adotadas em um local de inspeção de segurança
veicular

3.9
piso da área de ensaio
área delimitada em que os veículos são colocados para medir, regular ou verificar a orientação dos
fachos de luz emitidos pelos faróis baixos dianteiros

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3.10
pista
área delimitada e controlada em que os veículos realizam os ensaios

3.11
plano de referência
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plano que caracteriza o piso da área de ensaio

3.12
relatório de não conformidade
documento que registra os defeitos encontrados no veículo após a realização da inspeção do veículo

3.13
tela-alvo
tela, painel ou parede em que o padrão do facho do farol dianteiro pode ser observado

3.14
transporte escolar
serviço prestado por veículos com classificação permitida pela legislação de trânsito, destinados à
condução coletiva de escolares, para fins de circulação nas vias urbanas e rurais, seguindo os requisitos
específicos estabelecidos pela legislação de trânsito

3.15
treinamento em inspeção de segurança para veículos de transporte escolar
treinamento que fornece conhecimentos e habilidades necessários para efetuar este tipo de inspeção

4 Requisitos
4.1 Requisitos básicos

A inspeção de segurança veicular em veículos para transporte escolar tem como princípios básicos:

a) não efetuar qualquer desmontagem de componentes do veículo e correções de irregularidades;

b) ser efetuada, predominantemente e quando aplicável, de forma instrumentalizada, minimizando


avaliações subjetivas;

c) ser efetuada em instalações destinadas a tal finalidade;

d) ser efetuada, alternativamente, em espaços ou vias, em que o local de inspeção tenha autorização
do respectivo responsável;

e) ser efetuada por empresas, pessoas ou entidades independentes e imparciais que não possam
ser beneficiadas ou que tenham qualquer outro conflito de interesse no seu resultado;

f) abranger apenas veículos leves e pesados, classificados conforme a ABNT NBR 13776;

g) ser realizada com o veículo transportando apenas o inspetor;

h) ser realizada por inspetores competentes e habilitados, conforme a legislação vigente;

i) ser aprovada por responsável técnico competente habilitado, conforme a legislação vigente;

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j) ser realizada por equipamentos calibrados ou verificados, conforme a legislação vigente;

k) ser realizada com o veículo em condições de limpeza que possibilitem a observação da estrutura,
sistemas, componentes e conformidade cadastral.

l) Após encerrada a inspeção, deve ser dado acesso público a ela ou devem ser divulgadas informações
apropriadas e oportunas sobre o seu resultado e sobre o laudo, a fim de obter confiança na
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integridade e credibilidade da inspeção. Quando o poder público disponibilizar um canal específico


de consulta, este deve ser utilizado prioritariamente.

4.2 Requisitos específicos


A inspeção de segurança dos veículos para transporte escolar deve abranger os requisitos de 4.2.1
a 4.2.3, cujas características devem atender à legislação vigente.

4.2.1 Documentação e registro

4.2.1.1 Devem ser mantidos registros das seguintes informações:

a) certificado de registro e licenciamento do veículo (CRLV), Certificado do registro do veículo (CRV)


ou nota fiscal, no caso de veículos sem emplacamento;

b) certificado de verificação metrológica do equipamento registrador instantâneo inalterável de


velocidade e tempo (cronotacógrafo);

c) foto da marcação do VIN no chassi;

d) foto da marcação do número do motor;

e) foto dos pneus por eixo (inclusive estepe);

f) foto da placa traseira;

g) fotos da parte dianteira, laterais e traseira do veículo;

h) fotos da área interna do veículo, mostrando bancos;

i) filmagens dos ensaios em pista;

j) laudo de aprovação da inspeção;

k) relatório de não conformidade (quando aplicável);

l) lista de verificação, conforme o modelo do Anexo A.

4.2.1.2 Verificar a conformidade cadastral de acordo com a ABNT NBR 14040-2 e a classificação
e o tipo de veículo, que devem estar em conformidade com a legislação de trânsito.

4.2.2 Equipamentos obrigatórios e proibidos, sistemas e componentes do veículo

4.2.2.1 Verificar os equipamentos obrigatórios e proibidos de acordo com a ABNT NBR 14040-3 e
os itens específicos listados a seguir:

a) equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo (cronotacógrafo), com


verificação metrológica dentro da validade e integridade e funcionalidade de seus lacres;

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b) cintos de segurança em número igual à lotação;

c) espelhos retrovisores, equipamento do tipo câmera-monitor ou outro dispositivo equivalente de


visão indireta, estabelecidos pela legislação de trânsito, destinados a evitar atropelamento de
escolares ao desembarcarem ou transitarem nas proximidades da dianteira ou traseira do veículo.

4.2.2.2 Verificar o sistema de sinalização de acordo com a ABNT NBR 14040-4 e os itens listados
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a seguir:

a) as lanternas de luz branca ou âmbar devem estar dispostas na extremidade superior dianteira
e as lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira, conforme a
legislação de trânsito [1];

b) as lanternas devem ser ativadas e desativadas com emissão de luz intermitente (piscar
alternadamente entre os lados direito e esquerdo), automaticamente, com a abertura e fechamento
das portas para entrada e saída dos passageiros (escolares) no veículo, conforme a legislação
de trânsito.

No caso de o local de inspeção não dispor de regloscópio, o inspetor deve proceder conforme o Anexo A.

4.2.2.3 Verificar o sistema de iluminação de acordo com a ABNT NBR 14040-5.

4.2.2.4 Verificar o sistema de freios de acordo com a ABNT NBR 14040-6.

No caso de o local de inspeção não dispor de frenômetro, o inspetor deve proceder conforme o Anexo B.

4.2.2.5 Verificar o sistema de direção de acordo com a ABNT NBR 14040-7.

4.2.2.6 Verificar os eixos e suspensão de acordo com a ABNT NBR 14040-8.

4.2.2.7 Verificar os pneus e rodas, de acordo com a ABNT NBR 14040-9.

4.2.2.8 Verificar os sistemas e componentes complementares, de acordo com a ABNT NBR 14040-10
e com o listado em 4.2.2.8.1 a 4.2.2.8.6.

4.2.2.8.1 Verificar a existência de faixas horizontais, conforme a legislação de trânsito.

4.2.2.8.2 Verificar a lotação do veículo. A lotação verificada fisicamente no veículo deve ser a mesma
que a informada no CRLV.

4.2.2.8.3 Verificar a existência de saídas de emergência e suas respectivas sinalização e identificação,


conforme a legislação de trânsito.

4.2.2.8.4 Verificar a existência e o funcionamento do dispositivo de travamento interno das portas,


conforme a legislação de trânsito específica.

4.2.2.8.5 Verificar a existência e o funcionamento de dispositivo que impeça que as janelas, exceto
as do condutor e do acompanhante, abram mais do que o estabelecido pela legislação de trânsito.

4.2.2.8.6 Verificar a existência e o funcionamento de dispositivo de acessibilidade.

4.2.3 Local de inspeção

4.2.3.1 O local de inspeção deve atender aos requisitos da ABNT NBR 14040-11.

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ABNT NBR 17075:2022

4.2.3.2 No caso de município com indisponibilidade de instalações previstas na ABNT NBR 14040-11,
as inspeções:

a) podem ser realizadas com frenômetro e placa de desvio lateral do tipo móvel;

b) alternativamente, podem ser realizadas conforme os Anexos B a D.


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5 Reprovação do veículo
5.1 Para os veículos em que forem constatados defeitos, deve ser gerado um relatório de não
conformidade (RNC), em duas vias, com a relação dos itens reprovados.

5.2 Deve ser fornecida uma via do RNC para o proprietário ou o condutor do veículo, para a correção
dos itens reprovados, e outra para ser arquivada pelo executor do serviço de inspeção.

6 Aprovação do veículo
6.1 Para os veículos aprovados na inspeção veicular, deve ser gerado um laudo de aprovação em
inspeção (LAI), em duas vias.

6.2 Deve ser fornecida uma via do LAI para o proprietário ou o condutor do veículo e outra para
ser arquivada pelo executor do serviço de inspeção.

6.3 A lista de verificação constante no LAI deve ter campo para registro dos equipamentos utilizados
para fazer as medições, tipo de equipamento utilizado, sua rastreabilidade, número do certificado
de calibração (por laboratórios acreditados) e sua validade.

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Anexo A
(informativo)

Modelo de lista de verificação para inspeção de veículos


para transporte escolar
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Lista de verificação para inspeção de veículos para transporte escolar

Data da inspeção: Combustível:


Placa do veículo: Número de lugares
Chassi do veículo: (lotação):

Não
Aprovado Reprovado
Caracterização da amostra Medida aplicável
A R N/A
Quantidade de eixos:
Distância entre eixos: mm
Comprimento: mm
Largura externa: mm
Altura do veículo com peso em ordem de marcha: mm
Balanço traseiro: mm
Altura livre do solo do veículo em ordem de marcha: mm
Peso do veículo em ordem de marcha: kgf
Peso Bruto Total (PBT): kgf

Não
Lista de verificação Aprovado Reprovado
aplicável
Código Grupo/Item/Defeito A R N/A
01 Conformidade cadastral
01 01 Informações do CRLV
01 02 Características do veículo
02 Equipamentos obrigatórios e proibidos
02 01 Para-choques
02 02 Espelhos retrovisores (quando aplicável)
02 03 Limpador e lavador de para-brisa

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02 04 Para-sol
02 05 Velocímetro
02 06 Buzina
02 07 Cinto de segurança
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02 08 Extintor de incêndio (quando aplicável)


02 09 Triângulo de segurança
02 10 Ferramentas
02 11 Estepe (quando aplicável)
02 13 Tacógrafo (quando aplicável)
Cinto de segurança da árvore de
02 14
transmissão (quando aplicável)
Lacres da bomba injetora (motores diesel)
02 15
(quando aplicável)
02 16 Dectetor de radar
02 17 Rodas fora do limite
02 18 Tanque suplementar não regulamentado
02 19 Farol traseiro
Luzes intermitentes de sinalização de veículo
02 20
de socorro
03 Sinalização
03 01 Lanternas indicadoras de direção
Lanternas indicadoras de posição (dianteiras
03 02
e traseiras)
03 03 Lanternas de freio
03 04 Lanterna de freio elevada (quando existente)
Lanternas de marcha a ré (quando
03 05
obrigatórias)
03 06 Lanternas delimitadoras
03 07 Lanternas delimitadoras laterais
Lanternas intermitentes de advertência
03 08
(quando obrigatórias)
03 09 Retrorrefletores
03 10 Películas retrorrefletivas
04 Iluminação
04 01 Faróis principais
04 02 Faróis de neblina (quando existentes)

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04 03 Faróis de longo alcance (quando existentes)


05 Freios
05 01 Freios de serviço
05 01a Eficiência total de frenagem (veículos leves)
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Eficiência total de frenagem (veículos


05 01b
pesados)
05 02 Freio de estacionamento
05 03 Comandos
05 04 Servofreio
05 05 Reservatório do fluido de freio
05 06 Reservatório(s) de ar/vácuo
Circuito de freio (tubulações, conexões,
05 07 cilindro-mestre, manômetros, válvulas e
servomecanismo)
Discos, freio a disco, tambores, freio a
05 08
tambor e componentes
05 09 Sistema antibloqueio de frenagem (ABS)
05 20 Ensaio dinâmico dos freios
05 20 01 Distância de frenagem do freio de serviço
05 20 02 Equilíbrio de frenagem
Eficiência do freio de estacionamento em
05 20 03
rampa
06 Direção
Tendência direcional do veículo/Alinhamento
06 01
das rodas
06 02 Volante de direção e coluna
06 04 Funcionamento
06 05 Mecanismo, barras e braços
06 06 Articulações
06 07 Servodireção hidráulica (quando existente)
06 08 Amortecedor de direção (quando existente)
06 20 Ensaio dinâmico da direção
06 20 01 Alinhamento em pista
06 20 02 Isenção de ruídos, rangidos ou trepidação
06 20 03 Estabilidade
07 Eixos e suspensão

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ABNT NBR 17075:2022

07 01 Funcionamento da suspensão
07 02 Eixos
07 03 Elementos elásticos (molas)
Elementos absorvedores de energia
07 04
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(amortecedores)
Elementos estruturais (braços, suportes e
07 05
tensores)
Elementos de articulação (articulação
07 06
esférica)
Elementos de regulagem (excêntricos,
07 07
calços, parafusos reguladores)
07 08 Elementos limitadores (batentes)
Elementos de fixação (grampos, porca,
07 09
parafusos, cupilhas e rebites)
Elementos complementares (estabilizadores)
07 10
(quando aplicável)
07 11 Suspensão pneumática
07 20 Ensaio dinâmico da suspensão
07 20 01 Alinhamento em pista
07 20 02 Isenção de ruídos, rangidos ou trepidação
07 20 03 Estabilidade
08 Pneus e rodas
08 01 Marcações de conformidade dos pneus
08 02 Desgaste da banda de rodagem
08 03 Tamanho dos pneus
08 04 Simetria dos pneus e rodas
Sistemas e componentes
09
complementares
09 01 Portas e tampas
09 02 Vidros e janelas
09 03 Bancos
09 07 Carroçaria
09 08 Instalação elétrica e bateria
09 09 Chassi/estrutura do veículo
09 10 Motor/sistema de transmissão
09 11 Para-lamas

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09 14 Sinalização de painel
09 20 Itens específicos de veículos escolares
Faixas laterais com a palavra "Escolar" em
09 20 01
desacordo com a legislação de trânsito.
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Saídas de emergência em desacordo com a


09 20 02
legislação específica
Dispositivo de travamento interno das portas
09 20 03
inexistente ou com mau funcionamento
Abertura das janelas dos passageiros em
09 20 04
desacordo com a legislação específica
Dimensões dos bancos em desacordo com a
09 20 05
legislação específica
Distâncias entre bancos/dimensões do
09 20 06
corredor não conformes
Dispositivos de visão indireta inexistentes ou
09 20 07
em desacordo com a legislação específica
Acessibilidade em desacordo com a
09 20 08
legislação de trânsito
10 Motor
10 01 Sistema de admissão
10 02 Sistema de arrefecimento
10 03 Sistema de exaustão de gases

Equipamentos utilizados
Número de Certificado de Data da
Equipamento
série calibração calibração

Observações:
Local da inspeção:

Inspetor Engenheiro mecânico (responsável)

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Anexo B
(normativo)

Procedimento para verificação da orientação de fachos de luz de faróis


baixos de veículos rodoviários
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B.1 Princípio
Este procedimento se destina à verificação da orientação de fachos de luz de faróis baixos de veículos
automotores rodoviários, excluindo motonetas e motocicletas.

B.2 Aparelhagem
A aparelhagem necessária para a realização da medição é a seguinte:

a) trena de 10 m;

b) goniômetro;

c) nível;

d) prumo;

e) calibrador de pressão de pneu.

B.3 Área de ensaio


B.3.1 O piso da área de ensaio deve ser suficientemente nivelado de modo que o plano onde
as rodas do veículo se apoiam possua um caimento (longitudinalmente e lateralmente) que não pode
exceder 1 %.

B.3.2 A área de ensaio deve conter, para ser usada como tela-alvo distante, uma parede ou painel
perpendicular ao piso (com variação de ± 1 % na perpendicularidade em relação à pista de rolamento
e em relação ao solo), desde que satisfaça as seguintes condições:

a) a parede ou o painel devem possuir refletividade suficiente e iluminação ambiente baixa o bastante
para ser possível observar com clareza os fachos de luz na parede ou painel;

b) a altura da parede à frente do veículo deve ser de pelo menos 2 m e a largura de pelo menos 3 m.

B.3.3 A área de ensaio deve conter uma linha retilínea claramente marcada no solo, com
comprimento mínimo de 12 m mais o comprimento do veículo, perpendicular à parede ou painel, com
tolerância de ± 1 % na perpendicularidade.

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B.4 Verificação do farol com o uso de uma parede (tela distante)

B.4.1 Introdução

Quando se posiciona um veículo em frente a uma parede clara em um ambiente escuro, pode-se ver
que o facho de luz emitido pelo farol baixo desenha claramente uma linha horizontal do lado esquerdo
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e uma linha inclinada para cima do lado direito.

Tanto o farol do lado esquerdo como o farol do lado direito têm a mesma geometria de iluminação,
ou seja, o facho de luz possui inclinação para cima do lado direito da pista, que é onde normalmente
estão fixadas as placas de sinalização de trânsito.

Na Figura B.1, onde um dos faróis foi coberto, pode-se notar claramente esse efeito: a parede fica
iluminada abaixo da linha horizontal e abaixo da linha inclinada, ficando sem iluminação na parte de
cima. O ponto de confluência da linha horizontal com a linha inclinada é o centro geométrico do farol.

Figura B.1 – Projeção do faixo luminoso

B.4.2 Preparação da verificação

B.4.2.1 Localizar nos faróis uma marca que indique o seu centro geométrico. Se não existir essa
marcação, usar como referência o centro da lâmpada podendo-se fazer uma pequena marca com
caneta hidrográfica ou outro meio.

B.4.2.2 Dirigir o veículo para a área de ensaio acompanhando a linha perpendicular à parede e
suavemente encostar o veículo na parede.

B.4.2.3 Localizar na parede um ponto que fique exatamente na frente do centro geométrico do
farol esquerdo e marcar esse ponto na parede. Depois, com auxílio de um prumo ou outro dispositivo,
marcar na parede uma linha vertical, desde esse ponto até o solo (ver Figura B.2).

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Figura B.2 – Marcação do centro geométrico


B.4.2.4 Dar marcha a ré no veículo acompanhando a linha perpendicular traçada no solo, até que
a distância do centro geométrico do farol até a parede seja de exatamente 10 m, conforme a Figura B.3.

Figura B.3 – Medições


B.4.2.5 A inclinação percentual mencionada em B.5.1 representa a tangente do ângulo  (tag Â),
representada na Figura B.4 e é calculada dividindo-se a distância e pela distância D. A tangente
do ângulo  é calculada conforme a equação a seguir:

tg  = e/D

onde

e é a altura do centro geométrico menos a altura da região iluminada em relação ao solo,


expressa em centímetros (cm) e calculada conforme a equação a seguir:

e=H–h

D é a distância entre o centro geométrico do farol e a parede usada como tela distante, expressa
em centímetros (cm);

H é a altura do centro geométrico do farol baixo em relação ao solo, expressa em centímetros (cm);

h é a altura da região iluminada em relação ao solo (na região onde a faixa clara/escura é
paralela ao solo) , expressa em centímetros (cm);

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Figura B.4 – Geometria da medição da inclinação dos faróis


EXEMPLO

Como exemplo, utilizando uma distância D de 10 m e sabendo-se que a inclinação do farol especificada pelo
fabricante é de 1,3% (tangente de Â), fazendo-se as contas apropriadas, encontra-se uma distância e de
13 cm, conforme demonstrado a seguir:

D = 10 m = 1 000 cm

tg  = 1,3 % = 0,013

tg  = e/D ou e = tg Â × D

Com isso: e = 0,013 × 1 000 = 13 cm

Este procedimento envolve matemática simples, com utilização de semelhança de triângulos, então,
por exemplo, se um determinado farol apresentar a especificação de 1,2 % de inclinação e se estiver
sendo utilizada uma distância D = 10 m, a distância e é de 12 cm.

B.4.3 Verificação

B.4.3.1 Ligar os faróis, selecionar a opção farol baixo (posição neutra de regulagem de altura do
farol, quando existente) e cobrir o farol direito.

B.4.3.2 Verificar as distâncias vertical e horizontal entre a marcação feita na parede e o centro
geométrico do farol projetado na parede (que é o ponto de confluência da linha horizontal com a linha
inclinada projetadas na parede).

B.4.3.3 Cobrir o farol esquerdo e repetir a verificação descrita em B.4.3.2 para o farol direito.

B.5 Critérios de aprovação


B.5.1 Podem ser admitidas variações de ± 10 % na distância e medida verticalmente na parede,
em comparação com a medida especificada pelo fabricante do veículo. Ou seja, se a especificação
de inclinação do farol baixo do veículo for de 1,3 % (e = 13 cm para D = 10 m) e se o farol apresentar
medidas e de 11,7 cm a 14,3 cm, ele deve ser considerado aprovado. Fora desse intervalo o farol deve
ser considerado reprovado.

B.5.2 Procedimento análogo é adotado em relação à distância horizontal entre a marcação feita
na parede e o centro geométrico do farol projetado na parede, sendo admitida uma distância máxima
de ± 2 cm.

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Anexo C
(normativo)

Procedimento para verificação dos sistemas de freios


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C.1 Princípio
Este procedimento se destina à inspeção em pista dos sistemas de freio, realizada de forma precária,
ou como avaliação complementar à inspeção instrumentalizada.

C.2 Características da pista de ensaio


C.2.1 O piso da pista de ensaio deve ser suficientemente nivelado e plano, de modo que o plano
onde as rodas do veículo se apoiam possua um caimento (longitudinalmente e lateralmente) que não
pode exceder 1 %.

C.2.2 A pista para ensaios de frenagem deve estar isenta de detritos que possam influenciar
nos ensaios.

C.2.3 A pista para ensaios de frenagem deve ser pavimentada com asfalto. Os ensaios devem ser
realizados com o pavimento seco.

C.2.4 As dimensões mínimas da área de ensaios devem ser as seguintes:

a) largura mínima para veículos leves e pesados: 7 m;

b) comprimento mínimo da pista para ensaio de frenagem: 100 m.

C.2.5 A pista para ensaios de frenagem deve conter uma linha retilínea claramente marcada no
solo, visível para o motorista, ao longo de toda a pista, como referência para aceleração e frenagem
do veículo durante os ensaios.

C.3 Métodos de ensaio

C.3.1 Preparação dos ensaios

C.3.1.1 Os ensaios em pista devem ser autorizados pela autoridade com circunscrição sobre a via,
no caso de inspeções em vias públicas. O local de ensaio deve ser sinalizado e ter o acesso limitado
ao pessoal que realiza os serviços.

C.3.1.2 Avaliar se o veículo está em condições de segurança para a realização dos ensaios. Desta
forma, os sistemas de freios, suspensão e direção devem ter passado, previamente, por inspeção
visual, sem apresentar defeitos que possam comprometer a segurança.

C.3.1.3 Os pneus devem estar com a pressão verificada, conforme as especificações do fabricante.

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C.3.2 Realização dos ensaios

C.3.2.1 Introdução

Os ensaios em pista têm o objetivo de substituir de forma precária os ensaios instrumentalizados nos
sistemas de freios, no caso de indisponibilidade dos instrumentos indicados na ABNT NBR 14040-11.
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Os ensaios em pista devem ser realizados por profissional habilitado, com o auxílio de um inspetor
ou do próprio responsável técnico.

Deve-se prezar pela segurança durante o ensaio.

C.3.2.2 Aparelhagem

Para a realização dos ensaios, é necessária a seguinte aparelhagem:

a) trena de 50 m, para medição da distância de frenagem;

b) goniômetro ou similar, para averiguação da inclinação do plano para ensaios do sistema de freio
de estacionamento;

c) nível, para avaliação do nivelamento da pista de ensaios;

d) fita zebrada ou outro meio similar para isolamento da área de ensaios;

e) cones, balizadores ou similares para marcação das distâncias de frenagem;

f) dispositivo para realização de fotos e vídeos, com aplicativo para inserção da posição
georreferenciada do local dos ensaios nas imagens, incluindo data, hora e minuto de cada ensaio;

g) sistema informatizado para emissão do laudo, com possibilidade de integração com sistemas
de órgãos de trânsito.

C.3.3 Procedimentos

C.3.3.1 Ensaio de eficiência dos freios de serviço

C.3.3.1.1 Procedimento

O veículo deve ser posicionado no início da pista e ser acelerado até atingir a velocidade especificada
na Tabela C.1, mantendo a velocidade estabilizada (sem aceleração).

Quando o eixo dianteiro do veículo passar pela marca ou balizador de início de frenagem, o inspetor
deve acionar o pedal de freio com intensidade máxima, sem que ocorra o travamento das rodas,
e mantê-lo acionado até a parada total do veículo.

Medir a distância da marca do início de frenagem até a posição do eixo dianteiro, quando o veículo
estiver totalmente imobilizado.

O ensaio deve ser realizado no mínimo 3 vezes, registrando-se as medidas.

O resultado é obtido considerando a média aritmética das medidas de distância de frenagem.

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Tabela C.1 – Distâncias de frenagem


Categoria de veículo Velocidade de início do ensaio Distância máxima de frenagem
km/h m
Leve 30 9,0
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Pesado 30 11,5
NOTA Os valores de distância máxima de frenagem foram obtidos da ABNT NBR 10966-2.

C.3.3.1.2 Critérios de reprovação

É motivo de reprovação a constatação da distância de frenagem superior ao especificado, entre outras


ocorrências previstas na regulamentação específica.

C.3.3.2 Ensaio de equilíbrio de frenagem

C.3.3.2.1 Procedimento

Posicionar o veículo alinhado sobre a faixa, com os pneus do lado esquerdo centralizados na faixa.

Acelerar suavemente até 20 km/h, mantendo o veículo alinhado sobre a faixa.

Soltar o volante.

Acionar o freio com força moderada até a parada total do veículo.

Medir a posição do centro do pneu dianteiro esquerdo até o centro da faixa de referência.

C.3.3.2.2 Critérios de reprovação

É motivo de reprovação a constatação do deslocamento lateral superior ao constante na Tabela C.2,


entre outras ocorrências previstas na regulamentação específica.

Tabela C.2 – Referência de deslocamento lateral de frenagem


Bitola do eixo dianteiro Valor do deslocamento máximo Valor do deslocamento
para os veículos equipados máximo para os veículos
com freio hidráulico equipados com freio a ar
cm cm cm
< 160 14 17
161 a 190 13 16
191 a 209 12 15
210 a 239 11 14
> 240 10 13

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C.3.3.3 Ensaio de frenagem de estacionamento

C.3.3.3.1 Procedimento

Posicionar o veículo em uma rampa de forma que a sua inclinação (ilustrada na Figura C.1), seja de
pelo menos 18 %, com o câmbio na posição neutra, e acionar o freio de estacionamento.
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Após acionar o freio de estacionamento, liberar o freio de serviço. O veículo deve permanecer imobilizado
por um período de 1 min.

Figura C.1 – Ilustração da inclinação da rampa


C.3.3.3.2 Critérios de reprovação

É motivo de reprovação a constatação da movimentação do veículo durante o período do ensaio,


entre outras ocorrências previstas em regulamentação específica.

C.4 Registros
Os dados do veículo ensaiado e do inspetor, assim como os demais dados para registro da verificação
devem ser devidamente descritos na lista de verificação, apresentada no Anexo A.

Os ensaios dinâmicos devem ser filmados. As medidas de distância de frenagem, bem como o cálculo
da média, devem ser registrados.

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Anexo D
(normativo)

Procedimento para verificação dos sistemas de direção em pista


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D.1 Princípio
Este procedimento se destina à inspeção em pista dos sistemas de direção, realizada de forma
precária, ou à avaliação complementar à inspeção instrumentalizada.

D.2 Características da pista de ensaio


As características da pista de ensaio são as mesmas descritas no Anexo C.

D.3 Preparação do ensaio


A preparação do ensaio deve seguir o descrito no Anexo C.

D.4 Realização do ensaio

D.4.1 Introdução

Os ensaios em pista têm o objetivo de substituir de forma precária os instrumentalizados nos sistemas
de direção, no caso de indisponibilidade dos instrumentos indicados na ABNT NBR 14040-11.

Os ensaios em pista devem ser realizados por profissional habilitado, com o auxílio de um inspetor
ou do próprio responsável técnico.

Deve-se prezar pela segurança durante o ensaio.

D.4.2 Aparelhagem

Para a realização dos ensaios, é necessária a aparelhagem constante em C.3.2.2.

D.5 Realização do ensaio


O veículo deve ser posicionado no centro longitudinal da pista e ser acelerado até atingir 20 km/h.

Percorrer 50 m sem que o condutor coloque as mãos no volante.

Medir o desvio lateral à esquerda ou à direita em relação ao centro longitudinal da pista.

Verificar o sistema de direção quanto ao seu funcionamento, não podendo ocorrer ruídos, rangidos
no manuseio ou trepidações, nem desalinhamento em pista. O veículo não pode ter tendência a derivar
para os lados.

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Repetir o ensaio com o veículo se deslocando no sentido oposto ao do ensaio anterior.

Considerar a média aritmética das duas medidas.

D.6 Critérios de reprovação


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É motivo de reprovação a constatação da(s) seguinte(s) ocorrência(s), entre outras previstas na


regulamentação específica:

a) desvio lateral médio > 35 cm;

b) ruídos, rangidos ou trepidação da direção.

D.7 Registros
Os dados do veículo ensaiado e do inspetor, assim como os demais dados para registro da verificação
devem ser devidamente descritos na lista de verificação apresentada no Anexo A.

Os ensaios dinâmicos devem ser filmados. As medidas de desvio lateral, bem como o cálculo da
média, devem ser registrados.

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Bibliografia

[1]  Lei nº 9503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)
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[2]  Resoluções pertinentes do Conselho Nacional de trânsito (Contran)

[3]  Portarias pertinentes da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran)

[4]  ABNT NBR 10966-2, Veículos rodoviários automotores – Sistema de freio – Parte 2: Ensaios
de frenagem e desempenho para veículos das categorias M, N e O

[5]  ABNT NBR 14022, Acessibilidade em veículos de características urbanas para o transporte
coletivo de passageiros

[6]  ABNT NBR 14040-12, Inspeção de segurança veicular – Veículos leves e pesados – Parte 12:
Qualificação de inspetor de segurança veicular

[7]  ABNT NBR 14624, Inspeção técnica veicular – Codificação dos itens de inspeção

[8]  ABNT NBR 15320, Acessibilidade em veículos de categoria M3 com características rodoviárias
para o transporte coletivo de passageiros – Parâmetros e critérios técnicos

[9]  ABNT NBR 15570, Fabricação de veículos acessíveis de categoria M3 com características
urbanas para transporte coletivo de passageiros — Especificações técnicas

[10]  ISO 10604, Road vehicles – Measurement equipment for orientation of headlamp luminous beams

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