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1

INTRODUÇÃO

Basicamente, todos os teólogos – ao menos aqueles que são


comprometidos com a veracidade e inerrância da Bíblia – Crêem que as
Escrituras Sagradas, consistentemente enfatizam o fato de que Deus criou
os seres humanos. Logo nos primeiros versículos da Bíblia, lemos que
Deus criou o homem a “Sua imagem e semelhança” (Gn 1:26,27) e que do
“pó da terra” (Gn 2:7) Deus o criou, soprando-lhe em suas narinas o fôlego
de vida, tornando-o alma (heb. Nephesh) vivente, colocando-o no Éden e
lhe dando domínio sobre as coisas criadas (Gn 2:15,19). Depois, é dito que
Deus lhe deu uma “auxiliadora idônea” para que ambos fossem jardineiros
da criação de Deus (Gn 1:28). A criação da mulher foi a partir da costela do
homem, significando assim, que ambos têm a mesma essência.1 Mas o que
parece até então, é que não fica tão claro no que de fato consiste a natureza
humana – pelo menos não, somente sobre a ótica do relato criacional.

Ao passo que expandimos a leitura da narrativa bíblica, nos


deparamos com as várias passagens que trazem iluminação para o
entendimento da natureza humana. Porém, isso não quer dizer que todos os
eruditos comprometidos com a antropologia bíblica, compreendem de
forma consensual, pelo contrário, até hoje, há muito debate.

Nesse sentido, analisaremos as principais perspectivas


antropológicas (tricotomismo, dicotomismo e monismo), ressaltando as suas
similaridades e discordâncias, abordando as passagens mais usuais e
polêmicas a respeito da natureza humana.

1. TRICOTOMIA

A primeira corrente que analisaremos a respeito do que consiste a


natureza humana é o tricotomismo. Isso, por que é a mais popular e
comumente usada nas comunidades evangélicas atuais, apesar de não ser
muito defendida nos círculos acadêmicos.2

1
FERREIRA, Franklin; ALAN, Myatt. Teologia sistemática: uma analise histórica,
bíblica, e apologética para o contexto atual. – Sao Paulo: Vida Nova, 2007, p. 398.
2
GRUDEM, Wayne A. Manual de teologia sistemática: uma introdução aos ensinos
fundamentais da fé cristã. – São Paulo: Editora Vida, 2001, p. 208.
2

Os tricotomistas compreendem a natureza humana como composta


de três partes: corpo, alma e espírito. Segundo eles, a alma é o princípio da
vida física ou animal3 e, inclui o intelecto, emoções e vontade.4 A alma é
vital para o corpo humano, ela o anima, utilizando-se dos sentidos físicos
“como seus agentes na exploração das coisas materiais e dos órgãos do
corpo para se expressar e comunicar-se com o mundo exterior”.5

Sendo a alma o principio da vida, ela distingue a vida humana e a


vida dos seres irracionais das coisas inanimadas e da vida vegetal. Segundo
Myer Pealman, podemos dizer que as plantas têm alma, porém, é ilógico
atribuir qualquer faísca de consciência.6 Ainda segundo ele, também a alma
se distingue dos seres irracionais, pois, apesar de possuírem alma, estas são
terrenas e vivem apenas enquanto o corpo durar (Ec. 3:21), diferente das
almas dos seres humanos, que sobrevivem após a morte do corpo. Por mais
inteligente que sejam os seres irracionais, sua inteligência é instintiva e não
provém da razão, nesse sentido, apenas os homens podem conhecer a Deus.

Os tricotomistas entendem que a alma em relação ao pecado, foi


danificada em Adão, sendo o pecado a tortuosidade da alma.7 Quando
Adão pecou, não foi o corpo que pecou (matéria), e sim, a alma – visto que
ela é a sede da vontade:

A alma consciente e voluntariamente, usou o corpo


para pecar contra Deus. Essa combinação de alma
pecaminosa e corpo humano constituem o que se
conhece como "o corpo do pecado" (Rom 6:6), ou "a
carne" (Gál 5:24). A inclinação e desejo da alma para
usar o corpo dessa maneira se descreve como a "mente
carnal" (Rom 8:7). Visto que o homem pecou com o
corpo, será julgado segundo "o que fez por meio do
corpo" (2 Cor 5:10). Isso envolve uma ressurreição.

3
HORTON, Stanley M.,ed. Teologia sistemática: uma perspectiva pentecostal. 1º ed. –
Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1996, p. 236.
4
GRUDEM, Wayne A. Op cit., p. 208.
5
PEALMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia; tradução Lawrence Olson. –
São Paulo: Editora Vida, 2006, p. 88. Pealman faz uma análise bem detalhada sobre o
entendimento tricotômico.
6
Ibid., p. 88.
7
Ibid., p. 92,93.
3

(João 5:28, 29.) Quando a "carne" é condenada, a


referência não é ao corpo material (o elemento material
não pode pecar), mas ao corpo usado pela alma
pecadora.8

A alma é distinta do espírito (apesar de serem inseparáveis, pois, o


espírito está interligado à substância da alma), sendo o segundo a parte
espiritual do homem. Ambos formam “o homem interior” (Rm 7:22).9 O
espírito estabelece espiritualmente o homem, capacitando-o para a
comunhão com Deus.10 Segundo esse pensamento, na alma residem os
traços da personalidade e no espírito a sede das qualidades espirituais do
individuo (o principio da vida religiosa), a alma usa essa vida e lhe dá
expressão por meio do corpo. Pealman declara:

No princípio Deus soprou o espírito de vida no corpo


inanimado e o homem “foi feito alma vivente”. Assim
a alma é um espírito encarnado, ou um espírito humano
que recebe expressão mediante o corpo. A combinação
desses dois elementos constitui o homem em “alma”.11

Por sua vez, o corpo ou sarx, “carne”, na língua grega, diz respeito
ao lado material do homem. O corpo recebe alguns nomes diferentes nas
Escrituras (apesar no seu sentido principal e mais comum, continuar sendo
a parte material), tais como: “Bainha”, “invólucro” (Dn 7:15);
“tabernáculo”, “casa” (2 Co 5:1; 2 Pe 1:13); “templo”. (Jo 2:21; 1 Co 6:19;
Is 38:12). O corpo se relaciona com o mundo exterior através dos sentidos,
tendo cinco órgãos de percepção: olfato, audição, visão, tato e paladar. A
transgressão desses sentidos constitui os “pecados da carne”.12 No Éden,
esse corpo foi condenado à morte por causa da escolha da alma, perdendo
assim, a sua perpetuidade sobre a terra. Porém, na segunda vinda de Cristo,
tanto os salvos que estiverem vivos, quanto os que ressuscitarem dentre os
mortos, terão seus corpos revestidos de imortalidade (1 Co 15:51-54).

1.1. Principais passagens bíblicas usadas na defesa do tricotomismo.

8
Ibid., p. 92,93.
9
GILBERTO, Antônio.,ed. Teologia sistemática pentecostal. 2º ed. – Rio de Janeiro:
Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2014, p. 271.
10
HORTON, Stanley M.,ed. Op cit., p. 236.
11
PEALMAN, Myer. Op cit., p. 87.
12
BRUNELLI, Walter. Teologia para pentecostais: Uma Teologia Sistemática
Expandida – Volume 3. – Rio de Janeiro, 2016, p. 62.
4

Alguns textos bíblicos parecem que de fato apoiam a tri-unidade


humana. Como o interesse não é ser exaustivo, a presente análise se
concentrará nos textos mais importantes na elaboração da argumentação
(claro que os tricotomistas usam outros textos para apoiar sua crença). São
eles: Hebreus 4.12 e 1 Tesalonicenses 5:23. Em 1 Tessalonicenses 5:23 o
apóstolo Paulo pronúncia uma benção: “O mesmo Deus da paz vos
santifique em tudo; e vosso espírito, alma e corpo sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Esse
texto não divide o homem claramente em três partes? Bem, os dicotomistas
diriam que não! Grudem argumenta:

A expressão “o espírito, a alma e o corpo” é em si


mesma inconclusiva. Provavelmente Paulo está aqui
acumulando sinônimos para dar ênfase, como algumas
vezes acontece em outros lugares da Escritura. Por
exemplo, Jesus diz que devemos amar o Senhor “de
todo o [nosso] coração, de toda a [nossa] alma e de
todo o [nosso] entendimento” (Mt 22:37). Será que isso
significa que alma é diferente do entendimento ou do
coração? O problema é maior em Marcos 12:30, que
diz: “Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu
coração, de toda a sua alma, de todo o seu
entendimento e de todas as suas forças”. Se usarmos o
princípio de que tais listas de termos dizem respeito às
partes que compõem o homem, se também
acrescentarmos espírito a essa lista (e talvez também o
corpo), termos cinco ou seis partes no homem! Mas
certamente essa é uma conclusão falsa. É muito melhor
entender que Jesus estava acumulando termos
sinônimos para demonstrar enfaticamente que devemos
amar a Deus com a totalidade do nosso ser.13

Ainda segundo Grudem, esse também parece ser o caso de Hebreus


4:12, onde o autor utiliza-se de uma série de termos (alma, espírito, juntas,
medulas, pensamentos e propósitos do coração) que ressaltam os
“profundos elementos íntimos do nosso ser que não se ocultam ao poder

13
GRUDEM, Wayne A. Op cit., p. 211.
5

penetrante da Palavra de Deus”.14 É provável que o autor não pretendesse


dizer que a palavra de Deus cause alguma divisão entre e alma e o espírito,
pois, se assim fosse, seria difícil imaginar literalmente alguma divisão entre
as juntas do corpo e a medula que está nos ossos. A linguagem é
figurativa.15 A intenção é dizer que a palavra de Deus discerne “os
pensamentos e propósitos do coração”.

2. DICOTOMIA

Já ficou claro que os dicotomistas discordam das interpretações


tricotomistas concernentes, a passagens que aparentam sustentar uma ideia
tricotômica da natureza humana e, essa divergência por sua vez tem suas
premissas. Eles ensinam que o espírito não é uma parte distinta da alma,
mas na verdade é um termo sinônimo nas Escrituras para a alma, como
Grudem afirma: “Ambos os termos são usados indistintamente na Escritura
para falar a respeito da parte imaterial do homem, a parte que continua a
viver quando os corpos morrem. Portanto, o homem é feito de duas partes
(corpo e alma/espírito)”.16

A argumentação dicotomista começa já nos primeiros registros das


Escrituras; no registro da criação do homem. Segundo Strong, em Gênesis
2:7 o resultado do sopro do Espírito divino no corpo inanimado, o tornou
“possuído e vitalizado por um só princípio: a alma vivente”.17 Esse
princípio imaterial único perpassa toda a Bíblia de forma intercambiável.
Vejamos alguns exemplos: Em Gênesis 41:8 diz: “Achando-se ele de
espírito perturbado”, enquanto em Salmos 42.6 atribui esse sentimento
interno a alma: “Sinto abatida dentro de mim a minha alma”; da mesma
forma em João 12:27 (“agora, está angustiada a minha alma”), e em João
13:21 voltamos a ver à atribuição ao espírito (“angustiou-se Jesus em
espírito”).18 Ainda existem os textos que parecem atribuir ao corpo e a alma
(ou espírito) a constituição total do homem: “Não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma” (Mt 10:28). “Eu, ainda na verdade, ainda

14
Id. Teologia Sistemática: atual e exaustiva. – São Paulo: Vida Nova, 1999, p. 394.
15
HOEKEMA, Anthony. Criados à imagem de Deus. 1º ed. – São Paulo: Editora
Cultura Cristã, 1999, p. 230.
16
GRUDEM, Wayne A. Op cit., p. 208.
17
STRONG, Augustus Hopkins. Teologia sistemática. 1º ed. – São Paulo: Hagnos,
2002, parte V; p 45.
18
Outros textos também mostram esse paralelo (Mt.20:28 – 27:50; Hb 12:23 – Ap 6:9).
6

que ausente em pessoa (algumas versões corretamente trazem “corpo”),


mas presente em espírito” (1 Co 5:3); “faço votos por tua prosperidade e
saúde, assim como é próspera a tua alma” (3 Jo 2).

Um dos argumentos mais fortes dos dicotonistas é quando eles


alegam que de fato a Bíblia ao se referir a saída do imaterial do corpo na
morte, ela continua com o princípio intercambiável. No registro da morte
de Raquel a Bíblia diz: “Ao sair-lhe a alma (porque morreu)” (Gn 35:18).
Elias ao orar pelo filho da viúva de Serepta, ele disse: “Ó Senhor, meu
Deus, rogo-te que faças a alma deste menino tornar a entrar nele” (1 Rs
17:21).19 Porém, as vezes é mencionado que o espírito é que torna a Deus:
“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito” (Lc 23:46; ver Sl 31:5). Em
Eclesiastes diz que na morte, “o espírito volta a Deus” (Ec 12:7). E para
concluir, podemos ainda ressaltar que algumas vezes o Novo Testamento
também atribui ao espírito a função de sair do corpo, após a morte. Em
João 19:30 diz: “E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito”; e da mesma
forma Estevão declara: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59).
Portanto, esses textos demonstram de forma contundente o paralelismo das
expressões “alma e espírito” na narrativa bíblica.

3. MONISMO

Apesar das divergências entre os tricotomostas e dicotomistas, seus


pontos de concordância excedem suas diferenças. Ambas as correntes
concordam que os seres humanos não são unitários, que a sua constituição
precisa ser entendida por duas ou três partes. Como Pealman de forma
honesta diz: “Ambas as opiniões são corretas quando bem
compreendidas.”20 O monismo por outro lado vai em um caminho
totalmente contrário a essas correntes, alegando que de forma alguma nós
podemos compreender a raça humana como seres compostos. Esse
pensamento apesar de divergente tem uma considerável argumentação (ao
passo que alguns ainda conseguem de alguma forma se manter alinhados a
ortodoxia), fruto do desenvolvimento de teólogos bíblicos neo-ortodoxos
em reação ao liberalismo.21 Esse pensamento entende que os termos

19
Outras referências com o termo nephesh (alma): Is 53.12; Lc 12:20;
20
PEALMAN, Myer. Op cit., p. 83.
21
ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. 1º ed. – São Paulo: Vida
Nova, 1997, p. 230.
7

“corpo, alma e espírito”, são apenas sinônimos para se referir à “pessoa


total”.22 Dessa forma, eles traçam uma linha argumentativa similar ao
dicotomismo, ao pontuar a forma intercambiável dos termos, sendo que
eles incluem também a matéria.

O pensamento monísta enfaticamente diz que ser homem é ser ou


possuir um corpo. É inconcebível para alguns, à ideia de viver a parte do
corpo – por conseguinte, a noção de imortalidade da alma.23 Porém, alguns
como Hoekema ainda concebem algum tipo de existência no estado
intermediário, mesmo que de alguma forma enfatizem o “mistério”. Ele
declara:

A Bíblia não nos dá qualquer descrição antropológica


da vida nesse estado intermediário. Podemos especular
a respeito dela, podemos tentar imaginar como esse
estado será, mas não conseguimos formar uma ideia
clara da vida entre e morte e a ressurreição. A Bíblia a
ensina, mas não a descreve.24

O pensamento monísta apesar de enfatizar que a Bíblia enxerga o


homem como um ser unificado (e não em duas ou três partes), ainda sim, o
compreende em dois aspectos: físico e não-físico. Em outras palavras, o
homem possui um corpo físico, mas também é um ser com personalidade
(mental ou espiritual), em unidade psicossomática.25 O coração (gr.
Kardia) é aplicado como o aspecto que representa a fonte e centro de toda à
vida interior do homem, ao qual Deus se dirige, onde está a vida religiosa.
Espírito (gr. Pneuma) e alma (gr. Psyche) são termos utilizados nas
Escrituras, em suma, para descrever a pessoa toda. Enquanto que o corpo
(gr.Sarx) é utilizado para o aspecto físico ou material do homem.26 Porém,
apesar dessas aplicações, eles alegam que a Bíblia nunca faz uma divisão
radical da natureza humana, e que esses termos devem ser compreendidos

22
HOEKEMA, Anthony. Op cit., p. 225. Hoekema argumenta com uma exegese muito
perspicaz, sendo talvez, a melhor argumentação monísta até então.
23ERICKSON, Millard J. Op cit., p. 230.
24
HOEKEMA, Anthony. Op cit., p. 245. Hoekema enfatiza que a Bíblia descreve o
estado intermediário, apenas como um “estado provisório de alegria”.
25
Termo usado por Hoekema.
26
Ibid., p. 236-238. Ver o estudo das palavras tanto no novo testamento, quanto no
antigo testamento, feito por Hoekema.
8

sempre em seu sentido último: o homem como um todo. Concluindo, o


homem é uma alma corporalizada, visto sempre em sua totalidade.

CONCLUSÃO

A natureza constitucional do homem é muito complexa. Nesse


sentido, a dificuldade de traçar uma conclusão antropológica é dificílima,
tendo em vista que os autores bíblicos não tinham essa intenção. Vemos
que uma compreensão tricotômica pode aumentar ainda mais a
complexidade do debate, enquanto uma visão monísta corre o risco de ser
reducionista. Entender o homem como um ser dicotômico parece manter
um caráter mais equilibrado e alinhado com o testemunho bíblico, ao passo
que venhamos a enfatizar uma inteiração grande entre a parte material e
imaterial, sendo uma unidade (não absoluta).

Vemos que vários textos deixam claro que a alma ou espírito se


distinguem do corpo (Gn 35:18; 1 Rs 17:21; Ec 12:7; Tg 2:26). Ficou claro
também a aplicação intercambiável dos termos “alma e espírito” para se
referir a uma única parte imaterial. Além disso, apesar da linguagem bíblica
ser dicotômica, devemos tratar o homem como um ser condicional; tudo
que afeta o corpo, afeta a alma e vice-versa.

A intenção da presente análise, de forma alguma foi esgotar o


assunto, até por que, esse assunto vem sendo debatido há séculos. O mais
importante para todos que lidam com essa temática, é saber que da mesma
forma em que o pecado afetou o homem como um todo, em Cristo somos
redimidos por inteiro (e nisto, todos concordam).
9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRUNELLI, Walter. Teologia para pentecostais: Uma Teologia


Sistemática Expandida – Volume 3. – Rio de Janeiro, 2016, p. 398.

FERREIRA, Franklin; ALAN, Myatt. Teologia sistemática: uma analise


histórica, bíblica, e apologética para o contexto atual. – Sao Paulo: Vida
Nova, 2007, p. 1248.

GILBERTO, Antônio.,ed. Teologia sistemática pentecostal. 2º ed. – Rio de


Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 2014, p. 572.

GRUDEM, Wayne A. Manual de teologia sistemática: uma introdução aos


ensinos fundamentais da fé cristã. – São Paulo: Editora Vida, 2001, p. 551.

GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática: atual e exaustiva. – São Paulo:


Vida Nova, 1999, p. 1104.

HOEKEMA, Anthony. Criados à imagem de Deus. 1º ed. – São Paulo:


Editora Cultura Cristã, 1999, p. 288.

HORTON, Stanley M.,ed. Teologia sistemática: uma perspectiva


pentecostal. 1º ed. – Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de
Deus, 1996, p. 808.

PEALMAN, Myer. Conhecendo as doutrinas da Bíblia. – São Paulo:


Editora Vida, 2006, p. 409.

STRONG, Augustus Hopkins. Teologia sistemática. 1º ed. – São Paulo:


Hagnos, 2002, p 680.

Dedicado ao meu professor André Benevides, pastor da Igreja Batista


Expandindo o Reino, em São Gonçalo, RJ.

Soli Deo Gloria!!

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