Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PARTE 2
do pó da terra, mas somente quando o espírito foi soprado é que Adão foi tornado
“alma vivente”.
O fato de Adão ser “alma vivente” não foi único. Em Gn 1.21, 24 e 30 o mesmo é
dito de outras criaturas vivas não humanas. O único ponto digno de nota na criação do
homem é a maneira pela qual Deus fez isso: Ele soprou em Adão o espírito da vida.
Este ato da parte de Deus foi pessoal, direto, singular, que distinguiu a criação humana
animada mostra que o homem é mais do que corpo. O próprio Deus deu vida ao corpo
por soprar o espírito nele. Este ato específico aponta para um caso especial. Este
soprar do espírito é a fonte da vida animada, e sem ela o homem propriamente pode
ser chamado de morto (Tg 2.26). Há uma referência óbvia a Gn 2.7 em Ec 12.7 onde
se lê: “e o pó volte a terra como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” - Está claro
que o uso que o autor de Eclesiastes fez do Gênesis refere-se à natureza dupla do
homem.
(pó) e um elemento que veio diretamente de Deus, que Ele “deu”. Na morte, estes dois
claro também que o autor de Eclesiastes entendeu que a vida humana diferiu da vida
animal em sua fonte e composição. Eclesiastes 3.20-21 diz: “Todos vão para o mesmo
lugar; todos procedem do pó, e ao pó tornarão. Quem sabe que o fôlego de vida dos
filhos dos homens se dirige para cima, e o dos animais para baixo, para a terra?” Aqui,
o princípio que anima é mencionado e usado para ambos os casos, mas há uma clara
distinção entre os dois, o homem e os animais: o espírito do homem vai para cima,
para Deus que o deu (Ec 12.7), enquanto que a alma do animal desce para a terra, de
onde veio (Gn 1.24 — “produza a terra seres viventes conforme a sua espécie...”). O
espírito humano, então, é separado do corpo humano na morte por causa dos aspectos
singulares que ele recebeu na criação (ele veio diretamente de Deus, de cima),
enquanto que o poder animador das outras criaturas é preso aos seus corpos, e ambos
que tem sido chamado de dicotomia e tricotomia. A questão do número dos elementos
distintos que compõe a natureza humana é muito importante, mas o foco tem sido o da
homem não é o que é sem o corpo, e nem pode ser o que é sem a alma.
mas o corpo da alma; a alma não é uma alma, mas a alma do corpo; na nossa
consciência do 'eu' os dois são um...O homem é uma unidade, não uma junção
É por isso que neste estudo preferiremos o termo duplo ou dúplex, ao nos
duplo ou dúplex enfatizam a unidade dos elementos, antes que sua separação. O
número desses elementos que compõe a natureza humana é importante, por causa
que se toma. O psicólogo cristão Clyde Narramore, por exemplo, mostra que sua
que o corpo deve ser tratado pelo médico, o espírito pelo pastor, e a alma pelo
psicólogo. É estranha tal separação na Escritura. A Escritura não permite a visão tríplex
a Gênesis 2.7, examine Mateus 10.28. Nesse verso de Mateus, é ensinado que o todo
"corpo" mostra que a natureza humana é dúplex (veja outro exemplo em 1 Co 7.34b).
ALMA (ESPÍRITO), Contudo, esta distinção só entrou em uso mais tarde, sob a ótica
da filosofia grega. A ideia é de que as duas partes formam uma unidade, um conjunto
harmonioso — o homem, um ser que vive. Após a queda com respeito à maldição,
lemos o seguinte: “...tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.19). A ênfase neste verso cai na
parte física, mas o intento de Deus é tratar o ser humano como uma unidade. O
era, e o espírito volte a Deus, que o deu.” Este verso já mostra o homem com uma
vieram de Deus. Jó 32.8 diz: “Na verdade há um espírito no homem (corpo), e o sopro
material (corpo), que é chamada de “homem”. Contudo, a parte imaterial, o espírito, foi
colocado no homem por Deus. Portanto, este verso trata da composição dúplex da
natureza humana, embora dê mais força ao aspecto material. A mesma ênfase vem
ALMA (ESPÍRITO):
Em 1 Coríntios 2.11 está escrito: “Porque qual dos homens sabe as cousas do
homem, senão o seu próprio espírito que nele (em seu corpo) está?” A mesma ênfase
dada no AT está agora no NT. A parte enfatizada aqui é o corpo porque ela é chamada
de “homem” e afirma que “nele” está o espírito. Contudo, o intento de Paulo é falar da
Mateus 10.28 diz: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a
alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o
corpo.” Jesus Cristo está ensinando neste verso sobre o poder de Deus em contraste
com o poder dos homens. Obviamente, ele usa a linguagem comum das pessoas
quando fala da morte do corpo, pois o corpo fica inerte sem a presença da alma.
Contudo, quando Deus exerce o seu poder ele pode fazer perecer tanto o aspecto
alma — por isso o homem fica sem vida. Sem entrar mais no mérito desta questão, o
texto mostra essa distinção entre as duas partes constituintes da natureza humana. É
exatamente essa mesma ideia que Tiago mostra no verso a seguir: “Porque, assim
como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem as obras é morta” (Tg
2.26). Mesmo embora ele esteja falando da morte do corpo (que é a separação do
humana.
viúva quanto a virgem, cuida das cousas do Senhor, para ser santa, assim no corpo
como no espírito.” A pureza de uma mulher, segundo Paulo, em qualquer estado civil
que possa estar, deve produzir uma vida que evidencie a santidade cristã na totalidade
do seu ser: no material e no espiritual. Podemos ler em 2 Coríntios 7.1: “Tendo, pois, ó
espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no amor de Deus.” Este verso de Paulo aos
totalidade do homem, isto é, tanto na sua parte material como na imaterial, Deus
realiza a obra da redenção. Assim como a santificação é uma obra de Deus, também
ela é um dever do homem, que deve ser puro tanto na sua natureza física quanto na
sua natureza espiritual: “…o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Mt
26.41b).
fraqueza da natureza humana. É provável que espírito esteja ligado com uma nova
natureza e que carne signifique as fraquezas de nosso ser. Seja como for, a ideia da
composição dúplex não deve ser deixada de lado, mesmo neste texto que pode ter
dupla interpretação.
Leitura Obrigatória: