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Introdução
A flexibilização curricular
O termo flexível pressupõem o contraste ao que é rígido, fixo, fechado. Assim, no contexto
educacional, flexibilizar significa garantir o direito à diferença no currículo. Implica a busca
pela coesão da base curricular comum com a realidade dos estudantes, suas características
sociais, culturais e individuais incorporando assim também os diferentes modos de a prender e
as múltiplas inteligências presentes em sala de aula. De modo que todos se reconheçam no
currículo e se ja protagonistas no próprio processo educacional (Paganeli, 2007).
Assim, de acordo com o exposto acima, pressupõem-se que a flexibilização curricular evita a
elaboração de currículos específicos para alunos especiais ou com características
significativamente distintas de seus pares no que tange a aprendizagem e à participação. Para
além disso de acordo com o autor acima, ao conceptualizar o conceito de currículo, acaba-se
por perceber a importância que cada integrante exerce dentro do processo de educação e
flexibilização curricular
Partindo da ideia de que a Flexibilização curricular trata-se das capacidades educacionais para
dar suporte às obstáculo de aprendizagem. Pressupõe-se que se realize ajustamento curricular,
quando necessário, para torná-la apropriada às peculiaridades dos alunos. Não é um novo
currículo, mas sim um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda
realmente a todos.
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Num contexto mais amplo, a flexibilidade curricular é importante porque permite agilidade na
correcção do currículo em curso. Ao se identificar problemas corrigir já no módulo seguinte.
A cada ano agregar novos conhecimentos (Gisi 1998).
Com essa abordagem, a flexibilização curricular substitui o modelo de ensino por uma nova
estrutura que possibilita ao aluno participar do processo de formação profissional, que rompe
com o enfoque unicamente disciplinar e sequenciado a partir de uma hierarquização artificial
de conteúdos. Portanto a flexibilização curricular tem a extrema relevância de cria novos
espaços de aprendizagem, e buscar a articulação teoria e prática como princípio integrador de
conectar o pensar ao fazer, também possibilita ao aluno ampliar os horizontes do
conhecimento e a aquisição de uma visão crítica que lhe permita ir alem da competência
específica de seu campo de actuação profissional e proporciona a diversidade de experiências
aos alunos.
Para além disso, as flexibilizações curriculares são de extrema importância para o aluno com
deficiência, quando necessário, favorecendo o rompimento das barreiras que o impedem de
participar das actividades e se desenvolver nos ambientes educacionais.
Contudo, a flexibilização curricular, para o Plano Nacional de Educação (P.N.E.), não visa
apenas a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas, como também dá
diretrizes e estabelece normas para a aprendizagem e a avaliação desses alunos, garantindo
assim, o prosseguimento dos estudos em todos os níveis da vida acadêmica.
O professor e outros profissionais circundados, neste trabalho, devem ter clareza de quais
finalidades, assuntos ou metodologias necessitam ser adaptadas moldadas em razão das
indispensabilidades educacionais que se pretende atender, as quais só podem ser obtidas pela
avaliação do aluno e do contexto escolar e familiar (Alarcão 2000). Para iniciar este trabalho o
professor deve ter como referência, por um lado, a situação do aluno, ou seja, um
conhecimento exacto de quais são as suas potencialidades e dificuldades nas distintas áreas
curriculares ou, dito de outro modo, quais são as necessidades educativas especiais do aluno e
por outro lado, conhecer a proposta curricular do seu grupo de referência a série ciclo na qual
está inserido. Conhecer as NEE do aluno passa pela necessidade de o professor realizar uma
avaliação pedagógica do aluno e, em alguns casos, do encaminhamento para uma avaliação
(Lopes, 2008).
Esta ideia de flexibilidade nos processos de ensino aprendizagem tem também implicações na
actividade docente, ou seja, o professor já não pode ser visto como alguém que apenas
executa e cumpre as decisões emanadas do poder central, devendo ser reconhecido e
reconhecer-se como um profissional, isto é, como um construtor e gestor das propostas
curriculares instituídas, tomando decisões sobre a sua acção de forma fundamentada,
consciente e criticamente reflectida numa Escola que, no dizer de( Alarcão 2000), se deve
conceber colectivamente como instituição reflexiva.
Uma Escola para todos e em que todos são diferentes exige dos professores a capacidade para
flexibilizar, através de processos de diferenciação (Cachapuz et al., 2004), na linha de um
paradigma que proporcione o êxito e a mudança, sem despersonalizar e/ou aculturar, pois
diversidade sem diferenciação pedagógica conduz à desigualdade.
O novo currículo para o ensino básico e secundário constitui os professores enquanto agentes
do desenvolvimento curricular, na reflexão sobre as opções a tomar, visando em vista a na
adequação aos contextos, e sobre a sua possibilidade, bem como na sua avaliação do artigo 4.º
do Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de Julho. A flexibilidade curricular compromete, portanto,
uma modificação no papel do professor, o qual, segundo Cosme (2009), deverá assumir-se
como um interlocutor classificado do aluno no seu processo de construção de conhecimento.
Cosme, A. (2009). Ser professor: a acção docente como uma acção de interlocução
qualificada. Porto: Livpsic.
Lopes Esther. (2008). Estratégias para a inclusão do aluno com necessidades educacionais
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Blanco, Rosa. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, César
et al. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades
educativas especiais (2ª ed). Porto Alegre: Artmed, 2004. 3v. p. 290 – 308
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Neto, António Cabral. (2004). Flexibilização curricula. Universidade federal do Rio grande
do norte Brasil.^
GISI, M.L. A competência técnico-científ ica e política do enfermeiro: uma diretriz Curricular em
questão. Marília, 1998. 246 p. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Estadual Paulista.
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3. Conclusão