Você está na página 1de 8

1.

Introdução

O presente trabalho de pesquisa, ressalta sobre a inspeção escolar.Onde destacou- se o


surgimento da inspecção escolar, os tipos de Inspecção escolar, Funções de inspecção escolar,
O papel do inspetor escolar no processo democrático e o perfil do inspector. O Inspetor
Escolar está inserido num contexto educacional que de tempos em tempos vem privilegiando
o controle. Esse contexto vem sendo produzido numa perspectiva em que o Inspetor Escolar
assumiria o papel de velar pela garantida de uma determinada qualidade no sistema
educacional. Embora seja atribuída ao Inspetor Escolar tamanha responsabilidade, ele é um
agente que aparece e reaparece nos diferentes planejamentos dos sistemas educacionais. A
prática de Inspeção Escolar foi desenvolvida a partir de um contexto de estruturação de uma
organização escolar baseada na ideia de vigilância. Diversas nomenclaturas foram
selecionadas para designar os responsáveis pela fiscalização das escolas em diferentes
períodos, mas a função de inspecionar era a mesma. A Inspeção Escolar - entendida aqui
como uma instituição social, portanto produzida historicamente e composta por um sistema de
regras - atravessa e é atravessada pelas relações de poder que circulam no cenário
educacional.A inspeção sempre existiu e não constitui novidade nem nas empresas e nem nas
atividades sociais.

1.1. Objectivos gerais

 Definir a inspeção escolar

1.2. Objectivos específicos

 Identificar os tipos de Inspecção escolar ;


 Identificar as funções do inspector;
 Propor o surgimento da inspecção escolar.
2

A flexibilização curricular

^O currículo é o projecto que preside as actividades educativas escolares definem suas


intenções e proporcionam informações concretas sobre o que é ensinar, quando, ensinar, como
ensinar e o que, quando e como avaliar. De acordo com (Coll, 1997, citado por Truda p. 13,
2012).

O termo flexível pressupõem o contraste ao que é rígido, fixo, fechado. Assim, no contexto
educacional, flexibilizar significa garantir o direito à diferença no currículo. Implica a busca
pela coesão da base curricular comum com a realidade dos estudantes, suas características
sociais, culturais e individuais incorporando assim também os diferentes modos de a prender e
as múltiplas inteligências presentes em sala de aula. De modo que todos se reconheçam no
currículo e se ja protagonistas no próprio processo educacional (Paganeli, 2007).

Assim, de acordo com o exposto acima, pressupõem-se que a flexibilização curricular evita a
elaboração de currículos específicos para alunos especiais ou com características
significativamente distintas de seus pares no que tange a aprendizagem e à participação. Para
além disso de acordo com o autor acima, ao conceptualizar o conceito de currículo, acaba-se
por perceber a importância que cada integrante exerce dentro do processo de educação e
flexibilização curricular

Na perspectiva de Neto (2004) A flexibilização curricular é considerada, no actual contexto


como um componente principal na organização dos projectos pedagógicos da educação. Essa
centralidade do aspecto da flexibilidade curricular decorre das exigências criadas face às
transformações que vêm se processando, no âmbito da sociedade, nas últimas décadas e que
vão influenciar no perfil dos profissionais demandados pela sociedade Truda (2012).

Importância de flexibilização curricular

Partindo da ideia de que a Flexibilização curricular trata-se das capacidades educacionais para
dar suporte às obstáculo de aprendizagem. Pressupõe-se que se realize ajustamento curricular,
quando necessário, para torná-la apropriada às peculiaridades dos alunos. Não é um novo
currículo, mas sim um currículo dinâmico, alterável, passível de ampliação, para que atenda
realmente a todos.
3

Para tal, é importante que o professor se conserve em algumas questões: participação de


todos, objectivo a ser atingido, apoio e adaptação (quando necessários), considerar diferentes
formas de registo e consequentemente de avaliação, potencializando as habilidades que o
aluno apresenta.

Num contexto mais amplo, a flexibilidade curricular é importante porque permite agilidade na
correcção do currículo em curso. Ao se identificar problemas corrigir já no módulo seguinte.
A cada ano agregar novos conhecimentos (Gisi 1998).

De acordo com Forgrad, (2004) Na flexibilização dos currículos, evidencia-se a importância


de se buscar e de se construir uma estrutura curricular que permita incorporar outras formas
de aprendizagem e formação presentes na realidade social. Isso não significa, no entanto, que
deva ser Subtraída à instituição formadora sua responsabilidade quanto ao significado que
essas experiências incorporadas devam ter para o processo formativo.

Com essa abordagem, a flexibilização curricular substitui o modelo de ensino por uma nova
estrutura que possibilita ao aluno participar do processo de formação profissional, que rompe
com o enfoque unicamente disciplinar e sequenciado a partir de uma hierarquização artificial
de conteúdos. Portanto a flexibilização curricular tem a extrema relevância de cria novos
espaços de aprendizagem, e buscar a articulação teoria e prática como princípio integrador de
conectar o pensar ao fazer, também possibilita ao aluno ampliar os horizontes do
conhecimento e a aquisição de uma visão crítica que lhe permita ir alem da competência
específica de seu campo de actuação profissional e proporciona a diversidade de experiências
aos alunos.

Para além disso, as flexibilizações curriculares são de extrema importância para o aluno com
deficiência, quando necessário, favorecendo o rompimento das barreiras que o impedem de
participar das actividades e se desenvolver nos ambientes educacionais.

Contudo, a flexibilização curricular, para o Plano Nacional de Educação (P.N.E.), não visa
apenas a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas, como também dá
diretrizes e estabelece normas para a aprendizagem e a avaliação desses alunos, garantindo
assim, o prosseguimento dos estudos em todos os níveis da vida acadêmica.

Organização das flexibilizações curriculares


4

Para a organização flexibilização curriculares segundo, (Lopes, 2008) salienta as seguintes


etapas:

1ª Formulação da flexibilização curricular

O professor e outros profissionais circundados, neste trabalho, devem ter clareza de quais
finalidades, assuntos ou metodologias necessitam ser adaptadas moldadas em razão das
indispensabilidades educacionais que se pretende atender, as quais só podem ser obtidas pela
avaliação do aluno e do contexto escolar e familiar (Alarcão 2000). Para iniciar este trabalho o
professor deve ter como referência, por um lado, a situação do aluno, ou seja, um
conhecimento exacto de quais são as suas potencialidades e dificuldades nas distintas áreas
curriculares ou, dito de outro modo, quais são as necessidades educativas especiais do aluno e
por outro lado, conhecer a proposta curricular do seu grupo de referência a série ciclo na qual
está inserido. Conhecer as NEE do aluno passa pela necessidade de o professor realizar uma
avaliação pedagógica do aluno e, em alguns casos, do encaminhamento para uma avaliação
(Lopes, 2008).

2ª Implementação das Flexibilização Curriculares

Para a realização das flexibilizações curriculares sabe-se que, além de conhecimento e


capacidade do professor e do grupo pedagógica da escola, que irão desenvolvê-las
necessitarão dispor de materiais diferenciados, bem como de possibilidade da organização do
espaço físico, em determinadas situações (Lopes, 2008). Uma vez definidas as flexibilização
curriculares, o professor deverá procurar estratégias que lhe possibilitem coloca-las em
prática, sem que isto implique deixar de atender os demais alunos, pelo oposto, ele deve
acautelar que tais acções acarretem ao enriquecimento da própria prática pedagógica e das
experiências de aprendizagem de todo o grupo (Lopes, 2008).

3ª Continuidade e Avaliação das Flexibilização Curriculares

Ainda na prespectiva do mesmo autor acima, no passar do processo ensino aprendizagem, o


professor deverá averiguar se as flexibilizações constituídas para o aluno, com NEE, estão
sendo eficazes, ou seja, se facilitam a aprendizagem, caso contrário será necessário revisá-las,
com vistas a mudanças pertinentes. Quando as flexibilizações comprometem alterações nos
conteúdos e objectivos de aprendizagem, assim é preciso avaliar o nível de sucesso atingido
pelo aluno em função das referidas transformações e não em relação aos conteúdos
constituídos para a série ciclo. As flexibilizações prováveis no nível da sala de aula estão
5

basicamente relacionadas à flexibilização de objectivos de aprendizagem, flexibilização de


conteúdos, flexibilização de metodologias, flexibilização de materiais, flexibilização no
processo de avaliação e flexibilização do espaço físico e organização do tempo (Lopes, 2008).

A flexibilidade curricular pretende, então, garantir a todos o direito à aprendizagem e ao


sucesso educativo, aumentando a equidade e a inclusão, e melhorar a qualidade das
aprendizagens, por via da adequação às especificidades do aluno e da Escola, da
contextualização interdisciplinar dos conhecimentos, da valorização da aprendizagem centrada
no aluno, da promoção de aprendizagens activas e significativas e do desenvolvimento de
competências complexas: questionar saberes, integrar conhecimentos, comunicar
eficientemente e resolver problemas (Alarcão 2000, p. 35).

Esta ideia de flexibilidade nos processos de ensino aprendizagem tem também implicações na
actividade docente, ou seja, o professor já não pode ser visto como alguém que apenas
executa e cumpre as decisões emanadas do poder central, devendo ser reconhecido e
reconhecer-se como um profissional, isto é, como um construtor e gestor das propostas
curriculares instituídas, tomando decisões sobre a sua acção de forma fundamentada,
consciente e criticamente reflectida numa Escola que, no dizer de( Alarcão 2000), se deve
conceber colectivamente como instituição reflexiva.

Uma Escola para todos e em que todos são diferentes exige dos professores a capacidade para
flexibilizar, através de processos de diferenciação (Cachapuz et al., 2004), na linha de um
paradigma que proporcione o êxito e a mudança, sem despersonalizar e/ou aculturar, pois
diversidade sem diferenciação pedagógica conduz à desigualdade.

Flexibilidade na gestão do currículo

Segundo (Cosme 2017), pressupõem que o procedimento de ensino aprendizagem acarreta


uma sequência de complicações, no sentido de se modificarem as práticas pedagógicas a fim
de se assegurar que as áreas de competência são trabalhadas em todas as componentes
curriculares. O propósito básico será o de adaptar a acção educativa da associação dos
conteúdos a situações e problemas do quotidiano, da concretização de actividades de
observação e questionamento da realidade, de integração de saberes e de confronto de
perspectivas, resolução de problemas e de tomada decisões.

Flexibilidade na gestão autónoma do trabalho docente


6

O novo currículo para o ensino básico e secundário constitui os professores enquanto agentes
do desenvolvimento curricular, na reflexão sobre as opções a tomar, visando em vista a na
adequação aos contextos, e sobre a sua possibilidade, bem como na sua avaliação do artigo 4.º
do Decreto-Lei nº 55/2018, de 6 de Julho. A flexibilidade curricular compromete, portanto,
uma modificação no papel do professor, o qual, segundo Cosme (2009), deverá assumir-se
como um interlocutor classificado do aluno no seu processo de construção de conhecimento.

Flexibilidade na gestão integradora do trabalho dos alunos

De acordo com (Cosme 2017) a flexibilidade na gestão integradora das actividades de


aprendizagem pode concretizar-se nos Domínios de Autonomia Curricular do Decreto-lei nº
55/2018, de 6 de Julho), os quais estabelecem uma preferência de trabalho interdisciplinar,
através da combinação total ou parcial de elementos do currículo.

Em fim, considerando que a gestão contextualizada e flexível do currículo pressupõem uma


rotura com o ensino simultâneo, apoiado no “mito da homogeneidade” dos estilos e ritmos de
aprendizagem dos alunos, ela assentará em práticas educativas que promovam a participação,
a colaboração e a autonomia; segundo (Cosme 2017)

Cosme, A. (2009). Ser professor: a acção docente como uma acção de interlocução
qualificada. Porto: Livpsic.

Cosme, A. (2017). Apresentação da articulação curricular e interdisciplinaridade: contributo


para uma reflexão. Disponível em
https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autono
mia_e_Flexibilidade/articulacaocurricular_aveiro.pdf

Cachapuz Arnaldo. (2004). A interligação dos conceitos de Didáctica, Avaliação e Supervisão


na acção pedagógica. Uma perspectiva de configuração epistemológica

Alarcão, Fernandes. (2000). Autonomia e Flexibilidade Curricular. Propostas e estratégias de


ação. Porto: Porto Editora.

Lopes Esther. (2008). Estratégias para a inclusão do aluno com necessidades educacionais
especiais no ensino regular. Londrina: Programa de desenvolvimento educacional/PDE.

Blanco, Rosa. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, César
et al. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades
educativas especiais (2ª ed). Porto Alegre: Artmed, 2004. 3v. p. 290 – 308
7

Neto, António Cabral. (2004). Flexibilização curricula. Universidade federal do Rio grande
do norte Brasil.^

Truda, Carla Andrea. (2012). Adaptação e flexibilização curricular: Caminhos, discussões e


Possibilidades.

Paganeli, Lima. (2007). Adopção curricular. Brasil: Faculdade Montenegro Mantedora.

GISI, M.L. A competência técnico-científ ica e política do enfermeiro: uma diretriz Curricular em
questão. Marília, 1998. 246 p. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Estadual Paulista.
8

3. Conclusão

Com o presente trabalho de pesquisa, constatei novos sabores concernente a inspecção


escolar, onde a acção inspectiva deve realizar-se mais com acções do que com palavras, sem
que se traduza num pragmatismo rotineiro, mas antes propugnado uma abordagem estratégica
da educação, aliada a uma pedagogia de projectos que se interligam de modo a potenciar
sinergias em prol da construção de níveis cada vez mais elevados de conhecimentos e
competências, visto que a Supervisão emergiu das actividades da Inspecção, tirou as dúvidas
de confundir a inspecção com supervisão. Portanto com esses saberes abordados, consegui
desenvolver as minhas competências sobre inspecção escolar.

Em suma, a flexibilidade curricular pretende garantir a todos o direito à aprendizagem e ao


sucesso educativo, pela adequação da ação educativa às especificidades do aluno e Escola,
pela contextualização interdisciplinar dos saberes e pela promoção de aprendizagens ativas e
significativas. Nos Domínios de Autonomia Curricular, o aluno é agente da construção de
conhecimento pela ação, em ambientes de aprendizagem diferenciados e colaborativos.

Você também pode gostar