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DESENHO
GUARULHOS - SP
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
11 GRAFISMO............................................................................................ 72
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 ELEMENTOS DA ARTES VISUAIS
2.1 O ponto:
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2.2 Linha:
Classificação
Físicas – são aquelas que podem ser enxergadas pelo homem no meio
ambiente. Ex.: fios de lã, barbantes, rachaduras de pisos, fios elétricos
etc.
Geométricas – apresentam comprimento ilimitado não possuindo altura
e espessura, sendo apresentadas através da imaginação de cada um de
nós quando observamos a natureza.
Geométricas gráficas – são linhas desenhadas numa superfície, sendo
concretizadas quando colocamos a ponta de qualquer material gráfico
sobre uma superfície e o movemos seguindo uma direção.
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Utilização das linhas nas artes visuais
As linhas nascem do poder de abstração da mente humana, uma vez que não
há linhas corpóreas no espaço natural. Elas só se tornam fato físico quando são
representadas pela mão humana.
Independentemente de onde seja utilizada, a linha é o instrumento fundamental
da pré-visualização, ou seja, ela é o meio de apresentar em forma palpável, concreta,
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aquilo que só existe na imaginação.
Nas artes visuais, a linha é o elemento essencial do desenho, seja ele feito à
mão livre ou por intermédio de instrumentos. (DONDIS, 1997).
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Segundo Arnheim (1994), as linhas apresentam-se basicamente de 3 modos
diferentes nas artes visuais:
A linha pode assumir formas muito diversas para expressar uma grande
variedade de estados de espírito, uma vez que reflete a intenção do artista, seus
sentimentos e emoções e principalmente sua visão de mundo. (DONDIS, 1997).
Quando predomina uma direção, a linha possui uma tensão que pode ser
associada a determinado sentimento ou sensação. Exemplos:
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2.3 A Forma
Formas básicas
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2.4 Plano e Superfície
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O plano é uma superfície sem ondulações, de extensão infinita, ou seja, uma
superfície plana que se estende infinitamente em todas as direções possíveis. Temos
a noção de um plano quando imaginamos uma superfície plana ilimitada e sem
espessura.
Pense numa folha de papel prolongada infinitamente em todas as direções,
desprezando a sua espessura.
A representação do plano será feita através de uma figura que sugere a ideia
de uma parte dele. Também nesse caso, fica por nossa conta imaginar que essa
superfície se estende indefinidamente em todas as direções possíveis. Os planos são
denominados por letras minúsculas do alfabeto grego: alfa (α), beta (β), gama (γ),
delta (δ) etc.
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2.5 Textura
Textura, nas artes plásticas, é o elemento visual que expressa a qualidade tátil
das superfícies dos objetos (DONDIS, 1997). A palavra textura tem origem no ato de
tecer. Existem várias classificações para a textura, segundo diferentes autores que
tratam do assunto. Para começar, ela pode ser classificada como natural – quando
encontrada na natureza – ou artificial - quando produzida pelo ser humano (simula
texturas naturais ou cria novas texturas). A textura natural de alguns animais, como o
camaleão, pode ser modificada quando ele simula outra cor de pele. O homem
também simula texturas naturais em suas vestimentas (como é o caso dos soldados
camuflados). As texturas podem também ser divididas em visuais (óticas) e táteis.
A textura visual ou ótica possui apenas qualidades óticas. Ela simula as
texturas táteis. Ex.: Uma pintura que crie o efeito da maciez de uma pétala de rosa,
ou o pelo do cachorrinho. A textura tátil possui tanto qualidades visuais quanto táteis.
Existe textura tátil em todas as superfícies, e esta, nós podemos realmente sentir
através do toque ou do contato com nossa pele.
Quanto à forma de apresentação a textura pode ser geométrica ou orgânica.
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Nas artes gráficas pode ser reproduzida através de desenhos, pinturas, impressões,
fotografia, etc. Podemos representar as texturas em forma de trama de sinais, pontos,
traços, manchas com os quais se realizam as mais variadas atividades gráficas e
artísticas (DONDIS, 1997). Exemplos:
A textura é tão importante quanto a forma, tamanho, cor, etc. Existem várias
técnicas para se criar texturas nas artes plásticas. O pintor, por exemplo, utiliza uma
infinidade de técnicas para reproduzir ou criar a ilusão de textura tátil da vida real em
suas obras.
Entre as técnicas mais conhecidas estão a tinta diluída e o empasto (uso livre
de grossas camadas de tinta para dar efeito de relevo). Outra técnica conhecida é a
frotagem. A palavra “Frottage” é de origem francesa - frotter, que significa “esfregar”.
Consiste em colocar uma folha de papel sobre uma superfície áspera, que contém
alguma textura, e esfregá-la, pressionando-a com um bastão de giz de cera, por
exemplo, para que a textura apareça na folha. No campo da arte, essa técnica foi
usada pela primeira vez pelo pintor, desenhista, escultor e escritor alemão Max Ernest
(1891 – 1976), um dos fundadores do movimento “Dada” e posteriormente um dos
grandes nomes do Surrealismo. (DONDIS, 1997).
Os abstracionistas utilizam uma grande variedade de técnicas como a colagem
com pedaços de jornais e materiais “expressivos” como madeira, papelão, barbante,
areia, pedaços de pano etc.
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Os artistas recorrem às texturas para:
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2.6 A Cor
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Nomenclatura das cores
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2.7 Volume
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3 SOBRE O DESENHO DE OBSERVAÇÃO
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3.1 Exercitando o olhar
Fonte:www.superprof.com.br
Essa teoria foi desenvolvida por Betty Edwards em seu livro “Desenhar graças
ao cérebro direito”.
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A boa notícia? Essas habilidades não são inatas. Elas são trabalhadas.
Portanto, é possível praticar para promover o desenvolvimento do cérebro direito.
À primeira vista, você acha que o cérebro esquerdo, lógico e racional, seria
mais relevante aqui para o desenho da observação? Isso está longe de ser verdade…
pelo contrário, o hemisfério esquerdo tende a distorcer a realidade percebida. (COLI,
2002).
Fonte:www.superprof.com.br
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Concretamente, para aprender a extrair de uma observação, é essencial dar
uma nova olhada nas coisas. Para esquecer tudo o que aprendemos, todos nossos
“preconceitos” para se concentrar apenas na forma a ser reproduzida.
Para treinar, é preciso muito pouco material: uma folha, um lápis, um carvão ou
tinta. Não há necessidade de cavalete, pintura, pincéis… concentre-se primeiro na
precisão do esboço. (COLI, 2002).
Fonte:www.superprof.com.br
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3.4 O que o desenho de observação pode proporcionar?
Fonte: youtube.com
É também uma atividade que pode ser particularmente útil no cotidiano como
no trabalho. O desenho de observação é o cerne de muitos campos profissionais, tais
como:
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Ciência,
Ilustração e gráficos,
O design,
A arquitetura,
O desenho de audiência ou a realização de retratos durante os
julgamentos,
O desenho de caricatura,
Design industrial,
O desenho técnico,
Ilustração médica,
Arte representativa;
Arte realista e estilizada;
Uso de formas da natureza (imitação);
Verossimilhança.
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Pintura Histórica: gênero figurativo surgido no século XVII, focado na
representação de temas e/ou acontecimentos históricos.
Pintura Mitológica: gênero figurativo voltado para a representação de
seres ou acontecimentos mitológicos.
Retrato: um dos mais populares gêneros da arte figurativa, os retratos
fazem parte da história da arte desde a antiguidade com o intuito
principal de individualizar uma pessoa ou um grupo (amigos, família,
etc.).
Paisagem: gênero disseminado a partir do século XV com o advento da
arte renascentista, e tal qual o retrato, a paisagem é considerada um dos
mais populares. A arte figurativa de paisagem propõe apresentar um
local seja no campo ou na cidade.
Natureza-morta: gênero surgido no século XVI e muito difundido desde
então, é baseado na representação de objetos inanimados, por exemplo,
um vaso de flores, uma fruteira com frutas, um animal morto, etc.
Marinha: gênero que surgiu no século XVI nos países baixos, representa
a arte figurativa relacionada ao mar e aos assuntos marinhos no geral,
desde paisagens marítimas, barcos, pescadores, dentre outros.
(FISCHER, 2002).
Fonte: clodoaldomartins.com.br
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4.5 O que é arte abstrata
Fonte: significados.com.br
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4.6 Características da arte abstrata
Abstracionismo geométrico
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Abstracionismo informal
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Fonte: www.docente.ifrn.edu.br
A arte abstrata surgiu no Brasil nos anos 50, principalmente pela influência dos
pintores Antônio Bandeira e Cícero Dias, que, depois de viverem na
Europa, trouxeram o abstracionismo para o Brasil. (FERREIRA, 2014).
O movimento se firmou no país na década seguinte, principalmente a partir
da realização das edições Bienal de São Paulo, ao longo dos anos 60.
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Jackson Pollock (pintura),
Jorge Oteiza (escultura),
Tomie Ohtake (pintura, escultura e gravura),
Eric Aho (pintura).
Fonte: www.docente.ifrn.edu.br
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Fonte: www.docente.ifrn.edu.br
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Geometria significa (em grego) medida da terra.
Geo = Terra
Metria = medida
O PONTO é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não
tem comprimento, nem largura, nem altura.
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A LINHA é o deslocamento contínuo de um ponto, ou a sucessão de pontos.
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CLASSIFICAÇÃO DAS LINHAS quanto à forma:
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Linhas poligonal ou quebrada – é formada por linhas retas e muda de direção
de pedaço em pedaço.
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Horizontal – possui angulação de 0° e 180°.
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Perpendiculares – duas linhas são perpendiculares quando formam
entre si ângulos de 90°.
Quanto à definição:
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Reta suporte – é aquela que contém o segmento de reta.
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Segmentos consecutivos – são segmentos dispostos em sequência onde a
extremidade do primeiro segmento é o início do segmento seguinte.
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6 O ESTEREÓTIPO GRÁFICO E A SUA INFLUÊNCIA NO DESENHO DA
CRIANÇA
Segundo Fusari e Ferraz (2011), as aulas de arte são importantes pelo fato de
a escola ser o espaço onde a criança desenvolve sua potencialidade criadora, suas
fantasias, sua imaginação e percepção e precisa de espaço e condições para aflorar
essas potencialidades.
[...] é a importância devida à função indispensável que arte ocupa na vida das
pessoas e na sociedade desde os primórdios da civilização o que torna um
dos fatores essenciais de humanização. É fundamental entender que a arte
se constitui de modos específicos de manifestação de atividade criativa dos
seres humanos, ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se
conhecerem, e ao conhecê-lo. (FUSARI e FERRAZ, 2011, p.18)
Fonte: sodetalhe.com
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Derdyk (1989) relata que as primeiras representações da criança são rabiscos
comandados pela “estesia”, ela rabisca pelo prazer de rabiscar. Quando a criança
desenha ela experimenta novas estruturas de movimento, vivencia novos limites, vai
tomando conhecimento do espaço e incorporando nele formas e conceitos como se
ela, “a criança”, fosse o papel, e o corpo a ponta do lápis, que vai desenhando nela
todos os conceitos para seu desenvolvimento nervoso motor e biológico.
No seu fazer a criança vai se firmando no gesto e vai percebendo a relação da
mão com olho e o cérebro. Ela não exatamente controla o seu desenho, mas vai
identificando formas e novas imagens em seus rabiscos que vão surgindo. Então, o
olho passa também a comandar o fazer.
Conforme se desenvolve, a criança percebe as funções de cada parte de seu
corpo e o ato de desenhar vai adquirindo também novas possibilidades, assumindo o
campo da realidade como num jogo. Desenhar torna-se uma brincadeira e tanto a
brincadeira, o jogo ou o desenho desenvolvem dois aspectos: o operacional e o
imaginário.
A criança não entende o espaço da mesma maneira que os adultos. O espaço
é em torno dela, representa todos os lugares simultaneamente, para perto ou longe
de si, independendo se gosta ou não do que está representando. É comum uma figura
bem maior que outras. Começam a surgir os conceitos, pois a criança passa a
processar a percepção dando a forma ao sentido físico e moral das coisas. A reação
enquanto desenha é individual, algumas falam, cantam, murmuram; e outras
simplesmente desenham em silêncio. Geralmente a criança interpreta e atribuem
histórias expondo e revelando seus sentimentos quanto ao resultado de seu projeto,
da cena representada. Ela exercita seu pensamento narrando de uma forma mais
elaborada e criativa do que o próprio desenho que pode corresponder ou não a que
ela desenhou.
Smolka (2010, p.105), quando fala do desenho, cita Vygotsky: “Desenhar é um
tipo predominante na primeira Infância. A medida que a criança cresce entra no
período da alfabetização é comum seu desapontamento e frieza com relação ao
desenho, abandonando o ato de desenhar”.
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Fonte: novaescola.org.br
As crianças podem imitar uma variedade de ações que vão muito além dos
limites de suas próprias capacidades. Numa atividade coletiva ou sob
orientação de adultos, usando a imitação, as crianças são capazes de fazer
muito mais coisas. Esse fato, que parece ter pouco significado em si mesmo,
é de fundamental importância na medida em que demanda uma interação
radical de toda doutrina que trata da relação entre aprendizado e
desenvolvimento em crianças. (VYGOTSKY, 1989, p. 100).
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prestamos mais atenção em nada. A criança quando desenha, observa atentamente,
esse olhar retém em sua memória o que ela observa. Aqui interferem o tempo e o
espaço, os quais fazem parte do desenho: presente, passado e futuro que podemos
relacionar com o desenho de observação, imaginação e memória. Desenhar é colocar
em diálogo o interior com o exterior, é intuição, é necessidade de construir, inventar,
reelaborar, imitar. (SMOLKA, 2010).
Para Vygotsky, os fatores emocionais e os intelectuais são essenciais na
criação humana. O interior e o exterior do ser humano geram anseios, vontades,
necessidades que se concretizam na criação humana, fatores determinantes para a
compreensão do processo criativo. A relação entre a imaginação e a realidade é o que
contribui para a criação artística. Tudo o que o homem cria, o que ele imagina está
relacionado à sua realidade podendo assim utilizar de sua imaginação para
materializar novas possibilidades criativas.
6.4 Estereótipo
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crenças, lugares, rotinas de cada região trata-se de fórmulas iguais e todas tidas e
aceitas como verdades. Os estereótipos pressupõem características de indivíduos,
como a aparência, condições financeiras, comportamento, sexualidade e etc.,
tornando-se preconceituoso, pois muitas vezes rotula as pessoas causando impacto
negativo sobre elas.
No desenho o uso de estereótipos também é negativo, pois, desenhar é
essencial na formação do aluno. Para isso necessita de uma riqueza imensa de
imagens e um ambiente fértil a novas ideias. Os desenhos estereotipados são
inibidores de criatividade. A escola utilizando estereótipos autoriza a criança a repetir
fórmulas sem precisar se arriscar em sonhar, encontrar novas soluções, ela apenas
aperfeiçoa técnicas sem pensar ou refletir sobre a função de sua representação.
Portanto, não tem sentido o uso de estereótipo como algo correto, pois, tira a
poética do fazer, a imaginação, a emoção e a razão impedindo de desenvolver a
função imaginante do aluno, a necessidade de promover a relação entre o racional e
a sensibilidade como necessidade humana dialogando com o homem e o mundo.
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Fonte: desabafosocial.com.br
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Fonte: https://br.freepik.com/
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do erro para o ensino de Arte.
Existem vários códigos e procedimentos com que os estudantes precisam entrar
em contato para compreender a linguagem do desenho. É preciso saber, por exemplo,
que é possível utilizar uma linha para distinguir uma figura do fundo. Como representar
movimento, luz e sombra ou uma mão, uma boca ou ainda o ambiente interno de uma
sala em perspectiva? É preciso fazer mais do que desenhar para aprender a fazer
isso. As respostas para essas questões são adquiridas através da aprendizagem de
saberes construídos por outros desenhistas e que serão recriados pelo aluno. Ou seja,
por meio da apreciação. Ter contato com diversos artistas e suas produções,
linguagens e técnicas é valioso para as crianças.
A apreciação garante modelos variados e dá elementos para que a criança
desenvolva seu percurso criador, uma vez que ninguém cria do nada, pois a
criatividade está ligada aos conhecimentos que temos. De acordo com Chuí: “As
crianças precisam conhecer produções variadas de adultos para poder se identificar.
Às vezes, a temática dos desenhos é o que as surpreende. Em outras, é a variedade
de técnicas e materiais utilizados”. Ao dar à criança a possibilidade de ter contato com
a linguagem, ela ganha repertório visual e com isso encontra sentido para suas
próprias produções. O importante é que ela identifique a variedade de possibilidades
e que cada artista desenha de um jeito próprio (ALMEIDA, 2014).
Outra maneira fundamental para levar as crianças a perceberem o valor dos
próprios desenhos e abandonarem os estereótipos é propor a observação de objetos
e paisagens. As formas e cores presentes na natureza são muito variadas e isso pode
ajudar a expandir o conceito de representação. Não existe, por exemplo, apenas um
tipo de árvore ou de pedra. Observar essas variações (e algumas vezes tentar
reproduzir os detalhes vistos) é um aprendizado e tanto.
Por último, os estudantes também precisam produzir. Essa é a etapa seguinte à
apreciação e à observação. A criança deve ser convidada a experimentar os
procedimentos utilizados pelos artistas. Não se trata de copiar. O objetivo é testar a
técnica e ver se gosta, analisar que espaços e formas foram criados e depois fazer de
novo. “Tentar sem a obrigatoriedade de ter um produto final perfeito”, é o que
recomenda Karen.
Portanto, o papel do professor é validar a produção das crianças. Isso é
possível encaminhando-as a apreciar artistas renomados e mostrando como alguns
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deles até se espelharam em produções feitas por gente pequena para criar suas
obras.
Além disso, o professor deve incentivar sempre o quanto a linguagem do
desenho é variada e orientar o percurso da criança, possibilitando o contato e a
produção com diferentes técnicas e modelos.
Piet Mondrian (1872-1944) e Tarsila do Amaral (1886-1973), por exemplo,
empregaram técnicas e linguagens diferentes para representar uma árvore - um
elemento próximo ao universo das crianças da classe e um dos mais estereotipados
nos desenhos delas.
Em outro momento, o professor deve propor a observação das variadas formas
presentes na natureza (os tipos de folhas, flores, galhos, caules etc.). Depois, propor
que a criança tente desenhar árvores variando as formas e linguagens e utilizando o
que haviam conhecido em suas próprias produções.
Realizar um trabalho que inclua essas três situações (apreciar, produzir e
observar) faz com que cada aluno evolua dentro de seus conhecimentos e de suas
vontades enquanto produtor de arte. Para alguns, os modelos são fundamentais. Para
outros, é a prática. Outros precisam tanto observar quanto reproduzir. O fato é que só
assim os estudantes vão conseguir se aproximar dessa linguagem tão importante da
nossa cultura e se relacionar com ela de maneira autônoma. (ALMEIDA, 2014).
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8.2 Linha do horizonte:
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Dependendo do ângulo visual de observação do motivo, a linha vertical que
localiza o ponto de vista pode situar-se centralizada na cena compositiva ou num de
seus lados, esquerdo ou direito.
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O uso dos elementos da perspectiva, em conjunto, permite a elaboração de
esquemas gráficos necessários para desenhar objetos contextualizados em
ambientes ou paisagens sem distorção estrutural. Veremos a base destes recursos
gráficos conhecendo sobre os diferentes tipos de visualização em perspectiva.
9 TIPOS DE PERSPECTIVA
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Um detalhe a ser observado é que na perspectiva paralela o ponto de vista (PV,
linha pontilhada vertical) localiza-se representado em posição perpendicular a linha
do horizonte situado tão próximo ao ponto de fuga que parece estar sobre ele (PF).
Quando um o objeto fica em posição oblíqua, ou seja, com uma de suas arestas
voltada para o observador, suas linhas de fuga deslocam-se para dois pontos (PF1 e
PF2). Em casos como este, como pode ser visualizado na ilustração do cubo a direita,
observe que nenhuma linha na estrutura do objeto foi representada na posição
horizontal. Quando não são verticais é porque deslocam-se para um dos pontos de
fuga. (ALMEIDA, 2014).
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Em relação ao ponto de vista (PV), sua representação na linha do horizonte
está centralizada entre os dois pontos de fuga (PF1 e PF2). E estes, por sua vez,
devem estar o mais distante possível um do outro para evitar erros no desenho como
veremos na demonstração passo a passo específica sobre o cubo em perspectiva
oblíqua.
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Quanto ao ponto de vista (PV), este obedece aos mesmos critérios da
perspectiva oblíqua. Permanece representado num ponto central entre os pontos de
fuga PF1 e PF2 na linha do horizonte (LH). (ALMEIDA, 2014).
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ínterim, cresceu a valorização de outros gêneros, como, por exemplo, a paisagem e a
natureza-morta; e de outras maneiras de lidar com os objetos de uma forma menos
“idealizada”, não excluindo, no entanto, o interesse dos artistas pela figura humana e
pelo estudo do modelo-vivo. De acordo com Albert Boime (1933-2008), pintores como
Edgard Degas (1834-1917), Van Gogh (1853-1890), Georges Seurat (1859-1891) e
Henri Matisse (1869-1954), por exemplo, estenderam a prática do modelo-vivo até
seus trabalhos da maturidade, ao mesmo tempo que produziram obras nas quais o
homem não é a figura central.
Em nosso país, percurso semelhante do modelo-vivo pode ser visto desde a
fundação da sua primeira instituição oficial de arte, a Academia Imperial de Belas Artes
(Aiba), nas primeiras décadas do século XIX, no Rio de Janeiro. Também no país ele
se converteu desde o início em diretriz fundamental do ensino dos jovens artistas,
embora seu ensino efetivo, ainda que inconstante, tenha sido implementado somente
em 1834, durante a direção de Félix-Émile Taunay (1795-1881).
Com a aprovação do curso de modelo-vivo desde 1833, Taunay empregara os
primeiros modelos a partir de um esquema didático fundamentado nos princípios
clássicos e adaptados, de certa forma, às dificuldades encontradas no Brasil. Entre as
dificuldades estão: a então inexistência de modelos profissionais no país, o problema
de encontrar homens cuja aparência fosse compatível com um ideal de beleza
esperado (uma vez que muitos dos modelos eram escravos) e, até mesmo, a falta de
verba para o pagamento das sessões. Somente a partir da segunda metade do século
XIX a prática do modelo torna-se mais constante na academia, especialmente, a partir
da gestão de Manuel de Araújo Porto Alegre (1806-1879), entre 1854 e 1857, com o
aumento substancial da verba anual da instituição. Diversas academias foram
produzidas por artistas que por ela passaram nesse período até o século XX, boa
parte delas acessíveis ainda hoje em coleções públicas, como a do Museu d. João VI,
no Rio de Janeiro, e a da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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Destacamos ainda que, também no Brasil, aqueles artistas que não
ingressaram diretamente na Academia Imperial ou depois, durante a República, na
Escola Nacional de Belas Artes (Enba), tenham se dedicado à utilização do modelo-
vivo; afirmação válida mesmo para os conhecidos artistas modernistas, tais como:
Tarsila do Amaral (1886-1973), Anita Malfatti (1889-1964), Di Cavalcanti (1897-1976)
e Cândido Portinari (1903-1962), cujas obras são normalmente tomadas pela
historiografia da arte brasileira como bastante divergentes da tradição acadêmica do
país.
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11 GRAFISMO
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O desconhecimento sobre as culturas dos povos indígenas e a marginalização
da pichação propõe um estudo aprofundado sobre suas particularidades e
semelhanças no que diz respeito à manifestação cultural e formas gráficas.
Conhecer a diversidade cultural no Brasil é também conhecer suas matrizes.
Portanto, pensar em cultura brasileira é assimilar a presença da cultura indígena em
nossa sociedade e como suas manifestações foram influenciando a sociedade e se
modificando ao longo da história (RIBEIRO, 2011).
Desta maneira, o diálogo em artes sobre cultura indígena e pichação pode ser
estabelecido por meio das grafias. Fazendo uma conexão entre as práticas urbanas
de símbolos com os grafismos indígenas.
Os grafismos são estilos característicos dos elementos gráficos utilizados por
um artista nos seus desenhos ou pinturas, ou modo pessoal de escrever, letra ou
caligrafia (BUENO, 2007). Grupos indígenas e tribos urbanas que se manifestam por
meio da pichação, fazem uso de características gráficas próprias para identificarem
seus grupos na construção da imagem e de suas individualidades.
Pensando no ponto de vista cultural, material, histórico e antropológico
incentivando os educandos ao estudo e as práticas do grafismo indígena, na
identificação de seus significados.
Dentro do contexto escolar as práticas e estudos sobre a cultura indígena
podem ser realizados através de um diálogo intercultural, que se refere à interação
entre culturas de uma forma recíproca, favorecendo o seu convívio e integração numa
relação baseada no respeito pela diversidade e no enriquecimento mútuo (CANDAU
e MOREIRA, 2012).
O estudo sobre grafismo indígena em comparativo com as tribos urbanas
dentro dos espaços escolares é de grande importância no paralelo dos nossos
ancestrais com a atualidade. Tribos de adolescentes disputando território e tornando
os muros da cidade uma grande tela e tribos indígenas que procuram manter sua
ancestralidade. Ambas as manifestações culturais fazem resistência à adversidade.
O conhecimento sobre a chamada “arte indígena” é de um modo geral, ainda
pequeno. Até mesmo na temática indígena a arte é de uma forma geral, relegada a
um plano menos importante (VIDAL, 1992). O que o praticante da pichação põe em
cena é um radical questionamento sobre o espaço urbano. Dá lugar a um ponto de
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vista novo: aquele que podemos chamar de um “direito visual à cidade” (TIBURI,
2011).
A proposta de espaço como um “conjunto de objetos e ações” tratado por Milton
Santos em A Natureza do Espaço se faz presente neste estudo como forma de
pertencimento, “[...] formado por um conjunto indissociável, solidário e também
contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados
isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá” (SANTOS, 2009, p.
21).
Ainda no contexto escolar, este estudo trata do espaço por meio do
posicionamento crítico nas diferentes relações sociais e a percepção de ser integrante
desse espaço como agente transformador do mesmo. O estudo do espaço e a sua
relevância são bem assinalados quando Milton Santos (2009) se vale da expressão
anglo-saxônica place counts, o lugar tem importância, ou seja, o lugar possui um
contexto e uma história com relevância. A busca incessante em relacionar espaço e
sociedade e suas manifestações culturais.
Essas definições para relacionar as grafias em suas diferentes formas culturais,
e em especial, o grafismo indígena e a pichação que são objetos desse estudo.
Ambas as manifestações, a indígena e a pichação, mostram a forma do
indivíduo ver o mundo e como mostrar isso para o resto da sociedade onde vivem.
Utilizando suportes diferentes para se manifestarem.
O conhecimento da arte abre perspectivas para que o aluno tenha uma
compreensão do mundo no qual é possível transformar continuamente a existência.
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luto). O grafismo indígena utiliza o corpo como suporte de pintura e suas subdivisões,
marcando etapas do ciclo da vida dos indivíduos e os diferentes eventos de que eles
participam dividindo as aldeias em diferentes grupos (VIDAL, 1992).
A pintura também pode ser considerada uma marca do mundo social, pois lida
com suas diferenças internas. A pintura corporal parece ser a única elaboração
simbólica das diferenças internas da sociedade.
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12 A PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO ATUAL
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12.1 Prática pedagógica da atualidade
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Sobre essas mudanças e os novos desafios impostos pela contemporaneidade,
Amélia Hamze, em seu artigo “O Professor e o Mundo Contemporâneo”, afirma o
seguinte:
Fonte: estudiosite.com.br
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13 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
CÂNDIDO, Suzana Laino. Formas num mundo de formas. São Paulo: Moderna,
1999.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
PILLAR, Analice Dutra. Desenho & escrita como sistemas de representação. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1996.
ROSA, Velcy Soutier da. Expressão e movimento da figura humana. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1988.
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