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Índice

1. Introdução....................................................................................................................................1
2. Contextualização teórica.............................................................................................................1
3. Metodologia.................................................................................................................................1
4. Resultados...................................................................................................................................1
4.1 Território etnográfico................................................................................................................1
4.2 Momentos de observação etnográfica.....................................................................................1
4.3 Primeiro momento de observação etnográfica........................................................................1
4.4 Segundo momento de observação etnográfica.......................................................................1
5. Discussão....................................................................................................................................1
6. Conclusão....................................................................................................................................1
7. Referências..................................................................................................................................1
8. Anexos.........................................................................................................................................1
Introdução:

No âmbito do Curso de Licenciatura em Enfermagem na Unidade Curricular de Antropologia e


Sociologia, lecionada no primeiro ano, foi-nos solicitado pela docente Mónica Saavedra a
elaboração de um trabalho que tem como finalidade a realização de um exercício etnográfico,
designado de “A rua em Tempos de pandemia: olhar a diversidade e interações sociais a partir da
varanda”. Este trabalho visa cumprir o objetivo de avaliação contínua, tal como solicitado no guia
orientador da unidade curricular.

 O exercício de observação etnográfica realizou-se em dois momentos diferentes: um primeiro


momento no dia 23 de novembro, com duração de 4 horas (das 14:30 ás 18:30) e um segundo
momento no dia 14 de dezembro, num período de 6 horas (das 14:30 ás 20:30).

Devido à situação pandêmica que vivemos desde 2020, provocada pelo vírus Covid-19, cada
elemento do grupo realizou o exercício de observação etnográfica em territórios diferentes, a
partir da janela/varanda da sua respetiva casa. Deste modo, o cenário observado era-nos
bastante familiar, pelo que tivemos de adotar a perspetiva de Gilberto velho, “o que sempre
vemos e encontramos pode ser familiar mas não é necessariamente conhecido” (Velho, 1987,
p.126) e “estranhar o familiar” (Velho, 1987, p.131), prestando atenção a pormenores que sempre
estiveram presentes mas que nunca tínhamos tido a oportunidade de prestar atenção.

O primeiro momento, teve como principal objetivo mapear o território e identificar, os


equipamentos, os cenários, os trajetos, os transportes, os locais de sociabilidade, os ruídos, os
cheiros, as cores, os grupos sociais, as personagens e as ações e interações que mais se
destacaram no nosso “olhar”, que posteriormente foram organizados numa grelha de observação.

No segundo momento, após o selecionamento dos elementos mais relevantes de ação e


interação, incidimos “o olhar” principalmente nos ritmos do lugar, prestando mais atenção às
rotinas do quotidiano das zonas residências urbanas que nos foi possível observar através nas
nossas janelas/varandas. Desta forma, observamos o familiar, descrevendo rotinas, pessoas,
atividades características do espaço de observação e a sua distribuição ao longo do dia.

Em suma, tentamos interpretar e dar significado às nossas observações sobre os modos e estilos
de vida em contexto urbano.

O objetivo deste trabalho é a prática de uma das técnicas do método etnográfico através do
“olhar” - a observação etnográfica, assim como, identificar a diversidade sociocultural existente
nos diferentes locais observados por cada elemento do grupo.

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Este trabalho foi elaborado de acordo com as normas de referenciação de trabalhos escritos da
ESEL, isto é, a norma da APA 7.

Contextualização teórica

Para a realização deste trabalho, foi necessária a observação etnográfica do terreno. Este
método consiste numa observação participante e num contacto direto com os indivíduos que
observamos como meio de compreensão da sua perceção do mundo e da vida (Malinowski,
1997). Infelizmente isso não foi possível devido à pandemia de COVID-19 que vivemos
atualmente, pelo que pode ter comprometido a veracidade dos resultados obtidos.

Graças a esta situação, fomos forçados a observar o “familiar”. Percebemos que, de


acordo com Velho (1987), todos os indivíduos que observámos “fazem parte da paisagem, do
cenário da rua”, pelo que estamos habituados à sua presença e, logo, existe “uma familiaridade”.
Fizemos um esforço para transformar o “exótico em familiar e o familiar em exótico” (Velho,
1987).

Assim, tivemos a oportunidade de observar fenómenos aos quais nunca tínhamos prestado
atenção e concluímos que, por vezes, o que nos parece familiar nem sempre nos é conhecido
(Velho, 1987). No entanto, não podemos reduzir os indivíduos aos fenómenos que observámos
momentaneamente (Malinowski, 1997), porque o nosso conhecimento sobre os seus valores e
crenças pode não corresponder à realidade (Velho, 1987).

Segundo Goffman (1985), podemos considerar-nos os espectadores que observam e se


envolvem no desempenho dos vários atores. Procurámos “colocar as vidas alheias nos nossos
textos” (Oliveira, 1998) e pôr-nos “no lugar do outro”, captando as suas vivências, familiarizando-
nos com os seus costumes (Velho, 1987) e fazendo uma “descrição completa”, detalhada e
honesta das suas ações, interações e comportamentos, sem nunca tentar procurar o “sensacional
(…) ou bizarro” (Malinowski, 1997). No fundo, visámos mergulhar na vida dos indivíduos e “deixar
os factos falarem por si” (Malinowski, 1997).

Como “mentes destreinadas” que somos, temos tendência a ser marcados por
“pensamentos e conclusões precipitadas” (Malinowski, 1997). Ainda assim, tentámos contrariar
esses estereótipos determinados pela sociedade e fomos capazes de evitar “ideias
preconcebidas” e de alterar as nossas perspetivas em função dos resultados obtidos (Malinowski,
1997).

Todavia, também não foi possível realizar o trabalho de campo por um período longo de
tempo e, uma vez que existem certos acontecimentos que não são superficiais (Velho, 1987) e

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requerem tempo e alguma proximidade para se tornarem familiares (Malinowski, 1997), as nossas
observações podem também ter ficado comprometidas graças a isso.

É importante realçar que cada ação é determinada por certos motivos, incitada por certas
ideias e acompanhada de diversos sentimentos (Malinowski, 1997), ou seja, é uma imposição dos
sistemas de valores e de crenças de cada cultura (Oliveira, 1998). Quando interpretamos a ação
de um determinado indivíduo, devemos vê-lo não individualmente, mas enquanto membro de um
grupo social (Malinowski, 1997).

Segundo Oliveira (1998), “o olhar, o ouvir e o escrever” são “etapas de constituição do


conhecimento pela pesquisa empírica”. O olhar e o ouvir correspondem à nossa perceção da
realidade e complementam-se para ajudar o investigador a alcançar o conhecimento. Quanto ao
escrever, este está intimamente ligado ao pensamento: os atos de escrever e de pensar são
simultâneos, dado que “é no processo de redação de um texto que nosso pensamento caminha”
(Oliveira, 1998).

É ainda fundamental compreender que a neutralidade na observação etnográfica é uma


ilusão, já que o olhar, o ouvir e o escrever originam um processo contínuo de refração e filtração
da realidade (Oliveira, 1998). Desta forma, os resultados obtidos são meras interpretações
subjetivas do observador e podem, inclusivamente, sofrer um desvio da realidade (Velho, 1987).

Metodologia

Este trabalho proposto pela professora Mónica Saavedra, constitui um exercício de observação
etnográfica, feita em dois momentos, a partir da janela da residência de cada um dos elementos
do grupo, sendo os dados recolhidos registados em tabelas. Seguidamente, baseamo-nos em
métodos desenvolvidos e em ideias defendidas por autores que estudamos anteriormente:
Gilberto Velho, Roberto Oliveira, Bronislaw Malinowski e de Erving Goffman. Com estes excertos,
relacionamos os diversos pontos de vista com o que observamos.

Começamos por observar o território abrangido pelas nossas casas, com vista a reconhecer e
comparar as diferenças e semelhanças socioculturais e formas de vida entre os diferentes
ambientes, sejam eles mais monótonos ou mais movimentados, através do “olhar” e do “ouvir”,
registando todos os momentos para chegar a devidas conclusões.

No segundo momento, demos mais importância às ações e interações entre as pessoas


com o objetivo de compreender as diferentes situações do quotidiano. Seguimos o método do

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trabalho de campo etnográfico de Malinowski, rigorosamente e de forma clara, uma vez que ele
se baseia nos seguintes pontos:

 Faz a descrição exata dos instrumentos utilizados e da forma de como as observações


foram conduzidas.
 Utilizava um diário de campo para registar e analisar os momentos de observação
 Utilizava a observação participante como métodos de pesquisa
 Não tomava posição, era honesto, natural, neutro e imparcial

Estes métodos, podem ser percecionados no texto “Os argonautas do Pacífico Ocidental”,
nas seguintes citações: “Um etnógrafo que pretenda ser respeitado deverá patentear clara e
concisamente, sob a forma de tabela, aquilo que no seu trabalho resulta das suas próprias
observações” (Malinowski, 1997, p.28). Tal como referido anteriormente, decidimos organizar os
dados recolhidos em tabelas, tal como Malinowski fez, conferindo uma certa credibilidade aos
dados registados retirados de diversas fontes. Estas encontram-se em anexo.

Malinowski afirma também: “Os resultados da pesquisa científica devem ser apresentados


de forma neutra e honesta”, "Descrição exata dos instrumentos utilizados, da maneira como as
observações foram conduzidas, do seu número, da quantidade de tempo que lhe foi dedicado e
do grau de aproximação com o qual cada medida foi realizada” (Malinowski, 1997, p.18). Ou seja,
imparcialmente, registamos todos os acontecimentos que observamos no decorrer dos nossos
momentos de trabalho, anotando os dados tal e qual como acontecem.

De acordo com Roberto Oliveira, "Evidentemente tanto o ouvir como o olhar não podem
ser tomadas com faculdades totalmente independentes no exercício da investigação. Ambas se
complementam e servem para o pesquisador como duas muletas(...) que lhe permitem caminhar,
ainda que tropegamente, na estrada do conhecimento.” (Oliveira, 1998, p.21). Assim, o “olhar” e o
“ouvir” são necessariamente complementares um do outro e não podem agir separadamente, pois
apenas com esta união é possível construir toda uma realidade observada e transparece-la para
os leitores. 

No excerto “Observando o familiar: Individualismo e Cultura” de Gilberto Velho, este autor


é a favor da observação participante considerando ser um aspeto importante, contudo, foi um
método que não demos uso. O autor salienta a necessidade de fazer a observação de mente
aberta sem quaisquer expectativas, uma vez que, vamos fazer uma observação mais detalhada e
pormenorizada como nunca antes foi feita. Assim, olhamos para tudo de uma outra maneira,
estranhando o “familiar” e, no fundo, tornamos algo completamente habitual em algo
completamente desconhecido, como se pode ver nas seguintes citações: “Afirma-se ser preciso
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que o pesquisador veja com olhos imparciais a realidade, evitando envolvimentos que possam
obscurecer ou deformar os seus julgamentos e conclusões.” (Velho, 1987, p.123) e “O que
sempre vemos e encontramos pode ser familiar, mas não é necessariamente conhecido e o que
não vemos e encontramos pode ser exótico, mas, até certo ponto conhecido." (Velho, 1987,
p.126)

4. Resultados
4.1 Território etnográfico
o Alice Neto (anexo 1): Território etnográfico: Residência da ESEL
o Ana Catarina Candeias (anexo 2): Território etnográfico: Rua Dona Filipa de Lencastre,
Massamá
o Beatriz Almeida (anexo 3): Território etnográfico: Rua Marquês de Pombal, Cacém
o Catarina Filipe (anexo 4): Território etnográfico: Rua José Maria Pedroto, Carnaxide
o Rita Santos (anexo 5): Território etnográfico: Rua António Stromp, Campo grande
o Sofia Reis (anexo 6): Território etnográfico: Rua José Malhoa, Vale de Milhaços

4.2 Momentos de observação etnográfica

Foram realizados dois momentos de observação etnográfica, com vinte dias de diferença.

Identificámos e registámos cores, ruídos, cheiros, equipamentos, ritmos e trajetos das pessoas,
paisagens e ações/ interações entre as pessoas. Anexamos tabelas de observação individuais,
onde descrevemos estes elementos. Alguns destes aspetos foram semelhantes entre todos os
elementos do grupo, e outros variavam consoante o território.

4.3 Primeiro momento de observação

No primeiro momento de observação realizado no dia 23 de novembro (terça-feira). A


temperatura rondou os 14° C e todos os elementos do grupo percecionaram que estava frio.

Nas observações registamos os aspetos que achámos relevantes, de uma forma generalizada,
sendo que a descrição individual está presente nos anexos.

 Cenário/ paisagem: destacam-se os jardins, o mar, as casas, ladeadas de ruas e


candeeiros, árvores e pássaros.
 Ruídos: predominam os ruídos de transportes (autocarros, carros pessoais, ambulâncias,
aviões e motas), o latir dos cães e os gritos das pessoas.
 Cheiros: odores característicos do tempo (humidade e terra molhada), os gases libertados
pelos transportes, bolo e pão a cozer, tabaco, lareiras e materiais das obras.

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 Cores: predominam o branco (paredes e calçada), o verde e castanho (árvores, plantas e
relva), amarelo (casas, folhas, igreja, ecoponto e pôr-do-sol), azul (céu, mar, ecoponto e
camião das obras) e rosa (casas e tonalidades do pôr-do-sol).
 Equipamentos: paragens de autocarro, cafés/restaurantes, mercearias, escolas, lar de
idosos, cabeleireiro, ginásio, stand de automóveis, cemitério, escuteiros, igreja e hospital.
 Ritmos de lugar: é comum em todos os ritmos de lugar, carros e pessoas a passarem na
estrada, pessoas a conversar ou a passearem animais. Estudantes e trabalhadores que se
deslocam para a escola/trabalho e o seu regresso a casa. Crianças a brincar e gritar,
alunos a ter aulas de condução e pessoas nas paragens à espera de autocarro.
 Descrição dos atores sociais: nas nossas observações destacamos três grupos etários.
No grupo dos jovens predominam as mochilas, gangas, os vestidos de lã, blusões e bonés.
São predominantes as cores cinza, creme, azul e verde. No segundo grupo, pessoas entre
os trinta e os cinquenta anos, destacamos os desportistas, adeptos de cores fluorescentes
e os restantes onde predominam tons mais opacos (preto, cinzento escuro e azul escuro).
O terceiro grupo são pessoas de mais idade, quase sempre acompanhadas de sacos de
compras, bastante agasalhadas.

(Anexos 7 a

4.4 Segundo momento de observação

Tanto no primeiro momento como neste, estiveram dias soalheiros, embora neste segundo
momento a temperatura esteja mais baixa (12 ° C) e a humidade bastante mais elevada. Os
odores tornaram-se mais intensos, até pelo acumular de fumos das lareiras. Após o pôr-do-sol,
intensificou-se o orvalho, molhando tudo como chuva.

Esta observação é focada nas ações e interações com os atores sociais, sem referir desta vez os
pormenores do meio envolvente (equipamentos, território, etc). Começamos por referir que dois
dos elementos do nosso grupo apenas observaram ações, pois não tiveram possibilidade de
observar interações.

Alice Neto

Ações:

o 14:30-16:30h → Era possível observar a passagem predominante de veículos na estrada


dentro do recito do Hospital Santa Maria.
o 15:20h → Passou, a pé dentro do recinto do hospital, um polícia sozinho, o qual consegui
detetar pela sua farda com uma camisola azul clarinha que chama a atenção e calças
azuis escuras.
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o 16:10h → Uma senhora na casa dos 50, que creio que trabalha na escola, passou pelo
caminho junto ao jardim das traseiras e sentou se no banco de pedra por cerca de 10
minutos, esta vestia umas calças castanhas, camisola bege e um colete comprido ou bata,
não consegui perceber, na cor azul escura.

Ana Catarina

Ações:

o 14:30-17h → Pouca movimentação de carros. 


o 16:39h → O mesmo rapaz que tinha observado no primeiro momento sai novamente a
correr do prédio por volta da mesma hora. (o que me leva a supor que é uma pessoa que
costuma sair de casa em cima da hora, o que me fez lembrar de mim). 
o 16h-17h → Várias pessoas idosas a passarem com sacos de compras. (provavelmente já
tinham descansado depois do almoço e recuperaram as forças para ir às compras) 
o 17:40h →Começa a anoitecer, várias pessoas ligam as luzes das suas casas. 
o 18:30h →Várias crianças a passarem na rua com mochilas da escola e agasalhos,
acompanhados por um adulto. (deviam estar a sair da escola primária perto da minha
casa) 
o 18:35h → Uma jovem vestida com roupas de treino e uma sacola vai em direção ao
ginásio. (está com fones nos ouvidos e vai a cantar) 
o 17:30-19:30 → Bastante movimentação de carros. (pessoas a regressarem do trabalho e
estudantes a voltarem da escola) 
o 19:45h → A jovem regressa do ginásio com a sua mochila de treino com uma cara
cansada e as bochechas vermelhas. 
o 20:15h → Um senhor já com alguma idade passa na rua com um carrinho cheio de papel
higiénico, o que me fez lembrar os tempos iniciais da pandemia (quando toda a gente foi
comprar papel higiénico). 
Interações: 
o 15:18h → Duas senhoras da limpeza vestidas com uma bata azul - (vestuário-partes da
fachada pessoal) saem do prédio em frente ao meu com baldes e esfregonas na mão,
limpam as escadas enquanto conversam uma com a outra. Apesar de não conseguir
perceber com nitidez o que elas dizem, consegui entender pelo tom de voz que estavam
um pouco chateadas e cansadas, provavelmente por terem muito trabalho. 
o 16:36h → Duas senhoras idosas ficaram a conversar durante cerca de 10 minutos. Uma
delas levava sacos de compras. (não consegui perceber o que estavam a falar, mas pelo
abraço que deram quando se despediram pareciam ser bastante próximas). 
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o 17h → Um rapaz a correr e outro a andar de bicicleta enquanto interagem um com o outro. 
o 18:30h → Uma criança está a fazer uma birra porque a mãe não lhe comprou um
brinquedo. (na minha perspetiva a mãe estava a ensinar ao filho que ele não pode ter tudo
o que quer) 
o 20:20h → Um senhor está a fazer uma manobra e o senhor que vem no carro atrás
começa a apitar e a reclamar.
Beatriz Almeida
Ações:
o 15h, 16h, 17h, 18h, 19h (horas certas) → Alunos a terem aulas de condução
o 14:30h-18h → Pouco movimento de carros
o 17h-17:30h → Muito movimento de pessoas (maioritariamente idosas) na farmácia
o 17h-18h → Várias pessoas a virem com sacos de compras na mão e agasalhadas porque
está frio
o 17:41h → Começa a escurecer e várias pessoas acendem as luzes de natal nas janelas
das suas casas
o A partir das 18h → Maior movimento de carros (a minha interpretação: pessoas a voltarem
do trabalho); ruído característico dos carros a passar
o 19:06h → Vi a mesma senhora que tinha visto no 1º momento de observação a ir para o
ginásio (a minha interpretação: parecia estar atrasada); trazia um saco de ginásio, uns
calções desportivos e um casaco de fato de treino)
o 20:08h → A senhora regressou do ginásio (a minha interpretação: parecia cansada)
Interação:
o 15:23h → Vizinhas (idosas) das vivendas da frente a falarem sobre as plantas dos seus
quintais (estavam agasalhadas porque o dia era frio)
o 17:17h → A senhora (cerca de 30 anos) que vive na vivenda da frente chega a casa com o
seu bebé e chateia-se com o marido por ter deixado o portão da vivenda aberto
o 18:38h → Vários grupos de adolescentes regressam da escola com mochilas às costas;
uns fazem um desvio para as suas casas e os outros despedem-se e continuam o seu
caminho
o 18:56h → Uma mãe e o seu filho voltaram a casa de carro para ir buscar o casaco do filho;
a mãe (cerca de 40 anos) parece irritada e o filho (aparenta ter 14 anos) é tímido
o 19:27h → Um casal (aparentavam estar na casa dos 20 anos) estava a discutir se iam
passar a véspera de natal na casa dos pais dele ou dela.
Catarina Filipe
Ações:

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o 14:30h-17h → Ambiente muito calmo, ouve-se os pássaros e poucos carros a passarem
o 14:30h-15h → Ruído dos carros das obras a transportar material é grande (cheiro do
material das obras). Também se destaca o ruído do monte a ser desbastado e a grande
quantidade de terra 
o 16h-17h → Movimento de pessoas começa a ser maior (maioritariamente os pais com os
filhos) a irem passear e brincar com as crianças no parque
o 16-17h → Algumas pessoas (grupo de 3 adultas) saem à rua para fazer exercício físico
(têm por volta dos 30-40 anos) e vestem roupa desportiva e com toalhas desportivas. Vão
acompanhadas por um personal trainer jovem, por volta dos 20-30 anos.
o 17h → Pessoas começam a chegar do trabalho, e o movimento dos carros aumenta (ruído)
o 17h → Começa a escurecer e a ficar mais frio (percebo isso através dos agasalhos que as
pessoas trazem e pelo facto de ter sido necessário ir buscar uma manta para ficar mais
quente enquanto fazia a observação)
Interações:
o 16:20h → Reparei que começaram-se a aglomerar muitas famílias no parque e que
começaram a falar sobre o que iriam fazer na sua véspera de natal e passagem de ano.
Surgiu também uma conversa interessante acerca do covid e dos problemas que a
pandemia trouxe a nível mundial entre um grupo de pais com cerca de 40 anos.
o 16:35h-17h → grupo de jovens a fazer exercício físico e que, nas pausas, se dedicam a
falar do seu trabalho e de alguns acontecimentos do seu dia a dia
Rita Santos
Ações:
o Senhora com máscara, telemóvel na mão e boina prata circula apressadamente. (30 anos)
o Senhora com sobretudo vermelho, (casa dos 35 anos), leva uma menina 6/7 anos, pela
mão, esta usa um vestido aos quadrados, aquela que parece ser a progenitora usa
máscara e a criança carrega uma mochila.
o Um casal, o membro masculino circula com um saco da loja verde, parecendo vir de lá,
utilizando um casaco extremamente chamativo cor-de-laranja. Nenhum dos elementos do
casal utiliza máscara.
o Grupo de 7 jovens, senta-se na esplanada, 4 rapazes e 3 raparigas. Apenas dois jovens
utilizam máscara, estes têm idades entre 18-25 anos.
o Até agora todas as pessoas passam bem agasalhadas na rua, está um dia frio.
o A senhora que anteriormente circulava com uma criança na mão; circula agora sozinha e
com um saco de desporto, deve ir para o ginásio na rua de baixo;
o Constante ruído automóvel, passagem de muitos carros e autocarros;
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o 17h → O movimento aumenta;
o Passa muita gente no telemóvel;
o Uma criança acompanhada por 2 adultos, adota uma forma de caminhar alegre (tipo
pulinhos) (5 anos).
o Passa 1 senhor com sobretudo preto e atravessa a rua, quando repara na minha presença;
acho que foi a 1 pessoa a ver-me;
o Um casal de idosos passa a passear 3 cães. Ambos usam máscara;
o Uma senhora de top a correr, top laranja, destaca-se por causa da roupa, visto que está
um dia frio, esta tem por volta de 25 anos.
o Está uma senhora na varanda da frente a fumar e a ler.
o Pessoas entram e saem do café vezes sem conta para fumar;
Interações:
o A campainha tocou, fui abrir a porta. Era uma encomenda para mim, quando abri a porta o
senhor perguntou se ali vivia alguém chamado Rita Santos porque tinha uma encomenda
para a mesma, ao que respondi que era para mim. Agradeci e desejei boa tarde.
Sofia Reis
Ações:

o 14:30h-16:30h → Ambiente calmo


o 14:30h → A vizinha da frente sai para ir levar o neto à escola. Regressou pouco depois e
fechou-se logo em casa, vejo-a com um ar triste, toda vestida de preto e rapidamente me
lembrei que por esta altura faz 1 ano que o marido faleceu. 
o 14:30h-19h → A irmã do senhor Artur que vive na casa de baixo, nunca a vi tantas vezes a
ir ao piso de cima como hoje.
o 16:15h → oiço um barulho intenso de água a bater na chapa. Pensei que estivesse a
chover, mas não, era só a irmã do senhor Artur a lavar o quintal e as chapas que dividem o
muro, fiquei irritada, passa a vida a fazer o mesmo, gastando água desnecessariamente
até nos dias em que chove.
o 16:30h → Reparei num carro que entrou na minha rua em contramão e estacionou à frente
do lar.
o 16:30h-19h → Nesta semana que antecede o natal aumentou o tráfego de carros na minha
rua; explicação simples, intensificaram-se as visitas ao lar.
o 17h → É dia de recolha do contentor castanho (lixo orgânico), a minha vizinha Juliana do
lado direito, senhora de 80 e muitos anos, sempre simpática e carinhosa, estava

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apressada a tirar algumas folhas amareladas, das plantas que tanto cuida, o camião de
recolha estava quase a passar.
o 17:30h → Começou a arrefecer, notei isto pelo facto de as pessoas começarem a vir mais
agasalhadas, pela intensificação do cheiro a lareira e pelo facto de estar a cair mais
humidade.
o 19h → surgiu mais um casal silencioso e que nunca tinha visto, usavam roupas com tons
mais escuros e vinham bastante agasalhados; fiquei apreensiva por ser mais uma visita.
o 20h → O vizinho da frente saiu de casa para ir passear o cão, tinha vestido um robe,
pantufas e máscara colocada no rosto. O cão veio direto ao patrão da minha casa onde
estava o meu cão Scott.

Interações:

o 15h → Vi um casal acompanhado de 2 crianças a subir as escadas para a casa do meu


vizinho Artur, com ar triste e sussurrando entre si.
o 15:30h → Apareceram mais 3 pessoas, que julgo serem familiares, pois falavam com a
esposa do senhor Artur de uma forma próxima mas consternada; comecei aos poucos a
perceber que algo se passava.
o 16:30h → Um senhor de meia idade, vestia calças de ganga e um blusão vermelho; trazia
na mão um saco de supermercado e numa pronúncia afrancesada perguntou, do lado de
fora do portão, à empregada do lar se podia levar algumas coisas para a sua tia, vi esta a
sorrir e dizer-lhe claro que sim.
o 17:05h → A vizinha Juliana deu-me as boas tardes a correr e de tão surda que é, não
percebeu, como sempre, o que lhe respondi, apressando-se a dizer que tinha um saco de
laranjas do seu quintal para mim.
o 18h → A vizinha Dina passou à minha porta por volta das senhora loira de olhos azuis e
sempre sorridente. Deu-me as boas tardes e disse que estava cheia de pressa para ir
buscar os netos à escola, pois tinha-se distraído com as horas. 20 minutos depois
regressou e os netos meteram-se o Scott (meu cão). O mais novo estava eufórico, disse-
me que ia ter a primeira aula de judo.
o 19h → A esposa do senhor Artur meteu conversa comigo perguntando se estava tudo bem
ao que respondi que estava tudo bem e perguntei como estavam, respondeu que não
estava tudo bem e que o senhor Artur tinha acamado devido ao cancro, depois desta
notícia fiquei desconsolada.

Conclusão

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Este trabalho contribuiu, assim, para uma melhor perceção do trabalho do enfermeiro,
trabalho que vai requerer a observação da pessoa que estamos a seguir e do seu
comportamento, sem nunca fazer julgamentos de valor. Precisamos encontrar algo especial que
nos seja familiar e ir além do que o indivíduo aparece ou não faz, e compreender seus hábitos e
rotinas para que possamos prestar-lhe o melhor cuidado possível. Seremos confrontados com
diferentes atores sociais no ambiente de trabalho, com diferentes perspetivas e ideias, de
diferentes culturas, onde a capacidade de se encaixar "na pele do outro e captar experiências
concretas" será fundamental para o bom desempenho das nossas funções como futuros
enfermeiros. "(...) no lugar do outro e captar vivências e experiências particulares (...)"
(Velho,1987)

Julgamos assim que o nosso grupo conseguiu atingir o conceito de método etnográfico,
conseguindo perceber a importância de analisar as relações sociais estabelecidas entre as
pessoas, bem como o meio que as envolve. No entanto, sentimos que os nossos resultados
podem ter sido comprometidos devido à nossa observação não participante, por conta da
pandemia que atravessamos, de covid-19, esta sensação deve-se ao facto de autores como
Malinowski realçar a importância da integração no meio, de forma a estabelecer relações. 

Gostaríamos ainda, de deixar duas citações que realçam a relevância da observação,


juntamente com a exposição oral de modo a compreender o que o outro nos quer transmitir,
enfatizando assim também as relações sociais entre indivíduos.

“O conhecimento de situações ou indivíduos é construído a partir de um sistema de


interações cultural e historicamente definido. “(Gilberto Velho, pp.129)’’

“(…) de vez em quando, o etnógrafo ponha de lado a máquina fotográfica, o bloco denotas
e o lápis e intervenha no que se está a passar.” (Malinowski, 1997)’’

Esta unidade curricular é, portanto, necessária para o desenvolvimento de certas


competências que nos permitem lidar com os vários estados físicos e mentais dos doentes de
forma imparcial e controlada.

Referenciação

Goffman, Erving, 1985, A Representação do Eu na Vida Quotidiana, Petrópolis, Vozes, pp. 169-
197.

Malinowski, Bronislaw, 1997, “Os Argonautas do Pacífico Ocidental”, in Etnologia, 6-8, pp. 17-38.

12
Oliveira, Roberto Cardoso, 1998, ‘O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever’, O Trabalho
do Antropólogo, São Paulo, UNESP, pp. 17-35.

Velho, Gilberto, 1987, ‘Observando o familiar’, Individualismo e Cultura – Notas para uma
Antropologia das Sociedades Contemporâneas, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 2ª edição, pp.
123- 132.

Anexos

Anexo 1- Território etnográfico Alice Neto Anexo 3- Território etnográfico Beatriz


Almeida

13
Anexo 4- Território etnográfico Catarina Filipe

Anexo 2- Território etnográfico Ana


Anexo 5- Território etnográfico Rita Santos

Anexo 6- Território etnográfico Sofia Reis

14
Alice Ana Beatriz Catarina Rita Sofia
Catarina

ESEL Árvores Casas Prédios Prédios Pássaros pelo jardim da


minha casa

Jardim das Prédios Estrada Parque Campo de Vivendas (jardinadas e


traseiras para cães treinos de isoladas)
da ESEL futebol

Pavilhão Mar Cabos de Garagens Parque de Rua apenas com um


do eletricidade estacionamento sentido
Hospital
Santa
Maria

Estrada Jardim Árvores Árvores Passadeira Flores dos quintais

Árvores Cruzamento Candeeiros Monte a Limoeiros


com carros ser
a passar debastado

Prédios Serra de O meu cão deitado no


Sintra quintal a apanhar sol

Anexo 7- Tabela de observação dos cenários/paisagens de todos os elementos do grupo

Alice Ana Beatriz Catarina Rita Sofia


Catarina

Gases Nenhum Bolo Chuva/ Tabaco Lareira


libertados humidade
pelos
automóveis

Cheiro a Materiais das Fumo dos Terra


queimado obras automóveis molhada

Pão a cozer
na padaria

Anexo 8- Tabela de observação dos cheiros

15
Alice Ana Catarina Beatriz Catarina Rita Sofia

Transportes, Carros, Carros a Crianças a brincar Carros, Carros e


Aviões motas, passar e (gritos) autocarros, autocarros
autocarros, ambulâncias motas e a passar
aviões camiões

Buzinas e Periquitos a Cães a ladrar Camiões das obras Buzinas Sinos da


sirenes cantar e cães e pássaros a igreja a
a ladrar cantar tocar

Gritos dos Vento Vizinhos a Pessoas a falar Vizinhos a Crianças a


senhores ouvir música discutir brincar
das obras ou a fazer
obras

Corta-relvas Pessoas a Buzina Cães a ladrar Gritos de Cães a


falar e diversas ladrar e
crianças a pessoas e de pássaros a
gritar um indivíduo cantar
alcoolizado

Ar Roupa a bater Bebé a chorar Carros a entrar na Latir de um Mangueira


condicionad no estendal garagem cão a regar o
o quintal

Anexo 9- Tabela de observação dos ruídos

Alice Ana Beatriz Catarina Rita Sofia


Catarina

3 pavilhões Café Cafés Jardim Café “Cantinho Igreja São João


da ESEL Restaurantes infantil do Sá” Batista
Cabeleireiro
Mercearias
Lar de idosos

1 pavilhão do Paragem do Escola de Pavilhão João Pastelaria/ café


Hospital autocarro condução Rocha “Pasconfil”
Santa Maria
Ginásio

Ginásio Cemitério Sede de escuteiros

Stand de Centro de Paragem do


automóveis estudos autocarro

Anexo 10- Tabela de observação de equipamentos

16
Alice Ana Beatriz Catarina Rita Sofia
Catarina

Branco das Azul do céu Amarelo, Cinzento/ Toldo preto Branco da


paredes dos e do mar branco e preto da do café calçada
pavilhões verde e rosa estrada
das
vivendas e
prédio

Cinza e Branco e Verde das Cinzento, Branco e Branco, cinzento,


preto dos laranja dos plantas do branco e preto da amarelo e rosa
telhados prédios quintal dos laranja dos calçada da pintura das
vizinhos prédios casas

Verde e Verde das Tons Verde das Verde e Folhas das


castanho árvores, do rosados e árvores e branco dos árvores
das árvores jardim e do alaranjados monte prédios maioritariamente
e relva corrimão do pôr do sol amarelas-
das castanhas e
varandas verde dos jardins

Azul do céu Amarelo e Verde e Azul do Verde e Igreja amarela


rosa claro amarelo da camião das cinzento do
das nuvens Serra de obras Pavilhão
no pôr do Sintra João Rocha
sol

Tons Amarelo, Placa branca da


rosados do verde e azul paragem do
pôr do sol do ecoponto autocarro

Anexo 11- Tabela de observação de cores

Ritmos de lugar

• Carros e pessoas a passar na estrada dentro do recinto do hospital Santa Maria

• Aviões a passar regularmente

• Senhor a fumar nas escadas da escola

• Jardineiro a tratar do jardim

• Grupo de 3 amigos a passearem atrás da escola

Anexo 12- Tabela


• Grupo de observação
de 6 raparigas e 2 rapazesdos ritmos
dentro de de
da sala lugar
aula(Alice Neto)

17
Ritmos de lugar

• 14:30-15:30 e 17-18:30 – horas de maior movimentação de carros e pessoas.

• 15:32 – dois agentes da polícia a andar pela rua e a observar com atenção um dos prédios.

• 15:42 – dois homens caminham em direção ao café, e um deles pergunta ao outro de forma entusiasmada
se está tudo bem.

• 16:15 – um trabalhador vestido com roupa das obras (t-shirt cheia de tinta) carrega ao ombro baldes de
tintas para o interior de um prédio.

• 16:27 – um táxi para e uma jovem sai dirigindo-se a casa.

• 16:43 – um rapaz a sair do prédio a correr (como não estava com roupa de treino, provavelmente devia de
estar atrasado para algum compromisso).

• 16:45 – o sol começa a pôr-se e o céu fica com cores amareladas.

• 16:54 e 17:11 – o trabalhador coloca material na carrinha.

• 17:15 – luzes dos candeeiros da rua acendem e as nuvens começam a ficar arrozadas.

• 17:30 – Duas senhoras estão a falar na rua e uma delas está com uma criança pequenina ao colo. Quando
a coloca no chão, a criança afasta-se um pouco para brincar até que começa a fazer uma birra e a senhora
acaba por pegar na criança e despedir-se da outra senhora com quem estava a conversar.

• 17:42 - começa a anoitecer, o frio intensifica-se e aparece uma estrela. Está um por do sol bastante bonito.
Várias pessoas baixam os estores.

Anexo 12- Tabela de observação dos ritmos de lugar (Ana Catarina)

Ritmos de lugar

 Senhor a passear o cão

 Senhora a vir do supermercado com compras

 Senhora a entregar o correio

 Duas idosas a conversarem à janela

 Avó que foi buscar o neto à escola (leva-lhe a mochila e ajuda-o a vestir o casaco)

 Pessoas e irem e virem do ginásio

 Pessoas a ter aula de condução

 Crianças a irem e virem da escola e centro de estudos

 Vizinhos a fazerem mudanças

 Carro funerário passou e voltou com um caixão

 Pessoas a chegarem do trabalho

Anexo 13- Tabela de observação dos ritmos de lugar (Beatriz Almeida)

18
Ritmos de lugar

• Vizinhos a passear os cães

• Vizinhos provavelmente a chegar do trabalho e a entrar para a garagem

• Crianças a gritar e a brincar

• Crianças a brincar com os cães

• Desconhecidos a passar de carro

• Desconhecidos a passar de mota

• Camiões das obras a passar com materiais

• Estudantes a irem para a escola e a regressar

• Vizinhos a irem trabalhar e outros a regressar

• Vento a puxar chuva

Anexo 14- Tabela de observação dos ritmos de lugar (Catarina Filipe)

Ritmos de lugar

• Autocarros a passarem repetidamente

• Um senhor idoso com um carrinho de bebé, destacado pela sua cor azul, passou duas vezes

• Um senhor destacado pela sua roupa de verão, chinelos, t-shirt branca e calções azuis-escuros a fazer uma
raspadinha e mais tarde a entrar num prédio

• Pessoas a entrar e sair repetidamente do café para fumar

• Pessoas á espera que o sinal de passagem de peões abra

• Uma idosa e um bebé a serem fotografados pelo que parece ser a progenitora do bebé

Anexo
• 15-jovem
Um Tabela de provoca
quase observação dos ritmos
um acidente de anda
enquanto lugarde(Rita
skateSantos)

Ritmos de lugar

• Senhor a passear o cão

• Vizinha Aldina a voltar das compras

• Desconhecidos a passarem de carro

• Crianças a andarem de bicicleta

• Dois idosos a passearem

• Idosos a receberem visitas dos parentes

• Pessoas a chegarem do trabalho

Anexo
• 16- Tabela
Pessoas dedo
à espera observação
autocarro dos ritmos de lugar (Sofia Reis)

19
Descrição dos atores sociais

• Um homem na casa dos 50 anos vestido com roupas escuras

• Um jardineiro por volta dos 30 anos com jardineiras verdes e um corta-relvas

• Um grupo de 8 jovens a rondar os 20 anos com máscara, alguns mexiam no telemóvel

• Um grupo de 3 amigos com cerca de 20 anos; uma das raparigas tinha um vestido às flores, outra tinha
uma camisola rosa e umas calças bege e ambas traziam malas ao ombro; o rapaz vestia uma camisola
laranja e umas calças de ganga

Descrição dos atores sociais

• Crianças a irem para a escola primária acompanhadas por um adulto. Levam as suas mochilas com
desenhos e personagens infantis e vão agasalhados com roupas e casacos bem quentes, pois hoje está
um dia de inverno soalheiro, mas com temperatura bastante baixa.

Anexo 17- Tabela


• Jovens de observação
com roupa da descrição
desportiva e uma mochila de dos
treinoatores sociais
a caminho (Alice Neto)
do ginásio.

• Pessoas com mais idade a regressarem a casa com sacos de compras.

• As pessoas de mais idade são as que utilizam mais a máscara na rua. A maioria das pessoas mais
jovens vão sem máscara, ou então utilizam a máscara abaixo do queixo.

Anexo 18- Tabela de observação da descrição dos atores sociais (Ana Catarina)

Descrição dos atores sociais

 Crianças (6-12 anos): casacos de agasalho, mochilas

 Jovens (15-18 anos): com mochilas e apressados

 Alunos do ginásio (20-35 anos): fato de treino e saco

 Idosas (60-80 anos): casacos quentes e compridos, cachecóis, mala de ombro, levam sacos das compras

 Correio (40-50 anos): de farda e apressada

 Senhor a passear o cão (20-25 anos): fato de treino

Anexo 19- Tabela de observação da descrição dos atores sociais (Beatriz Almeida)

20
Descrição dos atores sociais

• Muitas crianças do sexo feminino e masculino entre os 4-8 anos bem agasalhadas a brincar na rua,
algumas com os seus cães

• Pessoas a passear os cães com máscara (30-50 anos)

• Rapariga (20-25 anos) sentada nos bancos a ler um livro com óculos

• Quem passeava os cães apanhava os dejetos, mas outras não

• Pessoas a conviver umas com as outras e outras ao telemóvel (30-60 anos)

Anexo 20- Tabela de observação da descrição dos atores sociais (Catarina Filipe)

Descrição dos atores sociais

• Rapariga (19-25 anos), aparentemente não portuguesa, de mochila, camisola branca, calças de ganga e
meias por cima das calças

• Um grupo de 4 pessoas com malas de viagem (20-25 anos)

• Um rapaz jovem (cerca de 20 anos) com um boné cor-de-rosa extremamente chamativo

• Senhor na esplanada embriagado, vestido com roupas escuras e por volta dos 50-60 anos

• Uma grávida com um vestido laranja que destaca a sua barriguinha

• Uma criança (3-5 anos) com um casaco amarelo acompanhada por um adulto

• Uma idosa (cerca de 60 anos) com umas calças rosa fluorescente

Anexo 21- Tabela de observação da descrição dos atores sociais (Rita Santos)

Descrição dos atores sociais

• Os vizinhos (65-70 anos) que cuidam dos seus quintais estavam com roupas de inverno e com botas de
borracha. Os vizinhos que estão a cuidar dos seus quintais têm consigo um ancinho e luvas.

• Os desconhecidos (30-40 anos) que iam a fazer exercício físico estavam com roupa de desporto e com
auriculares nos ouvidos.

• Os estudantes (16-18 anos) rapazes que regressavam a casa estavam com calças de ganga e com
sweats, enquanto que as raparigas estavam com vestidos de lã. Os estudantes levavam consigo mochilas
e casacos na mão.

• A criança tem um ramo pequeno na mão (5-8 anos) e brinca ao macaquinho do chinês no quintal com os
avós (60-65 anos).

• O senhor Artur e a sua esposa (60-65 anos), (vizinhos do lado), estão sentados na varanda a apanhar sol.

Anexo 22- Tabela de observação da descrição dos atores sociais (Sofia Reis)

21

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