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quanto a palavra que comporta sentidos antitéticos. O interesse
pelo sentido antitético ligado às palavras primitivas é abordado
por Freud em vários escritos. Num texto de 1910 (Freud, 1973c),
especialmente dedicado ao tema, ele se detém na análise desses
duplos sentidos, trazendo o estudo de um lingüista chamado K.
Abel, que posteriormente não teve grande expressão em sua área.
Ele explica de que forma, como no vocabulário egípcio antigo,
por exemplo, uma palavra poderia servir para designar sentidos
opostos entre si (forte e fraco, por exemplo, eram designados pela
mesma palavra). Muitas vezes, o que os distinguia na escrita era o
acréscimo de um desenho à palavra. Freud serve-se desse trabalho
para indicar como as formações do inconsciente fazem uso desse
tipo de construção.
Numa primeira aproximação, e dialogando com este tema,
os sentidos antitéticos de palavras ligam-se a alguns desdobramen-
tos de questões que não pertencem somente à psicanálise. Tanto a
sociologia, quanto a antropologia transitaram pelo antitético relati-
vo ao sagrado, como contendo em si o intocado e o impuro. Freud
mesmo aborda amplamente essa vertente do sagrado no seu texto
sobre o totem e o tabu (Freud, 1973d). Seguindo essas proposi-
ções, esse antitético das palavras – que Freud associa ao primitivo
– traz a memória da origem da criação das palavras por oposição.
É muito curioso pensar nos termos que contêm, em si mesmos,
uma representação de oposição. Mesmo que usemos palavras di-
ferentes, a palavra “forte” – por exemplo – traz junto uma repre-
sentação de “fraco” evocada como parte de seu sentido, e vice-
versa. E assim podemos seguir: dia-noite, quente-frio, etc.
Lacan (1985a) lembra que a condição primária do significante
se constitui por pares opositivos, como os destacados. Diz, mes-
mo, que isso faz parte da natureza, que já nos brinda com a oposi-
ção. Podemos situar, seguindo os autores, que nessa questão está
presente uma condição primária de diferenciação. Ou seja, a dife-
renciação por oposição faz parte do jogo simbólico e está na base
– na fundação – de nossos sistemas representacionais. Como não
lembrar aqui o que representa luz e sombra na raiz mesma do
pensamento filosófico? Da mais simples construção representacio-
nal à mais complexa, o uso da oposição muitas vezes parece sufi-
ciente para sustentar qualquer sistema. A luz da razão, por exem-
plo, é sempre ameaçada pelas trevas que ela própria contém.
Queremos sublinhar, também, essa questão do primário nas
formações do inconsciente e na própria formação de sintomas,
como propõe Freud. Se nossos sistemas de pensamento se erigem
na diferenciação, cuja oposição está na base, as formações do in-
consciente mantêm a indiferenciação que está na raiz da constitui-
ção dos símbolos. A produção freu- pode “fazer corpo”. Essas questões
diana sobre o tema sempre ressaltou nos levam a pensar a razão de Freud
essa condição de maleabilidade das ter associado o inconsciente a uma
representações inconscientes; de escrita, porque a escrita não traz, ne-
como no caso do sonho há uma uti- cessariamente, a diferenciação. A le-
lização “do contrário” para fazer tra é, invariavelmente, igual a ela mes-
passar uma representação intolerável ma. A condição diferencial se dará a
para o sujeito; de como o ato sinto- partir de uma possibilidade de ins-
mático no obsessivo, por exemplo, crição do sujeito, na qual nos detere-
contém o seu contrário, que interpela mos mais adiante.
o sujeito, acossando-o na procrasti-
nação.
Uma outra questão ligada ao A escrita em Lacan
tema da indiferenciação, que permi-
tirá avançar nas proposições aqui
colocadas, situa-se nas representações O tema da escrita em psicanálise
por onde transita a palavra “sagra- pode ser abordado por três caminhos
do”. Esse termo traz em si as signifi- igualmente importantes: a instância da
cações de puro, intocado e, ao mes- letra no inconsciente, a escrita do fan-
mo tempo, impuro. Originalmente, tasma e a escrita do sinthoma. No pri-
nas sociedades tribais (isso foi trata- meiro, situamos a questão da letra li-
do por Freud nos textos antes men- gada à proposição freudiana das for-
cionados) designava o interdito ao mações do inconsciente. Ou seja, no
toque. O que ficava interditado era sentido em que a emergência da letra
tanto o elevado – como o chefe, ou no inconsciente – que situamos ante-
o sacerdote – quanto o excluído, riormente como condição de indife-
como a mulher menstruada, etc. renciação – traz algo que pode ser
Pode-se reconhecer nesta última es- situado como um “isso mostra” –
pecificidade a relação com o excluí- alguma coisa do lado da pulsão que
do do corpo. Ou seja: o tema da in- demanda inscrição. Freud (1973e)
diferenciação situa seus elementos deu-lhes o estatuto de formação de
tanto na palavra, quanto no corpo. É compromisso de moções pulsionais,
com esses elementos que se constro- o que os situa de forma um pouco
em a pregnância do imaginário na diferente da abordagem lacaniana,
constituição fantasmática. Eles tam- como veremos adiante. A emergên-
bém se fazem apresentar nos sonhos cia das formações do inconsciente
e nos pequenos sintomas que vão como um “isso mostra” – sonhos,
compor estruturas. Tal como men- lapsos – possui um estatuto não to-
ciona Freud, no sonho todos os ele- talmente assumido pelo sujeito, que
mentos servem para representar o não se reconhece completamente ali.
sonhador, as letras e fonemas das Testemunhamos os estranhamentos
palavras se transmutam metonimica- provocados por suas aparições coti-
mente, uma imagem pode ser so- dianas, onde são situadas como ele-
mente som, assim como todo signo mentos estranhos ao “eu”. De algu-
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ma maneira precisamos reconstituir
os enlaces com nossas significações
conhecidas, retomando um sentido
perdido pela surpresa de sua emer-
gência.
A letra no inconsciente pode ser
interpretada, desta maneira, na rela-
ção à proposta lacaniana de escrita.
Desdobrando a proposta freudiana
do sonho como um rébus para deci-
fração, o tema da letra, para Lacan,
indica que a emergência do incons-
ciente ainda precisa de um caminho
de elaboração. Ele propõe, numa pas-
sagem de seu seminário sobre os qua-
tro conceitos fundamentais (Lacan,
1985a), nas lições em que trabalha o
tema do olhar, que no sonho “isso
mostra”. O “isso”, como aproxima-
ção ao “isso” freudiano, diz respeito
ao movimento pulsional. “Isso”
como um indeterminado – que so-
mente adquire determinação a partir
de um terceiro – representa a condi-
ção de exterioridade em que primei-
ro surge o movimento da pulsão.
Essa “exterioridade” – esse “isso”
estranho ao “eu” – sempre irá com-
por nossos sentimentos em relação
ao corpo, nunca completamente
“nosso”.
A partir d’isso, precisa-se de um
caminho a mais, o caminho que toma
a repetição da letra, para que do “isso
mostra” se produza, em transferên-
cia, o reconhecimento de que ali se
constitui a expressão de um traço do
sujeito. A transferência é o que ga-
rante que o sujeito se reconheça na
repetição desse traço. É curioso que
mesmo para quem se analisa há al-
gum tempo a emergência do incons-
ciente em suas formações traz estra-
nhamento. A produção de lapsos, ou
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que discorre sobre a instância da le- produz esse jogo homofônico entre
tra no inconsciente (Lacan, 1998a), no letra e carta, equívoco possível nas
qual retoma a especificidade da leitu- expressões em francês. No caso de
ra freudiana destacada antes. Ele uma carta, a importância do endere-
avança, acrescentando os desenvol- çamento está no atrelamento do
vimentos da lingüística, ao apresen- emissor ao destinatário. O conto de
tar a letra como suporte material da Edgar Alan Poe é bastante conheci-
linguagem, suporte este necessário ao do: são personagens (a rainha, o rei,
jogo significante. Podemos dizer que o ministro, a polícia e o investigador
Lacan radicalizou a aproximação en- Dupont) presos numa relação deter-
tre inconsciente e escrita. Isso não se minada pela posse de uma carta que
dá de uma só vez nas suas elabora- supostamente revela deslizes da rai-
ções, senão que a particularidade des- nha. O que interessou a Lacan nesse
sa escrita vai sendo construída ao lon- conto diz respeito à possibilidade de
go de seu trabalho. Deste início, rete- apresentação de algo difícil de enten-
nhamos essa enunciação de que há der e que está em causa nas forma-
uma letra “em instância”, que insiste ções do inconsciente. Em primeiro
nas formações do inconsciente, mar- lugar, o conto situa esse elemento (a
cando que a insistência da repetição carta/letra) cujo conteúdo não entra
diz respeito a uma dificuldade pecu- em causa no efeito que produz. Diga-
liar ao registro do inconsciente. Essa se, no mínimo, que isso é surpreen-
dificuldade está contida na medida dente em se tratando de uma carta.
mesma do hibridismo de seus ele- Segundo, que a posse dessa carta
mentos, em que a gramática pulsio- implica determinada condição de fe-
nal condensa elementos heterogê- minização. Recortemos, então, esses
neos, como seu “corpolinguagem”. elementos que situam, para Lacan, a
Acompanhemos um pouco como especificidade da relação entre as for-
vão se procedendo algumas elabo- mações do inconsciente e uma escri-
rações que interessam destacar da ta: letra/carta, endereçamento e jogo
teoria lacaniana. posicional.
No trabalho em que analisa o Esses são os efeitos que o au-
conto de Edgar Alan Poe sobre a tor primeiro isola da relação ao sig-
carta roubada (Lacan, 1998b) acres- nificante. A perda de um referente
centam-se elementos fundamentais natural/universal implica uma per-
para situar a questão da letra. Aqui, a da do lado da significação. Deste
referência primordial diz respeito ao modo, o sujeito será produzido
significante, e Lacan não estabelecerá numa relação às leis da linguagem,
diferenças entre este e o tema da le- sendo determinado por elas e, por
tra, por vezes confundindo-os. Tra- essa razão, advém daí sua condição
tou de se deter tanto no jogo posici- de feminização, dessa submissão a
onal, determinante na função de uma essas leis. Aqui, o autor insiste nas
repetição diferencial, quanto na inci- mesmas questões do texto anterior.
dência de um endereçamento. Das Sua inspiração deriva de uma leitura
condições do endereçamento Lacan do texto freudiano sobre as forma-
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no “transporte” da metáfora. A referência ao litoral parece indicar
isso, na medida em que sua linha demarcatória é o encontro de
heterogêneos. É diferente da linha demarcatória de uma fronteira,
por exemplo, onde o suporte de “tradução” de uma língua a outra
mantém a ilusão de homogeneidade. É nesse sentido que “litoral
vira literal”: é na letra que se produz o enlace entre heterogêneos.
Nesse texto ele também vai fazer um importante assinalamento: de
que a impressão não é a escritura. Ou seja, a impressão diz respeito
à marca do traço unário. Desse “sulco”, do apagamento do traço,
que o sujeito é produzido: são dois tempos que estão em causa.
Uma outra conseqüência importante que Lacan aborda nesse
texto é a aproximação entre a produção da letra – no buraco do
saber – e a cena primitiva (a letra V do homem dos lobos). Essa
aproximação permitirá a Lacan continuar trabalhando no seminá-
rio Mais... ainda (Lacan, 1985b), introduzindo as categorias aristoté-
licas, situando o impossível da relação sexual (esse que diz respeito
à cena primitiva) como um “não cessa de não se escrever”. Desta
maneira, situa-se outra referência na aproximação da psicanálise
com a literatura. É verdade que a literatura vai ser produzida como
ficção no buraco do saber. No entanto, o interesse de Lacan vai
bem mais longe que a produção do texto. Ele diz respeito à inda-
gação do que é que se produz quando se faz literatura. Essa per-
gunta retorna à própria produção da psicanálise e vai incidir sobre
suas formas, principalmente no que diz respeito à tradição freu-
diana da escrita do caso.
Um enlace da letra:
litorais na escrita do caso
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então, em quê elas se diferenciariam ver essa questão, servindo de guia
da literatura? para a entrada na psicanálise. Se o
Acompanhemos um pouco discurso inscreve as balizas de uma
mais as incursões de Todorov por língua, de um código cultural, a ex-
essas fronteiras. Ainda nesse livro, ao periência ao mesmo tempo o esbu-
tratar sobre o discurso psicótico, o raca, transforma e confirma, reno-
autor vai lembrar o debate sobre as vando-o. A experiência produz a
relações entre loucura e literatura, borda de um real do discurso, fazen-
entre discurso psicótico e poético. Ele do-o passar pelo corpo. Assim, po-
propõe um diferencial na medida em demos denominar “experiência lite-
que a literatura não pode ser tomada rária” a escrita das bordas de dife-
como um tipo de discurso, no senti- rentes gêneros de uma estrutura dis-
do que o é a “palavra psicótica”. Em cursiva literária, que nos dá a certeza
relação a esta última, são muito inte- de estarmos num campo em co-
ressantes suas análises de dois trechos mum, denominado “literatura”.
de fala: de uma paranóica e de um E na psicanálise, como pode-
esquizofrênico. Por que o discurso remos pensar? Não entraremos em
paranóico não poderia ser conside- considerações demasiadamente am-
rado uma literária narrativa fantásti- plas sobre o discurso psicanalítico.
ca? Todorov nos diz que, nesta últi- Poderemos situá-lo numa condição
ma, os autores nos fazem participar, muito simples, dizendo respeito à
com alguma certeza, que se trata de “experiência do inconsciente” em
ficção. Em todo caso, tanto as cons- análise. Assim, “psicanálise” seria a
truções paranóicas, quanto as esqui- possibilidade de registro dessa ex-
zofrênicas podem adquirir expressões periência. No entanto, tal como os
literárias: elas não estão excluídas de “gêneros” na literatura, a escrita das
se expressarem nesse campo. No en- bordas dessa experiência não se dá
tanto, para terem guarida ali é neces- da mesma maneira para todos. Tal
sário que participem de certa forma qual na literatura, a psicanálise com-
comum de expressão. Todorov se porta leitores e críticos para cons-
propõe delimitar as especificidades trução de suas fronteiras. E mesmo
das formas de expressão como “gê- quem decide tornar-se analista, por
neros do discurso”, na medida em sua vez, encontrará diferentes cami-
que o termo “ficção” é, ao mesmo nhos para registrar sua experiência
tempo, amplo (não define somente a nesse campo.
literatura) e restritivo (na literatura, não Podemos cercar as indagações
define o discurso poético). sobre a escrita na psicanálise de mui-
É certo que a razão de Todorov tos lados. Em todos eles talvez en-
acrescentar “gênero”, ao termo ge- contremos um elemento em comum:
nérico de “discurso”, está em permitir aquele ponto do laço transferencial
a inclusão das mais diversas expres- que não se encerra no trabalho com
sões no campo da literatura. De nos- o analisando e que, de alguma ma-
sa parte, acrescentamos o termo “ex- neira, precisa ser endereçado à comu-
periência”, que permitirá circunscre- nidade de analistas. Neste ponto va-
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balho a diferenciação entre letra e sig- minos hechos por Freud y Lacan. Estas distintas
nificante ficava um pouco confusa, rutas buscan su articulación en el tema de la
escritura. Tanto la bases en estos temas
como vimos anteriormente, no seu
final é possível perceber a particular Palabras clave: letra; escritura; transmisión
del psicoanálisis
relevância que adquire a escrita. Ela
se situa tanto no tema da insistência
do real, quanto nos efeitos, no sujei- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
to, da não existência da escrita da re-
lação sexual. Assim, proposições tais
Freud, S. (1973a). La interpretación de los
como saber fazer, ou mesmo invenção,
sueños. In S. Freud, Obras completas. (L.
pontuam o que nos permite pensar Lopez-Ballesteros & De Torres, trads., 3a
na transposição da transferência ed. Vol.1, pp. 343-720) Madrid: Biblio-
como algo próximo ao tema da cria- teca Nueva. (Trabalho original publicado
ção dentro da literatura, na medida em 1900)
em que esta toca uma dimensão do _______ (1973b). Lecciones introductorias
real. Mesmo que não se trate do mes- al psicoanálisis. In S. Freud, Obras com-
mo real, pois concernem a distintos pletas (L. Lopez-Ballesteros & De Torres,
campos, a travessia de um percurso trads., 3a ed. Vol.2, pp. 2123-2412) Ma-
de análise visa tocar o real que é pro- drid: Biblioteca Nueva. (Trabalho origi-
duzido em transferência na clínica. nal publicado em 1917)
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RELATIONS BETWEEN LETTER AND tico de las palabras primitivas. In S. Freud,
WRITING IN THE PSYCHOANALYSIS Obras completas (L. Lopez-Ballesteros &
PRODUCTIONS
De Torres, trads., 3a ed. Vol.2, pp. 1620-
ABSTRACT 1624) Madrid: Biblioteca Nueva. (Tra-
This article has the proposition to develop the balho original publicado em 1910)
conditions of the transmission in psychoanalysis. _________ (1973d). Totem y tabu. In S.
This conditions takes the subject of the letter and
Freud, Obras completas (L. Lopez-Balles-
its different presentations, and also different ti-
mes and clinics. Also search points of concatena- teros & De Torres, trads., 3a ed. Vol.2,
tion in the propositions of Freud and Lacan. This pp. 1745-1850) Madrid: Biblioteca Nue-
different ways search the articulation with the wri- va. (Trabalho original publicado em 1912)
ting. The basis of freudian clinic as well as laca- __________ (1973e). El chiste y su relación
nian clinic has been searched in the development con lo inconsciente. In S. Freud, Obras
of this subject. completas (L. Lopez-Ballesteros & De Tor-
Index terms: letter; writing; transmission of res, trads., 3a ed. Vol.1, pp. 1029-1167)
psychoanalysis Madrid: Biblioteca Nueva. (Trabalho ori-
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RELACIONES ENTRE LETRA Y ES-
CRITURA EN LAS PRODUCCIONES Lacan, J. (1971). De um discurso que não seria
EN PSICOANÁLISIS do semblante. (inédito)
_______ (1985a). O seminário, livro 11: Os
RESUMEN
quatro conceitos fundamentais da psicanálise,
Este trabajo propone las condiciones de trasmisi-
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distintas presentaciones, según tiempos y clíni- ________ (1985b). O seminário, livro 20:
cas. De este modo, para encontrar puntos que Mais, ainda..., 1972-73. Rio de Janeiro:
permitan sus enlaces, son recorridos algunos ca- Jorge Zahar .
ammcosta@terra.com.br
Recebido em maio/2008.
Aceito em junho/2008.
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