(99+) A Influência Da Manutenção Na Derrota Da Alemanha Na Segunda Guerra Mundial - LinkedIn

11/07/2022 16:06 (99+) A Influência da Manutenção na derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial | LinkedIn
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A Influência da Manutenção
na derrota da Alemanha na
Segunda Guerra Mundial
Publicado em 16 de março de 2020
Marcelo Moura 4 artigos

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Engenheiro de Manutenção
Já se passaram 75 anos desde o final do maior conflito global

da história, mas as lições que a Alemanha deixou na área de
Manutenção ainda continuam atuais como nunca.
No início da guerra, os alemães colocaram em prática um sistema de

manutenção centralizado, onde apenas pequenos reparos seriam feitos
próximos a frente de batalha e todas as manutenções maiores seriam
realizadas pelos próprios fabricantes em suas instalações dentro da
Alemanha, com os mesmos recursos utilizados para a montagem de
novos equipamentos.
https://www.linkedin.com/pulse/influência-da-manutenção-na-derrota-alemanha-segunda-guerra-moura/?originalSubdomain=pt 1/11
5
Instalações Alemãs durante a Guerra Início Minha rede Vagas Mensa
Entre 1939 e 1940, esse sistema organizacional foi muito pouco

exigido. Com a força avassaladora da chamada “Blitzkrieg” (guerra-
relâmpago), os alemães levaram apenas 1 mês para conquistar a
Polônia e, após o devido reparo e manutenção de todos os tanques em
suas instalações, não tiveram muitas dificuldades em tomar toda a
França em 6 semanas.
Tanques de guerra eram transportados através de caminhões prancha ou

pela vasta malha ferroviária europeia e colocados em campo a apenas
alguns quilômetros da área de conflito, levando, assim, a relativamente
poucos problemas relacionados a suspensões, freios, trem de força e
material rodante.
Os reais problemas de manutenção surgiram em 1941 com o início da

campanha no norte da África e cresceram exponencialmente em 1942,
com tropas já no interior da Rússia.
África e a baixa confiabilidade
Na África, já era evidente que o sistema centralizado não funcionaria,

sendo inviável transportar todos os equipamentos de volta para a
Europa para manutenção. Foi aí que o Reich começou a dar maior
ênfase a manutenção no campo, realizada pelas próprias tropas.
Isso, por si só, já afetaria consideravelmente a confiabilidade dos

blindados, pois as atividades deixaram de ser executadas pelo pessoal
especializado das fábricas para serem realizadas por soldados com
conhecimento limitado e sem as instalações apropriadas. O cenário,
porém, ainda iria piorar.
A grande resistência enfrentada no leste europeu e as elevadas baixas

de tanques naquela frente fizeram com que peças fossem, em sua
maioria, direcionadas para aquela região. Isso obrigou o exército
5
alemão no norte da África a se voltar para improvisações e
canibalização de equipamentos para manter a frota rodando.
5 de
As fotos acima ilustram muito bem o resultado dessa combinação
fatores. Comandos finais desmontados a céu aberto, peças expostas a
níveis severos de contaminação e materiais espalhados por cima de
todo o tanque (incluindo cervejas!).
Rússia e a falta de componentes
Na Rússia, o péssimo estado de conservação das estradas, o padrão

diferente da malha ferroviária e as condições climáticas adversas
obrigavam os tanques a se locomoverem por conta própria por longas
distâncias (em conjunturas diferentes para os quais foram projetados),
contribuindo para um maior desgaste e, consequentemente, maior
necessidade de manutenção.
Com baixos índices de disponibilidade em todas as frentes, os

engenheiros em Berlim eram pressionados a lançar frequentemente
novas versões dos equipamentos, com profundas modificações, na
esperança de endereçar as falhas mais comuns e atender as novas
necessidades operacionais. Contudo, isso gerou um problema ainda
mais grave.
5
A industria alemã, já profundamente debilitada devido aos constantes
bombardeios inimigos, não conseguia conciliar as novas linhas de
produção com a inesperada demanda de grandes componentes que
vinha crescendo mês a mês.
Isso fez com que itens como motores e transmissões simplemente

desaparecessem dos estoques. Novamente, mecânicos eram obrigados a
recorrer a adaptações e soluções alternativas, para as quais,
frequentemente, não tinham os recursos necessários, adicionando
defeitos e até mesmo colocando vidas em risco.
Final do conflito e lições aprendidas
Nos últimos anos da guerra, a Alemanha contava com alguns dos

equipamentos mais avançados em termos de tecnologia. Contudo, a
dificuldade em mantê-los operacionais e uma série de decisões 5

equivocadas fizeram sua estratégia de guerra relâmpago sucumbir,
dando tempo para que os adversários se organizassem e pudessem
contra-atacar. Assim, em abril de 1945, os alemães viam, perplexos, os
Aliados invadindo Berlim e colocando fim a uma guerra que
inicialmente parecida impossível de ser perdida.
A famosa frase “Aqueles que não se lembram do passado estão

condenados a repeti-lo” de George Santayana se aplica muito bem a
esse contexto. A história está aí para nos mostrar que a falta de
treinamento e conhecimento técnico adequado em manutenção, bem
como o planejamento inadequado de sobressalentes e operação de
equipamentos em condições para os quais não foram projetados,
produzem efeitos que vão se sobrepondo e as consequências disso
podem ser desastrosas. As empresas que não assimilarem isso e
tomarem as ações necessárias estarão sempre fadadas a obter o mesmo
resultado.
Se você achou interessante ou já teve uma experiência relacionada ao

assunto, deixe um comentário. No próximo texto irei trazer a maneira
que os Estados Unidos encontraram para treinar os soldados na
manutenção de equipamentos no decorrer da segunda guerra mundial,
sem a necessidade de tirá-los da frente de batalha.
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Publicado por
Marcelo Moura 4 artigos Seguir
Publicado • 2 a
Há exatos 75 anos a Alemanha sentia na pele os efeitos de uma Manutenção Ineficaz durante
a Segunda Guerra Mundial. Analisando os erros, podemos tirar lições valiosas na busca por
maior confiabilidade e disponibilidade nos dias de hoje. #manutenção #confiabilidade
#equipamentosmoveis #aprendizado
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ROGÉRIO FONSECA SOUZA •

2º 2a
Gestor de Processo de Manutenção / PCM / Filtragem / Professor / Engenheiro
Mecânico / Palestrante
Marcelo, muito bacana esse texto, gostei muito. A reflexão que faço é que o
processo de manutenção é vivo, temos que estar atentos para mudanças de
cenário, de contexto, pois isso pode acarretar mudanças em nossa estratégia de
manutenção.
Gostei · 4 Responder · 2 respostas
Marcelo Moura •
3º+ 2a
Excelente reflexão Rogério. É exatamente a mensagem que queria passar

com o texto.
Gostei Responder
ROGÉRIO FONSECA SOUZA •

2º 2a
Gestor de Processo de Manutenção / PCM / Filtragem / Professor / Engenheiro
Mecânico / Palestrante
Marcelo Moura, compartilhe mais textos interessantes como esse. Show de

bola!!
Gostei · 1 Responder
Ederson Rodrigues Ferreira •

2º 2a
Técnico Mecânico
Nestes 20 anos de experiencias em equipamentos diversos, mineração, construção,

asfalto, Caterpillar, Volvo, Case, aprendi a importância, das manutenções
preventivas, preditivas do controle das manutenções, treinamento de pessoal.
Enfim, posso dizer que mais importante que consertar, é prevenir a falha do
equipamento......
Gostei · 2 Responder · 1 resposta
Marcelo Moura •
3º+ 2a
Sem sombra de dúvidas Ederson! Esse é o caminho!
Gostei · 1 Responder
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Marcelo Moura
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A famosa frase “Aqueles que não se lembram do passado estão

Se você achou interessante ou já teve uma experiência relacionada ao

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ROGÉRIO FONSECA SOUZA •

Gostei · 4 Responder · 2 respostas

Excelente reflexão Rogério. É exatamente a mensagem que queria passar

ROGÉRIO FONSECA SOUZA •

Marcelo Moura, compartilhe mais textos interessantes como esse. Show de

Ederson Rodrigues Ferreira •

Nestes 20 anos de experiencias em equipamentos diversos, mineração, construção,

Gostei · 2 Responder · 1 resposta

Sem sombra de dúvidas Ederson! Esse é o caminho!

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