Slide Aula 7

TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Modelagem de Linhas de Transmissão

1. Introdução
2. Relações entre Tensões e
Correntes
Modelagem de
3. Modelos de Linhas de
Linhas de
Transmissão
Transmissão
1. Linha Curta
2. Linha Média
3. Linha Longa
4. Quadripólos
5. Bibliografias
INTRODUÇÃO
GELT1019 - Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Aula 7 - Modelagem de Linhas de Transmissão
INTRODUÇÃO
Na aula passada aprendemos as características elétricas de linhas de transmissão,
entendendo que uma linha de transmissão pode ser representada através de uma
impedância em série e uma admitância em paralelo.
Na aula de hoje, vamos aprender a modelagem de linhas de transmissão.
Profª Ana Caroline Torres de Carvalho

INTRODUÇÃO

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E
CORRENTES
RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

▪A linha é representada por uma impedância longitudinal (R+jX), que representa os
efeitos das perdas por efeito Joule (R) e do campo eletromagnético (X), quando seus
cabos condutores são percorridos por uma corrente elétrica, e por uma admitância
transversal (G+jB), que representa os efeitos da corrente de fuga através das
cadeias de isoladores e perdas por efeito corona (G) e do campo elétrico gerado
entre os cabos e a terra (B). Estes efeitos são distribuídos ao longo de todo o
comprimento da linha e por isso os seus parâmetros são normalmente dados em
Ω/km para a impedância longitudinal e em S/km para a admitância transversal,
como mostra a Figura1.
Fonte: [1]
𝑂𝑛𝑑𝑒:
𝑉𝑆 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜
𝑉𝑅 = 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑝çã𝑜
𝐼𝑆 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑚𝑖𝑠𝑠ã𝑜
𝐼𝑅 = 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑝çã𝑜
𝑅 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑗𝑋𝐿 = 𝑅𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝐺 = 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
jB = 𝑆𝑢𝑠𝑐𝑒𝑝𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎
Profª Ana Caroline Torres de Carvalho Fonte: [1]


▪O que se pretende calcular é o modelo
equivalente da linha de transmissão, isto
é, os parâmetros concentrados da LT, com
os parâmetros distribuídos z (impedância
longitudinal em Ω/km) e y (admitância
transversal em S/km) conhecidos. Para
isto vamos considerar o modelo
elementar da linha de transmissão
mostrado na Figura 2.
Figura 2: Modelo Elementar Distribuído de uma Linha de Transmissão


CORRENTES
𝑑𝑉
∆𝑉 = 𝐼𝑧 ∆𝑥 ∴
∆𝑉
= 𝐼𝑧 Quando ∆𝑥 → 0, temos: = 𝐼𝑧 (1)
∆𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝐼
∆𝐼 = 𝑉𝑦∆𝑥 ∴
∆𝐼
= 𝑉𝑦 = 𝑉𝑦 (2)
∆𝑥 𝑑𝑥
Derivando as equações (1) e (2) em relação a x, obtemos: Substituindo os valores de dI/dx e dV/dx nas equações
(1) e (2) nas equações (3) e (4), temos:
𝑑²𝑉 𝑑𝐼
=𝑧 (3) 𝑑²𝑉
𝑑𝑥² 𝑑𝑥 = 𝑦𝑧𝑉 (5)
𝑑𝑥²
𝑑2𝐼 𝑑𝑉
=𝑦 (4) 𝑑2𝐼
(6)
𝑑𝑥² 𝑑𝑥 = 𝑦zI
𝑑𝑥²

𝑑²𝑉
= 𝑦𝑧𝑉 (5)
𝑑𝑥²
RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES 𝑑2𝐼
(6)
= 𝑦zI
𝑑𝑥²
A equação (5) tem como únicas variáveis V e x. Já a equação (6) tem como únicas
variáveis I e x. Portanto, as soluções das equações (5) e (6) para V e I,
respectivamente, devem ser expressões que, quando derivadas duas vezes em
relação a x levem à expressão original multiplicada pela constante yz. Por exemplo,
a solução de V, quando derivada duas vezes em relação a x deve dar yzV. Isso
sugere uma solução exponencial. Supondo que a solução da Equação (5) seja:
𝑦𝑧 𝑥
𝑉 = 𝐴1 𝑒 + 𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥
(7)
Com a segunda derivada de V em relação a x, temos:
𝑑²𝑉 𝑦𝑧 𝑥
= 𝑦𝑧 𝐴1 𝑒 + 𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥 (8)
𝑑𝑥²
Que é yz vezes a solução admitida para V. Portanto, a equação (7) é solução da
equação (5).
Fonte: [2]
𝑑𝑉
= 𝐼𝑧 (1)

𝑑𝑥
𝑉 = 𝐴1 𝑒 𝑦𝑧 𝑥
+ 𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥 (7)
Substituindo na equação (1) o valor de V dado pela equação (7), temos:

1 𝑦𝑧 𝑥 1
𝐼= 𝑧Τ 𝐴1 𝑒 − 𝑧Τ 𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥
(9)
𝑦 𝑦
As constantes 𝐴1 e 𝐴2 podem ser calculadas usando as condições de contorno na

barra receptora da linha, ou seja, 𝑥 = 0, 𝑉 = 𝑉𝑅 𝑒 𝐼 = 𝐼𝑅 . Substituindo estes valores
nas equações (7) e (9), temos:
𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 (10)
𝑉𝑅 = 𝐴1 + 𝐴2 Lembrando que a impedância 𝐴1 =
2
1 característica 𝑍𝑐 = 𝑧Τ𝑦, temos:
𝐼𝑅 = (𝐴1 −𝐴2 ) 𝑉𝑅 − 𝐼𝑅 𝑍𝑐 (11)
𝑧Τ
𝑦
𝐴2 =
2
Fonte: [2]
(7)
𝑦𝑧 𝑥
𝑉 = 𝐴1 𝑒 + 𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥
CORRENTES 𝐼=
1
𝑧Τ
𝑦
𝐴1 𝑒 𝑦𝑧 𝑥
−
1
𝑧Τ
𝑦
𝐴2 𝑒 − 𝑦𝑧 𝑥 (9)
𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 (10)
𝐴1 =
Lembrando que a constante de propagação 𝛾 = 𝑦𝑧 e substituindo os 2
valores obtidos para 𝐴1 e 𝐴2 nas equações (7) e (9), temos: 𝑉𝑅 − 𝐼𝑅 𝑍𝑐
𝐴2 = (11)
2
𝑉𝑅 +𝐼𝑅 𝑍𝑐 𝛾𝑥 𝑉𝑅 −𝐼𝑅 𝑍𝑐 −𝛾𝑥 (12)
𝑉= 𝑒 + 𝑒
2 2
𝑉𝑅 𝑉𝑅
ൗ𝑍𝑐 +𝐼𝑅 ൗ𝑍𝑐 −𝐼𝑅
𝐼 = 𝑒 𝛾𝑥 − 𝑒 −𝛾𝑥 (13)
2 2 𝑉 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑥 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑥 (14)
Lembrando que: 𝑉𝑅 (15)

𝐼 = 𝐼𝑅 cosh 𝛾𝑥 + senh 𝛾𝑥
𝑒 𝜃 − 𝑒 −𝜃 𝑒 𝜃 + 𝑒 −𝜃 𝑍𝑐
senh 𝜃 = e cosh 𝜃 =
2 2
Fonte: [2]

Como x é a distância entre o receptor e um ponto qualquer da LT, podemos substituí-
lo por 𝑙, o comprimento da LT. Dessa forma, temos:
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (16) 𝑉𝑅 = 𝑉𝑆 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑆 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (18)

OU
𝑉𝑅 (17) 𝑉𝑆 (19)
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 cosh 𝛾𝑙 + senh 𝛾𝑙 𝐼𝑅 = 𝐼𝑆 cosh 𝛾𝑙 + senh 𝛾𝑙
𝑍𝑐 𝑍𝑐
Lembrando que:
𝑅+𝑗𝜔𝐿 𝑍
𝑍𝑐 = = (20) e que: 𝛾𝑙 = 𝑍𝑌 (21)
𝐺+𝑗𝜔𝐶 𝑌 Fonte: [2]
RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (16)
CORRENTES 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 cosh 𝛾𝑙 +
𝑉𝑅
𝑍𝑐
senh 𝛾𝑙
(17)
Portanto: Depende principalmente do

comprimento l (km) da linha, como
cosh 𝛾𝑙 = cosh 𝑍𝑌 também do valor absoluto de 𝛾𝑙,
em menor grau, que aumenta com o
senh 𝛾𝑙 = senh 𝑍𝑌 aumento da tensão nas linhas.
Pela expansão em série de Maclaurin, temos:

4 6
𝑍𝑌² 𝑍𝑌 𝑍𝑌 (22)
cosh 𝑍𝑌 = 1 + + + + …
2! 4! 6!
5 7
𝑍𝑌³ 𝑍𝑌 𝑍𝑌 (23)
senh 𝑍𝑌 = 𝑍𝑌 + + + + …
3! 5! 7!
Fonte: [3]

4 6
𝑍𝑌² 𝑍𝑌 𝑍𝑌
cosh 𝑍𝑌 = 1 + + + + …
2! 4! 6!
5 7
𝑍𝑌³ 𝑍𝑌 𝑍𝑌
CORRENTES senh 𝑍𝑌 = 𝑍𝑌 +
3!
+
5!
+
7!
+ …
A observação da Tabela 1 nos permite, em função do comprimento das linhas, procurar

circuitos equivalentes e métodos de cálculo simplificados, baseados no número de
elementos da expansão em série a considerar nos cálculos
𝑍𝑌² 𝑍𝑌³
𝒍 (km) 𝑍𝑌
2! 3!
50 0,6447034 0,002078212 0,000044610
100 0,12894084 0,008312870 0,000357289
150 0,19341126 0,018703958 0,001205852
200 0,25788136 0,033251398 0,002858305
250 0,322335171 0,051955312 0,005558263
300 0,38682205 0,074815650 0,009646781
350 0,45129390 0,101832413 0,015318731
400 0,51576274 0,133005600 0,022866440 Fonte: [3]
MODELOS DE LINHAS DE
TRANSMISSÃO
MODELOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

▪A classificação da LT de acordo com a extensão:
▪ Linhas curtas (l< 80 km): cujo comprimento e características sejam tais que somente os
primeiros termos de cada série tenham valor significativo;
▪ Linhas médias (80 km > l > 240 km): Quando o segundo termo não for significante
perante o primeiro termo, mas se o terceiro for, a linha poderá ser classificada como linha
média;
▪ Linhas longas (l > 240 km): São aquelas em cujo cálculo os processos das linhas curtas e
médias são considerados insuficientemente precisos para os fins desejados;
Fonte: [2]
LINHAS CURTAS cosh 𝑍𝑌 = 1 +

𝑍𝑌²
2!
+
𝑍𝑌
4!
4
+
5
6
𝑍𝑌
6!
+ …
7
𝑍𝑌³ 𝑍𝑌 𝑍𝑌
senh 𝑍𝑌 = 𝑍𝑌 + 3!
+ 5! + 7! + …
▪ Linhas curtas (l< 80 km): cujo comprimento e

características sejam tais que somente os primeiros 𝑍
termos de cada série tenham valor significativo; 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝑍𝑌 + 𝐼𝑅 senh 𝑍𝑌 (7)
𝑌
▪ Se substituirmos cosh 𝑍𝑌 e senh 𝑍𝑌 nas equações (7)
e (8) pelo primeiro termo de cada série, teremos: 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 cosh 𝑍𝑌 +
𝑉𝑅
senh 𝑍𝑌
(8)
𝑍Τ𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍
(9)
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 + 𝑉𝑅 𝑌 ∴ 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 (10)
Muito
pequeno
Fonte: [2]
LINHAS CURTAS
▪A admitância em derivação é tão pequena que pode ser inteiramente desprezada
sem perdas significativas de precisão, sendo suficiente considerar apenas a
resistência em série R e a indutância série L para todo o comprimento da linha.
▪Dessa forma, a corrente e a tensão, em qualquer ponto da linha, podem ser
calculadas através da solução do circuito série, onde:
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍
𝑉𝑅 = 𝑉𝑆 − 𝐼𝑆 𝑍
Onde: 𝑉𝑆 : Tensão de transmissão; 𝑉𝑅 : Tensão de recepção; 𝐼𝑆 : Corrente de
transmissão; 𝐼𝑅 : Corrente de recepção; Z : Impedância; R : Resistência e L :
Indutância
Fonte: [1]
LINHAS CURTAS
▪Representação Matricial
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅
𝑉𝑆 1 𝑍 𝑉𝑅 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍
= .
𝐼𝑆 0 1 𝐼𝑅
Onde: 𝑉𝑆 : Tensão de transmissão; 𝑉𝑅 : Tensão de recepção; 𝐼𝑆 : Corrente de

transmissão; 𝐼𝑅 : Corrente de recepção; Z : Impedância; R : Resistência e L :
Indutância
Fonte: [1]
LINHAS CURTAS
Representação Matricial de 𝑉𝑆 e 𝐼𝑆 :
𝑉𝑆 1 𝑍 𝑉𝑅
= .
𝐼𝑆 0 1 𝐼𝑅
𝑂𝑛𝑑𝑒:
𝑍 = 𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑅 = 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎
𝑗𝑋𝐿 = 𝑅𝑒𝑎𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑖𝑣𝑎
𝑙 = 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

4 6
𝑍𝑌² 𝑍𝑌 𝑍𝑌
cosh 𝑍𝑌 = 1 + + + + …
2! 4! 6!
LINHAS MÉDIAS senh 𝑍𝑌 = 𝑍𝑌 +

𝑍𝑌³
3!
𝑍𝑌
5
𝑍𝑌
+ 5! + 7! + …
7
𝑍
▪ Linhas médias (80 km > l > 240 km): Quando o 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝑍𝑌 + 𝐼𝑅
𝑌
senh 𝑍𝑌 (7)
segundo termo não for significante perante o primeiro
termo, mas se o terceiro for, a linha poderá ser
classificada como linha média; 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 cosh 𝑍𝑌 +
𝑉𝑅
senh 𝑍𝑌
(8)
𝑍Τ𝑌
▪ Se substituirmos cosh 𝑍𝑌 e senh 𝑍𝑌 nas equações (7)
e (8) pelos dois primeiros termos de cada série,
teremos:
𝑍𝑌² 𝑍 𝑍𝑌³ 𝑍𝑌 𝑍𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍𝑌 + ∴ 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍 1 + (11)
2! 𝑌 3! 2 6
𝑍𝑌² 𝑉𝑅 𝑍𝑌³ 𝑍𝑌 𝑍𝑌
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 1 +
2!
+ 𝑍𝑌 +
3!
∴ 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 1 +
2
+ 𝑉𝑅 𝑌 1 +
6
(12)
𝑍 Τ𝑌
Fonte: [2]
LINHAS MÉDIAS 𝐼1
▪Neste caso considera-se o efeito capacitivo das linhas,

incluindo a susceptância capacitiva em derivação ou
shunt (parte imaginária da admitância shunt), e despreza-se ainda a condutância em
derivação.
▪Se a admitância total em derivação da linha for dividida em duas partes iguais
colocadas junto às barras transmissora e receptora, o circuito ilustrado na figura
acima recebe o nome de Modelo Pi Nominal.
▪Onde: 𝑉𝑆 : Tensão de transmissão; 𝑉𝑅 : Tensão de recepção; 𝐼𝑆 : Corrente de
transmissão; 𝐼𝑅 : Corrente de recepção; 𝐼1 : Corrente na impedância; Z : Impedância;
Y : Admitância.
Fonte: [1]
LINHAS MÉDIAS
𝐼1
Pela lei de Kirchhoff de tensão, temos:

𝑉𝑆 − 𝐼1 𝑍 − 𝑉𝑅 = 0 ∴ 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝐼1 𝑍 (1)
Pela lei de Kirchhoff das correntes, temos:
𝑌
𝐼1 = 𝐼𝑅 + 2 𝑉𝑅 (2)
𝑌
𝐼𝑆 = 𝐼1 + 2 𝑉𝑆 (3)
Substituindo (2) em (1), temos:
𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝑍 𝐼𝑅 + 2 𝑉𝑅 (4)
Substituindo (2) e (4) em (1), temos:
𝑌 𝑌 𝑌
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 + 2 𝑉𝑅 + 2 𝑉𝑅 + 𝑍 𝐼𝑅 + 2 𝑉𝑅 (5)
Fonte: [1]
𝐼1
LINHAS MÉDIAS
Reorganizando as equações (4) e (5) do modelo pi nominal, temos que:
𝑍𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 +
2
+ 𝐼𝑅 𝑍 (6)
𝑍𝑌
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 1 + 𝑍𝑌
2
+ 𝑉𝑅 𝑌 1 + 4
(7)
Lembrando que pela equação geral de uma LT média obtivemos as equações:

Muito pequeno
𝑍𝑌 𝑍𝑌 (11)
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 +
2
+ 𝐼𝑅 𝑍 1 +
6
Podemos reescrever: 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 +
𝑍𝑌
+ 𝐼𝑅 𝑍 (13)
2
𝑍𝑌 𝑍𝑌
𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 1 + + 𝑉𝑅 𝑌 1 + (12)
2 6
Fontes: [1] e [2]
𝐼1
LINHAS MÉDIAS
▪Representação Matricial:
𝑍𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1+ + 𝐼𝑅 𝑍
𝑍𝑌 2
𝑉𝑆 1+ 𝑍 𝑉𝑅
= 2 . 𝐼𝑆 = 𝑉𝑅 𝑌 1 +
𝑍𝑌
+ 𝐼𝑅 1 +
𝑍𝑌
𝐼𝑆 𝑍𝑌 𝑍𝑌 𝐼𝑅 4 2
𝑌 1+ 1+
4 2

LINHAS MÉDIAS
Representação Matricial de 𝑉𝑆 e 𝐼𝑆 :
𝑍𝑌
= 2 .
𝐼𝑆 𝑍𝑌 𝑍𝑌 𝐼𝑅
𝑌 1+ 1+
4 2
𝑂𝑛𝑑𝑒:
𝑍 ′ = 𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎
𝑌 ′ = 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎

LINHAS LONGAS
𝐼1
▪ Linhas longas (l > 240 km): São aquelas em cujo cálculo

os processos das linhas curtas e médias são considerados insuficientemente precisos para
os fins desejados;
▪ O modelo pi nominal não representa precisamente uma LT porque não considera que os
parâmetros da linha são distribuídos. À medida que o comprimento da linha cresce, as
discrepâncias entre o circuito pi nominal e a rede real.
▪ No entanto, é possível obter o circuito equivalente de uma linha de transmissão longa e
representa-la com precisão por uma rede de parâmetros concentrados, desde que
estejamos interessados apenas nas medidas dos valores nas extremidades da linha
▪ Admitamos que um circuito pi semelhante ao da figura seja o circuito equivalente de uma
linha longa. Considerando Z’ as impedâncias e Y’ as admitâncias totais da linha desse
circuito denominado pi equivalente, para distingui-los do circuito pi nominal.

𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

LINHAS LONGAS 𝑍𝑌
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1+ + 𝐼𝑅 𝑍 (20)
2
Substituindo Z e Y/2 por Z’ e Y’/2, na equação, temos: 𝑍′𝑌′

𝑍′𝑌′ cosh 𝛾𝑙−1 2 𝛾𝑙 𝑌′
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍’ (21) = 𝑍′ ∴ tanh = 𝑍𝑐 ∴
senh 𝛾𝑙 2 2
2 𝑍𝑐
Igualando a equação (1), temos: 𝑌′ 1 𝛾𝑙 𝑌′ 1 𝛾𝑙

∴ = 𝑍 tanh 2 ∴ = tanh
2 𝑐 2 𝑍 2
𝑌
𝑍′𝑌′ cosh 𝜃−1
cosh 𝛾𝑙 = 1 + Lembrando que = tanh 𝜃Τ2 ∴ 𝑍𝑌
𝑌′
= 𝑍𝑌
1
tanh
𝛾𝑙
2 senh 𝜃 2 𝑍 2
𝑌
𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 = 𝑍′ 𝑍
𝑍𝑐 = e que 𝛾𝑙 = 𝑍𝑌 𝑌′ 𝛾𝑙
𝑌 ∴ 𝑍𝑌 = 𝑌 tanh 2
2
A equação de Y’/2 mostra o fator de conversão usado para converter ∴

𝑌′
=
𝑌
tanh
𝛾𝑙
𝛾𝑙
a admitância dos ramos em derivação do pi nominal na dos ramos do 2 𝑍𝑌 2
𝑌′ 𝑌 tanh 2
pi equivalente 𝑌′ 𝑌 𝛾𝑙 =
∴ = 𝛾𝑙 tanh ou 2 2 𝛾𝑙
2 2
2
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

LINHAS LONGAS 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1+
𝑍𝑌
+ 𝐼𝑅 𝑍
2 (21)
Comparando as equações, temos: 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 = 𝑍 ′ ∴
cosh 𝛾𝑙 = 1 +
𝑍′𝑌′ 𝑍 𝑍
2 Lembrando que 𝑍𝑐 = 𝑌
e que 𝛾𝑙 = 𝑍𝑌 ∴ senh 𝛾𝑙 = 𝑍′ ∴
𝑌
𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 = 𝑍′
𝑍
∴ 𝑍𝑌 senh 𝛾𝑙 = 𝑍′ 𝑍𝑌 ∴
𝑌
O termo é o fator pelo qual deve ser multiplicada a impedância
em série do modelo pi nominal para converte-lo no modelo pi ∴ 𝑍 senh 𝛾𝑙 = Z′ 𝑍𝑌 ∴
equivalente.
𝑍 senh 𝛾𝑙
∴ Z′= ∴
𝑍𝑌
𝑍 senh 𝛾𝑙
Z′ = (23)
𝛾𝑙

Z’
LINHAS LONGAS
Y’/2 Y’/2
Logo, para o modelo pi equivalente, temos:
𝑍′𝑌′
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍’ (21)
2 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)
𝛾𝑙 Lembrando que:
𝑌′ 𝑌 tanh 2 (22) 𝑉𝑅 (2)
= 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅 cosh 𝛾𝑙 + senh 𝛾𝑙
2 2 𝛾𝑙 𝑍𝑐
2
𝑍 senh 𝛾𝑙 (23)
Z′ =
𝛾𝑙

Z’
LINHAS LONGAS
Y’/2 Y’/2
▪Representação Matricial:
cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

𝑉𝑆 𝑉𝑅
= 1 .
𝐼𝑆 senh 𝛾𝑙 cosh 𝛾𝑙 𝐼𝑅
𝑍𝑐 𝑉𝑅
𝐼𝑆 = senh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 cosh 𝛾𝑙
(2)
𝑍𝑐

LINHAS LONGAS
𝒍 (km) Parâmetros Concentrados Parâmetros Distribuídos

Z Y Z’ Y’
100 52,41∟79º 3,17x10−4 ∟90º 52,27∟79º 3,17x10−4 ∟89,98º
250 131,032∟79º 7,93x10−4 ∟90º 128,81∟79,2° 8,0x10−4 ∟89,9º
500 262,064∟79º 1,58x10−3 ∟90º 244,61∟79,8º 1,64x10−3 ∟89,6º
Portanto, quanto maior o comprimento da linha de transmissão, maior a diferença de

precisão entre os parâmetros concentrados e distribuídos

Parâmetros Z’, Y’ e 𝑍𝑐
LINHAS LONGAS
𝛾𝑙
𝑌′ 𝑌 tanh 2 𝑍 senh 𝛾𝑙
𝑍𝑐 = 𝑧ൗ
= Z′ = 𝑦
2 2 𝛾𝑙 𝛾𝑙
2
Representação Matricial de 𝑉𝑆 e 𝐼𝑆
cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙
𝑉𝑆 𝑉𝑅
= 1 .
𝑍𝑐
𝑂𝑛𝑑𝑒:
𝑍 ′ = 𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎
𝑌 ′ = 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎
𝑍𝑐 = 𝐼𝑚𝑝𝑒𝑑â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝐶𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡𝑒𝑟í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎

REGULAÇÃO DE TENSÃO E
RENDIMENTO
REGULAÇÃO DE TENSÃO E RENDIMENTO

Regulação de tensão:
𝑉𝑅𝑉𝑍 − 𝑉𝑅𝑃𝐶
𝑅𝑇% = . 100%
𝑉𝑅𝑃𝐶
Rendimento:
𝑃𝑅
ɳ = 100 %
𝑃𝑆

EXERCÍCIO 1
5.8 (Stevenson) Uma linha de transmissão trifásica de 60 Hz tem 175 milhas de
extensão. Ela tem uma impedância em série total de 35 + 𝑗140ꭥ e uma admitância
em derivação de 930 x 10−6 ∟90°𝑆. Ela fornece 40 MW em 220 kV, com fator de
potência 90% atrasado. Determine a tensão na barra transmissora usando
a) Aproximação como linha curta
b) Aproximação como linha média 𝐷𝑎𝑑𝑜𝑠:
cosh 𝛾𝑙 = 0,9354 + 𝑗0,0160
c) Aproximação como linha longa senh 𝛾𝑙 = 0,0419 + 𝑗0,3565
d) Calcule a regulação de tensão para cada caso 175 𝑚𝑖𝑙ℎ𝑎𝑠 = 281,6352 𝑘𝑚

5.8 (Stevenson) Uma linha de transmissão trifásica de 60 Hz tem 175 milhas de extensão.
Ela tem uma impedância em série total de 35 + 𝑗140ꭥ e uma admitância em derivação de
930 x 10−6 ∟90°𝑆. Ela fornece 40 MW em 220 kV, com fator de potência 90% atrasado.
EXERCÍCIO 1 Determine a tensão na barra transmissora usando.
𝑐𝑜𝑠 −1 0,9 = 25,84°
DADOS SOLUÇÃO
𝑓 = 60 𝐻𝑧 𝑃𝑅
𝑙 = 281,6352 𝑘𝑚 𝑃𝑅 = 3. 𝑉𝑅 𝐿𝐿 . 𝐼𝑅 . 𝑐𝑜𝑠𝜃 ∴ 𝐼𝑅 = 𝐴
3. 𝑉𝑅 𝐿𝐿 . 𝑐𝑜𝑠𝜃
𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋( ꭥ)
𝑍 = 35 + 𝑗140ꭥ 𝐼𝑆 = 𝐼𝑅
𝑍 = 144,3087∟ 75,96°ꭥ 40. 106
𝑌 = 𝐺 + 𝑗𝐵 (𝑆) 𝐼𝑅 = = 116,6364∟ − 25,84°𝐴
3
3. 220. 10 . 0,9
−6
𝑌 = 930. 10 ∟90°𝑆
𝑉𝑅 𝐿𝐿 = 220 𝑘𝑉 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍 ∴
220. 103 220. 103
𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = ∟0° + (116,6364∟ − 25,84°)(144,3087∟ 75,96°)
𝑉𝑅 𝐹𝑁 = 𝑉 3
3
𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 127017,0592∟0° + 16831,6473∟50,12°
𝑃𝑅 = 40 𝑀𝑊
𝐹𝑃 = 0,9 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 127017,0592 + 10792,1459 + 𝑗12916,4212
cosh 𝛾𝑙 = 0,9354 + 𝑗0,0160 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 137809,2051 + 𝑗12916,4212 𝑉
𝑉𝑆 1 𝑍 𝑉𝑅 senh 𝛾𝑙 = 0,0419 + 𝑗0,3565
= . 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 138413,1892∟5,35° 𝑉
𝐼𝑆 0 1 𝐼𝑅 𝑉𝑆 =? ? ?

𝑉 = 𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 127017,0592∟0° 𝑉
𝑉 = 127017,0592 2𝑠𝑒𝑛377𝑡 V
116,6364∟ − 25,84°𝐴
𝐼 = 𝐼𝑚 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 + 𝜃 𝐴
𝐼 = 116,6364 2𝑠𝑒𝑛(377𝑡 − 25,84°) 𝐴
DADOS SOLUÇÃO
𝑓 = 60 𝐻𝑧 𝐼𝑅 = 116,6364∟ − 25,84°𝐴
𝑙 = 281,6352 𝑘𝑚 𝑍𝑌
𝑍 = 𝑅 + 𝑗𝑋( ꭥ) 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍 1
𝑍 = 35 + 𝑗140ꭥ 2
𝑍 = 144,3087∟ 75,96°ꭥ 𝑍𝑌
𝑌 = 𝐺 + 𝑗𝐵 (𝑆) 1 + = 0,9350∟1° (2)
2
𝑌 = 930. 10−6 ∟90°𝑆
𝐼𝑅 𝑍 = 16831,6473∟50,12° (3)’
𝑉𝑅 𝐿𝐿 = 220 𝑘𝑉
substituindo (2) e (3) em (1)
220. 103
𝑉𝑅 𝐹𝑁 = 𝑉
3 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 127017,0592∟0° 0,9350∟1° + 16831,6473∟50,12°
𝑃𝑅 = 40 𝑀𝑊 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 118760,9504∟1° + 10792,1459 + 𝑗12916,4212
𝐹𝑃 = 0,9 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑎𝑑𝑜 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 118742,8625 + 𝑗2072,6644 + 10792,1459 + 𝑗12916,4212
𝑍𝑌 cosh 𝛾𝑙 = 0,9354 + 𝑗0,0160
= 2 . senh 𝛾𝑙 = 0,0419 + 𝑗0,3565 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 130399,3523∟6,6° 𝑉
𝐼𝑆 𝑍𝑌 𝑍𝑌 𝐼𝑅
𝑌 1+ 1+ 𝑉𝑆 =? ? ?
4 2

SOLUÇÃO
Raiz de número na forma polar: cosh 𝛾𝑙 = 0,9354 + 𝑗0,0160 = 0,9355∟0,98°
Calcular a raiz do módulo e senh 𝛾𝑙 = 0,0419 + 𝑗0,3565 = 0,3589∟83,30°
dividir o argumento por 2.
SABENDO QUE: 144,3087∟ 75,96°
𝑍𝑐 = = 393,9170∟ − 7,02°
930. 10−6 ∟90°
′
𝑍 senh 𝛾𝑙 𝐼𝑅 = 116,6364∟ − 25,84°𝐴
Z =
𝛾𝑙
𝛾𝑙 TEMOS QUE: 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙

𝑌′ 𝑌 tanh 2
=
2 2 𝛾𝑙 𝑉𝑆 = 127017,0592∟0° 0,9355∟0,98° + 116,6364∟ − 25,84° 393,9170∟ − 7,02° 0,3589∟83,30°
2
𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 118824,4589∟0,98° + 16489,6823∟50,44°
𝑍𝑐 = 𝑧ൗ
𝑦 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 118807,078 + 𝑗2032,3014 + 10502,0464 + 𝑗12712,8535
cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 129309,1244 + j14745,1549

𝑉𝑆 𝑉𝑅
= 1 . 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 130147,1062∟6,50°
𝑍𝑐

D
DADOS: SOLUÇÃO
𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 + 𝐼𝑅 𝑍 ∴ Com a linha a vazio, temos: I=0. Logo, 𝑉𝑆
𝑉𝑅 𝑉𝑍 − 𝑉𝑅 𝑃𝐶 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 ∴ =1
𝑅𝑇 % = × 100% |𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 | 𝑉𝑅
𝑉𝑅 𝑃𝐶 𝑉𝑅 𝑉𝑍 = ∴ 𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎
𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎
| | 𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 138413,1892∟5,35° 𝑉
𝑉𝑅 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎
𝑍𝑌 Com a linha a vazio, temos: I=0. Logo, 𝑍𝑌

𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑅 1 + + 𝐼𝑅 𝑍 𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 𝑉𝑅 1 +
2 2
|𝑉𝑆 𝑚é𝑑𝑖𝑎 | |𝑉𝑆 𝑚é𝑑𝑖𝑎 | 130399,3523
𝑉𝑅 𝑉𝑍 = = = ∴ 𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 139464,5479 𝑉
𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑉𝑆 𝑍𝑌 0,9350 𝑚é𝑑𝑖𝑎
|𝑉 | |1 + 2 |
𝑉𝑅 𝑃𝐶 = 127017,0592∟0° 𝑅
Com a linha a vazio, temos: I=0. Logo,
𝑉𝑆 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 = 138413,1892∟5,35° 𝑉 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙
𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 130399,3523∟6,6° 𝑉 |𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 | |𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 | 130147,1062

𝑉𝑅 𝑉𝑍 = = = ∴ 𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 139120,3701 𝑉
𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 130147,1062∟6,50° 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 𝑉𝑆 | cosh 𝛾𝑙 | 0,9355 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎
|𝑉 |
𝑅

D
DADOS: SOLUÇÃO
𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 138413,1892∟5,35° 𝑉 𝑉𝑅 𝑉𝑍 − 𝑉𝑅 𝑃𝐶
𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎
𝑅𝑇 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 % = × 100%
𝑉𝑅 𝑃𝐶 = 127017,0592∟0° 𝑉𝑅 𝑃𝐶
138413,1892 − 127017,0592
𝑅𝑇 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 % = × 100%
127017,0592
𝑅𝑇 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 % = 8,97 %

D
DADOS: SOLUÇÃO
𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 139464,5479 𝑉 𝑉𝑅 𝑉𝑍 − 𝑉𝑅 𝑃𝐶
𝑚é𝑑𝑖𝑎
𝑅𝑇 𝑚é𝑑𝑖𝑎 % = × 100%
𝑉𝑅 𝑃𝐶 = 127017,0592∟0° 𝑉𝑅 𝑃𝐶
139464,5479 − 127017,0592
𝑅𝑇 𝑚é𝑑𝑖𝑎 % = × 100%
127017,0592
𝑅𝑇 𝑚é𝑑𝑖𝑎 % = 9,8 %

D
DADOS: SOLUÇÃO
𝑉𝑅 𝑉𝑍 = 139120,3701 𝑉 𝑉𝑅 𝑉𝑍 − 𝑉𝑅 𝑃𝐶
𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎
𝑅𝑇 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 % = × 100%
𝑉𝑅 𝑃𝐶 = 127017,0592∟0° 𝑉𝑅 𝑃𝐶
139120,3701 − 127017,0592
𝑅𝑇 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 % = × 100%
127017,0592
𝑅𝑇 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 % = 9,53 %

D
SOLUÇÃO
𝑅𝑇 𝑐𝑢𝑟𝑡𝑎 % = 8,97 % 𝑅𝑇 𝑚é𝑑𝑖𝑎 % = 9,8 % 𝑅𝑇 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 % = 9,53 %
Aumento de tensão de 𝑉𝑅 em relação à 𝑉𝑠 que se dá por conta do efeito ferranti, que será estudado na aula 7

QUADRIPOLOS
QUADRIPOLOS
A LT pode ser representada através de quadripolos
𝐼𝑆 𝐼𝑅
+ +
𝑉𝑆 LT 𝑉𝑅
− −

QUADRIPOLOS 𝑉𝑆
𝐼𝑆
=
𝐴
𝐵
𝐶 𝑉𝑅
.
𝐷 𝐼𝑅
Para isso, é necessário encontrar os parâmetros concentrados da LT.
𝑍𝑌 cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙
𝑉𝑆 𝑉𝑆 1+ 𝑍 𝑉 𝑉𝑆 𝑉𝑅
1 𝑍 𝑉𝑅 2 = 1 .
= . = . 𝑅 𝐼𝑆 senh 𝛾𝑙 cosh 𝛾𝑙 𝐼𝑅
𝐼𝑆 0 1 𝐼𝑅 𝐼𝑆 𝑍𝑌 𝑍𝑌 𝐼𝑅 𝑍𝑐
𝑌 1+ 1+
4 2
LINHA CURTA LINHA MÉDIA LINHA LONGA

𝑍𝑌
𝑉𝑆 1 𝑍 𝑉𝑅 1+ 𝑍 cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙
= . 𝑉𝑆 2 𝑉 𝑉𝑆 𝑉𝑅
𝐼𝑆 0 1 𝐼𝑅 = . 𝑅 = 1 .
QUADRIPOLOS
𝐼𝑆 𝑍𝑌 𝑍𝑌 𝐼𝑅 𝐼𝑆 senh 𝛾𝑙 cosh 𝛾𝑙 𝐼𝑅
𝑌 1+ 1+ 𝑍𝑐
4 2
LINHA CURTA 𝐴=1 𝐶=𝑍 LINHA CURTA

𝑍𝑌
LINHA MÉDIA 𝐴=1+ 𝐶=𝑍 LINHA MÉDIA
2
LINHA LONGA 𝐴 = cosh 𝛾𝑙 𝐶 = 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 LINHA LONGA
𝑉𝑆 𝐴 𝐶 𝑉𝑅
= .
LINHA CURTA 𝐵=0 𝐼𝑆 𝐵 𝐷 𝐼𝑅 𝐷=1 LINHA CURTA
𝑍𝑌 𝑍𝑌
LINHA MÉDIA 𝐵 =𝑌 1+ 𝐷 =1+ LINHA MÉDIA
4 2
LINHA LONGA 1 𝐷 = cosh 𝛾𝑙 LINHA LONGA
𝐵 = senh 𝛾𝑙
𝑍𝑐

QUADRIPOLOS
Dessa forma, podemos escrever uma única equação de tensão e corrente para linhas
curtas, médias e longas, variando assim, os parâmetros da linha.

𝑉𝑆 𝐴 𝐶 𝑉𝑅
= . 𝑍𝑌
𝐼𝑆 𝐵 𝐷 𝐼𝑅 𝐴=1 𝐴=1+ 𝐴 = cosh 𝛾𝑙
2
𝐵=0 𝑍𝑌 1
𝑉𝑆 = 𝐴𝑉𝑅 + 𝐶𝐼𝑅 (𝑉) 𝐵 =𝑌 1+ 𝐵 = senh 𝛾𝑙
4 𝑍𝑐
𝐶=𝑍 𝐶=𝑍 𝐶 = 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙
𝐼𝑆 = 𝐵𝑉𝑅 + 𝐷𝐼𝑅 (𝐴) 𝑍𝑌
𝐷=1 𝐷 =1+ 𝐷 = cosh 𝛾𝑙
2

EXERCÍCIO 2
Uma LT apresenta os seguintes parâmetros:
𝑟 = 0,107 𝑜ℎ𝑚/𝑘𝑚, L = 1,3555 𝑚𝐻/𝑘𝑚, C = 0,008 𝑚𝑖𝑐𝑟𝑜𝐹/𝑘𝑚, f = 60𝐻𝑧, l =
100𝑘𝑚
Determine:
a) Circuito π nominal
b) Constantes generalizadas
c) Tensão no barramento transmissor e ângulo de potência, quando a LT alimenta
uma carga de 50 MW com fator de potência 0,95 atrasado a uma tensão de 135
kV

BIBLIOGRAFIAS
BIBLIOGRAFIAS
[1] MONTICELLI, A. J.; GARCIA, A. Introdução a Sistemas de Energia Elétrica. Editora
UNICAMP, 1ª. Edição, Campinas, 2003.
[2] STEVENSON, W. D. Elementos de Análise de Sistemas de Potência. 2ª ed. Editora
MacGraw-Hill do Brasil. São Paulo.1986.
[3] FUCHS, RUBENS DARIO. Transmissão de Energia Elétrica: linhas aéreas; teoria das
linhas em regime permanente. 2ª. Edição; Editora Livros Técnicos e Científicos, Rio de
janeiro, 1979.
[4] ZANETTA Jr., LUIZ CERA. Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência. 1ª.
Edição; Editora Livraria da Física, São Paulo, 2005.

NA PRÓXIMA AULA…
MODELAGEM DE LINHAS DE TRANSMISSÃO II

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TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

Modelagem de Linhas de Transmissão

Profª Ana Caroline Torres de Carvalho

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RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

Profª Ana Caroline Torres de Carvalho Fonte: [1]

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

Figura 2: Modelo Elementar Distribuído de uma Linha de Transmissão

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E

Profª Ana Caroline Torres de Carvalho Fonte: [2]

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

Substituindo na equação (1) o valor de V dado pela equação (7), temos:

As constantes 𝐴1 e 𝐴2 podem ser calculadas usando as condições de contorno na

Lembrando que: 𝑉𝑅 (15)

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E CORRENTES

𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (16) 𝑉𝑅 = 𝑉𝑆 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑆 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (18)

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (16)

Portanto: Depende principalmente do

Pela expansão em série de Maclaurin, temos:

RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E

A observação da Tabela 1 nos permite, em função do comprimento das linhas, procurar

MODELOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

LINHAS CURTAS cosh 𝑍𝑌 = 1 +

▪ Linhas curtas (l< 80 km): cujo comprimento e

Onde: 𝑉𝑆 : Tensão de transmissão; 𝑉𝑅 : Tensão de recepção; 𝐼𝑆 : Corrente de

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LINHAS MÉDIAS senh 𝑍𝑌 = 𝑍𝑌 +

▪Neste caso considera-se o efeito capacitivo das linhas,

Pela lei de Kirchhoff de tensão, temos:

Lembrando que pela equação geral de uma LT média obtivemos as equações:

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Profª Ana Caroline Torres de Carvalho

▪ Linhas longas (l > 240 km): São aquelas em cujo cálculo

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𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

Substituindo Z e Y/2 por Z’ e Y’/2, na equação, temos: 𝑍′𝑌′

Igualando a equação (1), temos: 𝑌′ 1 𝛾𝑙 𝑌′ 1 𝛾𝑙

A equação de Y’/2 mostra o fator de conversão usado para converter ∴

𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

Comparando as equações, temos: 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 = 𝑍 ′ ∴

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Logo, para o modelo pi equivalente, temos:

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cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 (1)

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𝒍 (km) Parâmetros Concentrados Parâmetros Distribuídos

Portanto, quanto maior o comprimento da linha de transmissão, maior a diferença de

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REGULAÇÃO DE TENSÃO E RENDIMENTO

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𝛾𝑙 TEMOS QUE: 𝑉𝑆 = 𝑉𝑅 cosh 𝛾𝑙 + 𝐼𝑅 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙

cosh 𝛾𝑙 𝑍𝑐 senh 𝛾𝑙 𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 = 129309,1244 + j14745,1549

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𝑍𝑌 Com a linha a vazio, temos: I=0. Logo, 𝑍𝑌

𝑉𝑆 𝑀é𝑑𝑖𝑎 = 130399,3523∟6,6° 𝑉 |𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 | |𝑉𝑆 𝑙𝑜𝑛𝑔𝑎 | 130147,1062

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