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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO

CAMPUS ITAQUAQUECETUBA

BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

RELATÓRIO DE FÍSICA EXPERIMENTAL: PÊNDULO SIMPLES

Camila Beatriz de Oliveira Cechini


Beatriz Toso Rodrigues
Victor Bonomo Monteiro

ITAQUAQUECETUBA
2024
Resumo

O pêndulo simples é um sistema mecânico clássico, que desempenha um papel essencial


no estudo da dinâmica e da oscilação.Desde a antiguidade,tem sido um dos instrumentos
fundamentais para medir a passagem do tempo.As propriedades de um pêndulo simples,
como período e frequência natural, são influenciadas pelo comprimento da corda, pela
aceleração da gravidade e pela amplitude inicial do movimento.Neste trabalho, foi
realizada a medição do período de um pêndulo simples, visando determinar a aceleração
gravitacional local e estudar as dependências do período.

1. Introdução

O pêndulo simples é um sistema mecânico, que consiste em uma massa 𝑚 suspensa por
um fio ou haste de comprimento 𝑙 e massa desprezível que oscila em torno de um ponto
de equilíbrio estável (Figura 1).O pêndulo simples é um oscilador harmônico, sua
equação pode ser deduzida a partir do Movimento Harmônico Simples (MHS).

Figura 1. Pêndulo simples

A massa 𝑚 se move sobre um círculo de raio 𝑠 ,sob a ação do Peso (𝑚𝑔) e da Tensão(𝐹 𝑡
) , decompondo a aceleração em componentes tangencial e radial, as equações do
movimento para um ângulo de desvio θ em relação à posição vertical de equilíbrio:
𝑚𝑎 𝑟
= 𝑚𝑔 𝑐𝑜𝑠θ − 𝐹 𝑡

𝑚𝑎 θ
=− 𝑚𝑔 𝑠𝑒𝑛θ
Onde o comprimento do arco de raio 𝑠 se relaciona com o ângulo θ através de 𝑠 = 𝑙θ.
Derivando duas vezes ambos os lados,temos:

𝑑²𝑠 𝑑²θ
𝑑𝑡²
=𝑙 𝑑𝑡²
Substituindo e rearranjando a equação acima na equação da componente
tangencial,pode-se obter a equação de movimento do pêndulo simples:
𝑑²θ 𝑔
𝑑𝑡²
=− 𝑙
𝑠𝑒𝑛θ

Pode-se notar que a massa 𝑚 não aparece na equação acima,isso mostra que o
movimento do pêndulo não depende de sua massa.
Medindo para ângulos θ pequenos:

θ ≪ 1 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 θ ≈ θ

Logo, para pequenos desvios da posição de equilíbrio, a equação de movimento do


pêndulo simples se reduz, à equação de oscilação harmônica:

𝑑²θ 𝑔
𝑑𝑡²
+ 𝑙
θ=0
A solução da equação acima.
θ = θ 0𝑐𝑜𝑠(ω𝑡 + φ)

A equação de oscilação harmônica resulta em:

𝑔
ω² = 𝑙

O período 𝑇 das pequenas oscilações do pêndulo é:

𝑙
𝑇 = 2π 𝑔

O fato é que 𝑇 é independente da amplitude de oscilações ( ângulo),desde que seja


pequena. As únicas dependências de T são o comprimento do fio e a aceleração da
gravidade.
Para determinar o período e suas incertezas de forma eficaz, necessitamos de
ferramentas estatísticas como a média aritmética,o desvio padrão ,o desvio padrão da
média e o desvio total.
A média aritmética é a somatória de todos os valores considerados de uma variável
dividida pelo número total de variáveis.Podendo ser estimada por meio da expressão:

𝑁
∑ (𝑇 1
+𝑇 2
+...+ 𝑇 𝑛
)
𝑖=1
𝑇= 𝑁
Fórmula 1

O desvio padrão de uma variável, é a dispersão em relação ao seu valor médio, que se
obtém a partir da expressão:
𝑁
∑ (𝑥 𝑖−𝑥)²
𝑖=1
σ = 𝑁−1
Fórmula 2

O desvio padrão mede as dispersões de dados em relação a média, para analisar se está
dispersão está dentro do modelo normal pode-se usar a seguinte operações:

𝑃(𝑥 + σ < 𝑥 𝑖
< 𝑥 − σ) Fórmula 3

Para determinar o período deve dividir o tempo que leva para fazer N oscilações por N.

𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑠𝑐𝑖𝑙𝑎çã𝑜
𝑇= 𝑁
Fórmula 4

A forma relativa da incerteza é de grande importância, para compreender melhor a


incerteza absoluta.

𝐼𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑒𝑧𝑎 𝐼𝑛𝑠𝑡.
𝐹 𝑟
= 𝑇
× 100 Fórmula 5

O desvio padrão da média está relacionado a dispersão da variável em relação ao valor


verdadeiro.Sendo estimada pela expressão:

σ
σ 𝑚
= Fórmula 6
𝑁

O desvio total está relacionado à somatória das incertezas do instrumento e estatística.

σ 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
= σ²𝑖𝑛𝑠. + σ²𝑒𝑠𝑡. Fórmula 7

Para determinar a aceleração da gravidade através do período deve-se utilizar a equação


do período 𝑇 para pequenas oscilações do pêndulo.
𝐿
𝑇 = 2π 𝑔

𝑇² 𝑙
(2π)²
= 𝑔

4π²×𝑙
𝑔= 𝑇²
Fórmula 8

1.1 Objetivo
Este trabalho tem como objetivo demonstrar as características físicas e matemáticas de
um pêndulo simples

2. Materiais e métodos

Para a elaboração deste trabalho, as medições foram realizadas no laboratório de física


experimental.Os instrumentos utilizados para fazer as medidas do período foram um
cronômetro digital,uma balança,uma trena de 3,0 m ,três pesos de 50g cada,um tripé de
aço com sapatas,um fio de prumo, um prumo,um transferidor, dois manípulos de cabeça
plástica,um fixador metálico para a fixação de hastes com dois manípulos e três hastes:
uma medindo 12,7 mm de diâmetro e 250 mm de comprimento, outra de 12,7 mm de
diâmetro e 405 mm de comprimento com rosca interna e a terceira medindo 12,7 mm de
diâmetro e 405 mm de comprimento com rosca externa.

Deve-se primeiro garantir que o seu sistema está em paralelo com uma mesa nivelada,
por isso é preciso ajustar os niveladores no tripé. É necessário usar dois fixadores na
haste, um seria o ponto de fixação do fio de prumo e o outro fixador será usado para
fixação de um haste perpendicular a haste fixada no tripé, três hastes foram utilizadas.

Figura 2.Tripé de aço com sapatas.

Figura 3.Três hastes.


Figura 4.Dois manípulos de cabeça plástica.

Figura 5. Fixador metálico para a fixação de hastes com dois manípulos.

Para montar o pêndulo, deve-se primeiro rosquear as duas haste com rosca e prendê-las
no tripé com um manípulo de cabeças plásticas,depois é necessário prender a terceira
haste usando um fixador metálico no topo das duas hastes e por último pode-se prender
o fixador no meio das duas hastes rosqueadas.

Figura 6.Pêndulo parcialmente montado.

Após montar a base, o fio de prumo foi preso na mesma e foi realizada a medição do fio
utilizando a trena para que seu comprimento fosse de 50 cm a princípio.
Figura 7. Fio de prumo.

Figura 8.Trena.

Ao realizar a medição e colocar o fio de prumo no lugar, foi necessário usar o prumo para
determinar se a base estava nivelada corretamente,como não estava foi preciso ajustar
os niveladores do tripé.

Figura 9.Prumo.

Depois de nivelar, foi colocado um transferidor para auxiliar na hora de colocar os


ângulos.
Figura 10.Transferidor.

Finalizando, foi pesada os pesos utilizando a balança, e montado tudo.

Figura 11.Balança utilizados no experimento.

Figura 12.Pesos usados no experimento.

Portanto, para o desenvolvimento do experimento do pêndulo simples, deve-se ajustar o


comprimento do pêndulo com o auxílio da trena e aferir a massa que será utilizada, em
seguida posicionar o pêndulo na amplitude solicitada e medir o tempo necessário para
10 oscilações, após a medição retire a massa do pêndulo para que o fio desembarace, foi
realizados 5 aferições para cada amplitude e massa proposto.
3. Análise de dados

Um movimento é considerado periódico quando a posição,velocidade e aceleração de um


objeto em movimento se repetem em intervalos de tempo iguais.Para determinar se as
medidas da Tabela 1 se movimentam de forma periódica,a média aritmética (Fórmula 1)
e o desvio padrão (Fórmula 2) podem ser utilizados para analisar a dispersão dos
dados.Esse método foi utilizado porque a média dos valores proporciona o valor que
melhor representa o resultado das diversas medidas feitas.

𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 10°:

14,18+14,23+14,25+14,30+14,41
𝑃= 5
= 14, 274 𝑠 Equação 1.1

Foi utilizado o desvio padrão da média, pois ao fazer isso avaliamos a dispersão em
relação ao valor verdadeiro.

(14,18−14,274)²+(14,23−14,274)²+(14,25−14,274)²+(14,30−14,274)²+(14,41−14,274)²
σ= 5−1
= 0, 087 𝑠 Equação 1.2

𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 30°:

14,23+14,19+14,28+14,22+14,29
𝑃= 5
= 14, 242 𝑠 Equação 2.1

(14,23−14,242)²+(14,19−14,242)²+(14,28−14,242)²+(14,22−14,242)²+(14,29−14,242)²
σ= 5−1
= 0, 042 𝑠 Equação 2.2

𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 60°:

14,31+14,40+14,24+14,17+14,20
𝑃= 5
= 14, 264 𝑠 Equação 3.1

(14,31−14,264)²+(14,40−14,264)²+(14,24−14,264)²+(14,17−14,264)²+(14,20−14,264)²
σ= 5−1
= 0, 092 𝑠 Equação 3.2

Para calcular a dispersão dos dados pode-se utilizar a Fórmula 3.


𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 10°:

𝑃(14, 274 − 0, 087 < 𝑥 𝑖


< 14, 274 + 0, 087) Equação 4.1
𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 30°:

𝑃(14, 242 − 0, 042 < 𝑥 𝑖


< 14, 242 + 0, 042) Equação 4.2
𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎 1 − 60°:
𝑃(14, 264 − 0, 092 < 𝑥 𝑖
< 14, 264 + 0, 092) Equação 4.3

Estimar o valor do período(Fórmula 4) da Tabela 2 é simples.O período pode ser


calculado dividindo o tempo necessário para completar N oscilações por N.

14,19
𝑇 1
= 10
= 1, 419 𝑠 Equação 5
14,26
𝑇 2
= 10
= 1, 426 𝑠 Equação 6
14,29
𝑇 3
= 10
= 1, 429 𝑠 Equação 7
14,20
𝑇 4
= 10
= 1, 420 𝑠 Equação 8
14,18
𝑇 5
= 10
= 1, 418 𝑠 Equação 9

Para determinar o período final da Tabela 2, deve-se encontrar a média aritmética


(Fórmula 1) dos períodos calculados anteriormente.

1,419+1,426+1,429+1,420+1,418
𝑇 𝑐
= 5
= 1, 4224 𝑠 Equação 10

O mesmo método será usado para determinar o período da Tabela 3 e da Tabela 4.


Tabela 3:
14,21
𝑇 1
= 10
= 1, 421 𝑠 Equação 11
14,24
𝑇 2
= 10
= 1, 424 𝑠 Equação 12
14,31
𝑇 3
= 10
= 1, 431 𝑠 Equação 13
14,15
𝑇 4
= 10
= 1, 415 𝑠 Equação 14
14,18
𝑇 5
= 10
= 1, 418 𝑠 Equação 15

1,421+1,424+1,431+1,415+1,418
𝑇 𝑎
= 5
= 1, 4218 𝑠 Equação 16

Tabela 4:
13,92
𝑇 1
= 10
= 1, 392 𝑠 Equação 17
14,10
𝑇 2
= 10
= 1, 410 𝑠 Equação 18
14,12
𝑇 3
= 10
= 1, 412 𝑠 Equação 19
14,08
𝑇 4
= 10
= 1, 408 𝑠 Equação 20
13,98
𝑇 5
= 10
= 1, 398 𝑠 Equação 21
1,392+1,410+1,412+1,408+1,398
𝑇 𝑚
= 5
= 1, 404 𝑠 Equação 22

A forma relativa da incerteza(Fórmula 5) demonstra como é grande a incerteza absoluta


em relação ao que foi medido.O valor do período foi determinado pela média aritmética
dos resultados da Equação 6, da Equação 12 e da Equação 18.

1,4224+1,4218+1,404
𝑇 𝑡
= 3
= 1, 416 𝑠 Equação 23

0,01
𝐹 𝑟
= 1,416
× 100 = 0, 706 % Equação 24

Para determinar a incerteza do período do pêndulo da Tabela 2, pode-se usar o desvio


padrão (Fórmula 2 ) e o desvio padrão da média ( Fórmula 6) e o desvio total (Fómula
7).

(1,419− 1,4224)²+(1,426−1,4224)²+(1,429−1,4224)²+(1,420−1,4224)²+(1,418−1,4224)²
σ 𝑐
= 5−1
= 0, 00482 𝑠
Equação 25

0,00482
σ 𝑐𝑚
= = 0, 00215 𝑠 Equação 26
5

σ 𝑐𝑡
= (0, 01)² + (0, 00215)² = 0, 0102 𝑠 Equação 27

A abordagem utilizada para estabelecer a incerteza da Tabela 3 e da Tabela 4 será a


mesma usada na Tabela 2.
Tabela 3:

(1,421− 1,4218)²+(1,424−1,4218)²+(1,431−1,4218)²+(1,415−1,4218)²+(1,418−1,4218)²
σ 𝑎
= 5−1
= 0, 00614 𝑠
Equação 28

0,00614
σ 𝑎𝑚
= = 0, 00274 𝑠 Equação 29
5

σ 𝑎𝑡
= (0, 01)² + (0, 00274)² = 0, 0103 𝑠 Equação 30

Tabela 4:

(1,392−1,404)²+(1,410−1,404)²+(1,412−1,404)²+(1,408−1,404)²+(1,398−1,404)²
σ 𝑚
= 5−1
= 0, 0086 𝑠
Equação 31

0,0086
σ 𝑚𝑚
= = 0, 0038 𝑠 Equação 32
5
σ 𝑚𝑡
= (0, 01)² + (0, 0038)² = 0, 0107 𝑠 Equação 33

Para calcular o período e a incerteza da Tabela 5 e da Tabela 6, pode-se aplicar o mesmo


método usado na Tabela 2.
Tabela 5:
10,98
𝑇 1
= 10
= 1, 098 𝑠 Equação 34
11,09
𝑇 2
= 10
= 1, 109 𝑠 Equação 35
11,01
𝑇 3
= 10
= 1, 101 𝑠 Equação 36
10,92
𝑇 4
= 10
= 1, 092 𝑠 Equação 37
11,05
𝑇 5
= 10
= 1, 105 𝑠 Equação 38

1,098+1,109+1,101+1,092+1,105
𝑇 𝑖
= 5
= 1, 101 𝑠 Equação 39

(1,098−1,101)²+(1,109−1,101)²+(1,101−1,101)²+(1,092−1,101)²+(1,105−1,101)²
σ 𝑖
= 5−1
= 0, 00651 𝑠
Equação 40

0,00651
σ 𝑖𝑚
= = 0, 00291 𝑠 Equação 41
5

σ 𝑖𝑡
= (0, 01)² + (0, 00291)² = 0, 0104 𝑠 Equação 42

Tabela 6:
8,97
𝑇 1
= 10
= 0, 897 𝑠 Equação 43
8,86
𝑇 2
= 10
= 0, 886 𝑠 Equação 44
8,99
𝑇 3
= 10
= 0, 899 𝑠 Equação 45
9,03
𝑇 4
= 10
= 0, 903 𝑠 Equação 46
9,01
𝑇 5
= 10
= 0, 901 𝑠 Equação 47

0,897+0,886+0,899+0,903+0,901
𝑇 𝑙
= 5
= 0, 8972 𝑠 Equação 48

(0,897−0,8972)²+(0,886−0,8972)²+(0,899−0,8972)²+(0,910−0,8972)²+(0,912−0,8972)²
σ 𝑙
= 5−1
= 0, 00664 𝑠
Equação 49

0,00664
σ 𝑙𝑚
= = 0, 00296 𝑠 Equação 50
5
σ 𝑙𝑡
= (0, 01)² + (0, 00296)² = 0, 0104 𝑠 Equação 51

Para calcular a aceleração da gravidade (Fórmula 8) e sua incerteza final ,foi realizada a
média aritmética(Fórmula 1) de todas as acelerações da gravidade calculadas da Tabela
7 e o desvio padrão da média (Fórmula 6) do mesmo para determinar a incerteza.

25
∑ (𝑔 1+𝑔 2+ ... +𝑔 25
)
𝑖=1
𝑔= 25
= 9, 817 𝑚/𝑠² Equação 52

25
∑ (𝑔 1− 𝑔)²
𝑖=1
σ 𝐴
= 25−1
= 0, 129 𝑚/𝑠² Equação 53

0,129
σ 𝐴𝑚
= = 0, 0258 𝑚/𝑠² Equação 54
25

4. Resultados e discussão

Na análise de dados, foi calculado se as medidas da Tabela 1 se movimentam de forma


periódica. A fim de determinar isso, foi necessário calcular a média aritmética
(Fórmula 1), o desvio padrão(Fórmula 2)e a dispersão de dados(Fórmula 3).

Tabela 1. Tempo de 10 oscilações com diferentes ângulos


.
Ao analisar as medidas da Tabela 1, pode-se concluir que o movimento do pêndulo é
periódico. Porém, para confirmar esta declaração, a Equação 4 foi utilizada para
verificar se o movimento é realmente periódico.
O resultado final da Equação 1:
𝑃 = 14, 27 𝑠 σ = 0, 09 𝑠

Através do resultado da Equação 4.1 podemos dizer se o movimento com 10° é periódico
ou não.
𝑃(14, 187 < 𝑥 𝑖 < 14, 361)
Apenas 60% dos valores estão dentro da distribuição normal, indicando que o
movimento não é periódico.

O resultado final da Equação 2:


𝑃 = 14, 24 𝑠 σ = 0, 04 𝑠

Através do resultado da Equação 4.2 podemos dizer se o movimento com 30° é periódico
ou não.
𝑃(14, 2 < 𝑥 𝑖 < 14, 284)
Apenas 60% dos valores estão dentro da distribuição normal,indicando que o
movimento não é periódico.

O resultado final da Equação 3:


𝑃 = 14, 26 𝑠 σ = 0, 09 𝑠
Através do resultado da Equação 4.3 podemos dizer se o movimento com 60° é periódico
ou não.
𝑃(14, 172 < 𝑥 𝑖 < 14, 356)

Apenas 60% dos valores estão dentro da distribuição normal,indicando que o


movimento não é periódico.
Com base nos resultados acima,podemos concluir que as medidas da Tabela 1 não se
movimentam de forma periódica, pois não seguem uma distribuição normal.No entanto,
em teoria, o pêndulo simples se movimenta de forma periódica.Este resultado pode ter
ocorrido provavelmente por causa de um erro de medição, como o tempo de reação do
operador do cronômetro.
Pode-se concluir também através da Tabela 1 que não existe dependência do movimento
do pêndulo com o ângulo.
Na análise de dados foi calculado o valor do período e sua incerteza a partir da Tabela 2.
A fim de determinar o valor do período, foi necessário calcular a média
aritmética(Fórmula 1),e para a incerteza o desvio padrão (fórmula 2 ) , o desvio padrão
médio (fórmula 6) e o desvio total (fórmula 7 ).

Tabela 2. Tempo de 10 oscilações com 50,59 g e largura de 50 cm e seu período.


O resultado final da Equação 10 e da Equação 27 pode ser expressado da seguinte
forma:
1, 42 𝑠 ± 0, 01 𝑠
Para calcular o valor do período e sua incerteza a partir da Tabela 3,foi usado o mesmo
método utilizado para a Tabela 2.

Tabela 3. Tempo de 10 oscilações com 101,01 g e largura de 50 cm e seu período.

O resultado final da Equação 16 e da Equação 30 pode ser expressado da seguinte


forma:
1, 42 𝑠 ± 0, 01 𝑠

Para calcular o valor do período e sua incerteza a partir da Tabela 4,foi usado o mesmo
método utilizado para a Tabela 2 e para a Tabela 3.

Tabela 4. Tempo de 10 oscilações com 151,79 g e largura de 50 cm e seu período.

O resultado final da Equação 22 e da Equação 33 pode ser expressado da seguinte forma:


1, 404 𝑠 ± 0, 011 𝑠

Avaliando os resultados do período do pêndulo e sua incerteza através da Tabela 2, da


Tabela 3 e da Tabela 4,pode-se concluir que o peso exerceu uma dependência no período
da Tabela 4.No entanto, do ponto de vista teórico, isso não deveria ocorrer. Conforme
explicado anteriormente, as únicas dependências do período são o comprimento do fio e
a aceleração da gravidade.Essa divergência pode ter ocorrido devido a um erro de
medição.
As principais fontes de erro para as medidas do período do pêndulo derivam dos erros
de medição, um exemplo disso é o tempo de resposta que o operador do cronômetro tem
para iniciar e terminar a contagem.Os erros dominantes nas estimativas do período do
pêndulo são de natureza aleatória, como evidenciado pela variação das medidas das
tabelas, onde a repetição produzem resultados diferentes.
Para obter a forma relativa da incerteza, deve-se dividir a incerteza final pelo valor
estabelecido e multiplicá-lo por 100(Fórmula 5).
O resultado final da Equação 23 e da Equação 34 pode ser expressado da seguinte forma:
𝑇 𝑡
= 1, 416 𝑠 𝐹 𝑟
= 0, 71 %

Para calcular o valor do período e sua incerteza a partir da Tabela 5,foi usado o mesmo
método utilizado para a Tabela 2 , a Tabela 3 e a Tabela 4.

Tabela 5. Tempo de 10 oscilações com 30 cm de largura e seu período.

O resultado final da Equação 39 e da Equação 42 pode ser expressado da seguinte forma:


1, 10 𝑠 ± 0, 01 𝑠
Para calcular o valor do período e sua incerteza a partir da Tabela 6,foi usado o mesmo
método utilizado para a Tabela 2 , a Tabela 3 , a Tabela 4 e a Tabela 5.

Tabela 6. Tempo de 10 oscilações com 20 cm de largura e seu período.

O resultado final da Equação 39 e da Equação 42 pode ser expressado da seguinte forma:


0, 90 𝑠 ± 0, 01 𝑠
Avaliando os resultados do período do pêndulo e sua incerteza na Tabela 2, na Tabela 5 e
na Tabela 6, pode-se concluir que o comprimento do fio exerceu influência direta no
período em todas as tabelas.Este resultado está de acordo com o esperado do ponto de
vista teórico,uma vez que o período do pêndulo tem dependência direta do comprimento
do fio.
Para calcular a aceleração da gravidade e sua incerteza, pode-se utilizar a Tabela 7,que
contém o período da Tabela 2 a Tabela 6.Empregando a média aritmética(Fórmula 1) e o
desvio padrão da média(Fórmula 6).

Tabela 7. Aceleração da gravidade dos períodos da Tabela 2 a Tabela 6.

O resultado final da Equação 52 e da Equação 54 pode ser expressado da seguinte forma:


9, 82 𝑚/𝑠² ± 0, 03 𝑚/𝑠²
O valor verdadeiro da aceleração da gravidade no município de Itaquaquecetuba, de
acordo com o site sensorsONE, é 9,78623 m/s².
Ao comparar o resultado obtido com o valor verdadeiro da aceleração da gravidade no
campus, pode-se concluir que o resultado está próximo do esperado.

5. Conclusão

Conclui-se que o pêndulo simples é um estudo que orbita em torno de variáveis como o
comprimento do pêndulo, a amplitude inicial que por sua vez deve ser pequena e a
aceleração da gravidade, e por mais que se altere massa os resultados obtidos (período,
frequência, frequência angular, etc.), permanecerão. Com o desenvolvimento do
experimento utilizando-se distintos comprimentos e amplitudes iniciais, tornou-se
possível encontrar a aceleração da gravidade local junto da sua incerteza. Portanto, foi
atingido o objetivo inicial do relatório de compreender e demonstrar as características
físicas e matemáticas de um pêndulo simples.

Referências

Vieira S.Incerteza absoluta e incerteza relativa.Sonia Vieira,(16/05/2016) Disponível


em:soniavieira.blogspot.com.br.acessado:11/01/24

Lage, E., (2018) Pêndulo simples, Rev. Ciência Elem., V6(3):054 acessado:12/01/24

Tipler.P.A(Vol.1 sexta edição)Física para cientistas e engenheiros.acessado:12/01/24

Nussenzveig.M.H(Vol.2 quinta edição)Fluidos oscilações e ondas calor.acessado:12/01/24

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