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Eng. Luiz Henrique Bellucci Peterlini – Perito Judicial
CREA 0681919659

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 2ª VARA CÍVEL DE ITAPIRA – SP

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ HENRIQUE BELLUCCI PETERLINI, protocolado em 08/04/2022 às 12:49 , sob o número WIIA22700133919
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1003793-26.2019.8.26.0272 e código 96C813C.
Ref: Processo Nº 1003793.26.2019.8.26.0272
Reqte: Rogerio Justino de Oliveira
Reqdo: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS

Luiz Henrique Bellucci Peterlini, nomeado Perito por V. Exa, e compromissado nos
autos da ação previdenciária em que são litigantes os acima especificados, tendo – se
executada a tarefa que lhe foi conferida, vem respeitosamente apresentar seu Laudo Pericial,
que se desenvolveu conforme especificado nos anexos.

E, por oportuno, solicitar a liberação dos honorários periciais.

Para a apreciação de V. Exa

Itapira – 26 de março de 2022

Eng º Luiz Henrique Bellucci Peterlini


CREA – O681919659

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SUMÁRIO

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1.Intróito......................................................................................................................................03

2.Vistoria..................................................................................................................................... 03

3. Descrição das atividades do reqte.......................................................................................... 03

4. Locais de Trabalho.................................................................................................................. 06

5. Avaliações............................................................................................................................... 18

6. Considerações finais............................................................................................................... 26

7. Conclusão................................................................................................................................ 28

8. Anexos..................................................................................................................................... 30

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I – INTRÓITO

O reqte Rogerio Justino de Oliveira (mecânico) move a presente ação contra o

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Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com o objetivo de obter êxito em ação

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previdenciária para concessão de aposentadoria especial; no período em que trabalhou na
empresa DBW do Brasil (adquirida pela empresa Rock Fibras Isolantes), alegando existir no
desempenho de suas funções, condições de insalubridade, conforme estabelecido na
Legislação Nacional.

Para construção de nosso embasamento técnico, em consulta aos dados


informativos da empresa Rock Fibras, encontramos que a fábrica de Boituva – SP foi adquirida
em 1995 e reconstruída no ano seguinte. Dedica-se à produção de lã de rocha em
feltros/rolos e peças moldadas para silenciosos automotivos.

A aquisição da DBW do Brasil Ltda., em 2003, e sua transferência de Itapira-SP


para Boituva, elevou a capacidade produtiva da unidade e proporcionou aumento nas
exportações.

II – VISTORIA

No dia 07 de março de 2022 às 09:00h, conforme pré agendado, comparecemos


na Empresa Rock Fibras Isolantes, na cidade de Boituva - SP, aguardamos 15 min para
chegada das partes, na presença do Sr. Rogerio Justino de Oliveira (reqte), Sr Alex Tony da
Costa (assistente técnico do reqte – Engº de segurança do trabalho) fomos à recepção da
empresa, sendo recebidos pelo Sr Julio Cesar Pires (coordenador administrativo da Rock
Fibras), em seguida nos deslocamos a sala de reunião da empresa onde realizamos a
quesitação inicial deste Perito do Juízo e ouvimos o detalhamento do reqte sobre suas
atividades.

Baseado no detalhamento do reqte sobre suas atividades, nos dirigimos ao setor


produtivo da empresa Rock Fibras Isolantes, para analisarmos os locais de trabalho e as
atividades de paradigmas e concomitantemente realizando as análises qualitativas e
quantitativas, necessárias a resolução do impasse ora estudado.

III – DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Para melhor entendimento das atividades, ouvimos o detalhamento do reqte


sobre suas atividades na empresa DBW do Brasil (adquirida pela atual Rock Fibras Isolantes),
sendo assim explicado:

“Na DBW eu fazia manutenção geral dos equipamentos e máquinas que quebravam, fazia
manutenção da esteira, da bomba de óleo BPF; no forno, era difícil a manutenção porque ele
trabalhava aquecido com o oxigênio; fazia manutenção da máquina Toplan, esta é a máquina
que molda o escapamento do carro, fazia também manutenção da serra de fita usada para
serrar os moldes, fazia manutenção da bomba de resina fenólica (esta resina vai em cima da
lã (ela é aglomeradora da lã)), fazia manutenção da serra circular, fazia manutenção na linha
de prensas;

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Na manutenção era eu e o Ederson, ele era gerente de manutenção, ele foi dispensado, fiquei
só eu;
Eu fazia também reparos de solda, arrancava chapas do forno, arrumava a calandra da

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máquina que desfibra a rocha;

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Para fazer os serviços usava chave de boca, chave Allen, broca, macho de fazer rosca, solda,
maçarico, lixadeira, furadeira de bancada;
Os serviços de torno, fresa, plaina, era tudo terceirizado;
O horário que eu trabalhava era das 7:00 h às 11:00 h e das 12:00 h às 17:00 h;
A fábrica funcionava 24 horas por dia, como era só eu que fazia a manutenção, fazia bastante
hora extra, fazia direto; tinha um Húngaro que vinha dar assistência técnica na fábrica,
porque ele entendia muito de lã e na fábrica ninguém sabia, então era eu que acompanhava
ele;
O barulho que tinha no meu serviço, era mais porque a manutenção era do lado do forno;
No serviço de mecânico todo dia usa óleo e graxa, o óleo ficava num galão e a graxa ficava
num balde, usava o óleo diesel também, ele ficava num galão, o óleo diesel usava para lavar
as peças que tinham óleo e graxa; também usava soda cáustica, usava para lavar os biquinhos
que entupiam com resina, porque a resina impregna os biquinhos, esta resina vai encima da
lã;
Lá tinha uma câmara fria que servia pra estocar a resina fenólica, porque tinha que manter a
temperatura, ela (resina) ficava num container;
A bomba puxava a resina fenólica do container e ela ia para o forno para aglomerar a lã,
senão a lã fica seca;
O container de resina fenólica que ficava na câmara fria tem 1000 I, às vezes era em tambor
de 200 l;
Eu na manutenção, todo dia mexia também com rolamentos, redutor, esteiras, engrenagens,
mancal, todo dia por que a fábrica virava 24 h direto, então estava sempre fazendo serviço de
manutenção pra não parar a fábrica;
Então tanto na fábrica como na oficina é todo dia o contato com óleo e graxa, que tem na
peça, que tem na máquina, escorre das peças, da máquina;
Nos serviços que eu fazia eu tinha também contato com pó de lã de rocha, na hora de fazer a
manutenção na máquina que quebrava e nas outras que estavam trabalhando;
Na câmara fria dava problema na bomba, era uma vez por mês mais ou menos ou quando
dava muito problema era uma vez por semana;
Tinha bastante entupimento no bico aspersor, eles formam dois discos na calandra, a calandra
que vai desfazendo a lã, os bicos vão aspersando a resina para grudar e como ela gruda,
então entope o bico; eu desmontava, abria e limpava com soda e agulha, quando era pouco
demorava uma hora, uma hora e pouco;
Para fazer os serviços usava, luva pra onde tinha perigo de machucar a mão, óculos e fone de
ouvido;
Só que o mecânico não consegue trabalhar de luva na mão, porque como que vai limpar um
biquinho? ele é pequenininho, tinha de 8 a 10 bicos, a luva era de raspa, era mais para
maçarico e solda;
Lá não tinha treinamento, as proteções que a gente usava ficavam tudo no armário, a luva
trocava quando rasgava, o plug trocava quando começava a ficar sujo;
Tinha uma sala do lado da mecânica onde que ficavam os Epis;
Esta firma (DBW) que eu trabalhava veio de Amparo para Itapira, vinha bastante gente de
Amparo, lembro que quem veio de lá, que tomava conta em Amparo era a Simone;

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O óleo que eu usava era o 68 Lubrax, a graxa Rocol preta para alta temperatura, a graxa
normalmente era pra rolamento, o óleo diesel era para limpar as peças sujas que tirava da
máquina e a soda era pra tirar a resina impregnada;

.
Tinha um baldinho de 3 L que ficava a soda, neste baldinho colocava os bicos dentro da soda

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para amolecer e limpar;
A mão não tinha jeito, todo dia ia sujar de óleo e graxa, porque todo lugar que mexe tem óleo
e graxa, limpa a mão com estopa ou pano, quando estava muito suja que não saia, lavava
com diesel, não sei se o Sr já sentiu mas no serviço do mecânico o cheiro do óleo também é
forte;
Eu vim com as máquinas de Itapira pra cá em Boituva, vim de manhã, vi como era e fui
embora à tarde, eu estava com a filha pequena, então resolvi não mudar de cidade;
A lã que fabricava lá em Itapira é a mesma que faz aqui, ela vai dentro do escapamento, põe a
resina na lã porque senão não consegue moldar, ela fica seca, moldava de diversos tamanhos;
Entrava no forno uma pedra, passa por dois maçaricos (trabalhavam com óleo BPF), dentro do
forno derrete a pedra e sai o líquido, desce, entra (a lã quando entra na calandra, atrás da
calandra tem os bicos de ar que pulverizam a lã com resina fenólica) na calandra, explode e
sai a lã (fibras), cai na esteira, a câmara quadrada é para manter a lã na esteira (na esteira
tem os roletinhos que dava bastante manutenção e também passava soda pra limpar), corta
no tamanho que quer a manta, enrola e ensaca;
A pedra era número 3 (10 cm), ficava estocada no barracão, o tratorista pegava no barracão
e abastecia o silo com a pedra; do silo ia para o forno pela esteira, no forno tinha um cilindro
pneumático com uma peça na ponta que era refrigerada com água, este cilindro empurra a
pedra pra dentro do forno, antes da calandra tinha uma bica (com dois canos de 3/4 para
refrigerar), onde a pedra sai do forno.”

Como não há documentos técnicos (PPRA – LTCAT – Ficha de EPIs,.........) da


empresa DBW do Brasil, para consubstanciarmos nosso entendimento, ouvimos o Sr Julio
Cesar Pires (coordenador administrativo) e Sr. João Claudio Fernandes de Souza (mecânico de
manutenção industrial - paradigma); que assim contribuíram com suas informações:

Sr Júlio César Pires

“Eu não conheci a DBW, eu entrei aqui na Rockfibras Isolantes, a unidade de Boituva é para
isolamentos térmicos e acústico de lã de rocha;
A Rockfibras do Brasil é proprietária da Rockfibras Isolantes, faz o mesmo produto que aqui;
A Rockfibras Isolantes comprou a DW do Brasil de Itapira, eu desconheço a unidade de Itapira
pelo que me falaram os equipamentos de lá foram todos sucateados, lá pelo que me falaram,
a DBW era segmento termo-acústico também.”

Sr João Cláudio Fernandes de Souza

“Eu sou mecânico de manutenção industrial aqui, mas não sou funcionário da empresa, eu
trabalho na JS Industrial, ela é terceirizada aqui dentro da Rockfibras;
Eu trabalho das 7:12 às 17:00 h e tenho uma hora de almoço;
Nossa função aqui é consertar as máquinas para a produção não parar, faz a preventiva e a
corretiva;

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Na preventiva troca rolamento, faz manutenção das esteiras, no final a corretiva corrige os
defeitos na corrente, no eixo da esteira, no rolamento; na preventiva vê engrenagem, mancal
e conserta tudo que tá ruim;

.
Aqui tem barulho, mas a gente usa esse aparelho aqui, é o plug de inserção;

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Agora mesmo quebrou a máquina, o Jeferson nosso patrão que fala o que é pra gente fazer;
Quando troca as proteção tem uma ficha, toda vez que pega assina;
Prá gente usar tem respirador, máscara, tem óculos de segurança, creme quando usa produto
químico, plug troca uma vez por semana, a máscara varia, quando está muito suja vai lá e
troca com o Jeferson, quando não suja fica uma semana com ela;
Usa máscara por causa da poeira que sai do trabalho com fundição;
A Brita Basalto, ela sobe aqui dentro do silo, do silo cai para o hidráulico, cai dentro do forno
para derreter é uma fundição, lava na centrífuga (calandra) com choque térmico transforma
em lã; pro senhor entender como é, é parecido com algodão doce;
No nosso serviço de mecânico todo dia vai mexer com óleo e graxa, a gente usa luva, mas tem
serviço que não dá pra fazer com luva, uma porquinha pequenininha, tem que tirar a luva
para fazer serviço, tem luva de raspa e borracha;
O óleo que usa é o Tellus 68 hidráulico, para erguer e baixar o sistema, o óleo 150 é para o
redutor, a graxa é a cobreada pra peças que estão na caloria, pra uso no disco da centrífuga, a
graxa azul é pra rolamento,
O óleo diesel a gente usa pra lavar as peças, pra limpar bem e colocar o rolamento novinho;
O que ele (reqte) falou é igual aqui, única coisa que ele falou que usava soda, aqui não usa, o
biquinho quando entope de resina, limpa com escova e agulha.”

IV – LOCAIS DE TRABALHO DO REQTE

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Fotos 1 – 2 – Vista geral do setor produtivo.


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Fotos 3 – 4 – Vista geral dos setores de estoque de produtos acabados.

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e serem transformadas em fibras isolantes.

Foto 9 – Esteiras transportadoras do silo para produção.


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Fotos 7 – 8 - Matéria prima (pedras) a serem colocadas no silo (A), para ir para o processo produtivo

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Fotos 10 – 11 - 12 – Máquinas do setor produtivo, que o reqte realizava manutenção.

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na empresa.
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Fotos 13 –14 – Produtos (mantas e rolos de fibras isolantes de rocha (para escapamento)) produzidos

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o óleo e a graxa.
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Foto 19 – Paradigma com a mão impregnada de óleo e graxa.


Fotos 15 a 18 – Paradigmas em atividades de manutenção, na oficina, sem os EPIs, tem contato com

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Foto 20 – Paradigma, limpando a mão com o pano com óleo, reutilizado várias vezes.

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Fotos 21 – 22 – Paradigma lavando as peças, com óleo diesel (solvente).

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Fotos 23 – 24 – Óleos utilizados nas máquinas.


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V – AVALIAÇÕES QUANTITATIVAS

AGENTE FÍSICO (Ruído)

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Para a avaliação quantitativa do nível de pressão sonora foi utilizado o aparelho

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denominado “Decibelímetro” – Instrutherm Dec – 470 e Dosímetro de ruído Quest Q300,
devidamente calibrados. As medidas foram feitas nos termos do disposto no item 2, do
anexo nº1, da Norma Regulamentadora 15 da Portaria 3.214/78 e NH0 01 da Fundacentro.
As determinações quantitativas foram obtidas com o equipamento, operando no circuito de
compensação “A” e circuito de resposta “slow”. E, os valores obtidos foram comparados com
os limites de tolerância estabelecidos na legislação.

Os níveis de pressão sonora avaliados foram:

Avaliação na Perícia

Avaliação pontual no setor de mecânica – 70,8 dB (A)

A Portaria 3214/78/ - NR15 – traz:

NR-15 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.ºs 1, 2, 3, 5, 11 e 12;

15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do


item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário
mínimo da região, equivalente a:

15.2.1 - 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

15.2.2 - 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

15.2.3 - 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

De acordo com a Portaria 3214/78 – NR 15 – anexo 1, que estabelece como limite


de tolerância para ruído, 85 dB(A); quando esteve trabalhando no setor de mecânica,
considerando as análises de ruído feitas na Perícia, o reqte não esteve em atividade insalubre
por exposição aos efeitos do agente malsão ruído.

VI – AVALIAÇÕES QUALITATIVAS

AGENTE QUÍMICO (Hidrocarbonetos)

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De acordo com o que foi informado pelo reqte, convergente com o que
encontramos no holerite (anexo), o reqte trabalhou como mecânico de manutenção; e,
conforme constatado in loco, vimos que havia e há até hoje, o contato com o óleo mineral

.
/solvente (óleo diesel)/hidrocarbonetos, inerentes a atividade, seja quando pega as peças

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desgastadas (engrenagens, eixos, correntes,....) à manutenção, que tira das máquinas, seja
quando pega nas partes (travessas, mancais, eixos, correntes, correias, engrenagens,
rolamentos) da máquina, seja quando faz as manutenções das peças a serem usinadas,
lixadas, limadas, soldadas, reguladas, que contem óleo mineral e/ou graxa para protege – las
da corrosão, seja quando as manipula para regulagens ou medições, seja quando tira ou
coloca as peças após lubrificadas, na máquina.

Tem ainda contato com o óleo mineral quando lubrifica as partes (engrenagem,
rolamento, eixo, mancais, corrente) da máquina e quando pega as ferramentas,
equipamentos de medição e ainda quando encosta os braços ou o corpo nas partes da
máquina impregnadas de óleo mineral e quando respiras os gases/vapores dos
óleos/solventes.

Constatamos também na Perícia que, mesmo nos dias atuais os paradigmas fazem
a manutenção dos componentes da máquina, sem o uso de EPI (luvas) para proteção do
contato dérmico (fotos 15 a 20) e sem o uso de EPI (máscara respiratória) quando lava as
peças com o solvente (fotos 21 a 22) .

Desta maneira, haverá o contato dermal e respiratória do reqte com o


hidrocarboneto (óleo mineral/graxa/solvente/óleo diesel), caracterizando – se assim a
atividade como insalubre pela exposição aos agentes malsãos (hidrocarboneto/óleo mineral),
sem a proteção pelo uso de EPIs.

VII – AVALIAÇÕES GERAIS

A legislação vigente determina que é de responsabilidade do empregador o


controle sobre o ambiente de trabalho, e por conseguinte é sua a responsabilidade pela
segurança dos funcionários .

As obrigações determinadas pelas várias NRs, as quais são impostas aos


empregadores referem – se aos seguintes tópicos:

A) Processo Produtivo / Procedimento de Trabalho;


B) Máquinas e Equipamentos;
C) Equipamentos de Proteção Individual;
D) Atividades e Operações Insalubres.

A) PROCESSO PRODUTIVO / PROCEDIMENTOS DE TRABALHO

Conforme configurado na Perícia Técnica e pela análise dos procedimentos de


trabalho, características dos postos de trabalho e pelas demais informações
consubstanciadas, a área operacional do requerente caracterizava – se pela exposição
habitual a agentes insalubres, quando no processo de manutenção das máquinas, com o

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Eng. Luiz Henrique Bellucci Peterlini – Perito Judicial
CREA 0681919659

manuseio das peças, quando esta em operações de manutenção o funcionário precisa


providenciar para que as peças sejam apertadas, desapertadas, retiradas, colocadas,
ajustadas, lubrificadas, para que as máquinas tenham maior vida útil e produtiva, mantendo a

.
excelência nos níveis de qualidade.

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ HENRIQUE BELLUCCI PETERLINI, protocolado em 08/04/2022 às 12:49 , sob o número WIIA22700133919
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1003793-26.2019.8.26.0272 e código 96C813C.
Neste processo de manutenção mecânica de ajustes, lubrificação para evitar
superaquecimento, desgaste , interferências no processo, é indissociável das atividades o
contato dérmico do reqte com os agentes insalubres óleos minerais.

Destaquemos ainda que pela característica dos trabalhos do reqte, além do


contato diário de manutenção das máquinas e peças tiradas das máquinas, ainda haverá
contato quando introduz ou lubrifica as peças para não enferrujarem; e, ainda haverá o
contato com o lubrificante das peças novas (rolamento, engrenagens,....) pois em todos estes
momentos as peças e componentes estarão impregnadas de óleo e graxa e novamente o
contato dérmico é evidente.

B) MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Neste aspecto, mesmos nos dias atuais peca a empresa por não evidenciar
sinalização de segurança mais efetiva nos postos de trabalho, nos equipamentos e nas
máquinas de trabalho; e, também por utilizar–se de máquina com produtos de origem
agressiva a saúde dos trabalhadores, como é o caso do óleo lubrificante (mineral) e do
solvente conforme afirmado pelo paradigma e que não conseguimos a identificação.

C) EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Atualmente a empresa fornece alguns EPIs aos funcionários; como protetor


auricular, óculos de segurança, sapatão, luvas e creme; porém foi notório durante a perícia o
desconhecimento e a falta de uso dos EPIs por funcionários.

Saliente – se ainda que durante a perícia, foi presenciado paradigma trabalhando


em constante contato da mão com partes da máquina ou peças sujas com óleo, graxa; sem o
uso de luvas, creme de proteção, máscara, avental, EPIs mínimos exigidos para que houvesse
a proteção do trabalhador, demonstração de que a empresa estaria preocupada com a
efetiva proteção do trabalhador, em relação à saúde e segurança do trabalhador.

D) ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES

Cumpre anotar que, nas operações realizadas pelos paradigmas havia o emprego
de óleo mineral/graxa (hidrocarboneto aromático), e que em todos os momentos na
execução das atividades do requerente, reproduzida por paradigmas existiu a exposição aos
agentes químicos, pois há o contato dermal com o óleo, quando faz a manutenção ou
lubrificação das peças e das máquinas, ou quando segura as peças para colocá – las, firmá –
las ou tirá – las da máquina, tudo isto sem a efetiva proteção pelo uso de EPIs, e o contato
com o agente malsão óleo mineral/graxa é inerente a atividade que era realizada; o que pode
ser bem observado nas roupas e pele dos paradigmas, fotos 15 a 24.

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Eng. Luiz Henrique Bellucci Peterlini – Perito Judicial
CREA 0681919659

Cabe ressaltar novamente que, há contato (manuseio) com o agente malsão (óleo
mineral/hidrocarboneto aromático/óleo diesel/solvente) e por isso, seria de extrema
importância o uso permanente dos EPIs e que fossem cumpridas todas as exigências da

.
Portaria 3214/78 - NR6 (Equipamentos de proteção individual) que traz:

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6.6 – Cabe ao empregador

6.6.1 – Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


Obs: Vimos durante a perícia paradigmas sem o uso de creme de proteção, luva, avental,
máscara, protetor facial.

b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria


de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;


Obs: Não há comprovante da orientação do reqte sobre guarda e conservação dos EPIs.

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,


Obs: Não há comprovante da higienização e manutenção dos EPIs.

g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

ANEXO I

LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

B – EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE

B.2 – Protetor facial

a) Protetor facial de segurança para proteção da face contra impactos de partículas volantes;

b) protetor facial de segurança para proteção da face contra respingos de produtos químicos;
Obs: Observamos na Perícia que paradigmas, não usavam protetor facial na execução da
tarefa.

F – EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

F.1 – Luva

a) Luva de segurança para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes;

b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes;

f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes químicos;

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Obs: Observamos na reprodução da tarefa por paradigmas, não usavam luvas na execução da
tarefa.

.
F.2 – Creme protetor

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a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes
químicos, de acordo com a Portaria SSST nº 26, de 29/12/1994.

Obs: Observamos na reprodução da tarefa por paradigmas, que embora a empresa afirme
que usam o creme, se usa, o que não foi visto o uso na Perícia, se usam, como já vimos em
inúmeras perícias realizadas, não usam o dia todo, não usam constantemente e não repassam
a cada momento que tem contato com água, usam parcialmente só na mão e não no braço e
não repõem a cada vez que tem contato com o óleo solúvel.

Sem a efetiva proteção, o funcionário permanece permanentemente exposto


nestas atividades de operação da máquina e manipulação das peças; conforme informação
dos paradigmas e constatado na reprodução da atividade por paradigma; acontece
regularmente na execução das atividades diárias.

A Portaria 3214/78 - NR 15 – Anexo 13 sobre Agentes químicos, traz:

Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono

Insalubridade de grau máximo:

Manipulação de alcatrão, breu, betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina
ou outras substâncias cancerígenas afins.

Insalubridade de grau médio

Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos como solvente ou em limpeza de


peças.(g.n)

O Decreto n°3.048/99 traz em seu Anexo II a relação dos agentes nocivos e quais os seus
trabalhos:
ANEXO II

AGENTES.PATOGÊNICOS.CAUSADORES.DE.DOENÇAS.PROFISSIONAIS.OU.DO.TRABALHO, CONFORME PREVISTO NO ART. 20 DA LEI Nº 8.213, DE


1991

XIII-HIDROCARBONETOS.ALIFÁTICOS.OU AROMÁTICOS

(seus derivados halogenados tóxicos) Síntese química (metilação),


- Cloreto de metila refrigerante, agente especial para
- Cloreto de metileno extrações.
- Clorofórmio Solvente (azeites, graxas, ceras, acetato
- Tetracloreto de carbono de celulose), desengordurante,
- Cloreto de etila removedor de pinturas.
1.1 - Dicloroetano Solvente (lacas), agente de extração.
1.1.1 - Tricloroetano Síntese química, extintores de incêndio.
1.1.2 - Tricloroetano Síntese química, anestésico local

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- Tetracloroetano (refrigeração).
- Tricloroetileno Síntese química, solvente (resinas,
- Tetracloroetileno borracha, asfalto, pinturas),

.
- Cloreto de vinila desengraxante.

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- Brometo de metila Agente desengraxante para limpeza de

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- Brometo de etila metais e limpeza a seco.
1.2 - Dibromoetano Solvente.
- Clorobenzeno Solvente.
- Diclorobenzeno Desengraxante, agente de limpeza a
seco e de extração, sínteses químicas.
Desengraxante, agente de limpeza a
seco e de extração, sínteses químicas.
Intermediário na fabricação de cloreto
de polivinila.
Inseticida em fumigação (cereais),
sínteses químicas.
Sínteses químicas, agente especial de
extração.
Inseticida em fumigação (solos),
extintor de incêndios, solvente
(celulóide, graxas, azeite, ceras).
Sínteses químicas, solvente.
Sínteses químicas, solvente.

LISTA A

AGENTES.OU.FATORES.DE.RISCO.DE.NATUREZA.OCUPACIONAL.RELACIONADOS.COM A ETIOLOGIA DE DOENÇAS PROFISSIONAIS E DE OUTRAS


DOENÇAS.RELACIONADAS COM O TRABALHO

AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE RISCO DE NATUREZA DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS COM OS RESPECTIVOS
OCUPACIONAL AGENTES OU FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E CODIFICADAS
SEGUNDO A CID-10)

XIII - Hidrocarbonetos alifáticos ou aromáticos (seus Angiossarcoma do fígado (C22.3)


derivados halogenados tóxicos) Neoplasia maligna do pâncreas (C25.-)
Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão (C34.-)
Púrpura e outras manifestações hemorrágicas (D69.-)
Hipotireoidismo devido a substâncias exógenas (E03.-)
Outras porfirias (E80.2)
Delirium, não sobreposto à demência, como descrita
(F05.0) (Brometo de Metila)
Outros transtornos mentais decorrentes de lesão e
disfunção cerebrais e de doença física (F06.-)
Transtornos de personalidade e de comportamento
decorrentes de doença, lesão e de disfunção de
personalidade (F07.-)
Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não
especificado (F09.-)
Episódios Depressivos (F32.-)
Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") (F48.0)
Outras formas especificadas de tremor (G25.2)
Transtorno extrapiramidal do movimento não
especificado (G25.9)
Transtornos do nervo trigêmio (G50.-)
Polineuropatia devida a outros agentes tóxicos (G52.2)
(n-Hexano)
Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1)

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Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2)


Conjuntivite (H10)
Neurite Óptica (H46)

.
Distúrbios visuais subjetivos (H53.-)

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Outras vertigens periféricas (H81.3)

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Labirintite (H83.0)
Hipoacusia ototóxica (H91.0)
Parada Cardíaca (I46.-)
Arritmias cardíacas (I49.-)
Síndrome de Raynaud (I73.0) (Cloreto de Vinila)
Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) (Cloreto de Vinila)
Bronquite e Pneumonite devida a produtos químicos,
gases, fumaças e vapores ("Bronquite Química Aguda")
(J68.0)
Edema Pulmonar Agudo devido a produtos químicos,
gases, fumaças e vapores ("Edema Pulmonar Químico")
(J68.1)
Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas
(SDVA/RADS) (J68.3)
Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema Crônico
Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica (J68.4)
Doença Tóxica do Fígado (K71.-): Doença Tóxica do
Fígado, com Necrose Hepática (K71.1); Doença Tóxica do
Fígado, com Hepatite Aguda (K71.2); Doença Tóxica do
Fígado com Hepatite Crônica Persistente (K71.3); Doença
Tóxica do Fígado com Outros Transtornos Hepáticos
(K71.8)
Hipertensão Portal (K76.6) (Cloreto de Vinila)
"Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas complicações
infecciosas" (L08.9)
Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-)
"Cloracne" (L70.8)
Outras formas de hiperpigmentação pela melanina:
"Melanodermia" (L81.4)
Outros transtornos especificados de pigmentação:
"Profiria Cutânea Tardia" (L81.8)
Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema Pérnio (T33)
(Anestésicos clorados locais)
Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos (T34)
(Anestésicos clorados locais)
Osteólise (M89.5) (de falanges distais de quirodáctilos)
(Cloreto de Vinila)
Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-)
Insuficiência Renal Aguda (N17)
Efeitos Tóxicos Agudos (T53.-)

Nas atividades diárias, nos serviços de manutenção mecânica é inevitável o


contato dérmico e respiratório com óleo mineral (hidrocarboneto) e solventes.

A legislação vigente, não estabelece tempo mínimo para exposição ou frequência


para caracterizar como insalubre o trabalho no qual ocorre o contato com graxas e óleos
minerais, pois a determinação da insalubridade atende critérios qualitativos e não
quantitativos. Esta posição decorre do efeito cumulativo do agente cancerígeno que se
manifesta clinicamente, após atingir dose limite, variável de pessoa para pessoa.
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É incontestável a insalubridade, caso os empregados que utilizem diariamente


óleo mineral ou graxa e não usem os equipamentos de proteção adequados, luvas ou creme
de proteção e é máxima correspondendo a 40% do salário mínimo.

.
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Assim para neutralizar os efeitos dos óleos minerais, graxas ou solventes sobre o
organismo, deveria haver o uso prioritariamente de luva impermeável ou do creme de
proteção para as mãos, aplicando e reaplicando a cada vez que se imerja a mão em
substâncias que façam perder a camada protetora e ainda passar o creme também no braço e
não só na mão, pois além do contato permanente com as peças no óleo, o braço tem o
contato com os respingos de óleo e partes da máquina.

De acordo com o presenciado durante a perícia e de acordo com a legislação, o


reqte na execução destas atividades esteve exposto aos agentes insalubres
(hidrocarbonetos/óleo mineral/óleo diesel/solvente).

Sobre o aspecto da insalubridade, após análise das operações realizadas pelos


funcionários, produtos e equipamentos existentes na empresa, concluímos que o reqte
trabalhou, ficou exposto a condição insalubre, pois, tivera contato habitual diário com o
agente malsão óleo mineral (hidrocarboneto aromático), sem a proteção do efetivo uso de
EPIs, nos termos da NR-15 da Portaria 3214/78.

Existiam ainda outros fatores que não eram considerados para efetiva proteção
do trabalhador, como o desconforto, a forma de utilização, a compatibilidade individual, a
necessidade dos ajustes individuais, portanto o item 6.61 da NR 06 não era cumprido em sua
íntegra, condição fundamental para que houvesse eficácia na proteção auditiva pelos EPIs.

O adicional de insalubridade está previsto nos artigos 189 a 194 da CLT


(Consolidação das Leis Trabalhistas) e seus critérios detalhados na NR15, publicada pela
portaria 3214/78 e, de acordo com a norma, tem direito ao adicional de insalubridade o
trabalhador que exerce suas atividades em condições insalubres.

O artigo 189 tem o seguinte texto:

“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza,
condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do
tempo de exposição aos seus efeitos.”

Já o artigo 194 traz a seguinte redação:

“O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessará com a


eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas
expedidas pelo Ministério do Trabalho.”

Importante também trazermos a contexto o que diz o Manual de Aposentadoria Especial do


Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), em fl 21:

25
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“Deve ser observada a hierarquia entre medidas de proteção coletiva, medidas de caráter
administrativo ou de organização do trabalho e utilização de tecnologia de proteção
individual, nesta ordem. Admite-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade

.
técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou

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se encontrarem em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou, ainda, em caráter
complementar ou emergencial.”

A Portaria 3214/78 - NR-15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES – da Portaria 3214/78


define:

15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento


do adicional respectivo.

15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;

b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

Obs: Não existiu e até hoje não existe nos locais em que trabalhou o requerente; medidas de
ordem geral ou individual totalmente eficaz, para proteção da saúde e segurança dos
trabalhadores; assim, o reqte esteve exposto a ação do agente insalubre; caracterizando - se
a insalubridade. (g.n)

VIII - CONSIDERAÇÕES FINAIS

Da exposição a Agentes Químicos

O Decreto nº 3048 de 06/05/1999, em seu Anexo IV, traz as condições para fins de
concessão de aposentadoria especial.

Já como vimos no item VII de nosso Laudo, o Anexo 13 da NR 15, estabelece o


adicional de insalubridade de grau máximo (40%) para “manipulação de alcatrão, breu,
betume, antraceno, óleos minerais, óleo queimado, parafina ou outras substâncias
cancerígenas afins”, dentro da categoria “hidrocarbonetos e outros compostos de carbono”.

O reconhecimento da insalubridade se dará, conforme o item 1 do Anexo 13 da


NR 15, através de “inspeção realizada no local de trabalho”.

O Decreto 3048/99 traz em seu Art. 68 a relação de agentes nocivos considerados


para fins de concessão de aposentadoria especial:

“Art. 68. A relação dos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes
prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, consta do Anexo IV.

§ 4º A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada na


forma dos § 2º e §3º, de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos,

26
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Eng. Luiz Henrique Bellucci Peterlini – Perito Judicial
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listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de


efetiva exposição do trabalhador.”

.
O seu Anexo IV no subitem 1.0.7, classifica em sua alínea “b” a “extração, produção e

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utilização de óleos minerais e parafinas”, muito embora no seu caput deixa claro que:

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“O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador ao agente nocivo
presente no ambiente de trabalho e no processo produtivo, em nível de concentração
superior aos limites de tolerância estabelecidos”

A Instrução Normativa INSS/PRES nº 77, de 21/01/2015, também menciona:

Art. 278. Para fins da análise de caracterização da atividade exercida em condições especiais
por exposição à agente nocivo, consideram- se:

I - nocividade: situação combinada ou não de substâncias, energias e demais fatores de riscos


reconhecidos, presentes no ambiente de trabalho, capazes de trazer ou ocasionar danos à
saúde ou à integridade física do trabalhador;

§ 1º Para a apuração do disposto no inciso I do caput, há que se considerar se a avaliação de


riscos e do agente nocivo é:

I - apenas qualitativo, sendo a nocividade presumida e independente de mensuração,


constatada pela simples presença do agente no ambiente de trabalho, conforme constante
nos Anexos 6, 13 e 14 da Norma Regulamentadora nº 15 - NR-15 do MTE, e no Anexo IV do
RPS, para os agentes iodo e níquel, a qual será comprovada mediante descrição:

Art. 284. Para caracterização de período especial por exposição ocupacional a agentes
químicos e a poeiras minerais constantes do Anexo IV do RPS, a análise deverá ser realizada:

Parágrafo único. Para caracterização de períodos com exposição aos agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados na Portaria Interministerial n° 9 de 07
de outubro de 2014, Grupo 1 que possuem CAS e que estejam listados no Anexo IV
do Decreto nº 3.048, de 1999, será adotado o critério qualitativo, não sendo considerados na
avaliação os equipamentos de proteção coletiva e ou individual, uma vez que os mesmos não
são suficientes para elidir a exposição a esses agentes, conforme parecer técnico da
FUNDACENTRO, de 13 de julho de 2010 e alteração do § 4° do art. 68 do Decreto nº 3.048, de
1999.

Para enfatizar a gravidade da nocividade, em 2014 é publicada a Portaria Interministerial nº


9, de 7/10/2014 que inclui, em seu anexo, a Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para
Humanos (LINACH).

A LINACH foi elaborada tomando como base a lista de agentes cancerígenos da Agência
Internacional para a Investigação do Câncer - IARC, e reúne os Agentes Classificados com base
nas Monografias de 1 a 107.

Esta.listagem.está.disponível.em http://monographs.iarc.fr/ENG/Classification/latest_classif.p
hp
27
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Eng. Luiz Henrique Bellucci Peterlini – Perito Judicial
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Esta lista da LINACH classifica, em seu art. 2º, os agentes cancerígenos em 3 grupos distintos,
a saber:

.
I – Grupo 1 – carcinogênicos para humanos;

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II – Grupo 2 A – provavelmente carcinogênicos para humanos;

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III – Grupo 2 B – possivelmente carcinogênicos para humanos.

Dentro do Grupo 1, pode-se verificar a existência do agente Óleos minerais (não tratados ou
pouco tratados).

Portanto, está indubitável que a exposição ocupacional a óleos minerais, quando


não tratados ou pouco tratados, é potencialmente cancerígena.

Reportando – nos ao anexo 13 da NR 15, a legislação deixa claro que o adicional


de insalubridade é determinado para contato com “substâncias cancerígenas e afins”.

Desta maneira, conforme relatado pelo reqte e por paradigma da empresa


inspecionada, que exerce a mesma atividade do reqte, conforme inspeções da Perícia e
conforme observado nas diversas Perícias realizadas por este Perito em empresas similares,
as empresas não cumprem, mesmos nos dias atuais, na íntegra, os procedimentos
efetivamente capazes de evitar contaminação (dermal/respiratória) do trabalhador por óleo
mineral, ficando assim o trabalhador exposto aos possíveis riscos da contaminação,
potencializando – se estes riscos se tiverem algum ferimento nas mãos.

Solicitamos à empresa Rock Fibras Isolantes os documentos técnicos (PPRA –


LTCAT – Ficha de EPIs,....), ficaram de enviar caso encontrassem, mas até a entrega deste
Laudo, não nos foram enviados.

IX – QUESITOS

Não há quesitos.

X – CONCLUSÃO

Agente físico – ruído

Após visita e vistoria nos locais de trabalho similares aos do requerente, análise
das tarefas desempenhadas, material manipulado, identificação e avaliação quantitativa dos
possíveis agentes agressivos, bem como tempo de exposição a esses agentes agressivos,
conclui este perito em relação ao agente insalubre quantificado ruído, que os limites de
tolerância não foram ultrapassados na empresa DBW do Brasil (atual Rock Fibras Isolantes),

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CREA 0681919659

não caracterizando a atividade como insalubre por exposição a ruído, de acordo com a
Portaria 3214/78 – NR 15 – Anexo 01.

.
Agente químico - hidrocarbonetos

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por LUIZ HENRIQUE BELLUCCI PETERLINI, protocolado em 08/04/2022 às 12:49 , sob o número WIIA22700133919
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1003793-26.2019.8.26.0272 e código 96C813C.
No que se refere a avaliação qualitativa dos agentes químicos, considerando que
o consignado no desempenho de suas atividades, conforme visto em nossa Perícia na
atividades de paradigma e em diversas Perícias já realizadas por este Perito em atividades
similares; e, baseado nas informações do reqte e do paradigma, mantinha contato habitual
manual (dérmico) e respiratório com hidrocarbonetos (óleo mineral), que mostram que na
empresa o reqte estava exposto a óleo mineral.

Portanto, concluímos que nas as atividades do reqte na empresa DBW do Brasil,


havia a exposição a agente químico hidrocarboneto (óleo mineral/cancerígena) e a óleo
diesel/solvente, ficava exposto à ação nociva dos produtos; considerando que mesmo nos
dias atuais a empresa não cumpre a NR 06 (Equipamento de Proteção individual) – item 6.6.1
e NR 15 – item 15.4.1; forma - se a convicção deste perito que o requerente desempenhava
atividades em condição de insalubridade, de acordo com a Portaria 3214/78 – NR 15 – Anexo
13.

Itapira – 26 de março de 2022

Luiz Henrique Bellucci Peterlini


CREA – 0681919659

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- FISPQ

- Holerite do reqte
- Avaliações de ruído
- Certificados de Calibração.
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ANEXO

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Avaliação de ruído realizada na Perícia


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