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AUTISMO EM
PERSPECTIVA

Ler Ebook
E.01
AUTISMO NA
PERSPECTIVA
DA PSICOLOGIA

Organização Reitor da Pró-Reitora do EAD Edição Gráfica


Autora
UNIASSELVI e Revisão
Ana Clarisse Alencar Prof.ª Francieli Stano
Barbosa Torres Karoline Gregol
Prof. Hermínio Kloch UNIASSELVI

Apoio
Núcleo de Apoio Psicopedagógico – NUAP
Núcleo de Inclusão e Acessibilidade – NIA
3
1
INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
2
CONTRIBUIÇÕES A psicologia possui uma longa história de envolvimento no diagnóstico
PARA O PROCESSO e tratamento do transtorno do espectro autista (TEA), contribuindo com outros
DE DIAGNÓSTICO
profissionais para melhorar a compreensão do TEA ao longo das décadas. Como
parte de uma equipe interdisciplinar, o treinamento e a experiência do psicólogo
3
AVALIAÇÃO E
são particularmente úteis durante todo o processo de diagnóstico, conduzindo
TRATAMENTO DE avaliações para o planejamento educacional ou de transição, avaliando problemas
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS psiquiátricos comórbidos e problemas comportamentais comuns, mudanças no
funcionamento ao longo do tempo e usando essas informações em colaboração
4
TRANSIÇÃO PARA
com a equipe interdisciplinar para desenvolver planos de tratamento eficazes.

A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E No que diz respeito ao tratamento, o papel do psicólogo na equipe é
NECESSIDADES DE frequentemente abordar preocupações psiquiátricas e comportamentais através
APOIO
de uma lente do TEA de uma maneira que facilite a participação e o sucesso em

5 outros tratamentos e atividades diárias. Isso geralmente envolve colaboração


CONTRIBUIÇÕES DO com outros profissionais, incluindo outros membros da equipe interdisciplinar. No
PSICÓLOGO
decorrer da vida, o psicólogo pode estar mais ou menos envolvido, dependendo
das necessidades atuais do indivíduo.
REFERÊNCIAS
4
1
INTRODUÇÃO
Em um escopo maior, o treinamento em pesquisa do psicólogo pode ser
utilizado para melhorar o desenvolvimento de programas e avaliar os meios
2 para melhorar a prestação de serviços. Este texto discutirá cada uma dessas
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO contribuições em mais detalhes.
DE DIAGNÓSTICO FIGURA 1 – SÍMBOLO DO AUTISMO

3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS

4
TRANSIÇÃO PARA FONTE: <www.dicionariodesimbolos.com.br>. Acesso em: 2 mar. 2020.
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E Descrição da imagem: símbolo do autismo em forma de laço. Nesse laço temos peças na
forma de quebra-cabeça nas cores amarelo, vermelho e azul.
NECESSIDADES DE
APOIO

5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO

REFERÊNCIAS
5
1
INTRODUÇÃO
2 CONTRIBUIÇÕES PARA O PROCESSO
2 DE DIAGNÓSTICO
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO A avaliação e o diagnóstico da saúde mental, distúrbios comportamentais
e distúrbios do desenvolvimento têm sido um foco fundamental da psicologia
3
AVALIAÇÃO E
desde o início da disciplina, e os psicólogos recebem treinamento substancial
no uso de avaliações validadas com boas qualidades psicométricas para melhor
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES entender e abordar essas preocupações. Selecionar as ferramentas de avaliação
PSIQUIÁTRICAS
apropriadas, entender suas propriedades psicométricas em diferentes populações
e entender como diferentes contextos sociais ou diagnósticos simultâneos
4
TRANSIÇÃO PARA
afetam a apresentação do TEA, são componentes essenciais para um diagnóstico
A VIDA ADULTA, preciso.
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO Existem áreas diferentes que precisam ser incluídas nas avaliações
de diagnóstico, incluindo histórico de desenvolvimento e início dos sintomas,
5
CONTRIBUIÇÕES DO
histórico médico, incluindo hábitos de sono e alimentação, histórico psicológico/
PSICÓLOGO psiquiátrico, avaliação de risco para ideação suicida, desenvolvimento social,
histórico acadêmico e de trabalho e acomodações, história familiar e antecedentes
REFERÊNCIAS culturais e apresentação comportamental que pode se sobrepor à apresentação
de outros distúrbios.
6
1
INTRODUÇÃO
O treinamento do psicólogo os prepara para realizar um diagnóstico
diferencial cuidadoso nos casos em que a deficiência intelectual, o déficit de
2 atenção/hiperatividade, a ansiedade ou outras comorbidades podem influenciar
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO a apresentação dos sintomas. Assim como com os pediatras do desenvolvimento
DE DIAGNÓSTICO comportamental, o psicólogo da equipe é treinado em padrões de desenvolvimento
e diferenças no processo de desenvolvimento que podem ser indicativos de TEA
3
AVALIAÇÃO E
versus outros distúrbios do desenvolvimento neurológico.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES A aplicação do treinamento do psicólogo na avaliação psicológica e
PSIQUIÁTRICAS
comportamental é importante para decidir quais medidas administrar para
garantir que as preocupações estejam sendo suficientemente avaliadas.
4
TRANSIÇÃO PARA
Por exemplo, o uso de um teste cognitivo pode fornecer boas informações
A VIDA ADULTA, sobre pontos fortes e fracos do funcionamento intelectual, mas, para fins de
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE diagnóstico diferencial, a equipe também precisará avaliar habilidades fora do
APOIO escopo do teste, como atrasos na compreensão social, habilidades adaptativas
funcionais ou compensatórias. Fatores relacionados ao TEA também devem ser
5
CONTRIBUIÇÕES DO
considerados; por exemplo, indivíduos com habilidades de linguagem receptivas
PSICÓLOGO e/ou expressivas fracas podem ter um pior desempenho em testes com demandas
verbais significativas (por exemplo, WISC-IV), mas com desempenho melhor em
REFERÊNCIAS medidas de inteligência cognitiva que requerem pouca ou nenhuma instrução
7
1
INTRODUÇÃO
verbal (por exemplo, o Leiter-R). É importante notar que grandes diferenças
estereotipadas entre habilidades verbais e não verbais, frequentemente vistas
2 em crianças pequenas com TEA, diminuem com o tempo, como bem documentado
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO por Klinger, O'Kelley e Mussey (2009).
DE DIAGNÓSTICO
Que tipo de teste cognitivo é mais adequado para a situação geralmente
3
AVALIAÇÃO E
depende do motivo da avaliação. Algumas agências (por exemplo, alguns
sistemas escolares) só aceitam medidas abrangentes ou mesmo específicas ao
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES tomar decisões sobre a elegibilidade do serviço, mesmo que o psicólogo avaliador
PSIQUIÁTRICAS
pense que outro teste cognitivo seja mais adequado para um indivíduo em
particular. Nesses casos, o psicólogo pode optar por dar várias medidas do mesmo
4
TRANSIÇÃO PARA
construto, a fim de fornecer uma imagem mais completa do perfil cognitivo do
A VIDA ADULTA, indivíduo. Algumas medidas têm uma faixa etária mais ampla, o que é relevante
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE se a avaliação for planejada para ser uma de uma série de administrações para
APOIO acompanhar o desenvolvimento ao longo do tempo.

5
CONTRIBUIÇÕES DO
Em geral, é provável que a bateria de avaliação inclua medidas
PSICÓLOGO relacionadas ao desenvolvimento, cognição e funcionamento executivo;
observações clínicas e entrevistas estruturadas; inventários e questionários
REFERÊNCIAS
8
1
INTRODUÇÃO
relacionados ao funcionamento adaptativo, emocional, social e comportamental;
registros médicos, psicológicos e histórico relatado; e avaliação de quaisquer
2 comportamentos desafiadores.
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO O psicólogo usará o treinamento nessas áreas para integrar descobertas e
fazer escolhas sobre informações adicionais que possam ser necessárias ao longo
3
AVALIAÇÃO E
da avaliação. Por exemplo, não é incomum que surjam informações conflitantes
entre o relatório do cuidador, o relatório do professor e a observação clínica, o que
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES pode indicar a necessidade de avaliação ou acompanhamento adicional. O psicólogo
PSIQUIÁTRICAS
pode recorrer ao treinamento para determinar quais métodos e medidas adicionais
empregar para obter informações críticas para um diagnóstico diferencial preciso.
4
TRANSIÇÃO PARA

A VIDA ADULTA, Em muitas ocasiões, são necessárias medidas para o diagnóstico ou
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE o planejamento do tratamento, que apenas o psicólogo ou os médicos com
APOIO treinamento e qualificação similar poderão administrar e interpretar. Por
exemplo, testes cognitivos, como as escalas de inteligência Stanford-Binet ou
5
CONTRIBUIÇÕES DO
Wechsler (WISC, WAIS e WPPSI), exigem o mais alto nível de qualificação para
PSICÓLOGO compra e administração. Esses testes exigem um alto nível de conhecimento
especializado em interpretação de testes e só pode ser adquirido por indivíduos
REFERÊNCIAS com um diploma, licenciamento ou certificação que indique que foram obtidos
treinamento e experiência formais.
9
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 2 – ESCALA DE INTELIGÊNCIA WECHSLER PARA CRIANÇAS

2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO

3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS FONTE: <www.casadopsicopedagogosp.com.br>. Acesso em: 2 mar. 2020.

4
TRANSIÇÃO PARA Descrição da imagem: imagem da capa do Manual de David Wechsler, intitulado Escala de
Inteligência Wechsler para Crianças, terceira edição. A capa do manual possui fundo na cor
A VIDA ADULTA, cinza, com uma tira na cor verde e no centro o título do manual.
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO
A compreensão da construção do teste, da psicometria e de outros
5
CONTRIBUIÇÕES DO
fatores psicológicos ou do desenvolvimento que podem afetar os resultados
de certos tipos de avaliação são contribuições importantes que o psicólogo
PSICÓLOGO
traz para a equipe interdisciplinar do TEA. Existem muitos fatores que podem
REFERÊNCIAS afetar o desempenho do teste que devem ser considerados na interpretação. Um
10
1
INTRODUÇÃO
desafio na avaliação de distúrbios do desenvolvimento neurológico é que muitas
avaliações não foram suficientemente pesquisadas em indivíduos com TEA e
2 outras deficiências no desenvolvimento, e o clínico deve levar em consideração
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO possíveis preocupações psicométricas durante a seleção e a interpretação dos
DE DIAGNÓSTICO testes.

3
AVALIAÇÃO E
A falta de pesquisa usando uma medida específica na população de TEA
não significa necessariamente que a medida não irá reunir informações úteis, mas
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES os resultados devem ser interpretados com cuidado. A equipe de avaliação deve
PSIQUIÁTRICAS
levar em consideração o resultado de cada medida, bem como o histórico médico
e de desenvolvimento ao interpretar os resultados dos testes; por exemplo,
4
TRANSIÇÃO PARA
os resultados da avaliação cognitiva afetarão a interpretação de medidas de
A VIDA ADULTA, habilidades adaptativas, sociais e de comunicação críticas para o diagnóstico
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE diferencial. Por outro lado, altos níveis de ansiedade social, dificuldade em
APOIO processar informações verbais, distração por coisas na sala de avaliação e outros
fatores podem afetar os resultados em medidas cognitivas.
5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO Fatores especificamente relacionados aos sintomas do TEA podem afetar
a administração e a interpretação de um teste. Como exemplo, ao aplicar um
REFERÊNCIAS WPPSI a uma criança pequena que tenha um interesse particular em cores e
11
1
INTRODUÇÃO
letras, em uma seção do teste, a criança é incumbida de preencher uma página
de itens em ordem o mais rápido e preciso possível. Cada item aparece em
2 uma caixa de cor diferente para ajudar a orientar a criança pequena em itens
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO individuais em uma página cheia de informações. O interesse dessa criança por
DE DIAGNÓSTICO cores, no entanto, pode a levar a concluir os itens por ordem de cores (todos os
vermelhos, depois laranjas, amarelos, verdes e assim por diante).
3
AVALIAÇÃO E Às vezes, o avaliador pode precisar decidir rapidamente se deve fazer
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES acomodações. Por exemplo, devido ao interesse em letras, essa mesma criança
PSIQUIÁTRICAS
pode ter dificuldade em selecionar a resposta correta de uma série de figuras
rotuladas como A, B, C, D e E (em vez de responder listando palavras que
4
TRANSIÇÃO PARA
começavam com cada letra). Será que a criança deve ser acomodada colocando
A VIDA ADULTA, uma tira de papel branca sobre as letras e exigindo uma resposta pontual para
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE facilitar a participação do indivíduo? O que dizer para uma criança que tem
APOIO dificuldade em sentar-se por um longo tempo, mas permanece mais concentrada
se puder sentar no chão? A eliminação de estímulos perturbadores, como as letras,
5
CONTRIBUIÇÕES DO
ou a adição de estrutura visual, como uma página com um quadrado delineado,
PSICÓLOGO para que um indivíduo coloque seus blocos durante os subtestes de construção
de padrões, pode fornecer uma imagem mais precisa (e eficiente em termos de
REFERÊNCIAS tempo) do funcionamento cognitivo da criança, mas às custas da administração
12
1
INTRODUÇÃO
padronizada. O objetivo da avaliação é determinar como a criança provavelmente
funciona em sala de aula ou ter uma ideia de funcionamento em um ambiente
2 mais individualizado? Como esses comportamentos ou acomodações devem ser
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO incorporados na interpretação do relatório?
DE DIAGNÓSTICO
Durante as sessões de avaliação desafiadoras, o treinamento do psicólogo
3
AVALIAÇÃO E
em técnicas comportamentais é um ativo. Por exemplo, se durante o curso de
uma sessão de teste, a criança frequentemente pula da cadeira e corre pela
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES sala, frequentemente interrompe o teste para fazer perguntas irrelevantes
PSIQUIÁTRICAS
ou pergunta quando o teste terminará, é excessivamente distraída por vários
estímulos no quarto, ou se recusa a cumprir o solicitado? Também pode ser
4
TRANSIÇÃO PARA
que a criança não entenda o que está sendo solicitado, mas os prejuízos na
A VIDA ADULTA, comunicação social os impedem de pedir o tipo de ajuda de que precisam, ou
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE podem estar excessivamente frustrados ou cansados, mas têm dificuldade em
APOIO expressar isso.

5
CONTRIBUIÇÕES DO
Lincoln, Hansel e Quirmbach (2007) forneceram várias ideias para
PSICÓLOGO incentivar a cooperação em uma sessão de teste, incluindo o posicionamento
estratégico da criança, dos materiais e do examinador. O uso de cronogramas
REFERÊNCIAS visuais simples e o estabelecimento rápido de rotinas e reforços claros e previsíveis
13
1
INTRODUÇÃO
na avaliação podem reduzir a ansiedade que muitos indivíduos com TEA sentem
ao serem solicitados a realizar uma nova tarefa não rotineira com uma pessoa
2 nova. Idealmente, a necessidade dessa estrutura seria conhecida de antemão, e
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO a equipe poderia decidir se as acomodações deveriam ser fornecidas com base
DE DIAGNÓSTICO no objetivo da avaliação, mas, se esse não for o caso, o histórico do psicólogo
em técnicas comportamentais é um trunfo para a equipe que se encontra com
3
AVALIAÇÃO E
a necessidade de adaptar rapidamente técnicas durante a avaliação, a fim de
garantir que a avaliação forneça informações válidas para o construto que
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES está sendo testado (por exemplo, inteligência), em vez de se tornar um teste
PSIQUIÁTRICAS
inadvertido de motivação, conformidade ou regulação emocional. Para obter
mais informações sobre ideias para estruturar uma sessão de teste, consulte
4
TRANSIÇÃO PARA
Klinger, O’Kelley e Mussey (2009).
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Outros fatores que a equipe deve considerar ao selecionar e interpretar
APOIO medidas incluem capacidade de linguagem, atraso no processamento, nível
de desenvolvimento em comparação com a idade cronológica, problemas com
5
CONTRIBUIÇÕES DO
planejamento/coordenação motora e preocupações psiquiátricas concomitantes.
PSICÓLOGO Mesmo as ferramentas avaliativas que são frequentemente consideradas o
“padrão ouro” para avaliar sintomas de TEA, como a Escala de Observação para o
REFERÊNCIAS Diagnóstico de Autismo 2 (ADOS-2) (LORD et al., 2012) devem ser interpretadas
14
1
INTRODUÇÃO
no contexto das informações obtidas ao longo do processo de avaliação. Por
exemplo, Sikora et al. (2008) descobriram que 15% das crianças e adolescentes
2 com transtornos do humor foram classificadas incorretamente usando o algoritmo
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO ADOS-G, destacando a necessidade de obter informações colaterais durante
DE DIAGNÓSTICO as avaliações de diagnóstico e interpretar os resultados de cada avaliação no
contexto de outras informações (de fato, os autores do ADOS enfatizam que a
3
AVALIAÇÃO E
medida deve ser usada como um ponto de dados entre vários outros no processo
de diagnóstico).
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS
Por exemplo, indivíduos com ansiedade significativa também podem
demonstrar comportamentos que se sobrepõem aos sintomas do TEA (HARTLEY;
4
TRANSIÇÃO PARA
SIKORA, 2009) e, portanto, apresentam um desempenho ruim no ADOS-2 e em
A VIDA ADULTA, outras medidas do TEA. Crianças com cegueira e surdez congênita podem exibir
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE comportamentos semelhantes às crianças com TEA (GRAHAM et al., 2005).
APOIO As medidas observacionais e dos relatórios dos pais frequentemente usadas
na avaliação do TEA podem não ter sido pesquisadas no contexto da cegueira
5
CONTRIBUIÇÕES DO
congênita, e esses indivíduos podem pontuar bem dentro do intervalo do TEA no
PSICÓLOGO protocolo de pontuação, mas após uma avaliação cuidadosa, seu comportamento
pode ser atribuído ao comprometimento/privação sensorial (GRAHAM et al.,
REFERÊNCIAS 2005; VERVLOED et al., 2006).
15
1
INTRODUÇÃO
FIGURA 3 – ESCALA DE OBSERVAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DO AUTISMO

2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO

3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE FONTE: <www.nzcer.org.nz>. Acesso em: 2 mar. 2020.
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS Descrição da imagem: imagem de um caderno com espiral e no centro em caixa alta, na cor
vermelha, a palavra ADOS-2.

4
TRANSIÇÃO PARA
A VIDA ADULTA, Certamente, não importa quão bem treinado e experiente possa ser um
SEUS SINTOMAS E clínico, em algum momento haverá um caso em que o psicólogo simplesmente
NECESSIDADES DE
APOIO não possui as habilidades ou os meios necessários para conduzir adequadamente
uma avaliação diagnóstica completa e precisará encaminhar ou consultar outros
5
CONTRIBUIÇÕES DO
colegas com treinamento em áreas especializadas. Além disso, é extremamente
provável que o planejamento do tratamento envolva encaminhamento e
PSICÓLOGO
colaboração com outros especialistas, especialmente devido à alta incidência de
REFERÊNCIAS outras comorbidades médicas, de desenvolvimento e psicológicas no contexto
16
1
INTRODUÇÃO
do TEA. Ter uma equipe interdisciplinar de TEA estabelecida agiliza e melhora
o processo de diagnóstico, reunindo profissionais com a experiência necessária
2 para atender totalmente às necessidades do cliente. A equipe interdisciplinar
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO facilita assim uma transição fácil de uma avaliação diagnóstica completa para o
DE DIAGNÓSTICO recebimento de serviços adequados.

3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
3 AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DE
PSIQUIÁTRICAS
COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS
4
TRANSIÇÃO PARA As comorbidades psiquiátricas são bastante comuns no contexto do
A VIDA ADULTA, transtorno do espectro do autista (DEPREY; OZONOFF, 2009; JOSHI et al., 2010;
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE MANNION; LEADER; HEALY, 2013) e podem ser subdiagnosticadas. Crianças
APOIO com TEA têm dificuldades emocionais mais significativas do que crianças em
desenvolvimento de 5 a 16 anos. Em crianças de 5 a 16 anos com TEA, 74%
5
CONTRIBUIÇÕES DO
apresentam dificuldades clinicamente significativas, incluindo raiva, tristeza e
PSICÓLOGO ansiedade, em comparação com 18% dos colegas em desenvolvimento típico
(TOTSIKA et al., 2011). Aproximadamente 40-50% dos jovens com TEA atendem
REFERÊNCIAS aos critérios para dois ou mais transtornos psiquiátricos (SIMONOFF et al., 2008).
17
1
INTRODUÇÃO
A avaliação e o tratamento analítico do comportamento padronizado
em crianças com TEA podem deixar de abordar o papel de outros problemas de
2 saúde mental, como a ansiedade, especialmente sua potencial contribuição para
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO a presença de comportamentos problemáticos, se os avaliadores não estiverem
DE DIAGNÓSTICO cientes desses problemas e de como os sintomas podem se apresentar
diferentemente nos indivíduos do espectro.
3
AVALIAÇÃO E Ansiedade e depressão são particularmente comuns em indivíduos mais
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES velhos com TEA que não apresentam comprometimento cognitivo, muitas vezes se
PSIQUIÁTRICAS
tornando mais prevalentes à medida que os indivíduos se tornam mais conscientes
de suas próprias dificuldades sociais (VAN STEENSEL; BÖGELS; PERRIN, 2011).
4
TRANSIÇÃO PARA
A avaliação e o diagnóstico precisos das comorbidades psiquiátricas são
A VIDA ADULTA, fundamentais para o planejamento adequado do tratamento, e há momentos em
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE que os problemas relacionados às preocupações psicológicas podem ser alvos de
APOIO tratamento mais prementes do que os sintomas do TEA (MASKEY et al., 2013). O
diagnóstico de comorbidade psiquiátrica pode ser complicado se não for claro se
5
CONTRIBUIÇÕES DO
os sintomas justificam um diagnóstico adicional ou se podem ser considerados
PSICÓLOGO como relacionados ao TEA (MATSON; NEBEL-SCHWALM, 2007).

REFERÊNCIAS
18
1
INTRODUÇÃO
Os déficits de comunicação social centrais ao TEA complicam a notificação
de sintomas psiquiátricos aos clínicos. Medidas frequentemente usadas para
2 avaliar dificuldades psiquiátricas e comportamentais na população em geral foram
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO usadas com indivíduos com TEA, mas a maioria dessas medidas não foi testada
DE DIAGNÓSTICO quanto à confiabilidade ou validade em indivíduos com TEA. Até perguntas que
parecem relativamente diretas podem ser confusas para indivíduos com TEA
3
AVALIAÇÃO E
que relatam sintomas psiquiátricos. Por exemplo, itens de algumas medidas de
autorrelato comumente usadas para ansiedade e depressão incluem descrições
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES como: “Sou uma pessoa estável” – do Inventário de Ansiedade Traço-Estado
PSIQUIÁTRICAS
(IDATE), de Spielberger (2010). Na clínica, esses itens intrigaram adultos do
espectro, alguns dos quais passam um tempo substancial ponderando esses
4
TRANSIÇÃO PARA
itens.
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Apesar da dificuldade em avaliar as comorbidades psiquiátricas, fazer
APOIO isso com precisão é fundamental para o planejamento eficaz do tratamento.
O treinamento do psicólogo em TEA, desenvolvimento típico e distúrbios
5
CONTRIBUIÇÕES DO
psiquiátricos desempenham um papel no diagnóstico preciso e no planejamento
PSICÓLOGO do tratamento. Os antecedentes de um psicólogo especializado incluirão
treinamento em tratamentos baseados em evidências para distúrbios psiquiátricos
REFERÊNCIAS
19
1
INTRODUÇÃO
comuns na população em geral, como terapia cognitivo comportamental, terapia
comportamental dialética e outros (embora o grau de ênfase em cada orientação
2 possa diferir entre os programas de treinamento).
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO A pesquisa mostra que, com adaptação individualizada apropriada,
estratégias de intervenção como terapia cognitivo comportamental e terapia
3
AVALIAÇÃO E
comportamental dialética, com forte base de evidências em outras populações,
podem ser úteis para indivíduos do espectro. De fato, a adaptação de tais
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES intervenções é uma área crescente de pesquisa no campo do TEA. A capacidade de
PSIQUIÁTRICAS
identificar e adaptar abordagens adequadas para lidar com ansiedade, depressão,
regulação emocional e outros desafios é uma contribuição importante para a
4
TRANSIÇÃO PARA
equipe de tratamento do TEA. Além disso, como os sintomas de preocupações
A VIDA ADULTA, psiquiátricas concomitantes podem aumentar e diminuir ou surgirem novos
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE problemas com a maturação e as mudanças na situação, é importante não apenas
APOIO monitorar o impacto das intervenções, mas também continuar a monitorar
sintomas recorrentes ou novos ao longo do tempo.
5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO Existe um crescente corpo de literatura para apoiar a eficácia de
intervenções comportamentais e cognitivas que os psicólogos podem fornecer
REFERÊNCIAS para abordar problemas comórbidos em indivíduos com TEA. Abordar problemas
20
1
INTRODUÇÃO
comportamentais ou psiquiátricos comórbidos em indivíduos com TEA é
importante, pois a presença de problemas comórbidos pode significar pior
2 prognóstico e pode impedir que os indivíduos se beneficiem totalmente das
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO intervenções específicas que recebem.
DE DIAGNÓSTICO
Por exemplo, problemas de comportamento podem impedir a capacidade
3
AVALIAÇÃO E
de uma criança de participar de instruções em sala de aula, intervenções
individualizadas, oportunidades de socialização naturalista ou treinamento em
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES teste discreto. Os psicólogos treinados no fornecimento de terapia cognitivo
PSIQUIÁTRICAS
comportamental (TCC) e terapia comportamental podem resolver esses
problemas em conjunto com a intervenção específica do TEA, trabalhando com
4
TRANSIÇÃO PARA
outros profissionais para garantir que os tratamentos sejam complementares (por
A VIDA ADULTA, exemplo, para que as estratégias para solucionar as dificuldades comportamentais
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE sejam aplicadas de maneira consistente em todas as situações).
APOIO
Quando se trata de implementar tratamentos para comportamentos
5
CONTRIBUIÇÕES DO
desafiadores, como agressão, lesão pessoal ou dificuldades para dormir
PSICÓLOGO (após a exclusão de condições médicas), as abordagens comportamentais
são um componente crítico do planejamento do tratamento. Mesmo quando
REFERÊNCIAS os medicamentos podem ser usados ​​para resolver dificuldades, abordagens
21
1
INTRODUÇÃO
comportamentais são frequentemente necessárias para o sucesso do
tratamento a longo prazo e para diminuir o uso de medicamentos. O tratamento
2 comportamental se concentra em ensinar ao indivíduo (e cuidadores) maneiras
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO novas e mais adaptativas para atender às necessidades situacionais, abordando
DE DIAGNÓSTICO os déficits de habilidades que contribuem para as dificuldades de comportamento.
Portanto, uma equipe interdisciplinar que inclua psicólogos e psiquiatras é
3
AVALIAÇÃO E
benéfica.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES A TCC agora é uma intervenção comumente usada para crianças com TEA
PSIQUIÁTRICAS
de alto funcionamento que possuem habilidades verbais bem desenvolvidas
e são capazes de se envolver em terapias baseadas em conversas (apoiada, é
4
TRANSIÇÃO PARA
claro, com suportes visuais e outros conforme necessário para se adequar ao
A VIDA ADULTA, estilo de aprendizagem do indivíduo). Existe um crescente corpo de literatura
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE que apoia o uso da TCC para abordar uma variedade de déficits de habilidades em
APOIO indivíduos com TEA, incluindo déficits de habilidades sociais e adaptativas. Muitos
autores sugerem modificações na TCC tradicional, confiando mais fortemente
5
CONTRIBUIÇÕES DO
nos componentes comportamentais do tratamento, incorporando os interesses
PSICÓLOGO restritos de um indivíduo como uma maneira de aumentar o envolvimento na
terapia, o aumento do envolvimento dos pais e o ensaio comportamental de
REFERÊNCIAS habilidades (DANIAL; WOOD, 2013).
22
1
INTRODUÇÃO
No passado, a TCC para TEA era focada principalmente nos sintomas do
TEA (THOMSON; RIOSA; WEISS, 2015). Alguns pesquisadores observaram que
2 existem certas habilidades de pré-requisito que precisam ser desenvolvidas
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO para melhorar as respostas positivas à TCC em indivíduos com TEA (LICKEL et
DE DIAGNÓSTICO al., 2012). A eficácia da TCC pode ser aprimorada se o tratamento enfatizar
inicialmente a melhoria da identificação e conscientização das emoções, uma vez
3
AVALIAÇÃO E
que esse é um déficit social central para indivíduos com TEA. A TCC tradicional
exige que os indivíduos relatem estados emocionais internos e demonstrem
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES uma compreensão das causas e consequências de experiências emocionais. Isso
PSIQUIÁTRICAS
exige que os indivíduos possam identificar e discriminar com precisão entre uma
variedade de emoções para participar plenamente das intervenções de TCC.
4
TRANSIÇÃO PARA
A VIDA ADULTA, Outros componentes importantes incluem educação eficaz, inclusão
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE de pais e professores e ensino de conceitos-chave de amizade e resolução
APOIO de problemas interpessoais, como iniciar conversas, consolar um amigo e
compartilhar experiências. A capacidade de resposta social é frequentemente
5
CONTRIBUIÇÕES DO
o principal comportamento-alvo na TCC para indivíduos com TEA. A ênfase
PSICÓLOGO também é colocada em ajudar os indivíduos a adquirir habilidades mediadas
cognitivamente para promover interações sociais bem-sucedidas (por exemplo,
REFERÊNCIAS
23
1
INTRODUÇÃO
tomadas de perspectivas). Essas intervenções também têm como objetivo ajudar
os indivíduos a entender os pensamentos, metas e intenções próprias e de outras
2 pessoas (DANIAL; WOOD, 2013).
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO Os déficits de habilidades sociais são um sintoma central do TEA, e
é necessário estabelecer intervenções de habilidades sociais baseadas em
3
AVALIAÇÃO E
evidências para esses indivíduos. Existem várias intervenções de habilidades
sociais que se mostram promissoras na melhoria das habilidades sociais. Os
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES psicólogos podem fornecer intervenções baseadas na TCC destinadas a melhorar
PSIQUIÁTRICAS
as habilidades sociais. Por exemplo, o Programa para Educação e Enriquecimento
em Habilidades Relacionais (PEERS) é uma intervenção de habilidades sociais
4
TRANSIÇÃO PARA
empiricamente apoiada para jovens com TEA. O PEERS aplica métodos de
A VIDA ADULTA, instrução da TCC, incluindo psicoeducação, dramatização, estratégias cognitivas
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE (percepção social, cognição social/tomada de perspectiva, resolução de problemas
APOIO sociais), exercícios de ensaio comportamental, feedback de desempenho,
questionamento socrático, lição de casa e revisão e envolvimento dos pais.
5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO Os resultados dos ensaios clínicos randomizados mostraram melhorias nas
habilidades sociais evidentes, maior frequência de interações entre pares e maior
REFERÊNCIAS capacidade de resposta social (LAUGESON; PARK, 2014). A pesquisa mostrou que
24
1
INTRODUÇÃO
os tratamentos de habilidades sociais com base na TCC são viáveis, acessíveis e
benéficos quando há adaptações, como aumentar a estrutura e a previsibilidade
2 das sessões, usar suportes visuais, usar sugestões verbais explícitas e feedback,
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO identificar pistas sociais importantes e ensaios comportamentais de habilidades
DE DIAGNÓSTICO frequentes. Além do programa PEERS, existem outras intervenções empíricas
de apoio social. Essas intervenções são geralmente fornecidas em formato de
3
AVALIAÇÃO E
grupo. Pensa-se que o formato baseado em grupo permita mais oportunidades de
interação social e habilidades de ensino em um ambiente naturalista (LAUGESON;
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES PARK, 2014).
PSIQUIÁTRICAS

Beaumont desenvolveu uma intervenção da TCC chamada “Sociedade do


4
TRANSIÇÃO PARA
Agente Secreto: Regulação da Operação” para ensinar habilidades de regulação
A VIDA ADULTA, emocional a crianças com TEA (BEAUMONT, 2013). Thompson, Riosa e Weiss
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE (2015) conduziram um estudo com 13 crianças com QI médio a acima da média
APOIO para avaliar a eficácia e a viabilidade dessa intervenção de regulação emocional.
O programa incluiu os seguintes componentes da TCC: modelagem, representação
5
CONTRIBUIÇÕES DO
de papéis, psicoeducação, relaxamento, generalização e sistema de reforço. As
PSICÓLOGO sessões iniciais visam à conscientização e identificação emocional e depois
passam à implementação de estratégias de relaxamento e enfrentamento.
REFERÊNCIAS
25
1
INTRODUÇÃO
Recentemente, as intervenções de TCC para indivíduos com TEA se
expandiram para abordar outras áreas de dificuldade, particularmente a ansiedade
2 (THOMSON; RIOSA; WEISS, 2015). Indivíduos com TEA são predispostos à
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO ansiedade (BELLINI, 2006). A prevalência de transtornos de ansiedade comórbida
DE DIAGNÓSTICO em indivíduos com TEA é de aproximadamente 40% (VAN STEENSEL; BÖGELS;
PERRIN, 2011) e, anedoticamente, é um dos problemas de apresentação mais
3
AVALIAÇÃO E
comuns para jovens com TEA em ambulatórios.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES A ansiedade é documentada em indivíduos com e sem deficiência
PSIQUIÁTRICAS
intelectual (DI). Uma grande proporção da literatura se concentrou em tratamentos
comportamentais para ansiedade em TEA sem DI (ROSEN; CONNELL; KERNS,
4
TRANSIÇÃO PARA
2016). A ansiedade está associada a prejuízos funcionais adicionais para pessoas
A VIDA ADULTA, com TEA, incluindo dificuldades sociais mais graves, depressão, autolesão e
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE estresse familiar (KERNS et al., 2015). Dada a alta taxa de ansiedade comórbida
APOIO e TEA e os comprometimentos funcionais relacionados, houve um esforço para
identificar práticas baseadas em evidências para problemas de ansiedade em
5
CONTRIBUIÇÕES DO
indivíduos com TEA (ROSEN; CONNELL; KERNS, 2016).
PSICÓLOGO

REFERÊNCIAS
26
1
INTRODUÇÃO
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) modificada está mostrando
um apoio emergente para o tratamento eficaz de transtornos de ansiedade
2 comórbidos (DANIAL; WOOD, 2013), particularmente para indivíduos com
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO autismo de "alto funcionamento" (TEA sem DI associado); observe que, embora
DE DIAGNÓSTICO comumente usado, esse termo está entre aspas porque pode ser enganoso, pois
na verdade não fala do funcionamento adaptativo do indivíduo. Vários ensaios
3
AVALIAÇÃO E
clínicos randomizados mostraram que a TCC modificada (TCC-M) pode reduzir
os sintomas de ansiedade em crianças com autismo de "alto funcionamento"
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES (REAVEN et al., 2012; WOOD et al. 2009). Essas intervenções geralmente
PSIQUIÁTRICAS
incluem o uso de suportes visuais (por exemplo, termômetros de emoção) e maior
envolvimento dos pais em comparação à TCC infantil tradicional, incorporando
4
TRANSIÇÃO PARA
interesses específicos dos indivíduos e usando linguagem mais concreta em vez
A VIDA ADULTA, de analogias.
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO No entanto, há menos evidências para apoiar o uso de TCC-M em indivíduos
com sintomas mais graves do TEA, em indivíduos com DI ou capacidade verbal
5
CONTRIBUIÇÕES DO
limitada. Componentes comportamentais da TCC, como exposição graduada,
PSICÓLOGO dessensibilização sistemática, extinção de fuga, modelagem, reforço positivo,
habilidades de enfrentamento e estratégias antecedentes, mostraram-se
REFERÊNCIAS promissores na redução da evitação fóbica (ROSEN; CONNELL; KERNS, 2016).
27
1
INTRODUÇÃO
Dado que os sintomas de ansiedade costumam ser mediados verbalmente
(preocupações, ansiedade antecipatória), os tratamentos para ansiedade
2 em indivíduos com deficiência intelectual (DI) ou capacidade verbal limitada
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO dependem mais fortemente dos componentes comportamentais da TCC para
DE DIAGNÓSTICO diminuir os sintomas de ansiedade e menos ênfase é colocada nas habilidades
cognitivas, componentes como reestruturação cognitiva, diálogo interno e
3
AVALIAÇÃO E
nomeação de emoções.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES Os psicólogos também contam com comportamentos observáveis ​​para
PSIQUIÁTRICAS
medir a ansiedade (por exemplo, frequência cardíaca, respiração, sintomas
somáticos, evitação). Isso também permite mais ênfase nos componentes
4
TRANSIÇÃO PARA
comportamentais e menos ênfase no componente cognitivo (por exemplo,
A VIDA ADULTA, nomeação de emoções, diálogo interno, reestruturação cognitiva).
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO Aproximadamente 50% das crianças com TEA também se envolvem
em comportamentos disruptivos, como agressão, descumprimento ou não
5
CONTRIBUIÇÕES DO
conformidade (noncompliance) e autolesão (BEARSS et al., 2015). Esses
PSICÓLOGO comportamentos disruptivos têm o potencial de interferir na capacidade de um
indivíduo se beneficiar e participar de seu tratamento e programação educacional.
REFERÊNCIAS
28
1
INTRODUÇÃO
A TCC para comportamentos disruptivos pode incluir reestruturação
cognitiva, reconhecimento de emoções e desenvolvimento de estratégias de
2 enfrentamento. Essas intervenções também abordaram tomada de perspectiva,
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO solução de problemas, dramatização e uso de histórias sociais. Algumas dessas
DE DIAGNÓSTICO intervenções incluem sessões para pais simultâneas e tarefas domésticas.
O treinamento em mindfulness também tem sido usado para transtornos
3
AVALIAÇÃO E
externalizantes. No entanto, o papel e a eficácia da TCC no comportamento
disruptivo não são claros, requerem um certo nível de comunicação e compreensão
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES verbal e são necessárias mais pesquisas (DANIAL; WOOD, 2013).
PSIQUIÁTRICAS

Há evidências promissoras para apoiar o uso do treinamento


4
TRANSIÇÃO PARA
comportamental dos pais para lidar com comportamentos problemáticos em
A VIDA ADULTA, indivíduos com TEA. Foi realizado um ensaio clínico randomizado (ECR) para
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE determinar os efeitos de um programa de treinamento de comportamento dos
APOIO pais em comparação com a educação destes para diminuir comportamentos
disruptivos em crianças pequenas com TEA (BEARSS et al., 2015). Os resultados
5
CONTRIBUIÇÕES DO
indicaram que comportamentos disruptivos diminuíram significativamente na
PSICÓLOGO condição de treinamento dos pais em comparação com a educação dos pais. A
ênfase está no papel dos pais como agentes de mudança; é uma abordagem de
REFERÊNCIAS tempo limitado e é considerado um tratamento baseado em evidências.
29
1
INTRODUÇÃO
Os problemas do sono de indivíduos com TEA são semelhantes aos
que ocorrem na população em geral, mas ocorrem com muito mais frequência.
2 May, Cornish e Rinehart (2014) descobriram que, enquanto 29% das crianças
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO em desenvolvimento típico tinham problemas de sono relatados pelo cuidador,
DE DIAGNÓSTICO 78% das crianças com TEA tinham problemas de sono. O sono ruim está
correlacionado com o aumento da agressividade, hiperatividade e problemas
3
AVALIAÇÃO E
sociais mais significativos. Os psicólogos podem fornecer breves intervenções
comportamentais para treinar os pais em abordagens comportamentais para
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES melhorar o sono de seus filhos. Essas breves intervenções podem resultar em sono
PSIQUIÁTRICAS
significativamente melhorado e menos problemas comportamentais com TEA, o
que também aumenta a saúde mental e o bem-estar dos pais (PAPADOPOULOS
4
TRANSIÇÃO PARA
et al., 2015).
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Outras preocupações comportamentais, como agressão a si e aos outros,
APOIO birras, dificuldades de alimentação e problemas de sono também são comuns
em indivíduos com TEA. Aproximadamente, 50% das crianças com TEA também
5
CONTRIBUIÇÕES DO
se envolvem em comportamentos disruptivos, como agressão, descumprimento
PSICÓLOGO e autolesão (BEARSS et al., 2015). Esses comportamentos podem ser bastante
prejudiciais para o indivíduo e perturbadores para a família (DOO; WING, 2006).
REFERÊNCIAS
30
1
INTRODUÇÃO
Esses comportamentos também podem interferir na capacidade de um indivíduo
se beneficiar e participar de seu tratamento e programação educacional.
2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO É importante descartar ou resolver problemas médicos subjacentes
DE DIAGNÓSTICO aos comportamentos difíceis, que podem incluir encaminhamento para outros
membros da equipe interdisciplinar (por exemplo, neurologia, medicina do sono
3
AVALIAÇÃO E
e outros especialistas). Também é importante avaliar possíveis problemas
psicológicos, como TOC ou distúrbios de humor, ao projetar uma abordagem
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES de tratamento para comportamentos difíceis. Depois que as causas médicas
PSIQUIÁTRICAS
para comportamentos desafiadores sejam descartadas ou tratadas, e possíveis
problemas psicológicos sejam avaliados e iniciado o tratamento adequado, a
4
TRANSIÇÃO PARA
avaliação do comportamento funcional (com uma consideração cuidadosa das
A VIDA ADULTA, preocupações específicas do TEA) surge como um elo crítico entre avaliação e
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE intervenção.
APOIO
A experiência do psicólogo na medição e monitoramento de
5
CONTRIBUIÇÕES DO
comportamentos ao longo do tempo é útil para esse fim. Estabelecer um método
PSICÓLOGO para monitorar eficientemente essas mudanças não é apenas importante para
estabelecer e ajustar um plano de tratamento ao longo do tempo. Registrar
REFERÊNCIAS
31
1
INTRODUÇÃO
mudanças quantificáveis ​​também pode ser uma ferramenta poderosa para os
profissionais de saúde que podem não perceber melhorias incrementais na vida
2 cotidiana, mas são motivados ao ver o cenário geral conforme os dados são
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO documentados ao longo do tempo.
DE DIAGNÓSTICO
Muitos métodos foram desenvolvidos para avaliar os fatores subjacentes
3
AVALIAÇÃO E
a comportamentos desafiadores e servem como base para o planejamento do
tratamento. Alguns comportamentos desafiadores são relativamente diretos.
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES Nesses casos, fazer uma série de perguntas (talvez usando uma das várias
PSIQUIÁTRICAS
escalas para avaliar a função comportamental) e fazer observações informais
pode ser suficiente para o planejamento do tratamento. Em outras ocasiões,
4
TRANSIÇÃO PARA
a determinação dos antecedentes e a manutenção de variáveis ​​não são tão
A VIDA ADULTA, claras. Em qualquer um dos casos, a definição operacional do comportamento é
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE importante, principalmente se outras pessoas acompanharem o comportamento
APOIO em outros ambientes (por exemplo, em casa e na escola) para determinar se o
plano de tratamento está funcionando.
5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO Não é incomum que as definições do comportamento-alvo variem
amplamente. Por exemplo, digamos que os pais relatem que o descumprimento
REFERÊNCIAS ou a não conformidade está causando grandes dificuldades em casa e na
32
1
INTRODUÇÃO
escola. Se for solicitado à criança que faça algo que ela entenda claramente e
diga "não, eu não quero", ambos os pais concordam prontamente que este é um
2 exemplo do comportamento-alvo. No entanto, e se a criança disser "sim" a uma
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO solicitação, mas falhar em fazer isso? Ou, se a criança for solicitada a fazer algo
DE DIAGNÓSTICO imediatamente, mas o fizer 5 minutos depois? Talvez um pai ou mãe registre isso
como descumprimento, enquanto o outro não.
3
AVALIAÇÃO E Determinar o que registrar também pode envolver psicoeducação para
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES os indivíduos envolvidos. No exemplo anterior, talvez a criança tenha um
PSIQUIÁTRICAS
processamento lento para instruções verbais, pelas quais um ou ambos os pais
não estão respondendo ao dar instruções. O que pode parecer “descumprimento”
4
TRANSIÇÃO PARA
(desobediência) pode, de fato, ser devido à falta de compreensão, atraso no
A VIDA ADULTA, processamento ou problemas de atenção. A dificuldade em tais casos pode estar
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE mais com quem dá as instruções. Talvez ambos os pais deem instruções verbais,
APOIO mas um tende a falar mais devagar ou fornecer pistas visuais, para que a criança
pareça mais "obediente" com um dos pais do que com o outro. Uma melhor
5
CONTRIBUIÇÕES DO
compreensão do funcionamento do indivíduo, incluindo déficits no estilo de
PSICÓLOGO aprendizagem e nas habilidades relacionadas ao TEA, seria útil para essa família,
mesmo antes de a equipe começar a rastrear instâncias de não conformidade. O
REFERÊNCIAS psicólogo primeiro forneceria qualquer psicoeducação necessária e, em seguida,
33
1
INTRODUÇÃO
ajudaria a família a definir operacionalmente o comportamento difícil, de modo
que um relato preciso do comportamento-alvo pudesse ser feito. A colaboração
2 para chegar a uma definição clara do comportamento-alvo é um primeiro passo
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO crítico para lidar com comportamentos difíceis.
DE DIAGNÓSTICO
A expertise comportamental do psicólogo é igualmente utilizada para
3
AVALIAÇÃO E
determinar a relação entre eventos no ambiente do indivíduo e o comportamento-
alvo. Os meios para determinar a função subjacente podem variar dependendo
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES da situação. Em alguns casos, o uso de uma das medidas indiretas, relato dos
PSIQUIÁTRICAS
pais, juntamente à observação informal, pode ser suficiente. Em outros casos,
pode ser necessária uma avaliação comportamental funcional mais envolvida.
4
TRANSIÇÃO PARA
O psicólogo pode precisar treinar os profissionais de saúde sobre como registrar
A VIDA ADULTA, sistematicamente antecedentes e consequências de uma maneira que registre
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE detalhes suficientes para ajudar na formação de uma hipótese sólida, além de se
APOIO adequar às habilidades da família.

5
CONTRIBUIÇÕES DO
Por exemplo, eles precisam decidir se todas as incidências do
PSICÓLOGO comportamento operacionalmente definido serão contadas ou se a família
registrará apenas durante um determinado período de tempo todos os dias. Com
REFERÊNCIAS pouca frequência, uma análise funcional do comportamento pode ser necessária.
34
1
INTRODUÇÃO
Usar esta técnica significa essencialmente executar um experimento de apenas
um sujeito em que fatores ambientais são sistematicamente manipulados em
2 um ambiente controlado. Uma sólida formação na integração de pesquisas e
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO estudos comportamentais é essencial na condução dessas análises formais para
DE DIAGNÓSTICO minimizar a chance de introdução de fatores de confusão.

3
AVALIAÇÃO E
Uma vez que for definido o comportamento operacionalmente, que for
fornecida a psicoeducação necessária, que as funções forem determinadas e uma
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES linha de base de frequência e gravidade do comportamento for estabelecida, o
PSIQUIÁTRICAS
psicólogo pode trabalhar com a família e a equipe para estabelecer um plano de
tratamento para enfrentar o comportamento desafiador.
4
TRANSIÇÃO PARA
A VIDA ADULTA, Para comportamentos desafiadores e para transtornos psiquiátricos
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE comórbidos, o psicólogo pode trabalhar com a família para continuar
APOIO monitorando comportamentos e sintomas ao longo do tempo e alterar o plano
de tratamento conforme necessário. O psicólogo também utilizará a mesma
5
CONTRIBUIÇÕES DO
expertise comportamental para identificar déficits de habilidades e incorporar
PSICÓLOGO o desenvolvimento de habilidades necessárias no plano de tratamento (por
exemplo, encontrar maneiras de ensinar métodos mais apropriados de solicitar
REFERÊNCIAS atenção, lidar com a frustração e solicitar ajuda ou uma pausa). O estabelecimento
35
1
INTRODUÇÃO
dos métodos de construção de habilidades geralmente envolve mais membros da
equipe interdisciplinar do TEA, incluindo terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos
2 e outros membros da equipe interdisciplinar. Em suma, os antecedentes de
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO pesquisa do psicólogo e a experiência em avaliação comportamental são
DE DIAGNÓSTICO benéficos para o planejamento do tratamento em colaboração com outros
membros da equipe interdisciplinar.
3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS 4 TRANSIÇÃO PARA A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E NECESSIDADES DE
4
TRANSIÇÃO PARA
A VIDA ADULTA,
APOIO
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO À medida que as crianças com TEA se aproximam da idade adulta, seus
sintomas e necessidades de apoio geralmente mudam. Muitos indivíduos
5
CONTRIBUIÇÕES DO
no espectro mostram algum grau de melhoria em sua sintomatologia e
PSICÓLOGO comprometimento geral ao longo do tempo, com comunicação não verbal e
reciprocidade social mostrando comprometimento mais persistente (SHATTUCK
REFERÊNCIAS et al., 2007).
36
1
INTRODUÇÃO
Os desafios causados ​​pelos sintomas do TEA podem se tornar mais
complexos na idade adulta. Quando um indivíduo finaliza o ensino básico ou chega
2 na idade de 18 anos, experimenta uma súbita e significativa perda de estrutura
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO e familiaridade diárias. No local de trabalho, no ensino pós-secundário ou em
DE DIAGNÓSTICO outros locais após o ensino médio, o tempo geralmente não é tão estruturado e
as expectativas não são tão claras quanto eram no ambiente escolar. Indivíduos
3
AVALIAÇÃO E
familiares e confiáveis ​​que ajudaram o indivíduo através de dificuldades no
ambiente escolar não estão mais disponíveis, amigos e colegas familiares estão
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES subitamente ausentes, e as expectativas sociais no local de trabalho podem ser
PSIQUIÁTRICAS
bem diferentes das da sala de aula familiar.

4
TRANSIÇÃO PARA
Compreensivelmente, a transição para a idade adulta pode ser estressante
A VIDA ADULTA, para muitas pessoas no espectro e pode exacerbar problemas de humor ou
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE comportamento em algumas pessoas. Os membros da família e da equipe de
APOIO tratamento devem procurar sinais de que um indivíduo pode estar enfrentando
dificuldades que justificariam o envolvimento do psicólogo. O psicólogo poderia
5
CONTRIBUIÇÕES DO
então avaliar e elaborar um plano de tratamento adequado ao indivíduo, conforme
PSICÓLOGO discutido na seção sobre comorbidade.

REFERÊNCIAS
37
1
INTRODUÇÃO
O planejamento do tratamento pode envolver encaminhamento para
outros serviços, como programas de treinamento de habilidades vocacionais
2 e sociais, que já foram comprovados para reduzir a ansiedade e a depressão
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO autorreferidas entre jovens adultos com TEA (HILLIER et al., 2011).
DE DIAGNÓSTICO
Para indivíduos que têm recebido serviços principalmente na escola, a
3
AVALIAÇÃO E
transição para a idade adulta pode exigir uma nova avaliação psicológica para
determinar o grau de comprometimento em várias áreas, conforme descrito
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES pelas agências de serviços. Por exemplo, pode ser necessário um certo grau
PSIQUIÁTRICAS
de comprometimento funcional em várias áreas para poder acessar serviços
de emprego inclusivos. Nesse caso, o psicólogo escolherá as avaliações mais
4
TRANSIÇÃO PARA
adequadas para destacar as necessidades do indivíduo nos vários domínios
A VIDA ADULTA, descritos pela organização prestadora de serviços, com a colaboração da equipe
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE interdisciplinar, se necessário.
APOIO
Durante o início da idade adulta, muitas pessoas no espectro passam pela
5
CONTRIBUIÇÕES DO
transição a serviços de apoio. Além disso, algumas pessoas que se mudam para
PSICÓLOGO moradias assistidas ou outros ambientes de apoio podem ter dificuldade em se
adaptar ao novo cenário; nesse caso, um psicólogo pode consultar a moradia para
REFERÊNCIAS fornecer psicodedução ao pessoal, implementar a estrutura necessária e outros
38
1
INTRODUÇÃO
apoios ambientais, e elaborar planos de apoio ao comportamento para atender
às necessidades do indivíduo à medida que se ajustam à transição.
2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO A transição do ensino médio para o ensino superior ou o local de trabalho é
DE DIAGNÓSTICO uma experiência essencial para os jovens adultos, independentemente de estarem
ou não no espectro TEA. Os resultados de pesquisas mostram que um número
3
AVALIAÇÃO E
crescente de jovens adultos com TEA está cursando o ensino pós-secundário
em faculdades de quatro anos, faculdades de dois anos e escolas técnicas/
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES profissionais (SHATTUCK et al., 2012). No entanto, indivíduos no espectro são
PSIQUIÁTRICAS
extremamente subempregados e indivíduos com TEA sem deficiência intelectual
concomitante ainda frequentam o ensino superior a taxas mais baixas do que
4
TRANSIÇÃO PARA
seus pares neurotípicos (TAYLOR; SELTZER, 2011). A comorbidade psiquiátrica
A VIDA ADULTA, e os níveis mais baixos de funcionamento adaptativo estão associados a piores
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE resultados para adultos.
APOIO
Os principais sintomas e características associadas do TEA, incluindo
5
CONTRIBUIÇÕES DO
déficits na comunicação e interação social, comportamentos e interesses
PSICÓLOGO restritos e repetitivos, dificuldades pragmáticas de linguagem e disfunção
executiva também podem complicar uma transição bem-sucedida para atividades
REFERÊNCIAS vocacionais ou educacionais. Os psicólogos, particularmente quando trabalham
39
1
INTRODUÇÃO
ao lado de profissionais de diferentes disciplinas, estão bem posicionados para
apoiar adolescentes e adultos com TEA ao entrarem e participarem do emprego
2 e do ensino pós-secundário. Nesta seção, são discutidos os apoios e serviços que
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO os psicólogos podem fornecer aos estudantes com TEA.
DE DIAGNÓSTICO
Para os indivíduos que ingressam na força de trabalho, uma avaliação para
3
AVALIAÇÃO E
determinar as necessidades atuais de suporte às vezes é benéfica se o indivíduo
não recebe uma avaliação há vários anos. A avaliação por um psicólogo pode
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES ser necessária para se qualificar para serviços de emprego ou de reabilitação
PSIQUIÁTRICAS
profissional; essas organizações geralmente conduzem a avaliação de habilidades
profissionais, conforme necessário. Essas avaliações podem informar o indivíduo
4
TRANSIÇÃO PARA
e sua equipe de tratamento sobre os apoios que podem ser necessários no
A VIDA ADULTA, ambiente de trabalho, o que pode informar a procura de emprego e perguntas
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE sobre se e quando divulgar o diagnóstico de TEA.
APOIO
Os indivíduos que continuam o ensino pós-secundário também devem
5
CONTRIBUIÇÕES DO
levar essas coisas em consideração. Como as escolas pós-secundárias não
PSICÓLOGO precisam rastrear a presença de deficiências ou condições que possam interferir
na aprendizagem, é improvável que os alunos sejam avaliados e diagnosticados
REFERÊNCIAS com TEA ou outras condições pelas escolas pós-secundárias (PINDER-AMAKER,
40
1
INTRODUÇÃO
2014). Em vez disso, uma avaliação neuropsicológica, psicológica e/ou
educacional independente com um psicólogo é valiosa para estudantes com TEA
2 que planejam seguir o ensino pós-secundário antes de iniciarem o programa
CONTRIBUIÇÕES
educacional.
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO
Para um jovem, uma avaliação neuropsicológica completa examinará o
3
AVALIAÇÃO E
funcionamento em vários domínios, incluindo funções intelectuais e cognitivas,
linguagem e funções relacionadas, habilidades visuoespaciais e visuomotoras,
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES aprendizagem e memória, atenção e funções executivas e bem-estar psicológico
PSIQUIÁTRICAS e socioemocional. Também podem ser incluídos as aptidões acadêmicas
(BRAATEN; FELOPULOS, 2003). Os resultados dessa avaliação podem identificar
4
TRANSIÇÃO PARA
o perfil de diagnóstico de um aluno e áreas de força e fraqueza cognitiva e
A VIDA ADULTA, informar os tipos de serviços e apoios que podem ser necessários no cenário do
SEUS SINTOMAS E ensino pós-secundário.
NECESSIDADES DE
APOIO
De fato, um relatório de avaliação recente geralmente é exigido pelos
5
CONTRIBUIÇÕES DO
departamentos de serviços para deficientes nas universidades de 2 e 4 anos
PSICÓLOGO para fornecer acomodações (por exemplo, tempo prolongado para concluir

REFERÊNCIAS
41
1
INTRODUÇÃO
tarefas e exames, assentos preferenciais, acesso a anotações e esboços de
aula) para alunos individuais. Embora alguns estudantes se sintam relutantes
2 em compartilhar seus relatórios de avaliação e, por sua vez, seu status de
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO incapacidade com suas instituições de ensino pós-secundário (MACLEOD; GREEN,
DE DIAGNÓSTICO 2009), é importante ter em mente que, de acordo com os mandatos legais, todas
as informações devem ser mantidas em sigilo e compartilhadas com o pessoal
3
AVALIAÇÃO E
apenas com base na necessidade de conhecimento, e a obtenção de apoios
adequados pode aumentar significativamente o sucesso geral do indivíduo.
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS
Vendo que não existe um protocolo padronizado para avaliar jovens
com TEA, Hewitt (2015) ofereceu algumas recomendações para trabalhar com
4
TRANSIÇÃO PARA
essa população. Especificamente, ao avaliar indivíduos com TEA que estão se
A VIDA ADULTA, preparando para o ensino pós-secundário, é útil cobrir os seguintes domínios:
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO • objetivos educacionais e de carreira;
• motivação para frequentar a faculdade;
5
CONTRIBUIÇÕES DO
• preocupações com experiências educacionais e sociais anteriores;
PSICÓLOGO • hobbies e interesses;
• rede de apoio atual e antecipada ao ingressar no ensino superior;
REFERÊNCIAS • experiências anteriores com independência, vida comunitária e autodefesa;
42
1
INTRODUÇÃO
• experiências anteriores com a autodivulgação do status de TEA.

2 Essas mesmas considerações são importantes para os indivíduos que se


CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO preparam para ingressar na força de trabalho. Ao avaliar jovens com TEA que
DE DIAGNÓSTICO já estão matriculados no ensino pós-secundário, é importante avaliar (HEWITT,
2015):
3
AVALIAÇÃO E • sua situação atual de vida;
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES • capacidade de identificar e usar serviços e organizações do campus (por
PSIQUIÁTRICAS
exemplo, organizações estudantis, serviços de saúde);
• capacidade de navegar no campus e na comunidade circundante;
4
TRANSIÇÃO PARA
• relacionamento com o departamento de serviços para deficientes do campus;
A VIDA ADULTA, • horários e programas de aula;
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE • desempenho acadêmico;
APOIO • interações com professores e funcionários (por exemplo, professores,
conselheiros residentes);
5
CONTRIBUIÇÕES DO
• uso de tecnologia;
PSICÓLOGO • habilidades de estudo e gerenciamento de tempo.

REFERÊNCIAS
43
1
INTRODUÇÃO
A avaliação dessas áreas pode informar a necessidade e a prestação de
serviços, além das acomodações acadêmicas que as escolas pós-secundárias
2 podem estar mais familiarizadas e equipadas para oferecer.
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO Embora a transição para o ensino pós-secundário ou para a força de
trabalho seja um período empolgante para muitos indivíduos com TEA, também
3
AVALIAÇÃO E
pode introduzir um aumento nas demandas acadêmicas/de produtividade e
sociais e, por sua vez, um aumento no estresse. Além disso, o estresse associado
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES a essa transição pode persistir ao longo do tempo para estudantes com TEA
PSIQUIÁTRICAS
(VANBERGEIJK; KLIN; VOLKMAR, 2008).

4
TRANSIÇÃO PARA
Os psicólogos que prestam serviços diretos podem fornecer terapia
A VIDA ADULTA, individual ou em grupo para estudantes pós-secundários com TEA. Muitos
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE indivíduos com TEA apresentam sintomas significativos de depressão e ansiedade
APOIO (LAI et al., 2011). Embora a base de pesquisa permaneça limitada, existem
evidências emergentes para mostrar que a terapia cognitivo-comportamental
5
CONTRIBUIÇÕES DO
adaptada (TCC), discutida também na seção de comorbidades, aplicada em
PSICÓLOGO contextos individuais e em grupo, pode reduzir esses sintomas em jovens com
TEA sem a presença de deficiência intelectuais concorrentes (KERNS et al., 2016).
REFERÊNCIAS
44
1
INTRODUÇÃO
Além disso, intervenções baseadas nos princípios da TCC, incluindo
terapia de solução de problemas em grupo (PUGLIESE; WHITE, 2014), têm apoio
2 emergente para aumentar as habilidades práticas e reduzir o sofrimento entre
CONTRIBUIÇÕES
os estudantes do ensino pós-secundário com TEA. Essas intervenções são
PARA O PROCESSO
DE DIAGNÓSTICO fornecidas por um psicólogo.

3
AVALIAÇÃO E
Além de ajudar os alunos com TEA a gerenciar sintomas depressivos e
de ansiedade, estudos recentes de intervenção têm como objetivo aumentar
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES as habilidades e comportamentos sociais. Por exemplo, Ashbaugh, Koegel e
PSIQUIÁTRICAS Koegel (2017) desenvolveram e testaram uma intervenção estruturada de
planejamento social para abordar as altas taxas de solidão e isolamento relatadas
4
TRANSIÇÃO PARA
por estudantes pós-secundários com TEA.
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E O planejamento social estruturado envolve vários componentes, incluindo
NECESSIDADES DE
APOIO a incorporação dos interesses dos indivíduos ao selecionar atividades sociais,
os indivíduos envolvidos nas atividades sociais selecionadas, o treinamento
5
CONTRIBUIÇÕES DO
em habilidades organizacionais e o uso de um mentor para suporte. Os autores
PSICÓLOGO Ashbaugh, Koegel e Koegel (2017) usaram um design de linha de base múltipla
para medir o impacto desse programa de intervenção no número de atividades
REFERÊNCIAS sociais frequentadas por semana, número de atividades extracurriculares
45
1
INTRODUÇÃO
frequentadas por semana, número de colegas com quem interagiram nessas
atividades, desempenho acadêmico e índices de autorrelato geral de satisfação
2 de três estudantes universitários com TEA. A participação na intervenção
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO estruturada de planejamento social teve resultados benéficos para cada
DE DIAGNÓSTICO participante em cada uma dessas áreas, e os resultados deste estudo apoiam a
intervenção direta nas habilidades e comportamentos sociais de estudantes do
3
AVALIAÇÃO E
ensino pós-secundário com TEA.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES Enquanto que participantes do estudo de Ashbaugh, Koegel e Koegel
PSIQUIÁTRICAS
(2017) receberam intervenção individualmente, esses resultados são
consistentes com aqueles de estudos anteriores que demonstraram que adultos
4
TRANSIÇÃO PARA
jovens com TEA podem se beneficiar em várias áreas da intervenção social e
A VIDA ADULTA, vocacional baseada em grupo (HILLIER et al., 2011; HILLIER et al., 2007).
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Tomados em conjunto, esses resultados sugerem que os psicólogos podem
APOIO contribuir para uma transição bem-sucedida, abordando habilidades sociais e
fornecendo treinamento de habilidades ao trabalhar com jovens com TEA em
5
CONTRIBUIÇÕES DO
contextos individuais e em grupo.
PSICÓLOGO

REFERÊNCIAS
46
1
INTRODUÇÃO
Um papel importante que os psicólogos podem desempenhar para os
alunos do ensino pós-secundário com TEA em seus cuidados é aprender sobre
2 os recursos e os apoios disponíveis nas instituições de ensino dos indivíduos.
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO As escolas pós-secundárias variam significativamente nos apoios que fornecem;
DE DIAGNÓSTICO no entanto, os programas mais frequentemente oferecidos aos estudantes pós-
secundários com TEA incluem grupos de apoio, aconselhamento, atividades
3
AVALIAÇÃO E
sociais supervisionadas e programas de transição (BARNHILL, 2016).

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES Os psicólogos podem ajudar explorando e compreendendo a base de
PSIQUIÁTRICAS
pesquisa desses programas. Com essas informações, os psicólogos podem ajudar
seus clientes a acessar e navegar nesses suportes, bem como a tomar decisões
4
TRANSIÇÃO PARA
informadas sobre quais oportunidades buscar.
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Para os indivíduos que planejam ingressar no emprego, o psicólogo
APOIO pode recomendar e se referir da mesma forma às organizações comunitárias
apropriadas que podem ajudar no planejamento vocacional, incluindo programas
5
CONTRIBUIÇÕES DO
de treinamento de habilidades relacionados às metas de emprego do indivíduo.
PSICÓLOGO Basear-se em comportamentos adaptativos, incluindo segurança, transporte,
responsabilidade financeira, higiene pessoal, entre outros, é muitas vezes
REFERÊNCIAS necessário para estudantes com TEA em transição para a idade adulta (ZEEDYK
et al., 2016).
47
1
INTRODUÇÃO
Os psicólogos devem ter conhecimento sobre os apoios e recursos
locais disponíveis (incluindo aqueles oferecidos por outras pessoas na equipe
2 interdisciplinar) para ajudar a atender a essas necessidades e fazer referências
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO apropriadas. Os psicólogos também devem estar cientes de que alguns
DE DIAGNÓSTICO indivíduos com TEA e suas famílias podem optar por trabalhar com um terapeuta
ocupacional, tutor e/ou mentor para desenvolver algumas dessas habilidades
3
AVALIAÇÃO E
e devem estar preparados para fornecer referências e colaborar com esses
profissionais, conforme necessário.
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS
Além de ajudar os alunos com TEA a navegar pelos recursos em suas
comunidades, os psicólogos podem ajudar os adultos com TEA envolvendo os
4
TRANSIÇÃO PARA
pais em sessões, se a permissão for concedida pelo cliente. Como discutido
A VIDA ADULTA, anteriormente, as famílias dos estudantes geralmente estão altamente
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE envolvidas em sua educação básica; no entanto, a responsabilidade muda
APOIO rapidamente para os próprios alunos ao ingressar no ensino pós-secundário.

5
CONTRIBUIÇÕES DO
Pinder-Amaker (2014) sugeriu que os alunos no ensino pós-secundário
PSICÓLOGO se beneficiariam enormemente de um "Plano Educacional Individualizado" para
os estudos pós-secundários. Deste modo, as interações complexas entre o
REFERÊNCIAS aluno, a família e a escola que ocorreram no contexto de um Plano Educacional
48
1
INTRODUÇÃO
Individualizado na escola básica poderiam continuar após o ensino médio. Os
psicólogos podem ser capazes de colocar em prática alguns aspectos desse plano.
2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO Novos programas estão sendo implementados continuamente para
DE DIAGNÓSTICO atender às necessidades dos números crescentes de adultos com TEA, incluindo
estudantes do ensino pós-secundário. Uma desvantagem significativa dessas
3
AVALIAÇÃO E
ofertas, no entanto, é que muitas carecem de avaliação do programa em uma
escala maior (ZEEDYK et al., 2016).
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
PSIQUIÁTRICAS
Até o momento, as recomendações para apoiar as necessidades de
estudantes universitários com TEA parecem basear-se mais nas impressões
4
TRANSIÇÃO PARA
clínicas, nas experiências de profissionais da área de educação e em pesquisas
A VIDA ADULTA, com estudantes com outras deficiências e não no TEA (por exemplo, dificuldades
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE de aprendizagem), do que em pesquisas empíricas com estudantes universitários
APOIO com TEA (PINDER-AMAKER, 2014).

5
CONTRIBUIÇÕES DO
Com relação ao emprego, historicamente, os apoios têm sido mais facilmente
PSICÓLOGO acessíveis para indivíduos com deficiência intelectual (DI) concomitante, deixando
indivíduos com TEA, mas sem DI, significativamente menos propensos a ter
REFERÊNCIAS atividades diurnas (TAYLOR; SELTZER, 2011). Essa discrepância destaca que os
49
1
INTRODUÇÃO
apoios atualmente disponíveis são inadequados para atender às necessidades
daqueles que têm um diagnóstico de TEA sem DI. Embora um interesse crescente
2 em criar programas para esses indivíduos tenha surgido nos últimos anos, muitos
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO desses programas ainda estão em desenvolvimento e não estão amplamente
DE DIAGNÓSTICO disponíveis.

3
AVALIAÇÃO E
No entanto, à medida que mais programas forem implementados e
avaliados, a base de pesquisa aumentará. Com pesquisa e treinamento clínico,
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES os psicólogos estão em uma posição única para contribuir com esses esforços de
PSIQUIÁTRICAS
avaliação de programas para determinar como projetar, modificar e implementar
programas de maneira mais eficaz para atender às necessidades educacionais e
4
TRANSIÇÃO PARA
de emprego de adultos com TEA.
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE Assim como a população em geral, adultos com TEA inevitavelmente
APOIO experimentam vários eventos de vida estressores. Quando necessário, o
psicólogo familiarizado com TEA é um recurso ideal para ajudar com problemas
5
CONTRIBUIÇÕES DO
significativos de estresse, humor ou ansiedade, conforme necessário.
PSICÓLOGO

REFERÊNCIAS
50
1
INTRODUÇÃO
Poucas pesquisas foram conduzidas sobre adultos idosos com TEA,
mas os psicólogos podem ser parte integrante da equipe interdisciplinar para
2 ajudar os indivíduos a lidar com as dificuldades de adaptação à medida que
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO experimentam declínio da mobilidade ou da saúde. O psicólogo também pode
DE DIAGNÓSTICO trabalhar com a equipe de atendimento para criar apoios adicionais, conforme
necessário. Por exemplo, o psicólogo pode consultar uma equipe interdisciplinar
3
AVALIAÇÃO E
sobre estratégias comportamentais a serem implementadas com indivíduos
em serviços de atendimento intermitente de recuperação pós-cirúrgica, pois
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES indivíduos nesta condição necessitam ser motivados rotineiramente devido à
PSIQUIÁTRICAS
interrupção causada pelo processo de recuperação ser muito angustiante.

4
TRANSIÇÃO PARA
Os psicólogos também são capazes de fornecer avaliações periódicas que
A VIDA ADULTA, podem ser úteis na detecção do declínio cognitivo ao longo do tempo. Pesquisas
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE indicam que na população em geral, o declínio cognitivo pré-sintomático ocorre nas
APOIO décadas anteriores ao início da demência (GESCHWIND et al., 2001). A avaliação
periódica pode ajudar a detectar esse sinal de alerta em indivíduos com TEA, e
5
CONTRIBUIÇÕES DO
outras avaliações podem ajudar a determinar as acomodações apropriadas ou a
PSICÓLOGO necessidade de encaminhamento para especialistas adicionais, caso o indivíduo
experimente declínio cognitivo ou surjam novos sintomas de humor ou aumento
REFERÊNCIAS de comportamentos problemáticos.
51
1
INTRODUÇÃO
5 CONTRIBUIÇÕES DO PSICÓLOGO
2
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO Indivíduos com TEA certamente se beneficiam da colaboração de uma
DE DIAGNÓSTICO equipe interdisciplinar. No contexto dessa equipe, as contribuições do psicólogo
incluem treinamento extensivo em avaliação do TEA e comorbidades psicológicas/
3
AVALIAÇÃO E
comportamentais que são comumente vistas no contexto do TEA.

TRATAMENTO DE
COMORBIDADES As contribuições do psicólogo para a avaliação geralmente são
PSIQUIÁTRICAS particularmente importantes para o planejamento acadêmico, planejamento de
transição e qualificação para vários serviços. O treinamento e a experiência do
4
TRANSIÇÃO PARA
psicólogo serão um trunfo para o planejamento de tratamento da equipe, e o
A VIDA ADULTA, psicólogo pode fornecer intervenções para abordar preocupações psicológicas e
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE comportamentais comuns que podem afetar a qualidade de vida e interferir na
APOIO participação em outras intervenções ou programas acadêmicos.

5
CONTRIBUIÇÕES DO
À medida que o indivíduo envelhece, o psicólogo permanece como
PSICÓLOGO um recurso para as intervenções terapêuticas necessárias, adaptadas às
necessidades do indivíduo e pode ajudar nas principais transições da vida.
REFERÊNCIAS
52
1
INTRODUÇÃO
O psicólogo também é um recurso para avaliar mudanças cognitivas
associadas ao envelhecimento e fornece treinamento em metodologia de
2 pesquisa necessária para o desenvolvimento, pesquisa e aprimoramento de
CONTRIBUIÇÕES
PARA O PROCESSO programas, à medida que os profissionais se esforçam para atender melhor às
DE DIAGNÓSTICO necessidades dessa população.

3
AVALIAÇÃO E
TRATAMENTO DE
COMORBIDADES
REFERÊNCIAS
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4
TRANSIÇÃO PARA
A VIDA ADULTA,
SEUS SINTOMAS E
NECESSIDADES DE
APOIO

5
CONTRIBUIÇÕES DO
PSICÓLOGO

REFERÊNCIAS

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