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Dia 1

Eu já estava acordado antes do relógio despertar, mas não abri os olhos. A hora de abrir os olhos é
5:30. 5:30 Já foi a hora de acordar, mas eu não consigo controlar as coisas enquanto durmo.
O relógio despertou e eu levantei da cama. Eu urinei, escovei os dentes e me alonguei. Eu morava em
uma kitnet, então dei 2 passos e cheguei em minha cozinha. Passei 250 ml. Enquanto o café passava,
me apossei de duas fatias de pão integral. Dentro do pão integral, inseri uma fatia de queijo e uma fatia
de presunto. A fatia de presunto não ficou bem posicionada, então joguei o pão fora e fiz outro, que
ficou perfeito. Tomei o café em 4 goles e comi o pão em 20 mordidas.
Saí de casa e desci as escadas de meu prédio. Elevadores não são controláveis. Na portaria, passei por
alguns vizinhos e escutei algumas risadas. As pessoas riem de mim por conta de meu TOC, que me
torna um pouco diferente dos demais. O TOC é algo presente em minha vida há 4 anos. Desde então,
amigos não são algo comum em minha vida. Os únicos seres humanos com quem convivo são os
colegas do trabalho, mas eu não gosto muito deles.
Fora de meu prédio ainda estava escuro. Natural, ainda era muito cedo. Quase ninguém estava na rua,
apenas eu.
Eu ia para o trabalho de bike, e nesse dia não foi diferente. Fui o primeiro a chegar em meu trabalho,
como sempre. Eu era atendente em uma loja de eletrônicos, e gostava de chegar as 6 para arrumar a
loja. Eu não gostava de trabalhar lá, mas eu precisava me manter de algum jeito enquanto estudava
programação.
Meu chefe, Albert, era a pior coisa do emprego. Era um homem alto e parrudo que gostava de controlar
tudo e todos. Sentia muito orgulho de sua loja, embora ela estivesse quase falindo há um bom tempo.
Os meus colegas de turno também eram pouco agradáveis. Jordan, um homem baixo, corpulento e
cheio de acne e Robert, um cara muito alto, extremamente magro e com uma voz gralha. A loja era
pequena e pouco movimentada, nós 4 dávamos conta de tudo tranquilamente.
Eu não conversava muito com Robert e Jordan. Eles não gostavam de mim, me consideravam puxa-
saco e diziam que eu “roubava”as comissões deles. Eu não roubava nada, eu só sabia vender muito
melhor. Sempre fui visto assim em todos os lugares, na escola era a mesma coisa. Esse é o maior
problema de ser alguém superior.
Eu cheguei na loja, botei a camisa temática da mesma e o crachá. Eu nunca gostei de meu nome. Pierre.
Minha mãe botou ele simplesmente porque achou chique. Meu pai só não se importava. Isso poderia
resumir minha infância. Meus pais eram pobres que ficaram ricos através de herança. Minha mãe fazia
qualquer coisa simplesmente por achar chique. Meu pai só queria curtir na piscina. Na época em que
tudo aconteceu, ainda estavam vivos. Hoje em dia, eu sinto saudade, mas naquele tempo era diferente.
Eu sentia ódio deles. Hoje em dia entendendo que aquilo é uma questão minha apenas comigo mesmo,
eles não tem culpa do que aconteceu, apenas não souberam lidar com uma situação complicada.
Quando terminei de arrumar a loja meu patrão chegou, seguido de meus dois colegas. Nós 3 nos
pusemos um ao lado do outro para que ele fizesse a inspeção diária.
-Jordan, esse seu perfume novo cheira que nem merda. Robert, tudo ok. Pierre, esse seu corte de cabelo
novo é terrível. A nossa loja é uma loja de elite, vocês devem estar á caráter.
Meu chefe gostava de mim por motivos óbvios, mas fingia que não. Ele controlava tudo na gente.
Nosso corte de cabelo, sapato, perfume e até óculos. Eu me identificava um pouco com ele e acho que
era um sentimento recíproco. Mesmo assim, eu o odiava.
Aquele foi um dia de trabalho normal. Jordan e Robert conversando enquanto eu trabalhava, nada de
anormal. Saí do trabalho 17 horas e fui para casa jantar. Eu não jantava bem, vivia de pizza e miojo.
Terminei de jantar e liguei meu computador para começar a programar. Para minha surpresa, eu havia
recebido um email. Minha vida nunca mais foi a mesma depois de abrir aquele email.
O assunto do email era “Eu estou sempre lá com você, e sempre estarei com você”. Abri o email, e a
primeira coisa que vi foi uma foto. Meu coração gelou. Era uma foto minha com as mão sujas de
sangue, saindo de um mato durante a madrugada do dia 25/02/2018. Eu nunca vou esquecer o dia que
cometi meu primeiro homicídio. Naquele dia, eu matei com minhas próprias mãos o homem que
estuprou meu irmão. Eu nunca vou esquecer o prazer que senti ao cravar minha faca na barriga dele. Eu
nunca vou esquecer o grito agudo de dor que ele soltou. Eu nunca vou esquecer o prazer de controlar
alguém completamente. O prazer de sentir que você tem o mundo aos seus pés, a sensação de liberdade
e poder máxima. Aquele homem havia feito mal ao meu ser humano favorito no universo, e eu o matei.
Não me arrependo, mesmo que depois desse dia e dessa experiência eu tenha obtido toque e transtorno
de ansiedade social, além de ter uma angustia eterna. Eu chamo isso de síndrome de Raskólnikov, a
pertubação pós assassinato. Não é fácil tirar uma vida, mesmo sabendo que o que fiz foi certo e
prazeroso, não é fácil. É como se o seu corpo nunca se recuperasse da adrenalina e ficasse sempre em
alerta.
Depois da foto havia um texto. “Eu sei o que você fez desde o exato momento ,e agora eu sei onde
você mora, trabalha e até onde compra o miojo que está preparando nesse momento.Foi difícil te achar,
mas agora, agora eu já observei seus hábitos, eu te observo de perto, eu sempre estou te observando, eu
sou onipresente, e você, você é apenas um assassino imundo que não merece o ar que respira. É menos
que um pedaço de merda. Você é meu brinquedo. E se você ligar para a polícia, eu mostro as fotos. E
para você não pensar que estou brincando, fique com essas fotos que tirei hoje.”
Uma foto minha subindo na bike, uma foto minha trabalhando, uma foto minha entrando em casa. A
mesma roupa que eu estava usando hoje.
“Se você fugir, vou te denunciar. Tenho várias fotos do cadáver. Se ficar, eu vou me divertir. A polícia
não é confiável, eu mesmo irei te punir, seu merda .”
Eu não estava desesperado, longe disso. Nunca tive medo da morte. Ter medo de algo desconhecido
(morte) é burrice. Por que eu teria medo de algo que eu nem sei como é? Além disso, era óbvio que ele
não me mataria. Se fosse para me matar, ficaria quieto na dele e só faria esse show na hora de me
matar.
A foto do dia do crime tinha uma ótima qualidade, e olha que estava bem escuro. Dava para ver meu
rosto nitidamente. Com certeza a pessoa usou uma câmera profissional. O ângulo da foto indicava que
ela tinha sido feita de uma altura normal. Ele estava escondido atrás de algo. Como eu não vi essa
pessoa quando cheguei no local? Eu estava ansioso e cheio de adrenalina, devo ter deixado a imagem
dele me escapar.
Eu realmente estava preparando um miojo, mas tinha certeza que ele estava mentindo sobre já ter
observado meus hábitos. A mensagem deixava claro que ele me observar era algo recente. “Foi difícil
te achar, mas agora...”. Além disso, todas as fotos eram de hoje. Se ele tivesse mais, teria mandado. 100
fotos são mais ameaçadoras que 3.
Ele saber que eu estava preparando um miojo era estranho. Minha webcam estava tampada com fita
adesiva. Ou ele me viu comprando ou ele tinha câmeras no meu apartamento, mas a segunda hipótese
era improvável.
Eu tinha muitas possibilidades de como seguir minha vida:
1-Fingir que nada estava acontecendo.
2-Denunciar ele e pagar pelos meus atos.
3-Tentar explicar para ele o que aconteceu.
4-Descobrir quem ele é e mata-lo.
A primeira opção era boa, mas uma hora ele faria alguma coisa. A segunda opção afetaria meu irmão
psicologicamente e eu não queria ser preso, a terceira não estava descartada a longo prazo. Na
mensagem ele deixa bem claro que me vê apenas como um assassino imundo e que odeia assassinos.
Para explicar que eu, na realidade, sou um nobre herói, seria necessário um jogo de manipulação muito
longo. A quarta possibilidade é a que mais me agradava, embora fosse a mais complicada. Eu não sabia
quantas horas por dia ele me vigiava. Além disso, ele não era burro, pelo contrário. Descobrir minha
identidade deve ter sido uma missão muito complicada.
Decidi que seguiria a possibilidade 3 e 4 ao mesmo tempo. Seria o mais justo. Primeiro eu daria chance
para ele parar de me atormentar, se ele não fosse facilmente convencível, eu seria obrigado a mata-lo.
O primeiro passo seria começar a falar com ele, embora eu estivesse receoso. Eu sempre tive boas
habilidades sociais, principalmente na área da persuasão. Mas aquilo era diferente, muita coisa estava
em jogo.
A melhor maneira de convencer alguém a fazer qualquer coisa é usando as 6 necessidades humanas.
Conforto, aventura, amor, conexão, crescimento e contribuição. A psicologia diz que essas 6
necessidades norteiam as decisões humanas, e os que trabalham com copywriting sempre levam elas
em conta na hora de escrever. Eu decidi que usaria elas para manipular ele, afinal de contas, sempre
que usei elas adaptadas para o trabalho de vendas, funcionou.
“Ei cara, não sei se eu devia falar com você ou se você vai responder, mas decidi que uma conversa é
algo necessário. Se puder responder, eu agradeço. Até porque, você não tem nada a perder.
Primeiramente, você não sabe meus motivos. Entendo que queira fazer justiça, realmente, isso é algo
nobre, poucos fariam isso em seu lugar, mas o que eu fiz é tão nobre quanto. Não me julgue tão
antecipadamente, por favor.”
Um bom texto inicial, que dava margem para uma continuação da conversa onde eu poderia ganhar
informações sobre ele ao mesmo tempo que teria a oportunidade de explicar minha motivação.
Mas não fazia sentido eu ficar me preocupando. Já estava na hora de eu fazer a minha ligação para meu
irmão. Eu ligava para ele todo santo dia. Nossos pais evitavam nossa aproximação . Segundo eles, eu
fiquei muito tóxico depois do sumiço de Walter. Eles nunca me acusaram diretamente de nada, mas
sempre faziam indiretas quanto ao sumiço “repentino” dele e meu envolvimento nisso. No fundo, eles
sabiam que eram pais de um assassino. Mas sabiam, também, que se tivessem feito algo a respeito de
Walter, como chamar a polícia, eu não teria feito uma decisão tão radical. Eles quiseram manter a
imagem, mesmo que a gente nunca sequer tenha tido uma, ao invés de denunciar o pedófilo de seu
filho.
Peguei meu telefone e entrei no contato de meu irmão. Sua foto de perfil era nosso cachorro, Ted. Eu
sentia falta de Ted desde que eu havia me mudado, ele era um bom cão.
-Sam, como vai?
-Bem.
-Tem certeza? Você parece triste.
-Meu aniversário é semana que vem. Você vai vir?
-Carinha, eu queria muito ir, mas você sabe que eu estou brigado com nossos pais.
-É por minha causa? É por causa daquilo?
-É por causa daquilo, mas você não tem culpa de nada nessa história.
-Tem certeza?
-Claro. Mas vamos falar de coisa boa! O que você quer de aniver, ein? 13 Anos é uma idade muito
especial.
-Eu quero a sua presença.
-Samy, eu não posso ir ai.
-Mas eu quero que você venha aqui!
-Samy, eu te amo, eu queria muito estar ai, mas papai e mamãe não vão deixar.
Ele desligou na minha cara.
Eu gostaria muito de pensar sobre tudo, mas estava na hora de dormir.

Dia 2
Acordei no horário correto. Levantei da cama, urinei, escovei os dentes e me alonguei. Fiz meu pão e
meu café. Ambos perfeitos.
Desci as escadas do meu prédio e meu porteiro me chamou.
-O que ouve?
-Encomenda.
Uma caixa de papelão me aguardava.
-Obrigado.
Ele não respondeu.
Levei a caixa até meu apartamento, desci as escadas novamente e estava me preparando para sair de
bike quando decidi investigar.
No dia anterior, naquela mesma hora, eu tinha certeza que a rua estava vazia, mas de alguma maneira,
ele conseguiu tirar uma foto minha. A rua de meu prédio dava para uma outra rua de prédios e
comércios, da onde a foto havia sido tirada. Na foto, eu estava na frente de um poste. A câmera estava
na minha esquerda. Pelo ângulo, a foto tinha que ter sido tirada de um lugar onde ficava uma padaria.
Eu ia com pouca frequência nessa padaria, eu odeio comer na rua, eu não tenho controle sobre quem
prepara minha comida, mas decidi investigar. O sentimento de estar quebrando minha rotina estava me
matando por dentro, mas eu o enfrentei.
Era uma padaria completamente normal, e estava praticamente vazia. O único lá dentro era um cara
com uma câmera.
Fui até a única atendente naquele horário e pedi um café. O café estava horrível, mas eu precisava
consumir algo.
Enquanto tomava o meu café, comecei a pensar se o cara da câmera era Ele. Afinal de contas, ele
estava com uma câmera. Será que ele teria tanta ousadia assim? Talvez ele realmente soubesse da
minha rotina, e por isso teve coragem de ir para o mesmo lugar duas vezes. De qualquer forma, deixei a
questão em aberto.
Pedi um café com bastante açúcar, mas saí da cafeteria com um gosto amargo em minha boca. Puxei
assunto com a atendente, e ele me disse que não abriram no dia anterior. Duas vezes Ele tirou uma foto
minha, e duas vezes eu não o vi.
Cheguei no trabalho atrasado pela primeira vez na vida. Meus colegas estavam sorrindo.
-Pierre! Eu achei que você havia morrido, você nunca se atrasa! O que aconteceu?
Eu sempre tenho uma mentira preparada para cada situação, mas naquela vez, eu não tinha nada
preparado. Eu não conseguia pensar em qualquer coisa além daquele maldito.
-Tu dormiu demais, né! Nem precisa responder. Agora vai trabalhar e saia da minha frente.
Meus colegas sorriam de felicidade. Eu nunca tinha levado uma bronca.
Comecei a trabalhar, mas meu desemprenho estava péssimo. Eu não conseguia me concentrar. Pensava
em meu irmão, pensava no cara da cafeteria e pensava em Walter, mas não conseguia pensar no
trabalho.
Terminei de trabalhar e voltei para casa. A caixa de papelão estava na mesa. Eu havia esquecido dela, e
uma pontada de curiosidade tomou conta de mim. Por um lado, podia ser uma armadilha. Pessoas já
foram mortas nesse tipo de esquema. Por outro, podia ser qualquer outra coisa. Podia, também, não ser
algo relacionado com o stalker.
Decidi abrir a caixa. Dentro dela, achei um endereço junto a uma carta. Eu conhecia aquele endereço,
era o endereço onde matei pela primeira vez.
“Me encontre lá em 4 horas, seu desgraçado. Não tente nenhuma gracinha, tem pessoas que sabem que
estarei lá”.
Assustado, fui até o computador. Queria saber se ele havia respondido minha mensagem.
“Não tente me manipular”.
Uma resposta curta e seca, que entrou rasgando em meu cérebro. Eu queria dormir, só assim eu
esqueceria um pouco dessa história, mas não podia. Era hora de ligar para meu irmão, aquele bostinha
chato.Eu nunca gostein dele mas depois de ele desligar em minha cara esse sentimento aumentou e
muito.
-Oi, Sammy.
-Eu não quero falar com você.
-Foi você que desligou na minha cara, eu que devia estar brabo.
-Papai e mamãe estão certos, você é mau.
-Você acha isso?
-Sim, você não vai vir no meu aniversário.
-Sammy, eu fui o único que te ajudei naquela vez.
-Papai e mamãe não querem que eu fale daquela vez.
-Sim, eles não querem admitir a verdade. Não querem admitir que erraram.
-Para de mentir!
-Eu não tô mentindo!
Ele desligou na minha cara, novamente.
-Será?
Não era a voz de Sammy. Eu conhecia aquela voz. Eu não escutava ela fazia muito tempo. Eu matei o
dono dela. Era a voz de Walter. Ele estava ali, diante de mim, mas um pouco diferente. Seu cabelo
estava sujo de terra, seu rosto estava desfigurado e sangue jorrava de sua barriga.
-Eu achei que você estava morto.
-Eu estou, o problema é exatamente esse.
-Você mereceu morrer.
-Você tem certeza?
-Tenho.
-Seu irmão está certo, você é mentiroso.
-Não cite meu irmão.
-Eu sinto saudade deu seu irmão.
-Não fale de meu irmão!
-Vai fazer o que? Me matar?
-Eu te odeio.
-Percebi.
-Eu queria que você fosse embora.
-Eu não sou o problema, o problema é você.

Madrugada do Dia 3
As palavras de Walter ecoavam dentro de meu ser. O problema era eu,sempre foi, muito antes de matar
eu já era problemático, eu sou e sempre fui um bosta, a diferença é que depois de matar eu virei um
assassino de bosta. E para piorar, Sammy estava se voltando contra mim por causa de nossos pais. Eu
matei por ele, porra.
Eu queria me levantar, queria ir trabalhar, continuar com minha vida e com minha rotina, mas não
conseguia, eu não possuía forças. O stalker tirou tudo de mim, ele era minha prisão e meu nêmesis. Ele
realmente era onipresente, eu sentia sua presença 24 horas por dias;
Chegou a hora, e eu fui até o local indicado. Ao lado de um estacionamento velho e na frente de um
matagal.
Ao longe, vi um carro vermelho, igual ao meu carro antigo. O carro parou na minha frente, e dele saiu
um homem parecido comigo. O homem foi até o porta-malas e o abriu. Do porta malas, saiu um
segundo homem. Esse tinha o rosto desfigurado e cambaleava. O primeiro homem portava uma faca.
Eles foram em direção ao matagal, o segundo homem era levado pelo primeiro. Eu os segui.
O primeiro homem jogou o segundo no chão enquanto ria. Após isso, chutou e espancou o segundo
homem,sempre rindo. Ele gargalhou ao cravar a faca e ceifar a vida do segundo homem.
Ele estava fazendo algo asqueroso. Ele era um assassino de merda. Eu não sei porque aquele louco
estava fazendo isso, mas ele precisa ser punido. A justiça tradicional não funciona, quem irá puni-lo
será eu. Eu serei a prisão e o carrasco. Ele me parece familiar, acho que o conheço, mas isso não
importa. O que importa é que o que ele fez é nojento e merece sofrer por isso.

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