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GRUPO DE PESQUISA EM ETNOMUSICOLOGIA DA UFPR

Curitiba - Paraná

Os Argonautas do Pacífico Ocidental de Bronislaw Malinowski


Eduarda Pinheiro dos Santos da Cruz – DeArtes UFPR –
eduarda.santos.musica@gmail.com

Resumo: O presente trabalho trará um resumo objetivo do texto “Os Argonautas do Pacífico
Ocidental” de Bronislaw Malinowski. Faremos uma contextualização do que o autor observou nas
ilhas arquipélagos da Nova Guiné ao observar o cotidiano dos nativos, os Papua-Melanésios, suas
descobertas e percepções sobre a vida dos nativos naquele local. Também falaremos sobre o que o
autor descobriu a respeito do Kula, seu método e o objetivo da pesquisa. Em seguida colocaremos
nosso ponto de vista a respeito do que o autor trás em seu texto.

Palavras-chave: Argonautas. Nativos. Kula.

Title of the Paper in English: The Argonauts of the Western Pacific by Bronislaw Malinowski

Abstract: The present work will bring an objective summary of the text “The Argonauts of the
Western Pacific” by Bronislaw Malinowski. We will contextualize what the author observed in the
archipelago islands of New Guinea by observing the daily life of the natives, the Papua-
Melanesians, their discoveries and perceptions about the life of the natives in that place. We will
also talk about what the author discovered about the Kula, its method and the purpose of the
research. Then we will put our point of view about what the author brings in his text.

Keywords: Argonauts. Natives. Kula.

1. Contextualização
O texto “Os Argonautas do Pacífico Ocidental” de Bronislaw Malinowski trata da
sua pesquisa sobre os nativos, os Papua-Melanésios das ilhas da Nova Guiné. O texto possui
nova divisões onde o autor detalha os pontos centrais da sua pesquisa. Na primeira seção o
autor faz uma breve explicação sobre o local da pesquisa, quem lá habita e quais as formas de
comércio desses nativos. Na segunda seção o autor descreve a metodologia usada, a pesquisa
etnográfica e como essa deve ser usada em campo. Na terceira seção ele aborda sua chegada
no local da pesquisa, suas dificuldades, frustrações sem ter alguém para o amparar e o que fez
para que sua pesquisa começasse a progredir. Na quarta seção o autor descreve a importância
de estar na companhia dos nativos para que possa observar a sua realidade, mas também fala
do desafio que estar nessa posição.
Na quinta seção o autor trás algumas estratégias ao desenvolver a pesquisa de
campo e a importância do pesquisador estar sem ideias preconcebidas da população estudada
pois isso prejudica muito a investigação. O autor também fala da necessidade do Etnógrafo
estudar a população como um todo e não focar somente em um dos aspectos observados. Na
sexta seção o autor faz um aprofundamento sobre o método da pesquisa. Ele fala sobre a
importância de a pesquisa ter uma tabela para que traga maior credibilidade para o Etnógrafo.
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Curitiba - Paraná

Em seguida, o autor coloca uma tabela com a ordem cronológica dos locais por onde passou e
o que observou.
Na sétima seção o autor fala sobre a importância do trabalho em campo, visto que
esse tipo de pesquisa é mais relevante do que as “produções amadoras” onde o autor não está
imerso na cultura e no cotidiano da população pesquisada. Em seguida, na oitava seção o
autor destaca o terceiro objetivo do trabalho em campo, o registro, as provas de sua pesquisa.
Ele também relata sobre a importância de aprender a língua dos nativos e o quanto sua
pesquisa alavancou conforme ele foi desenvolvendo domínio da língua Kiriwi. Na última
seção o autor faz considerações sobre os três objetivos da pesquisa de campo e que o
Etnógrafo nunca deve perder de vista esses objetivos.

2. Vulnerabilidade do autor e a vivência do campo de pesquisa


É muito interessante na terceira seção como o autor se permite ser vulnerável ao
descrever sua chegada no local de pesquisa e ao contar que essa foi sua primeira experiência
na pesquisa de campo. Ele se permite descrever como se sentiu perdido e sozinho. Acho
importante essa interação com o leitor e um apoio aos que estão iniciando assim como ele
mostrando que é normal se sentir inseguro inicialmente, mas que conforme a pesquisa foi
avançando ele foi se desenvolvendo e os próprios nativos começaram a se acostumar com sua
presença.
O autor também da bastante destaque para a pesquisa de campo, o quanto a
vivência com as pessoas investigadas é importante. Segundo Malinowski (1997) “a pesquisa
de campo científico está muito acima da melhor das produções de amadores”. A imersão no
processo da pesquisa é de grande valia para que a produção que será feita a seguir tenha maior
qualidade, detalhes e tenha maior credibilidade para o leitor. O autor relata que os nativos já
sabiam que ele estaria presente em todas as ocasiões então já nem ficavam mais constrangidos
com sua presença, por isso a investigação pode fluir muito melhor.

Referências:

MALINOWSKI, Bronislaw. Os Argonautas do Pacífico Ocidental: um relato do


empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné melanésia. São
Paulo: Abril Cultural, 1976.

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