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analisar o fenômeno dos grupos étnicos e suas persistências, nessa questão o autor se
põe contrário à premissa de que a diversidade cultural é fruto principalmente do
isolamento social e geográfico das agregações humanas, ou, grupos étnicos. O autor faz
uma crítica à negligência de estudos anteriores perante às questões das fronteiras étnicas
e da persistência da etnicidade. Para contrapor o argumento de que o isolamento
mantém a diversidade cultural o autor indica dois pontos: o primeiro sendo a
mobilidade, contato e comunicação fatores que permitem processos de interação e
exclusão que fomentam a persistência de categorias, e em segundo lugar a premissa de
que a diversidade étnica é base das interações e relações sociais estáveis e persistentes, e
não fruto da ausência dessas relações, assim o autor descarta a tese de que a interação
entre grupos sociais seria um fator de aculturação.
Com relação à persistência das fronteiras étnicas o autor aponta que o que importa na
análise é a qualidade de performance dos outros com quem se interage e se é comparado
e após dar alguns exemplos deste pensamento, na relação entre diferentes povos e
controle de áreas de recursos naturais o autor pensa a estratificação como resultado
desse controle, e apesar de nesses casos a estratificação social refletir de certa forma a
diversidade étnica essa relação não é dada, a existência de uma estratificação não
representa necessariamente a existência de diferentes grupos étnicos. Com essa relação
hierárquica em mente o referido autor indaga também sobre o status de minoria como
uma aceitação com o propósito de dar ênfase na sua identidade étnica, assim, com todos
os argumentos expostos pelo autor ele indaga que se torna cada vez mais difícil a
analise sobre os processos de variação, assimilação e manutenção da etnicidade num
contexto mais moderno, o autor argumenta também que há fronteiras entre as unidades
étnicas por um conjunto de características culturais específicas, a persistência da
unidade étnica depende da persistência das diferenças culturais. Por fim em analise dos
argumentos apresentados pelo autor podemos inferir que a matéria cultural pode mudar,
pode haver contato, assimilação de novos grupos e indivíduos que mesmo assim a
fronteira étnica pode não se alterar, tornando-a assim campo fértil para a análise da
cultura e da diversidade étnica, campo esse que segundo o autor não vem sendo
utilizado devidamente pela antropologia.