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Recepção Pesagem

Para a pesagem da cana a ser moída, utilizam-se balanças rodoviárias de plataforma que utilizam
sensores chamados células de carga.

As células de carga sustentam a plataforma e medem o peso da carga que está sobre ela, transmitindo sinal
elétrico que é decodificado e apresentado em valores numéricos ao operador.

Muitas opções de automação podem ser atualmente acopladas à balança como semáforos, cancelas, sensores de
posicionamento e leitores de dados do caminhão, para indexação do resultado das pesagens e armazenamento
correto dos dados.

As balanças podem ser instaladas sobre o piso, semin. embutidas e embutidas. Neste último caso a balança fica
sob uma plataforma de concreto que está ao nível do solo. Deve-se levar em consideração na definição do modo
de instalação a área disponível e a facilidade de acesso para limpeza.

As dimensões dessas balanças podem variar de 9 a 60 m de comprimento e largura entre 3,0 e 3,20 m. A
capacidade de pesagem de 30 a 200 t.

Como é comum composições de transporte rodoviário cujo comprimento pode chegar a até 40 m, as balanças
mais longas favorecem o processo de pesagem tornando-o mais ágil.

A definição da quantidade de balanças necessárias é função da capacidade de moagem da usina, normalmente


têm-se uma para pesar o conjunto caminhão-reboques carregada e outra na saída para os mesmos vazios.

Essas operações podem ser feitas numa única balança quando uma estiver em manutenção ou ainda se a
capacidade de moagem for tal que o ciclo de pesagens cheio e vazio não afete o fornecimento contínuo de cana
para a indústria.

Estas balanças podem ser utilizadas também para pesagem de produto acabado e insumos necessários à
produção de açúcar e etanol, porém é usual destinar-se uma terceira balança exclusivamente para essas
operações.

Avaliação e Pagamento da Cana A próxima etapa no processamento da cana na Indústria para produção de açúcar
e etanol é a análise da cana para verificação de seu teor de açúcares totais, fibra, quantidade de impureza vegetal
e mineral e outras que auxiliam na determinação da qualidade da matéria-prima a ser processada e nortearão o
controle do processo produtivo, assim como a eficiência da indústria na recuperação do açúcar produzido no
campo e acumulado nos colmos pelos processos vegetativos fotossintéticos.

Outra importante função dessa etapa é definir o pagamento da cana ao fornecedor, fazendo jus a uma
remuneração maior o que entrega a cana madura, limpa e com menor tempo decorrido após a queima.

A cana-de-açúcar é muito variável em sua composição. Seu valor para a unidade produtora depende da
quantidade de açúcar que pode ser recuperada dela e do custo associado em seu processamento.

É desejável então ter meios de avaliar a cana, assim a Indústria pode definir seu valor, ajustando a planta e
equipamentos para possibilitar produzir açúcar e etanol dessa cana eficientemente e ao mínimo custo.
Idealmente, a usina deveria pagar a cana pelo que ela vale em termos de seu efeito nos custos de recuperação e
processamento. Um sistema de pagamento de cana que proporcione isso traz um incentivo econômico ao
produtor para fornecer uma cana com qualidades que maximizem a produção de açúcar e etanol. Isto é
importante na medida em que permite reduzir os custos da operação combinada de produção e processamento
da cana.

A qualidade média da cana numa indústria de açúcar e álcool é fortemente conseqüência dos incentivos ou
ausência deles para boa qualidade de cana fornecida presentes no sistema de pagamento de cana.

Neste contexto, boa qualidade de cana permite alta recuperação de açúcar enquanto minimiza os custos de
processamento.

Para medir a qualidade, sistemas de amostragem e análises de cana são necessários. Existem várias formas de
atingir esse objetivo.

Antes, a qualidade da cana-de-açúcar era determinada exclusivamente pela POL (sacarose


aparente). Atualmente, há uma definição mais completa, que engloba as características físico-
químicas e microbiológicas dessa matéria-prima, que podem afetar, significativamente, a
recuperação deste açúcar na fábrica e a qualidade do produto final.

Dois tipos de fatores afetam a qualidade da matéria-prima destinada à indústria:

 fatores intrínsecos: relacionados à composição da cana (teores de sacarose, açúcares


redutores, fibras, compostos fenólicos, amido, ácido aconítico e minerais), sendo estes
afetados de acordo com a variedade da cana, variações de clima (temperatura,
umidade relativa do ar, chuva), solo e tratos culturais;

 fatores extrínsecos: relacionados a materiais estranhos ao colmo (terra, pedra, restos


de cultura, plantas invasoras) ou compostos produzidos por microrganismos devido à
sua ação sobre os açúcares do colmo. 

Para avaliar corretamente a qualidade da matéria-prima é preciso considerar dois aspectos: a


riqueza da cana em açúcares e o potencial de recuperação dos açúcares da cana. A Figura 1
ilustra a coleta de amostras de cana para avaliação da sua qualidade. Desta forma, existe uma
série de indicadores que permitem avaliar tanto a riqueza da cana como a qualidade da mesma
para a recuperação dos açúcares.

Os principais fatores relacionados à qualidade da cana-de-açúcar são POL (sacarose


aparente), pureza, ATR (açúcares redutores totais) na cana, teor de açúcares redutores,
percentagem de fibra e tempo de queima e corte. Abaixo, seguem as definições destes
indicadores.

POL: teor de sacarose aparente na cana. Para a indústria canavieira, quanto mais elevados os
teores de sacarose, melhor.

Pureza: é determinada pela relação POL/Brix x 100. Quanto maior a pureza da cana, melhor a
qualidade da matéria-prima para se recuperar açúcar. Todas as substâncias que apresentam
atividade óptica podem interferir na POL, como açúcares redutores (glicose e frutose),
polissacarídeos e algumas proteínas.

ATR (Açúcares Redutores Totais): indicador que representa a quantidade total de açúcares


da cana (sacarose, glicose e frutose). O ATR é determinado pela relação POL/0,95 mais o teor
de açúcares redutores. A concentração de açúcares na cana varia, em geral, dentro da faixa de
13 a 17,5%. Entretanto, é importante lembrar que canas muito ricas e com baixa percentagem
de fibras estão mais sujeitas a danos físicos e ataque de pragas e microrganismos. Os estudos
mostram que nas primeiras 14 horas de deterioração da cana, 93% das perdas de sacarose
foram devidas à ação de microrganismos, 5,7% por reações enzimáticas e 1,3% por reações
químicas, resultantes da acidez.

Açúcares redutores: é a quantidade de glicose e de frutose presentes na cana, que afetam


diretamente a sua pureza, já que refletem em uma menor eficiência na recuperação da
sacarose pela fábrica.

Porcentagem da fibra da cana: reflete na eficiência da extração da moenda, ou seja, quanto


mais alta a fibra da cana, menor será a eficiência de extração. Por outro lado, é necessário
considerar que variedades de cana com baixos teores de fibra são mais susceptíveis a danos
mecânicos ocasionados no corte e transporte, o que favorece a contaminação e as perdas na
indústria. Quando a cana está com a fibra baixa ela também acama e quebra com o vento, o
que a faz perder mais açúcar na água de lavagem.

Tempo de queima/corte: é o tempo entre a queima do canavial e a sua moagem na indústria


(no caso da colheita manual) ou o tempo entre o corte mecanizado e a moagem. Quanto menor
o tempo entre a queima/corte da cana e a moagem, menor será o efeito de atividades
microbianas nos colmos que ocorrem e melhor será a qualidade da matéria-prima entregue á
indústria. Além de afetar a eficiência dos processos de produção de açúcar e álcool, o tempo
de queima/corte também afeta a qualidade dos produtos finais e o desempenho dos processos.

Outros fatores que afetam a qualidade da matéria-prima são:

 temperatura ambiente;
 freqüência e quantidade de chuvas;
 umidade relativa do ar; 
 quantidade de terra na cana;
 contaminação da cana por bactérias, fungos e leveduras;
 teor de álcool no caldo da cana;
 acidez do caldo, ocasionado por microorganismos;
 concentração de dextrana, composto formado a partir da hidrólise da sacarose por
bactérias, e associada, portanto, à deterioração da cana;
 concentração de amido na cana;
 pragas e doenças;
 índice de Honig-Bogstra, que é um indicador da performance da decantação do caldo;
 quantidade de palhiço;
 quantidade de ácido aconítico no caldo.

Importância da qualidade da cana para a eficiência industrial

Nos últimos anos, pesquisas sobre a qualidade da matéria-prima e trabalhos em parceria com
usinas e destilarias possibilitaram a descoberta de novos indicadores. A partir das análises de
correlação e regressão destes indicadores, tem sido possível dimensionar o impacto da
qualidade da matéria-prima sobre o rendimento industrial, sobre as perdas, insumos e
qualidade do açúcar produzido.

Baseadas em números, as usinas podem fixar metas e tomar decisões em busca da melhoria
dos resultados tanto para a área agrícola como para a industrial (Figura 2). Sem indicadores e
números que orientem ambas, não é possível esperar ganhos reais em desempenho,
rendimento e qualidade. Se o objetivo é obter desempenhos elevados e produtos de qualidade
estas duas áreas precisam interagir, diuturnamente.

Os postos de pesagem de veículos nas rodovias federais precisam passar por um sistema de aperfeiçoamento.
Faltam recursos para a construção e reforma dos locais e para a contratação de agentes de trânsito e policiais
rodoviários federais, além do tamanho dos estacionamentos, que não é mais adequado ao fluxo e à dimensão da
frota. Outro gargalo é a falta de definição na responsabilidade pela guarda dos veículos retidos para transbordo
do excesso de carga.

Todas estas observações estão em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado nesta semana.
O trabalho avalia a execução de programas do governo, com foco nas operações do sistema de pesagem de
veículos. De acordo com o relatório, o objetivo do estudo é evitar a deterioração precoce das rodovias federais,
causada pelo tráfego de veículos com excesso de peso.

A CGU avaliou os 35 postos em operação no país. Mais problemas constatados são a ausência de equipamentos e
sistemas necessários para executar o serviço, além da falta de infraestrutura adequada, com alta incidência de
problemas de sinalização. Outro fator prejudicial é a constatação de que o atual sistema de pesagem não se
encontra isento de rotas de fuga – há veículos que executam desvios para evitar a fiscalização.

Pesagem automática

Segundo o relatório, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) propôs uma alteração do
atual Plano Diretor Nacional Estratégico de Pesagem. A ideia é instalar no Brasil um novo sistema de pesagem,
mais moderno e semelhante ao de outros países, com componentes eletrônicos capazes de medir o peso dos
caminhões de forma automática, com respeito à velocidade da vida, sem necessidade de parada.

Em nota, o Dnit informou à Agência CNT de Notícias que o novo sistema é desenvolvido desde agosto de 2012,
em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). De acordo com o órgão, a pesagem em
movimento será uma inovação tecnológica para os padrões brasileiros. As vantagens são a diminuição no tempo
de parada no processo de fiscalização e diminuição do número de agentes público envolvidos no processo.
O Dnit assegura que já iniciou a preparação dos editais para lançar o novo modelo no mercado, cuja licitação está
prevista para o mês de junho deste ano. A expectativa é que o método diminua o número de veículos com
excesso de peso nas estradas, o que pode resultar em, menos gastos de manutenção e menor risco de acidentes.

Dados do Plano Nacional de Pesagem apontam que a vida útil de uma rodovia pode diminuir entre cinco e três
anos quando ela é exposta a excesso de peso de 10% e 20%, respectivamente. Em 2009, segundo o Dnit, o
excesso médio de peso por veículo foi superior a uma tonelada (1.167kg). Em 2010, houve uma redução de 17% e
o excesso médio registrado em cada veículo foi de 968 kg.

Para o diretor da área técnica da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística),
Neuto Gonçalves dos Reis, a mudança é positiva. “É preciso combater o excesso de peso. É ilusório pensar que
carregar mais carga significa maior faturamento. O caminhão que roda com sobrecarga tem maior curso
operacional, consome mais pneus e combustível, além de colocar em risco a segurança com a possibilidade de
acidentes”, explica.

No entanto, Neuto afirma que o novo método mudaria as técnicas de pesagem. “Não é um sistema convencional,
será preciso mudar regulamentos técnicos, metodológicos, para que isso venha a ser implantado. É um sistema
completamente automatizado, que dispensa a presença local do agente”, adverte.

Balanças rodoviárias são amplamente utilizadas pelas principais empresas do agronegócio brasileiro. Elas são
utilizadas, principalmente, para pesar safras e insumos, gerenciando informações que evitam perdas durante o
processo até a produção chegar ao consumidor. O emprego destes equipamentos reduz os custos operacionais e
proporcionam agilidade. Para garantir pesagens seguras, no entanto, é importante estar munido das seguintes
informações.

 Automação

Além da plataforma e do indicador, itens básicos da balança rodoviária, o produtor pode tornar o equipamento mais eficiente
utilizando componentes como: cancela, semáforo, computador, impressora, leitora de código de barras, sensores, câmera e leitores
de transponder.

Cancelas, semáforos, leitores, câmeras e sensores compõem o


sistema de pesagem
Aterramento

Há fabricantes que não fornecem o projeto e a instalação completa do aterramento. Sem isso, o usuário não tem
garantia de troca e manutenção em ocorrências futuras.

Cobertura

As plataformas são projetadas para recebimento de concreto, o que facilita a manutenção e aumenta a
longevidade do equipamento.
Eletrônica

Certifique-se de que o indicador de pesagem está equipado com células de carga digitais inteligentes, que
realizam compensações e eliminam erros do sinal. A malha externa em aço inoxidável do equipamento garante
mais proteção e durabilidade. Verifique se os cabos da balança são reforçados.

Instalação

O tamanho e a disposição do espaço ao redor do equipamento, assim como a facilidade de acesso para limpeza e
manutenção, interferem no tipo de instalação da balança rodoviária, que pode estar: sobre o piso, semiembutida
ou embutida.

Limitadores especiais

A escolha de uma balança com conjunto de limitadores de movimentos longitudinais e transversais proporciona
o perfeito funcionamento da ponte de pesagem. 

Pintura

Dependendo da preparação da superfície e do tipo de pintura, sua balança pode ter maior ou menor
durabilidade. Certifique-se de que os perfis metálicos sejam pintados e jateados. Os parafusos estruturais deve

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