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Bastidores da Eficiência Industrial

Tiago Pinheiro
Analista de Planejamento Agroindustrial na Zilor

Parte 1 - Onde tudo começa...

1.Introdução
O objetivo desse artigo é apresentar o que acontece nos “bastidores”, ou seja, o que está por traz dos
resultados da Eficiência Industrial. Quais as variáveis principais que são levadas em conta, a
estrutura simplificada de cálculos do balanço de massa e a importância do monitoramento das
perdas inerentes ao processo de fabricação do açúcar e álcool e seus derivados.
O material apresentado será dividido em três partes:
Parte 1 – Conceito de eficiência industrial e onde tudo começa;
Parte 2 – Balanço de massa em ART simplificado;
Parte 3 – A importância do monitoramento das perdas.
Diante da grande abrangência do assunto no setor sucroalcooleiro, não é a intenção do artigo abrir
em detalhes todos os cálculos, mas de uma forma geral, serão apresentados os principais
constituintes de um balanço de massa.
Para entendermos todo o ambiente que interage com a Eficiência Industrial, devemos
primeiramente entender o conceito de ART, pois será o termo utilizado como base para os cálculos
do balanço.
Caros amigos leitores, a leitura desse texto, não nos leva a sairmos montando sistemas complexos,
mas nos proporcionará um breve conhecimento da estrutura apresentada e um aprofundamento do
tema, onde mediante o interesse e a necessidade de cada um, seguirá ajudando profissionais a
direcionar esforços na potencialização de melhores resultados e rendimentos para a Eficiência
Industrial.
2. O que entendemos como eficiência industrial?
O desempenho técnico de uma usina de açúcar e/ou etanol pode ser medido por um indicador
chamado de “eficiência industrial”.
Sabemos que, a quantidade do que produzimos de um determinado produto ou material, é o que nos
permite dizer se fomos eficientes em um determinado processo, “eficiência setorial”, ou em uma
cadeia produtiva de uma planta industrial, “eficiência Industrial”. Apenas para exemplificarmos,
podemos citar como exemplos de eficiências setoriais a extração da moenda ou difusor, a eficiência
da fermentação e destilação, a recuperação da fábrica de açúcar, entre outros.
A eficiência industrial, pode ser representada pela porcentagem dos açúcares da cana que foram
recuperados na forma de açúcar, etanol e outros produtos finais em relação ao total de açúcar que
entrou na cana. Caso haja aquisição de outras matérias-primas como xarope ou massas e méis, essas
quantidades devem ser somadas a cana ou descontadas dos produtos finais, para que não haja
distorção nos resultados da eficiência.
Trocando em miúdos, precisamos enxergar a massa de cana, o peso, que entra em uma usina na
unidade que tenha a maior representação e potencial de transformação em açúcares totais
mesuráveis. Da mesma forma, as quantidades, o peso, dos produtos finais oriundos dessa cana,
deverão ser representados na mesma unidade, conseguindo assim, após a divisão da massa dos
produtos pela massa da entrada, a porcentagem da eficiência.
Como vemos, embora pareça um cálculo simples, existe o viés da produção de açúcar e etanol
produzidos, conhecido como “mix de produção”. Normalmente, à medida que aumentamos a
produção de etanol e reduzimos a de açúcar ocorre uma queda nesse indicador de desempenho, uma
vez que a eficiência da destilaria tende a ser menor do que a da seção de cozimento. No entanto,
para uma mesma usina, esse efeito pode ser insignificante, pois cada planta foi projetada para
trabalhar com pequena variação no mix de produção por determinação de projeto, pois se assim não
fosse uma das partes, fábrica de açúcar ou destilaria, ficaria ociosa e elevaria o custo da produção.
Sendo assim, melhorias no processo fermentativo, com maior controle das contaminações,
resfriamento do vinho, aparelhos eficientes, novas tecnologias, ajudam a diminuir o efeito desse
mix na produção.
Algumas propostas de cálculos são apresentadas para se corrigir o efeito do mix de produção na
eficiência industrial, porém como o objetivo destes indicadores é a avaliação do desempenho do
processo industrial, a conclusão será praticamente a mesma, qualquer que seja o sistema de cálculos
empregado. Recomenda-se utilizar de procedimentos mais simples e sem o uso de “fatores”
definidos empiricamente. Uma vez adotado um critério ou conceito, esse deve ser seguido durante
toda a safra, pois a inclusão de muitos indicadores dificulta e complica a interpretação do
desempenho da cadeia produtiva.
A eficiência industrial da produção de açúcar e etanol pode ser calculada em sacarose total nos
produtos (açúcar, etanol, leveduras, saídas de massas ou méis) em relação ao total de sacarose da
cana, como recomendado pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). O resultado será
praticamente o mesmo daquele obtido em Açúcares Redutores Totais (ART), uma vez que as
conversões são realizadas com fatores estequiométricos para sacarose total. Assim sendo, para que
não haja confusão com os cálculos realizados em usinas que produzem exclusivamente açúcar e
melaço esgotado, descreveremos para esse artigo o método em ART.
3. Onde tudo começa
3.1. Composição da Cana-de-açúcar
Antes de entrarmos no cálculo direto da quantidade de matéria-prima disponível a ser transformada
em açúcar, etanol e derivados, precisamos conhecer o mínimo da composição da cana sob seu
aspecto tecnológico.
Gráfico 1 - Composição da cana-de-açúcar

Fonte: http://www.usinasaofernando.com.br/conteudo_site.asp?tipoID=3
Podemos considerar, segundo Castro e Andrade (2006), que um colmo normal de cana madura
contém cerca de 12,0% de fibra e 88,0 % de caldo. O colmo possui aproximadamente 25,0 % de
partes duras, representadas pelos nós, e cascas, e 75,0 % das partes moles constituídas pelas partes
internas dos meritalos.
Os colmos são constituídos de caldo mais sólidos insolúveis em água.
CANA = SÓLIDOS INSOLÚVEIS + CALDO
O caldo contém água e sólidos totais, que correspondem aos açúcares e não-açúcares.
CALDO = SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS + ÁGUA
Então temos:
CANA = SÓLIDOS INSOLÚVEIS + SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS + ÁGUA
Os sólidos insolúveis em água são representados pela fibra da cana, o qual, mais tarde será
transformada em bagaço da cana pela ação das moendas.
A parte que mais nos interessa aqui é da dos sólidos solúveis totais, o qual, a medida aparente é
denominada brix. Os sólidos solúveis são classificados em açúcares (sacarose, glucose e frutose) e
em não-açúcares orgânicos e não-açúcares inorgânicos.
A água representa a umidade da cana, o que resulta em termos porcentuais na “primeira equação
fundamental da tecnologia açucareira”:
CANA = FIBRA + BRIX + UMIDADE
Com a medição do brix do caldo, podemos encontrar a concentração em porcentagem peso / peso
de sólidos solúveis contidos em uma solução açucarada impura, por exemplo, o caldo extraído da
cana. É no brix que encontramos, em maior quantidade, os açúcares (sacarose, glicose e frutose) e
cerca de 2% de não-açúcares, assim como podemos visualizar na figura do gráfico 1 de composição
da cana.
3.2. Os açúcares
Basicamente, são três, os açúcares principais do caldo da cana: sacarose, glicose e frutose.
Sacarose: (C12H22O11) este dissacarídeo é o principal parâmetro de qualidade tecnológica da
cana-de-açúcar. É o açúcar que cristaliza no processo de fabricação e sob condições ácidas ou ação
de enzimas (invertase), absorve uma molécula de água e desdobra-se em duas moléculas de
monossacarídeos (açúcar invertido).
Glicose ou glucose (dextrose): (C6H12O6) é o açúcar presente no sangue e produzido através de
plantas verdes durante a fotossíntese. É um monossacarídeo (composto de uma única unidade de
açúcar). A glicose pode ser preparada em forma de xarope pela hidrólise do açúcar de cana ou do
amido, e purificada em pó cristalino branco.
Frutose ou glucose (levulose): (C6H12O6) é o açúcar que ocorre naturalmente no mel, o néctar das
flores, e muitas frutas doces (açúcar das frutas). A frutose é um monossacarídeo, mais doce do que o
açúcar de cana (sacarose) e pode ser utilizado como adoçante em alimentos de pessoas com
diabetes.
3.2.1. A Pol (Sacarose)
Representando a porcentagem aparente de sacarose contida na solução de açúcares (por exemplo, o
caldo de cana) e sendo determinada por métodos sacarimétricos (polarímetros ou sacarímetros), a
pol é obtida pelo desvio da luz polarizada, ou seja, aquela que vibra em uma única direção.
A pol da cana é expressa em porcentagem de cana através de cálculo utilizando a fibra % cana em
relação massa / massa e juntamente com a pureza do caldo ou da cana representa o principal
indicador de qualidade da cana-de-açúcar para processamento industrial.
Devido à menor precisão da fibra, juntamente com a representatividade da amostragem, a diferença
entre a pol na cana e a sacarose na cana é insignificante em escala de rotina para caldos de pureza
acima de 80%. Em cana deteriorada tecnologicamente essa diferença será maior, devido à presença
de polissacarídeos, principalmente dextrana, que aumenta a polarização dextrogira (“falsa pol”).
3.2.2. Os açúcares redutores (AR)
Açucares redutores é o termo empregado para designar os açúcares (glicose e frutose) que
apresentam a propriedade de reduzir o óxido de cobre do estado cúprico a cuproso. Por ser dextro-
rotatória a glicose ou glucose é também denominada dextrose, enquanto que a frutose, que é
levogira, recebe também a denominação de levulose.
Os açúcares redutores participam de reações que aumentam a cor do açúcar no processo industrial,
depreciando a qualidade do produto. Durante a maturação da cana-de-açúcar, a medida que o teor
de sacarose se eleva, os açúcares redutores decrescem de quase 2% para valores abaixo de 0,5%.
Por isso, é importante a análise do teor de açúcares redutores para acompanhamento e julgamento
da maturação, principalmente nos primeiros meses de safra.
A mistura equimolecular de glicose e frutose, obtida pela hidrólise da sacarose, é denominada
açúcar invertido. A sacarose hidrolisa-se estequiometricamente em partes iguais de glicose e frutose,
quando na presença de certos ácidos e temperatura adequada ou, então, pela ação da enzima
invertase. No interior da planta, o desdobramento da sacarose em glicose e frutose é uma reação de
duplo sentido, isto é, ocorre a inversão assim como a combinação durante o metabolismo da
fotossíntese e respiração da planta. O metabolismo da planta altera a relação glicose/frutose. Depois
de cortada, ocorre somente a inversão da sacarose, que é conhecida como “deterioração” pelo
processo industrial. Assim, ao analisar o caldo da cana recém-cortada, obtêm-se os produtos
participantes desse processo bioquímico. Tecnicamente, o termo “açúcares invertidos” é o mesmo
que “açúcares redutores”, uma vez que o método de análise não distingue entre os produtos da
inversão da sacarose daqueles originários do metabolismo da cana.
3.2.3. Os açúcares redutores totais (ART)
Por ser o parâmetro mais utilizado em usinas de açúcar e etanol, conhecer o teor dos açúcares
redutores totais (ART), se torna inevitável e essencial para avaliação da qualidade da matéria-prima,
do processo industrial e do balanço de perdas de açúcares nas diversas etapas da fabricação. E é
nesse conceito que vamos trabalhar para calcularmos a eficiência industrial demostrada para esse
artigo.
O ART representa todo o açúcar da cana (sacarose, glicose e frutose) na forma de açúcares redutores
ou invertidos.
Podem ser determinados por diversas técnicas como oxirredutometria, colorimetria, cromatografia e
em diversos materiais com açúcares, como caldos, xaropes, massas, méis, entre outros. Para quem
determina a qualidade da cana e das demais soluções açucaradas dentro do processo por
cromatografia (HPLC), o ART pode ser representado pela soma da glucose + frutose + sacarose /
0,95 e o AR por glucose + frutose.
Quando se conhece o teor de açúcares redutores AR (glicose e frutose), os ART podem ser
estimados pela equação:
ART = Sacarose (Pol) / 0,95 + Glicose e Frutose (AR)
Essa equação é aceitável para teores menores do que 2,0% de AR % caldo, ou seja, não pode ser
aplicada no xarope, mel final e em mosto com mistura de caldo e méis. Para estes materiais, a
determinação direta de ART é obrigatória para o correto controle do processo de fabricação de
açúcar e etanol.
3.3. Cana em ART
Depois de apresentado uma teoria de conceitos dos açúcares da cana, agora veremos juntos o
cálculo da quantidade de açúcar total que está contido na matéria-prima que será processada em kg
de ART. Porém, antes de mergulhar nesse tão esperado cálculo, podemos exemplificar, para
exercício, qual o valor, expresso em ART %, de um eventual resultado analisado.
Por exemplo, se temos um valor de Pol % Cana analisada de 15,8% e um valor de Açúcar Redutor
(AR) de 0,6%, qual é o valor do ART % Cana? Veja na fórmula abaixo:
ART = Pol / 0,95 + AR
ART = 15,80% / 0,95 + 0,60%
ART = 17,23%
Esse resultado significa que pra cada 100,0 kg de cana temos 17,2 kg de ART, então, se quisermos
expressar esse valor em kg ART / tc é só multiplicar o valor por 10, ou seja, 172,3 kg ART / tc,
entendendo assim que para cada tonelada de cana temos 172,3 kg de ART, o que nos dá a conversão
para a grandeza da unidade.
Importante citarmos também aqui, para evitar confusões, que nesse mundo das usinas de açúcar e
álcool temos o termo ATR, que significa Açúcar Total Recuperado e representam a quantidade de
ART que foram recuperados no processo industrial após as perdas LBTI (Lavagem de cana (L),
Bagaço (B), Torta (T) e perdas Indeterminadas (I)). Esse termo é usado pelo pagamento de cana
pelo teor de sacarose (PCTS) para o estado de São Paulo, implantado pelos produtores
independentes de cana (ORPLANA, www.orplana.com.br) e industriais do açúcar e do álcool
(ÚNICA, www.unica.com.br), tendo a CONSECANA-SP (Conselho dos Produtores de Cana,
Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo), como responsável pelo relacionamento entre ambas as
partes. Por não ser o foco desse artigo, não entraremos nos detalhes desse cálculo, no entanto, caso
houver interesse dos leitores é só acessar o link dos órgãos responsáveis para maiores detalhes.
Uma vez, tendo o valor de ART % da cana analisada é só multiplicar pela quantidade da cana que
entrou na usina ou foi moída em kg ou t para obtermos o valor da cana em kg de ART ou t de ART.
Podemos utilizar como exemplo o valor apresentado acima de 17,2% ART e se considerarmos um
dia em que a moagem foi de 10.000 t de cana é só multiplicamos os dois valores, não esquecendo
de dividir por 100 (valor em porcentagem), tendo assim, 1.720 t de cana em ART.
Concluímos assim, o assunto estipulado para a primeira parte desse artigo e pedimos que deixem
seus comentários e possíveis dúvidas para darmos relevância a esse assunto tão discutido, não só em
usinas de açúcar e álcool, mas em todas as indústrias.
Em breve estaremos disponibilizando a segunda parte desse artigo, que entrará nos cálculos
principais para o balanço de massa e eficiência industrial expresso em porcentagem.
4. Referências
CASTRO, Sebastião Beltrão de; ANDRADE, Samara Alvachian C. Engenharia e tecnologia
açucareira. 2006. 51 f. Departamento de Engenharia Química. Centro de Tecnologia e Geociências -
Escola de Engenharia de Pernambuco, Recife.
Fernandes, A. C. (2011) - Cálculos na Agroindústria da Cana-de-açúcar - 3ª. Ed., Piracicaba. STAB
- Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil,2011. 416p.
Godoy, Leandro Móvio (2013) - Extração de caldo de cana-de-açúcar com uso de moenda a vapor.
Marília, SP: UNIVEM, 2013.
HUGOT, Emile. Manual da engenharia açucareira. Tradução de Irmtrud Miocque. São Paulo:
Mestre Jou, 1969.
PAYNE, John Howard. Operações unitárias na produção de açúcar da cana. Tradução de Florenal
Zarpelon. São Paulo: Nobel, 1989.
PRODUÇÃO agrícola, [s.d.]. Disponível
em: http://www.usinasaofernando.com.br/conteudo_site.asp?tipoID=3. Acesso em: 15 março 2020.

Bastidores da Eficiência Industrial (Parte 2) -


Balanço de massa em Açúcares Redutores
Totais (ART)
1. Introdução
Antes de entrarmos na segunda parte do artigo “Bastidores da Eficiência Industrial”, eu gostaria de
agradecer aos amigos leitores, pelos sinceros elogios e comentários de apreço feitos sobre a
primeira parte, na qual descrevi onde tudo começa. Fiquei muito feliz e encorajado para escrever a
continuidade desse trabalho de importante grandeza e que me deu a oportunidade de compartilhar
um pouco de minha experiência profissional.
Daqui pra frente, vamos juntos novamente, na leitura e apresentação da segunda parte da estrutura
de cálculos para um balanço de massa simplificado, com o intuito de chegarmos ao cálculo da
Eficiência Industrial ART em porcentagem, considerando o açúcar, o álcool, a levedura e o mel que
pode ser vendido ou comprado.
O conceito de balanço de massa, pode ser empregado para qualquer processo que envolva a entrada
e a saída de materiais, desde que se consiga mensurar as quantidades produzidas derivadas da
matéria-prima inserida, bem como, as perdas inerentes ao processo. Isso infere ao monitoramento e
descrição dos fluxos de massa para dentro e fora do sistema de um processo, detalhando as vazões e
concentrações de cada corrente e, eventualmente, também do interior do sistema. Geralmente, é
através dele que gestores conseguem definir metas, estratégias de produção e ajustes para melhores
resultados na eficiência industrial e por consequência no rendimento e no lucro da empresa.
O balanço de ART é o mais recomendado nas indústrias de açúcar e álcool, pois tem como objetivo
detectar e mensurar todas as perdas de açúcares (sacarose, glicose e frutose) decorrentes do
processo industrial, as quais, serão apresentadas no terceiro e último tópico desse trabalho,
completando assim o balanço.
Seguiremos então apresentando os cálculos para determinação de cada produto convertido em ART,
com exemplos para facilitar o entendimento, e dessa forma no final determinarmos o valor da
Eficiência Industrial em ART.

2. Porque o material em processo é importante?


Quando lidamos com processos contínuos e queremos saber a eficiência industrial de um período,
normalmente de um dia, devemos saber também que temos uma quantidade de material em
processo, considerável, que ficará para o próximo dia de fechamento, ou seja, material esse que a
fábrica utiliza para produzir o produto além da matéria-prima que entra no dia. Esse material pode
ser medido ou estimado, no caso de usinas sucroalcooleiras, em quantidades de açúcar, álcool ou
mel, que permanecem em tanques, decantadores, cozedores, dornas de fermentação, aparelhos de
destilação, etc.
O que normalmente é praticado na maioria das usinas é medir ou considerar a leitura do nível de
material no interior dos equipamentos em uma hora determinada para o fechamento, como por
exemplo às 6h00, obedecendo sempre esse mesmo horário determinado diariamente para que as
variações sejam minimizadas. Para tanques ou equipamentos onde não se têm medição manual ou
automatizada, deve ser estimado sempre o mesmo volume e somado ao total de material em
processo diário, desde que esse volume não sofra interferências diárias. Em dias de chuva, por
exemplo, onde as paradas das fábricas são comuns e a liquidação do processo é gradual, a atenção
deve ser redobrada para o não esquecimento desses volumes, sejam eles zerados ou acrescentados
quando o processo reiniciar.
Como a determinação analítica para todos os materiais intermediários não é um procedimento de
rotina na maioria das usinas, a alternativa é a realização do balanço de massa de brix e pol, obtendo-
se o total de brix e o total de pol. Importante aqui também sabermos que não existe levantamento de
material em processo de alta precisão, por serem processos contínuos durante a safra, os dados
diários de volumes e massas estarão sempre sujeitos aos erros das medições, podendo também
serem consideradas as médias diárias das determinações analíticas como o resultado diário para o
momento do levantamento, não havendo necessidade de altos investimentos para esse trabalho. O
importante é observar sempre os valores acumulados e se os resultados diários e semanais obtidos
são compatíveis com as dimensões dos equipamentos. Diante dessa dificuldade, recomenda-se que a
eficiência industrial, rendimentos e balanço de massa de pol ou de ART sejam interpretados no
mínimo semanalmente, porém, os resultados diários poderão servir como um “guia” e por serem
frequentes, ajudarão nas interpretações dos números semanais, mensais e principalmente da safra.
Observando também, que para as destilarias, normalmente considera-se somente o total de vinho
em fermentação nas dornas (vinho bruto) e dornas volantes, considerando também a média analítica
do teor alcoólico do vinho no período considerado, o que serão considerados como etanol em
processo. Quando existir etanol nos tanques de medição da destilaria este também pode ser somado
ao volume de etanol das dornas.
Como não é o foco desse material, não seguiremos apresentando os cálculos em detalhes para
obtenção dos valores de cada equipamento em cada processo.
Caso, haja interesse dos leitores em aprofundarem esse assunto, fico a disposição para discutirmos e
até mesmo elaborarmos juntos um simulado para tal.
2.1. Mel (em processo, comprado e vendido)
Sabemos que, ao produzirmos açúcar, naturalmente, produziremos mel final ou melaço. Podemos
estimar ou calcular a quantidade de mel final através do cálculo do material em processo de açúcar,
se subtrairmos a quantidade total de pol que será cristalizada da quantidade total de brix em
processo, a partir daí, teremos a massa de brix no mel final e se dividirmos pelo brix médio do mel
final teremos a massa virtual de mel em processo na fábrica de açúcar ou também considerando a
parte da sacarose em processo que não foi recuperada pelo cálculo da recuperação da fábrica.
Já o mel final em processo que estiver na destilaria, destinado a produção de etanol, o que
geralmente se encontram em tanques, a recomendação técnica é de que essa quantidade seja
transformada em etanol correspondente, multiplicando-se a quantidade de mel em kg pelo ART
analisado no período, pelo fator estequiométrico de conversão de ART em etanol (0,6480), o qual
detalharemos mais a frente, e pela eficiência geral da destilaria, que é o resultado da multiplicação
da eficiência da fermentação pela eficiência da destilação. Podemos considerar um valor fixo, uma
constante, tanto para o ART analisado quanto para a eficiência geral da destilaria, quando não se
tem certeza dos valores analisados ou calculados diariamente, diminuindo as dúvidas pertinentes à
essa medição. Geralmente usa-se valores para ART % em torno de 60% e para eficiência geral da
destilaria em torno de 85%.
Deve-se seguir o mesmo critério de cálculo para méis ou xaropes que a usina receber, comprar de
outras plantas. Da mesma forma, quando enviados e ou transferidos, ou seja, quando saírem do
processo e não forem destinados à produção da planta, devem ser considerados como um volume de
mel ou xarope “vendidos”.
A sugestão que temos aqui é se criar uma variável que absorva, todo esse balanço de mel,
lembrando que o mel que entra deverá ser subtraído da conta.
Os erros prováveis dessas estimativas e medições serão compensados pelos reais valores finais de
produção de açúcar e etanol.

3. Calculando as produções em ART


Agora entraremos nos cálculos propriamente ditos das quantidades produzidas de açúcar, etanol e
leveduras que serão convertidos em ART.
3.1. Açúcar 100%
O Açúcar 100%, o qual poderíamos chama-lo também de Açúcar Sacarose, nada mais é do a soma
da massa de cada tipo de açúcar produzido durante a safra multiplicada por sua pol correspondente.
Quando calculamos a eficiência diária, não devemos esquecer do volume da diferença entre o dia
atual e o anterior do açúcar em processo estimado ou calculado que também deverá ser somado
quantificando assim todo o açúcar 100% do dia calculado. Esse açúcar em processo pode ser
considerado como um açúcar cristal “standard” com polarização padrão de 99,3 °S.
Quando não se dispõe da polarização do açúcar produzido, podem ser adotados os seguintes
valores:

Tabela 1 – Polarização dos açúcares por tipo


Os tipos VHP e VVHP são açúcares brutos de alta polarização (very high pol), sendo o último com
controle de amido e dextrana.
No quadro a seguir vemos um exemplo para produção de açúcar em sacos de 50 kg de dois
diferentes tipos (pol) em quantidades correspondentes em kg de sacarose Açúcar 100%.
Tabela 2 – Produção de Açúcar em 100%
Lembrando então que devemos dividir a pol corresponde por 100 para multiplicarmos pela
quantidade em sacos de 50 kg, não esquecendo de multiplicar novamente por 50 para obtermos o
resultado em kg.
3.2. Açúcar em ART
Agora que temos a quantidade de açúcar 100%, ou seja, em sacarose, fica fácil convertermos a
mesma quantidade em ART, porém, é importante entendermos juntos como chegamos a essa
conclusão.
Sabemos que a sacarose (C12H22O11) é um tipo de glicídio formado por uma molécula de glicose
e uma de frutose produzida pela planta ao realizar o processo de fotossíntese. Assim sendo, 342
gramas de sacarose produzem 360 gramas de ART, portanto, temos em 1 g de ART tem 0,95 g de
sacarose.
Podemos ilustrar com a equação do balanceamento químico:
C12H22O11 (342g) + H2O (18g) => C6H12O6 (180g) + C6H12O6 (180g)
Sacarose + Água => Glicose Frutose
ART = Sacarose * 2 * 180 / 342 = Sacarose / 0,95
Simplificando, 342 g (sacarose) + 18 g (água) = 360 g (ART) => 0,95.
Assim, 342 g de sacarose absorvem 18 g de água para produzir 360 g de açúcar invertido.
Proporcionalmente, 100 g de sacarose irão produzir 105 g de açúcar invertido, ou então, 95 g de
sacarose são necessários para produzir 100 g de açúcar invertido.
Dessa forma, entendemos que, se temos as quantidades em Açúcar 100% (Sacarose) já convertidas
pelo valor de cada polarização correspondente é só dividir por 0,95 para temos os valores em ART.
De forma inversa, a massa de sacarose pode ser multiplicada por 1,05 para o mesmo resultado.
Aproveitamos a seguir, o exemplo da tabela 2 para agregar a coluna dos ART em kg.
Tabela 3 – Produção de Açúcar em kg ART
Agora, já que temos o Excel a nosso favor, utilizaremos a mesma tabela para chegarmos em fatores
diretos para transformar 1 saco de açúcar, ou seja, 50 kg de açúcar em kg de ART.

Tabela 4 – Fatores para transformação de sacos de açúcar em kg ART


Assim temos que, se queremos transformar de forma direta 1 saco de 50 kg de açúcar Especial em
kg ART, podemos multiplicar por 52,47, fator esse, que fecha o raciocínio inicial, ao dividirmos o
primeiro número (50) pelo último (52,47), achando assim os mesmos 0,95 iniciais. Lembrando que,
para os demais tipos de açúcar deve-se seguir o mesmo raciocínio acima, criando-se um fator para
cada tipo. Enfim, cada usina determina a melhor metodologia de cálculos a seguir.
3.3. Etanol (Álcool 100%)

Assim como o açúcar os diferentes tipos ou graduações de álcoois produzidos devem ser
convertidos a grau 100% (álcool absoluto ou etanol) para serem somados.
Utilizaremos então, para exemplificar essa conversão. os dois tipos de etanol mais comuns
produzidos em usinas, o etanol hidratado, utilizado direto nos carros como combustível renovável, e
o anidro, que tem alto pureza alcoólica e é misturado à gasolina.
Sem mais delongas, para calcularmos o volume de etanol produzido com teor alcoólico 100% m/m
devemos multiplicar os litros produzidos pela sua graduação alcoólica mássica em (% m/m),
multiplicado por sua massa específica em (kg/m3), não esquecendo de dividir por 100 e pela massa
específica a 100% (789,23).
A tabela a seguir apresenta as especificações para o anidro e o hidratado.
Tabela 5 – Características do etanol anidro e hidratado
Fonte: ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Para exemplificar, se considerarmos um dia em que produzimos 100.000 L de etanol hidratado a um
teor alcoólico de 93,0 % °INPM, com massa específica de 809,75 e queremos esse volume em
etanol a 100%, como faremos?
Etanol 100% = 100.000 L x 93,0 x 809,75 / 100 * 789,23 = 95.418 L
Da mesma forma, podemos seguir, se quisermos transformar qualquer volume de etanol ou qualquer
outro subproduto, como o óleo fúsel por exemplo, desde que tenhamos seus volumes e suas
características segundo as especificações da ANP.
Podemos até criar índices de conversão diretos, assim como fizemos com o açúcar, dependendo da
necessidade, se tivermos a tabela completa com as especificações variando em 0,1 décimos em cada
teor alcoólico, o qual pode ser encontrada facilmente na internet ou através de equipamentos como
densímetros que já fornecem a massa especifica a 20°C de acordo com o teor alcoólico.
Como o foco desse artigo é transformarmos todos os produtos oriundos da cana-de-açúcar em kg
ART, iremos apresentar esses índices no tópico a seguir.
3.4. Etanol em ART
Aqui então, apresentaremos de forma direta como transformar L de etanol 100% em kg ART,
através dos índices de conversão, utilizando o rendimento estequiométrico da fermentação
explicados de forma sucinta.
Para iniciarmos a explicação desses fatores podemos utilizar a estrutura de balanceamento químico,
onde:
C6H12O6 (180g) => 2 * C2H6O (46g) + 2 * CO2 (44g)
Açúcar Invertido => Etanol Gás Carbônico
Podemos observar que uma 180 g de açúcar invertido (glucose e frutose) produzem, sob a ação da
levedura na fermentação alcoólica, 2 moléculas de etanol de 46 g cada uma, ou seja, 92 g de etanol,
ou seja, a relação de ART para etanol a 100 %, que simplificando, temos 92 / 180 = 0,5111, sendo
assim, cada quilograma de ART corresponde a 0,5111 kg de etanol. Esse resultado é chamado de
“rendimento estequiométrico da fermentação”, considerando 100% de eficiência de fermentação,
onde a diferença é utilizada pela levedura para formação de massa celular (crescimento) e
subprodutos, como glicerol, outros álcoois, ésteres e outros produtos. Se tiver contaminação por
outros microrganismos, como bactérias, o rendimento será menor ainda.
Agora, queremos chegar em um fator multiplicativo para sairmos do etanol produzido e chegarmos
no ART, então se pegarmos a massa específica do etanol (0,7892 kg/L) e dividirmos pela massa do
etanol (0,5111) chegamos em 1,5441 kg ART para cada L de etanol produzido e se dividirmos o
rendimento pela massa específica chegamos em 0,6480 L de etanol produzido para cada 1 kg de
ART. Lembrando que estamos falando de etanol 100%, usando valores arredondados para
simplificar a equação e que os mesmos devem ser considerados para cálculos estequiométricos.
Conforme mencionado no tópico 3.3, para os diversos tipos de álcool, como o hidratado ou anidro,
em variadas porcentagens alcoólicas, deve-se calcular o volume correspondente de cada tipo de
álcool em etanol (álcool 100%), considerando a porcentagem massa / massa de cada tipo de álcool
para chegarmos ao etanol 100%. Dessa forma, os volumes dos diversos tipos de álcool podem ser
somados e o resultado multiplicado por 1,5441 para obtenção da correspondente massa
estequiométrica de ART.
Entretanto, para facilitar nossos cálculos diretos iremos demostrar a seguir como transformar
diretamente o etanol produzido, seja em anidro ou hidratado, em ART.
3.4.1. Álcool Hidratado e Anidro em ART
Então agora, usando o mesmo raciocínio de transformação do etanol em ART, iremos aplicar o fator
de rendimento estequiométrico da fermentação, só que para os volumes e graduações do álcool
anidro e do álcool hidratado.
A partir de valores de massa específica de acordo com Bettin & Spieweck (1990), adotaremos para
o álcool hidratado 93,0 % de grau alcoólico mássico (°INPM) e 809,75 kg/m3 de massa específica e
para álcool anidro 99,3 % °INPM e 791,42 kg/m3 de massa específica.
Podemos partir para as contas, lembrando que devemos multiplicar cada grau alcoólico por sua
massa específica para chegarmos nos quilogramas correspondentes ao etanol.
Vamos linha por linha para não ficarem dúvidas:
L de Álcool Hidratado para kg de ART
Massa Específica do Hidratado = 0,80975 Kg/L
1 L de Hidratado = 1 * 0,80975 = 0,80975 Kg
0,80975 * 0,93 = 0,7531 Kg de Etanol (100%)
0,7531 / 0,5111 = 1,4734 kg de ART por Litro de Hidratado (1,47)
L de Álcool Anidro para kg de ART
Massa Específica do Hidratado = 0,79142 Kg/L
1 L de Hidratado = 1 * 0,79142 = 0,79142 Kg
0,79142 * 0,993 = 0,7859 Kg de Etanol (100%)
0,7859 / 0,5111 = 1,5376 kg de ART por Litro de Hidratado (1,54)
Concluímos, nesse ponto então, os cálculos dos fatores estequiométricos para cada tipo principal de
álcool mais comuns produzidos pelas usinas.
3.5. Levedura Seca em ART
Existem destilarias que fracionam grande parte do levedo sangrado na fermentação, secam e
comercializam como levedo seco.
Inserimos no artigo o fator usado para transformação em kg de ART, já que ficaria incompleto o
cálculo da eficiência industrial, se o mesmo não fosse incluso, considerando tal ponto. Alguns
autores consideram que as leveduras secas não devem ser acrescentadas ao total de ART produzido
através da cana-de-açúcar, uma vez que a “sangria” de fermento do processo não interfere na
eficiência industrial, desde que seguidos os procedimentos técnicos recomendados e dentro de
certos níveis limites de porcentagem de células no mosto bruto. Mas isso, é um outro assunto
polêmico e interessante para ser estudado.
Normalmente, aqui não temos muito o que falar, pois multiplica-se simplesmente o creme seco por
um fator fixo entre 1,5 e 2,5. Estes cálculos são empíricos, uma vez que não existem muitos
materiais e pesquisas publicadas sobre as correspondências entre ART e retiradas de leveduras do
processo em escala industrial. Adotaremos então o valor médio de 2,0 para multiplicarmos nosso
levedo seco já em quilogramas e chegarmos ao kg de ART produzido de levedura seca.

4. Calculando a Eficiência Industrial % ART


Nesse tópico, faremos um resumo sintetizando os cálculos sobre tudo o que escrevemos até aqui,
levando em conta os cálculos para transformação da cana em ART até a conversão de seus produtos
finais, chegando assim, ao nosso objetivo principal do cálculo da Eficiência Industrial em ART.
Aproveitaremos, se possível, os exemplos citados no artigo desde a entrada da cana descrito na
primeira parte até aqui, não considerando apenas valores de material em processo e de méis
comprados ou vendidos apresentados, simplificando o fechamento do cálculo, porém como já
descrito é imprescindível considera-los em situações reais no dia a dia.
Para facilitar o entendimento e demonstração dos números, iremos apresenta-los em formato de
tabela, como segue:
Tabela 6 – Simulação para o cálculo da Eficiência Industrial % ART
Como podemos observar na tabela resumo, arredondamos o valor da cana moída e trabalhamos com
2 dígitos nas casas decimais dos fatos para simplificar a demonstração. Em sistemas informatizados
a recomendação é de utilizarmos o maior número de casas decimais possíveis nesses fatores, desde
que padronizados em todos os cálculos.
Como podemos observar, simplesmente dividimos o valor do total dos produtos em ART pela cana
moída em ART e multiplicamos por 100 para obtermos o valor do resultado de 89,19% da
Eficiência Industrial, também chamada de Eficiência Geral Industrial (EGI), representando um
excelente dia de produção e sendo o mais importante indicador de desempenho do processo
industrial da fabricação do açúcar e do etanol; normalmente com variação entre 84% e 90% na
média acumulada da safra.
Finalizamos com isso, de forma simplificada e sucinta, nosso objetivo da segunda parte do nosso
artigo “Bastidores da Eficiência Industrial”.
Na terceira e última parte, falaremos das perdas, ou seja, dos 10,81% restantes de ART que a cana
forneceu nesse dia simulado em nosso exemplo, completando o balanço de massa.
Agradeço a atenção, disposição e peço comentários dos amigos leitores, agregando conhecimento e
enriquecendo nosso material.
Que Deus continue nos abençoando para darmos continuidade ao trabalho!!!

5. Referências Parte 2
BETTIN, H. & SPIEWECK, F. (1990) – “A Revised formula for the calculation of alcoholometric
tables”, PTB Mitteilungen 6/90, p.457.
CASTRO, Sebastião Beltrão de; ANDRADE, Samara Alvachian C. Engenharia e tecnologia
açucareira. 2006. 51 f. Departamento de Engenharia Química. Centro de Tecnologia e Geociências -
Escola de Engenharia de Pernambuco, Recife.
FERNANDES, Antônio Carlos (2011) - Cálculos na Agroindústria da Cana-de-açúcar - 3ª. Ed.,
Piracicaba. STAB - Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil,2011. 416p.
GODOY, Leandro Móvio (2013) - Extração de caldo de cana-de-açúcar com uso de moenda a
vapor. Marília, SP: UNIVEM, 2013.
HUGOT, Emile. Manual da engenharia açucareira. Tradução de Irmtrud Miocque. São Paulo:
Mestre Jou, 1969.
MAGALHAES, A. C. M. Disponível em: https://www.docsity.com/pt/unidade-vii-fermentacao-
alcoolica-parte-i/4723864/. Acesso em: 18/06/2020.
PAYNE, John Howard. Operações unitárias na produção de açúcar da cana. Tradução de Florenal
Zarpelon. São Paulo: Nobel, 1989.
PRODUÇÃO agrícola, [s.d.]. Disponível
em: http://www.usinasaofernando.com.br/conteudo_site.asp?tipoID=3. Acesso em: 15 março 2020.

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