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Universidade-Save
Massinga
2021
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Universidade-Save
Massinga
2021
Índice
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CAPÍTULO: I....................................................................................................................3
1.Introdução.......................................................................................................................3
3. Conclusão....................................................................................................................13
4.Referência Bibliográfica...............................................................................................15
CAPÍTULO: I
3
1.Introdução
Este trabalho surge no âmbito da cadeira de História de África dos primórdios até ao
século XV, tem como tema: Sistema colonial Ocidental. E encontra-se organizado por
capítulo onde no primeiro capitulo encontramos a parte introdutória do trabalha, no
segundo capítulo encontramos, o desenvolvimento do trabalho com os seguintes pontos,
o monopólio do sistema colonial ocidental, o comercio desigual, O trabalho
compulsório do Sistema colonial Ocidental, Locais de captura e destino dos escravos,
Custo do escravo Africano, Situação de chegada e a venda dos escravos, As razões da
escolha de África para fornecedora de mão-de-obra, O papel dos negreiros africanos e a
divisão social do trabalho, As razões da abolição do tráfico de escravos, Conclusão e
pôr fim a Referência Bibliográfica.
Com a excepção do nordestes dos actuais EUA, todo o continente Americano foi
dividido em colónias de exploração dependentes politicamente das metrópoles europeus
e essas colónias tinham suas economias a partir do centro decisório metropolitano que
organizava a sua exploração viabilizando a acumulação primitiva de capitais,
Sengulane, (2007, p.273).
Este regime impunha que as colónias vendessem a sua produção apenas à respectiva
metrópole e que, também, comprassem nela os produtos de que necessitavam. Para
viabilizar o sistema actuavam nas colónias os mercadores e as companhias de comércio
autorizadas pelos Estados metropolitanos. Sengulane, (2007, p.274).
O regime de monopólio foi fundamental para a acumulação de capitais na Europa
Ocidental, pois gerava um lucro triplo: a exclusividade de compra nas colónias fazia
com que os mercadores metropolitanos impusessem os seus preços, comprando todas as
produções quase ao nível dos custos investidos. Criava-se aqui o primeiro lucro. Na
metrópole onde esses mercadores tinham a exclusividade de revenda, comercializavam
os produtos coloniais a preços altíssimos, incorporando um segundo lucro. Como
também os mercadores tinham o monopólio do fornecimento dos produtos
metropolitanos nas colónias, aproveitavam para vendê-los a preços o mais alto possível.
Ganhavam aqui o terceiro lucro. Não é de estranhar, por isto, que a partir do século
XVII os produtores coloniais tenham-se declarado permanentemente endividados,
apesar das grandes colheitas que conseguiam. (Walvin, James, 2008, p. 97)
Segundo Sengulane (2007, p.275) O trabalho compulsório foi adoptado nas colónias
americanas essencialmente por duas razões: a redução demográfica e a abundancia de
terras incultas.
O escravo negro, nos séculos XVI e XVII era aliciado na fonte com propaganda. Nessa
altura, alguns eram levados para a Europa e outros para a América. Com o aumento da
pressão da necessidade de mão-de-obra, o uso da força mostrou-se o método mais
eficaz. De uma só vez obtinha-se um grande número. Os escravos eram capturados
fundamentalmente na África Ocidental, desde Arguim até Angola, uma área dividida
em sete sectores: Senegal, Serra Leoa, País do Galam e Maniguete (Guiné), Costa do
Marfim, Costa do Ouro, reinos de Ardres, de Ajudá e do Benin e Costa de Luango e de
Angola. Estes sectores integravam alguns portos importantes como Arguim, Goreia
(situada na foz do rio Senegal), Elmina, S. Tomé e Luanda, bastante disputados pelas
potências envolvidas no tráfico, dado o volume de escravos que forneciam. Luanda e
Congo permaneceram vários séculos à frente da Costa do Ouro e do Benin (Costa dos
Escravos) com "paraíso" dos negreiros. (Ki-Zerbo,1972, p.273).
A estrutura dos portos Africanos do tráfico constitua-se, de um fortim que era centro da
feitoria e lugar de espera de “cargas”, em volta, viviam os príncipes africanos
intermediários, interpretes, curandeiros, interveniente de toda a espécie que recebiam
vantagens do comércio tais como viagens para europa, comissões, taxas por cabeça. Os
fortins integravam: um director, um conferente, um encarregando de armazém, um
capelão um cirurgião, um oficial, vários ancilares e soldados. (Ibid: 136).
Para fazer face aos riscos de perda de carga (escravos) e garantir o monopólio de tráfico,
os negreiros organizavam se em companhias de que são exemplo: a companhia Ruanesa
criada em 1626 que tinha obtido direitos explosivos do governo francês; a companhia
dos aventureiros reais de África, criada em 1661 que obteve o direito exclusivo de Cabo
Branco até ao Cabo da Boa Esperança. Um tipo especial do monopólio foi o direito
vendido pela Espanha em particular ou países de transportar escravos pra as suas
colónias da América. O boom do trafico verificou-se em 1697, quando o parlamento
inglês concedeu a liberdade de trafico a todos os súbditos das coroa.
Os traficantes de escravos tinham de ter cuidado de permanecer pouco tempo nas costas
africanas por causa de vários riscos entre os quais as possibilidades de ataques por
africanos; a contracção de doenças pelos marinheiros e a morte prematura dos escravos,
um risco que não deviam correr depois dos custos da compra e por vezes das
dificuldades em adquiri-los. Efectivamente, havia vezes em que a busca do escravo na
costa africana era lenta e penosa, obtendo-se pequenos números de cada vez e em
lugares dispersos e distantes uns dos outros, conforme testemunha. Ibid. (138).
cativos escasseavam. As faltas mais simples eram punidas com a transformação dos
infractores em cativos. (Ibid: 276)
Pode-se considerar que os estímulos para a prática sistemática do tráfico de negros que
emergiu e se consolidou a partir do século XVI, resultou do aumento da demanda do
açúcar brasileiro. Este comércio fez emergir, ao lado das tarefas agrícolas de
desbravamento, plantação e colheita, o desenvolvimento de um sistema de produção
industrial que produzia o açúcar e o rum. A produção do açúcar requeria um certo nível
de organização, (Idem).
Por esta razão, nasceu nas plantações de cana-de-açúcar uma disciplina baseada numa
combinação de violência, por um lado, e encorajamento e incentivo, por outro, porque a
coerção exclusiva pelo chicote nem sempre resultavam em trabalho, eficiência e
rendimento. Assim, os escravos foram divididos em grupos: primeiro, o grupo
constituído por escravos mais fortes que fazia o trabalho pesado de desbravar, adubar e
plantar; segundo, o grupo do corte e recolha da cana; terceiro, o grupo da organização
da cana em feixes, carregamento e transporte por carroça para a fábrica, onde a cana era
triturada, fervida, destilada e o líquido embalado em barris por um quarto grupo de
escravos qualificados para o efeito. Esta divisão podia variar. Delacampgne, (2002 p.
138).
3. Conclusão
Fim do presente trabalho concluiu-se que o Sistema colonial Ocidental, no século XVIII
a exploração de mão-de-obra negra africana para o trabalho tornou-se na principal
forma de produção em toda a América. e o trafico de escravos foi dinamizado por
portugueses e Outras potências europeias, passando assim o tráfico de escravos como
comércio lucrativo que torna-se, desta maneira, na principal forma de comércio
internacional nos séculos em que durou. Nas razões da abolição do trafico de escravos
destaca-se os seguintes motivações económicas, A revolução industrial (ela, resultante
da acumulação do capital proveniente dos lucros do tráfico negreiro e do sistema de
plantações americano) a consolidação do capitalismo e da sua economia sustentada no
mercado. Estes motivos conduziram a incompatibilidades com o escravismo. O
capitalismo exige mercados livres e trabalhadores assalariados para completar o ciclo
económico da produção: a circulação e o consumo, e isso não se pode efectivar se a
mão-de-obra não puder dispor de liberdade e de meios financeiros para consumir.
Assim, impôs-se a eliminação do tráfico.
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4.Referência Bibliográfica