Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E
ESCOLAR
Belo Horizonte
2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 03
2 AVALIAÇÃO ................................................................................................. 07
AVALIAÇÃO .................................................................................................... 41
INTRODUÇÃO
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras,
afinal, opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos
educacionais, mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou
aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e
provado pelos pesquisadores.
Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacunas, ao final
da apostila encontrarão nas referências consultadas e utilizadas aporte para sanar
dúvidas e aprofundar os conhecimentos.
1 A DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO
O acesso à educação escolar é muito mais do que representa ser, pois, além
de garantirmos a acessibilidade aos bancos escolares e garantirmos que os alunos
estão frequentando a sala de aula, temos também de atentar para que os mesmos
tenham acesso aos instrumentos básicos para uma boa aprendizagem, e mais,
facilitar que os mesmos tenham as condições mínimas - socioeconômicas - de
desfrutar desse período de aprendizagem.1 (OLIVEIRA; APARECIDA; SOUZA, 2008).
Luckesi (1995, p. 62), ainda amplia esta ideia quando diz que o acesso
universal ao ensino é, pois, um elemento essencial da democratização e a porta de
entrada para a realização desse desejo de todos nós, que clamamos por uma
sociedade emancipada dos mecanismos de opressão.
1 No referimos a condição socioeconômica, salientando aqueles casos nos quais os discentes precisam
trabalhar para se sustentar ou ajudar a família, ou ainda, quando esses passam por necessidades
maiores (fome, frio, moradia inadequada, falta de vestimenta, etc.).
2 A principal crítica se instaura a muitos casos em que alunos são dados como aptos a passarem para
seja, o aluno que teve acesso à escola deve ter a possibilidade de permanecer nela
até um nível de terminalidade que seja significativo [...] (LUCKESI, 1995, p.32).
3Essa reprovação traz como consequência, em certos casos, uma repetência continua, ou então leva
Instituto
o aluno a abandonar Pedagógico
o ambiente escolar.de Minas Gerais http://www.ipemig.com
(31) 3270 4500
7
as suas dificuldades, ajudando-o então a superá-las. Mas, para que isso seja possível
é indispensável que se tenha uma compreensão do que se trata realmente essa
proposta, para que da sua aplicação não resultem consequências ainda maiores ou
termine por ser ineficazes.
2 AVALIAÇÃO
Para isso, não interessa cobrar um produto final do que é ensinado, mas ter
uma atitude de confronto, isto é, do que foi produzido pelo aluno com o que se
esperava dele e estimular cada vez mais a sua confiança. Como diz Luckesi (2000, p.
69) “avaliação como um juízo de qualidade sobre dados relevantes, tendo em vista
uma tomada de decisão”.
A burguesia, por sua vez, lança mão da escola como forma de ascensão social
e manutenção do seu poder, para isso utilizou ou utiliza mecanismos como os exames,
para conformação do fracasso pelos maus resultados da classe trabalhadora. O
resultado dessas práticas burguesas foi, sem dúvida, a seleção social, o
disciplinamento para o trabalho e a inculcação ideológica (VASCONCELOS, 1998).
Desde então o exercício pedagógico escolar vem sendo constituído “mais por
uma pedagogia do exame que por uma pedagogia de ensino/aprendizagem” (Luckesi,
2000, p.18) que enumera também algumas práticas desde então utilizadas, como:
atenção à promoção, atenção nas provas, os pais estão voltados para promoção, o
estabelecimento está centrado nos resultados das provas e exames, o sistema social
se contenta com as notas obtidas nos exames.
Concorda-se também com Afonso (2000) quando diz que não se trata de uma
panacéia, porém “uma das modalidades de avaliação mais aptas à utilização dos
espaços de relativa autonomia que a escola pública possibilita” (AFONSO, 2000,
p.40).
A avaliação é uma atividade política por isso as suas funções devem ser
compreendidas segundo o contexto educacional, econômico e político mais amplo.
Afonso (2000) diz que a literatura se reporta mais às funções de melhoria dos
processos de aprendizagem; à seleção, certificação e responsabilização; à promoção
da motivação dos sujeitos; desenvolve uma consciência mais precisa sobre os
processos sociais e educacionais e condiz com o exercício da autoridade.
A avaliação sempre foi vista, portanto, no sentido micro, restrito a sala de aula.
Hoje a preocupação com a mesma surge em termos macro, município, estado, nação,
pois a força do contexto mundial, globalizado, impõe qualidade, movimento rápido,
sem desperdício de recursos humanos, materiais e pedagógicos na educação. Com
isso, certamente, irá ser construída uma relação de influência entre ambos os
processos avaliativos que levará a uma nova reflexão ação para benefício da própria
avaliação e consequentemente do processo ensino aprendizagem.
3 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Esta, por sua vez, também apresenta várias subcategorias. Müller (2001, p.
20) analisa produções sobre o tema e constrói um quadro analítico em que classifica
a avaliação institucional de acordo com:
Afonso (2005, p. 19) argumenta ainda, que em tais países, “onde se tem
procurado criar um mercado educacional, a avaliação tem um papel fundamental
porque ela permite uma informação sobre o sistema educativo que é percepcionada
como um instrumento importante para fundamentar as escolhas dos consumidores da
educação”.
Lafond (1998, p. 14), por exemplo, julga que esse tipo de avaliação não
contribui satisfatoriamente para a melhoria da instituição escolar: “uma avaliação
exclusiva de resultados escolares, dado ao seu cunho impessoal, não considera os
problemas que a escola enfrenta diariamente: [...] tem um valor estatístico; é, sem
dúvida, útil aos decisores nacionais, mas não dá de volta à escola qualquer tipo de
ajuda”.
b) Avaliação total e coletiva: a escola deve ser avaliada por todos (pais,
alunos, funcionários, gestores, professores e comunidade).
4 AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Observou-se por meio dessa afirmação, que avaliar demanda refletir, planejar
e atingir objetivos, tendo como propósito o entendimento que o ato avaliativo articula-
se ao processo educativo, social e político.
Por outro lado na escola nova, Behrens (2005), destaca como um processo
avaliativo contemplando a auto avaliação e tem como pressuposto a busca de metas
pessoais onde o aluno se responsabiliza pelo seu aprendizado, ocasionando um
sujeito ativo, para aprender e participar da ação educativa.
ensino. É uma questão a ser pensada e repensada com criticidade, com ponderação
e muito reflexivamente.
Mesmo considerando que o SAEB, por seu desenho amostral, não permite
comparação entre a totalidade das escolas de cada unidade federada, observa-se que
estabelece a comparação e classificação das unidades federadas, estimulando a
competição entre elas com o objetivo de galgarem melhores postos no ranking das
unidades escolares. A título de exemplo, lembramos de uma unidade federada que
assumiu como alvo a ser atingido “entrar no G7”, o que significava ser classificada, a
partir dos resultados do SAEB, entre as sete “melhores” do país.
Aceita a suposição de que o SAEB, pelo seu delineamento, não tem potencial
para produzir alterações nas práticas escolares, de ensino e de aprendizagem, no
sentido de seu aprimoramento, cabe uma indagação: qual a sua intencionalidade?
Se as críticas feitas nessa direção não tiveram força para suspender tal
procedimento de medida, possivelmente, provocaram a promulgação, pelo MEC, do
Decreto n. 2.026, de 14 outubro 1996, antes mesmo que se realizasse o primeiro
exame em novembro de 1996. O referido decreto prevê que a avaliação de cursos e
de instituições de ensino superior contemple, as seguintes dimensões:
que a média das notas numéricas decorrentes das provas dos alunos de uma
instituição, mede também o ensino, já que estão numa relação de causaefeito;
A própria luta da população por fazer valer este direito tende a se fragilizar,
prevalecendo a busca por conquistas individuais.
ANDRÉ, Marli Eliza D. A. de. Etnografia da Prática Escolar. Campinas, SP: Papirus,
1995.
BRASIL. Enem: seu futuro passa por aqui. Brasília: Inep, 1999.
BRUNET, Luc. Clima de trabalho e eficácia de escola. In: Nóvoa, António (Org.) As
organizações escolares em análise. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992.
CARNEIRO, Moaci Alves, LDB Fácil: leitura crítico compreensiva: artigo a artigo.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
FREIRE, Paulo. Professora Sim, Tia Não. Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo:
Olho d’Água: 1997.
GADOTTI, Moacir. Escola Cidadã. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2003 – (Coleções
Questões da Nossa Época; v. 24).
GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior. São Paulo: Atlas, 2006.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 10ª ed. São Paulo:
Cortez, 2000.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições. 6 ed. São Paulo, SP: Editora Cortez, 1997.
MORAES, Sandro Ricardo Coelho; SILVA, Itamar Mendes da. Escola Básica e auto-
avaliação institucional: possíveis conquistas, novos desafios. Campinas: PUC,
2009.
RAPOSO, Edna Maria dos Santos. Prática Avaliativa de uma Escola Municipal de
1ª a 4ª série do Ensino Fundamental. Teresina – UESP. Centro de Ciências da
Educação. (Monografia de Curso de Especialização em Supervisão).
RAPOSO, Édna Maria dos Santos; RIBEIRO, Márica Maria Gurgel. Avaliação
Institucional x avaliação da aprendizagem: um estudo da interrelação dessas
práticas pedagógicas nas escolas municipais de Teresina/PI. Teresina: UFRN, GT 15,
2007.
AVALIAÇÃO
B( ) qualidade do ensino C( )
D( )n.r.a.
2) Estudamos vários tipos de avaliação. Dentre elas, uma que destina-se à avaliação
de instituições (como a escola e o sistema educacional), políticas e projetos, tendo
atenção centralizada em processos, relações, decisões e resultados das ações de
uma instituição ou do sistema educacional como um todo. Qual das opções abaixo
representa este tipo de avaliação?
A( )Avaliação formativa
B( )Avaliação somativa C(
)Avaliação diagnóstica
D( )n.r.a.
D( )n.r.a.
necessário dar conhecimento do que e como fazer com os usuários dos usuários dos
certificados.
5)Qual das avaliações abaixo visa mostrar ao professor e ao aluno o seu desempenho
na aprendizagem bem como no decorrer das atividades escolares, oportunizando
localizar as dificuldades encontradas no processo de assimilação e produção do
conhecimento, possibilitando ao professor correção e recuperação?
A( )avaliação somativa
B( )avaliação formativa
C( )avaliação normativa
D( )avaliação diagnóstica
A)1C, 2B,3A
B)1B, 2C, 3A
C)1B, 2A, 3C
D)1A, 2B, 3C
A) Garantir que os alunos estão frequentando a sala de aula, e atentar para que os
mesmos tenham acesso aos instrumentos básicos para uma boa aprendizagem
mínimas
( ) A própria luta da população por fazer valer este direito tende a se fragilizar,
prevalecendo a busca por conquistas individuais.
a)F, V, V, F
b)V, F, F ,V
c) F, V ,F ,F
d)F, V, V, V
GABARITO
Nome do aluno:_______________________________________
Matrícula:___________
Curso:_______________________________________________ Data
do envio:____/____/_______.
Ass. do aluno: ______________________________________________
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E
ESCOLAR
1)___ 2)___ 3)___ 4)___ 5)___