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O Processo de Ensino e Aprendizagem

Autor: Saíde Cássimo


Correio electrónico: saidecassimo@gmail.com contacto: 849456407

Introdução
A aprendizagem é uma construção pessoal que o aluno realiza a partir de seus
conhecimentos prévios com a ajuda de outro, sendo que o aluno deve estar interessado
e ter disponibilidade para a aprendizagem. Ademais, neste trabalho pretende-se discutir
sobre o Processo de Ensino e Aprendizagem. Para a realização deste trabalho
traçaram-se os seguintes objectivos:
Objectivo geral: Analisar o processo de ensino e aprendizagem tendo em conta a
qualidade do ensino superior e o contributo da avaliação no processo de ensino e
aprendizagem. A par do objectivo geral traçado, apresentam-se os seguintes
objectivos específicos:
 Descrever o processo de ensino e aprendizagem no tocante a qualidade;
 Caracterizar a qualidade no processo de ensino e aprendizagem;
 Identificar o contributo da avaliação na Qualidade de ensino superior;
 Caracterizar a qualidade de ensino superior.
O conceito de aprendizagem é complexo por estar relacionado à formação da
consciência, da ruptura de valores estabelecidos e da formação de novos valores.
Sendo assim, ele ultrapassa a simples aquisição de conhecimentos, pois deve envolver
um acto reflexivo de elaboração de novos padrões. Para que se possa ter uma
aprendizagem efectiva no nível superior, os docentes devem criar condições de modo
que eles sejam simplesmente mediadores e o estudante um sujeito activo. Importa
reiterar que nesse processo, são varias questões que nos remetem à apreensão de um
conjunto de determinantes que interferem, nesse processo, no âmbito das relações
sociais mais amplas, como o caso de, o papel do docente universitário na qualidade de
mediador, a qualidade do próprio sistema de ensino, e acima de tudo, o currículo.
Portanto, são esses aspectos que se pretendem desenvolver neste trabalho de
pesquisa, tendo em conta o desdobramento do processo de ensino e aprendizagem, a
qualidade do mesmo, e a qualidade do processo de ensino e aprendizagem no nível
superior. Para a compilação do trabalho, teve-se como base a pesquisa bibliográfica
que consistiu na análise de informações ligadas ao tema em análise. Quanto a estrutura
do trabalho, obedece a seguinte: A presente introdução onde faz-se uma
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contextualização do tema em questão, o desenvolvimento, a conclusão e a bibliografia
geral, onde apresenta-se a lista de autores citados no corpo do trabalho.

1. O Processo de Ensino e Aprendizagem


A aprendizagem é um processo integrado no qual o indivíduo como um todo, incluindo
seu intelecto, os sistemas afectivos e físicos devem estar mobilizados. Em vista disto
pode-se ter diversos tipos de aprendizagem tais como cognitiva, afectiva e psicomotora.
Assim,
SCHULZ e SCHULTZ (2001, p. 62) afirmam que A aprendizagem é um processo
integrado no qual o indivíduo como um todo, incluindo seu intelecto, os sistemas
afectivos e físicos devem estar mobilizados. Em vista disto pode-se ter diversos tipos de
aprendizagem tais como cognitiva, afectiva e psicomotora. A motivação está
relacionada à predisposição do indivíduo para receber um estímulo através do qual cria-
se a possibilidade de mudança em relação a uma situação estável ou conflituante.
Dessa maneira todo estímulo seria inútil se o educando não estiver interessado na
aprendizagem. Para a compreensão de como ocorre o processo de ensino e
aprendizagem e como o aluno deve ser entendido, há teorias pedagógicas diferentes,
sendo que as primeiras teorias que muito influenciaram tanto docentes como
educandos são as teorias comportamentalista e da escola tradicional.
Em contrapartida, LEBRUN (2008, p. 45) destaca que a qualidade do processo de
ensino e aprendizagem passa pelo envolvimento de todas as pessoas da instituição,
sendo o principal responsável o professor, que no fazer pedagógico compromete-se
não só com a melhoria do seu (…) a volta de quatro aprendizagens fundamentais que,
ao longo da vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do
conhecimento: aprender a conhecer, isto é a adquirir os instrumentos de compreensão,
aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente, aprender a viver juntos, a
fim de participar e cooperar com os outros em todas as actividades humanas,
finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes.
SILVA (2008, p. 76) afirma que actualmente, o processo de ensino e aprendizagem
passa por muitos desencontros, surgindo conflitos em decorrência das Dificuldades de
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Aprendizagem que se apresentam em alguns alunos. Tanto por omissão da escola,
como também por parte da família, podem resultar duas situações características: de
um lado a falta de formação específica do professor para trabalhar com este aluno o
coloca em uma situação de conflito, e de outro lado temos o aluno que se sente
excluído e fracassado por um sistema de ensino que visa apenas crianças que têm um
bom rendimento em sua aprendizagem.
De igual modo, COLLARES (2003, p.38) afirma que o processo de ensino e
aprendizagem reside na possibilidade de se proporcionar aos alunos o acesso universal
ao conhecimento básico, que garanta a todos condições de participar e produzir,
sobretudo “aprender a aprender”.
Analisando criticamente os conceitos, pode-se, primeiramente, afirmar-se que a
aprendizagem deve ser vista como sendo um processo contínuo onde o estudante deve
absorver conhecimentos para usos futuros. Dito doutra forma, o processo de ensino e
aprendizagem deve ser considerado como sendo resultado de experiências que trazem
novos conhecimentos aos sujeitos e são exactamente esses conhecimentos que
ocasionam alterações de comportamento.
1.1. A qualidade do processo de ensino e aprendizagem
A discussão acerca da qualidade da educação remete à definição do que se entende
por educação. Para alguns, ela se restringe às diferentes etapas de escolarização que
se apresentam de modo sistemático por meio do sistema escolar.
FERNANDES (2007, p. 516) define a qualidade de duas formas: como medida ou como
experiência. No primeiro caso, a qualidade é vista como mensurável, sendo o objecto
comparado com um conjunto de padrões. A qualidade é aqui entendida como uma
apreciação objectiva baseada em critérios e em standards consensuais. Reconhece-se
a qualidade como um conjunto de características próprias do objecto em si mesmo.
De acordo com SCRIVEN (1991) apud DAVOK (2007, p. 513), o conceito de qualidade
deve ser considerado em termos de mérito e de valor. No entanto, só se verifica
qualidade quando, pelo menos, a primeira característica está presente no objecto.
Segundo o mesmo autor o mérito de um objecto existe “quando faz bem o que se
propõe a fazer” e este é indispensável para se verificar a qualidade do objecto.
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Quanto aos factores que determinam a qualidade do processo de ensino e
aprendizagem, DARLING-HAMMOND e ASCHER (1991, p. 42) ressaltam que as
dimensões e factores de qualidade da educação devem expressar relações de:
Validade – entre os objectivos educacionais e os resultados escolares, não se
reduzindo a médias ou similares; Credibilidade – tendo em vista elementos que possam
ser confiáveis em termos do universo escolar; Incorruptibilidade – ou melhor, factores
que tenham menor margem de distorção; Comparabilidade – ou seja, aspectos que
permitam avaliar as condições da escola ao longo do tempo.
No olhar dos autores supracitados, a qualidade da educação, portanto, não se
circunscreve a médias, em um dado momento, a um aspecto, mas configura-se como
processo complexo e dinâmico, margeado por um conjunto de valores como
credibilidade, comparabilidade, entre outros. Ratifica-se, portanto, que qualidade da
educação é um conceito polissémico e multifatorial, pois a definição e a compreensão
teórica e conceitual e a análise da situação escolar não podem deixar de considerar as
dimensões extra-escolares que permeiam tal temática.
Assim, analisando criticamente os conceitos apresentados, pode-se perceber que há
uma certa dificuldade por parte dos autores em definir a qualidade do processo de
ensino e aprendizagem. Ela evolui constantemente e se adequa tendo em conta o
contexto em que é usado. Entretanto, a qualidade percebida como sendo uma medida
pelo número de estudantes que ingressa no estabelecimento de ensino e pelo número
de graduados que ingressa no mercado de trabalho. Portanto, a educação de qualidade
deve ser vista como sendo aquela que responde as necessidades dos indivíduos a fim
de se desenvolverem como pessoa intelectual, efectiva, moral e socialmente.
2. Paradigmas de investigação
a) Descritiva

Segundo GIL (2008, pp. 119-120), o paradigma descritivo pretende descrever as


características de determinadas populações ou fenómenos. Uma de suas
peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de colecta de dados, tais
como o questionário e a observação sistemática.
Por outro lado, PRODANOV e FREITAS (2013, p. 52) afirmam que o paradigma
descritivo, no PEA visa descrever os factos observados sem interferir neles. Visa a
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descrever as características de determinada população ou fenómeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas
de colecta de dados: questionário e observação sistemática.
Assim, analisando os dois conceitos pode-se afirmar que no paradigma descritivo,
quando aplicado em educação, o pesquisador apenas regista e descreve os factos
observados sem interferir neles, acima de tudo, apontando as características de
determinada população ou fenómeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis.
b) Qualitativa e interpretativa
Em educação a pesquisa qualitativa também é considerada como sendo interpretativa,
participativa ou interacionista.
Assim, PRODANOV e FREITAS (2013, p. 67) afirma que o interesse central dessa
pesquisa está em uma interpretação dos significados atribuídos pelos sujeitos a suas
acções em uma realidade socialmente construída, através de observação participativa,
isto é, o pesquisador fica imerso no fenómeno de interesse. Os dados obtidos por meio
dessa participação activa são de natureza qualitativa e analisados
correspondentemente. Portanto, o pesquisador busca universais concretos alcançados
através do estudo profundo de casos particulares e da comparação desse caso com
outros estudados também com grande profundidade.
Assim, relativamente ao que acima foi exposto, fica claro que a pesquisa qualitativa é
naturalista porque não envolve manipulação de variáveis, nem tratamento experimental,
pois, enfatiza os aspectos subjectivos do comportamento humano, o mundo do sujeito,
suas experiências quotidianas, suas interacções sociais e os significados que dá a
essas.
3. Técnicas de recolha de dados
Para se efectuar a técnica de recolha de dados em campo, o pesquisador tem um leque
de instrumentos e técnicas dependendo do objecto a ser estudado. Assim, no presente
trabalho pretende-se analisar as seguintes técnicas:

a) Análise documental
Sobre a pesquisa documental, SILVA & SILVA (2006, p. 158) afirma que tem a ver com
a fonte histórica, documento, registo e vestígios e geralmente se referem a “[...] tudo
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aquilo produzido pela humanidade no tempo e no espaço; a herança material e
imaterial deixada pelos antepassados que serve de base para a construção do
conhecimento histórico.” Porém, o sentido conferido à fonte histórica foi diversificado ao
longo do tempo.
Os autores citados ainda argumentam que os positivistas, consideravam somente os
documentos escritos como sendo capazes de transmitir o conhecimento histórico e ao
historiador cabia a tarefa de colectar e agrupar os mesmos sem questionamentos.
Desta forma, para esta corrente teórica o passado era imutável e poderia ser
comprovado unicamente através de documentos oficiais sem a necessidade de
interpretação, SILVA & SILVA (2006, p. 158).
No que tange as ideias apresentadas, fica evidente que a analise documental como
sendo procedimento que faz uso de métodos e técnicas para a apreensão,
compreensão e análise de documentos. Portanto, caracteriza-se pela busca de
informações em documentos que não receberam nenhum tratamento científico, como
relatórios, jornais, revistas, cartas, filmes, entre outras matérias de divulgação.”
b) Entrevista semi-estruturada
De acordo com TRIVIÑOS (1987, p. 146) a entrevista semi-estruturada tem como
característica questionamentos básicos que são apoiados em teorias e hipóteses que
se relacionam ao tema da pesquisa. Os questionamentos dariam frutos a novas
hipóteses surgidas a partir das respostas dos informantes. O foco principal seria
colocado pelo investigador-entrevistador.

Portanto, na entrevista semi-estruturada favorece não só a descrição dos fenómenos


sociais, mas também sua explicação e a compreensão de sua totalidade, além de
manter a presença consciente e actuante do pesquisador no processo de colecta de
informações. Nesta pesquisa faz-se o planeamento da colecta de informações por meio
da elaboração de um roteiro com perguntas que atinjam os objectivos pretendidos.

4. O contributo da avaliação na qualidade de ensino superior


O ensino superior, apelando a uma maior participação, iniciativa e autonomia dos
alunos nas suas aprendizagens, pode tornar-se a nível psicopedagógico um grande
desafio para alunos e professores. Assim, parte-se do pressuposto de que a qualidade
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é um conceito cada vez mais presente nos vários discursos sobre educação. Embora
seja um conceito também comum no nosso quotidiano, este ganha especial relevância
no contexto educativo.
No contributo da avaliação na qualidade do ensino superior STUFFLEBEAM e
SHINKFIELD (2007, p. 76) afirmam que no ensino superior, a avaliação contribui na
qualidade na medida em que assume um carácter formativo para a melhoria e
permitindo na orientação do processo de tomada de decisão; Assim, o contributo da
avaliação na qualidade do ensino superior serve:
 Para a prestação de contas – de cariz sumativo, prende-se com a emissão de
um juízo global;
 Para disseminar informação – pretende divulgar informação para apoiar a
tomada de decisão dos cidadãos;
 E, para promover o esclarecimento – que se aproxima mais da investigação,
embora não torne o processo de avaliação numa investigação.
Por sua vez, MORAN (2006, pp. 47) afirma que a avaliação para a qualidade do ensino
superior deve ser vista como desempenhando um papel importante na qualidade do
processo de ensino aprendizagem dos estudantes.
Assim, os indicadores da avaliação da qualidade no ensino superior integraram o
monitoramento do processo de aprendizagem dos estudantes, os mecanismos de
avaliação destes, a participação na avaliação de sua aprendizagem, a avaliação do
trabalho dos profissionais da universidade e o acesso, compreensão e uso dos
indicadores oficiais de avaliação da educação.
Portanto, relativamente ao contributo da avaliação na qualidade de ensino superior fica
evidente que a avaliação é um processo de identificação, recolha de informações útil e
descritiva acerca do avaliado. Sendo assim, a avaliação é um elemento integrante da
prática educativa que permite a recolha de informações e a formulação de juízos para a
tomada de decisões adequadas às necessidades dos alunos e do sistema educativo.
Deste modo, a avaliação da qualidade pode ser entendida como medida onde se
“produzem medidas da qualidade, isto é, a qualidade é determinada através da
comparação entre as evidências obtidas no processo de avaliação e os critérios
definidos.
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Os processos de ensino e aprendizagem no ensino superior.
No que tange ao processo de ensino e aprendizagem no ensino superior RILEY (2006,
p. 63) afirma que a universidade deve ser responsável pela introdução de elementos
novos na vida dos estudantes e o papel docente deve ser centrado na criação de
situações em que ocorra a criação de zonas de desenvolvimento proximal.
De acordo com FERNANDES (2013, p. 34), as instituições educacionais superiores,
que sempre tomaram como matéria-prima o conhecimento, têm a oportunidade de se
recentrarem e de reocuparem o lugar nuclear que foram perdendo nas sociedades
contemporâneas. As instituições de ensino superior podem e devem ser as alavancas
do paradigma da aprendizagem ao longo da vida, abrindo-se a novos públicos e a
novas procuras; e os professores deverão ocupar a dianteira do movimento global da
formação contínua, dando sentido a um novo corpus de competências.
Por sua vez, CABRITO (2009, p. 115) afirma que a universidade deve ser responsável
pela introdução de elementos novos na vida dos estudantes e o papel docente deve ser
centrado na criação de situações em que ocorra a criação de zonas de
desenvolvimento proximal. O aluno coloca então em “movimento vários processos de
desenvolvimento que, sem a ajuda externa, seriam impossíveis de ocorrer. Esses
processos se internalizam e passam a fazer parte das aquisições do seu
desenvolvimento individual” aquisições estas chamadas de níveis de desenvolvimento
real.
Desse modo, fica evidente que no processo de ensino e aprendizagem no nível
superior, o aluno coloca então em movimento vários processos de desenvolvimento
que, sem a ajuda externa, seriam impossíveis de ocorrer. Esses processos se
internalizam e passam a fazer parte das aquisições do seu desenvolvimento individual,
aquisições estas chamadas de níveis de desenvolvimento real. Para que o docente
possa melhor programar as suas atitudes docentes é importante que ele saiba como se
dá a transformação das zonas de desenvolvimento proximal para os níveis de
desenvolvimento real.
3. A qualidade de ensino superior
A universidade é um espaço de análise e de crítica das informações através dos
elementos conceptuais e com a ajuda de um docente. Assim, a universidade ajuda a
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fazer a síntese entre a cultura formal com a experiência. Para tanto, cria, recebe e
interpreta informações, fazendo do estudante sujeito de seu próprio conhecimento.
DAVOK (2007, p.506), a qualidade em educação superior “admite uma variedade de
interpretações dependendo da concepção que se tenha sobre o que esses sistemas
devem proporcionar à sociedade, e tem significado a eficácia, a eficiência, a relevância
e a efectividade dos sistemas educativos.
O autor supracitado, ainda acrescenta que a qualidade pode referir-se, num sentido
abrangente, ao “conjunto de propriedades, atributos e condições inerentes a um objecto
e que são capazes de distingui-lo de outros similares, classificando-o como igual,
melhor ou pior; ou então, como o atributo que permite aprovar, aceitar ou refutar o
objecto com base em um padrão de referência”. O autor ainda acrescenta que a
qualidade está associada à comparação de um objecto face a outro objecto, ou face a
critérios.
Portanto, tendo em conta o que foi exposto fica evidente que, no nível superior a
qualidade está associada à comparação de um objecto tendo em conta os critérios pré-
estabelecidos. Assim, a qualidade tem muito a ver com o que se poderá considerar ser
o melhor e mais apropriado juízo que se faz do que se está a avaliar, num determinado
contexto e circunstâncias, com o envolvimento e a participação de todos os
intervenientes da comunidade, desde as instâncias superiores até a comunidade em
geral. Dito doutra forma, para garantir a qualidade no nível superior vai depender da
existência de um currículo bem definido, da capacidade dos docentes universitários; e
da dedicação dos estudantes face aos diferentes desafios de aprendizagem.
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Considerações finais
A procura da melhoria e da qualidade tem sido constante desde há várias décadas,
sendo, no entanto, actualmente, marcada por uma clara relação com a avaliação,
encarada como factor essencial para que a escola e os alunos se tornem bem
sucedidos. Assim, o trabalho teve como objectivo geral, analisar o processo de ensino e
aprendizagem tendo em conta a qualidade do ensino superior e o contributo da
avaliação no processo de ensino e aprendizagem.
Entretanto, da pesquisa desenvolvida percebeu-se que a aprendizagem é um processo
integrado no qual o indivíduo como um todo, incluindo seu intelecto, os sistemas
afectivos e físicos devem estar mobilizados. Em vista disto pode-se ter diversos tipos de
aprendizagem tais como cognitiva, afectiva e psicomotora.
Relativamente a uma educação ou ensino de qualidade, a pesquisa constatou uma
educação de qualidade deve ser entendida como um processo contínuo e permanente
que visa responder às necessidades e as aspirações do educando, tendo em vista o
seu crescimento. Neste processo torna-se de todo pertinente a participação de vários
segmentos da sociedade.
Por fim, no PEA a avaliação pode ser vista como sendo medida onde se produzem
medidas da qualidade, isto é, a qualidade é determinada através da comparação entre
as evidências obtidas no processo de avaliação e os critérios definidos de acordo com
certos parâmetros.
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Autor: Saíde Cássimo
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Referências Bibliográficas
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Autor: Saíde Cássimo
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