Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.................................................... 19
CONCLUSÃO ........................................................................................ 35
REFERÊNCIA ........................................................................................ 36
1
NOSSA HISTÓRIA
2
INTRODUÇÃO
3
O PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA
APRENDIZAGEM
4
Para Gatti (2009), a avaliação deve ser feita de maneira contínua de modo
a acompanhar o desenvolvimento e o processo de aprendizagem do aluno e
para isso é necessário que os professores estejam capacitados e aptos a
elaborar instrumentos de avaliação condizentes com o trabalho realizado em
sala de aula.
Nas críticas que Zabala (1998), apresenta, o autor aponta que a avaliação
tem como prioridade os resultados obtidos pelos alunos, é um instrumento que
mede o grau de conhecimento de cada educando e é também considerada como
um meio sancionador e qualificador da aprendizagem do aluno.
5
De acordo com Hoffmann (2003), a avaliação é uma prática de ensino que
marca a trajetória do aluno e do professor no ambiente escolar e define a ação
de julgamento dos resultados alcançados. A autora salienta que os educadores
não levam em consideração os conhecimentos prévios, nem os meios utilizados
pelos educandos para chegar a determinados resultados, considerando, assim,
apenas os dados obtidos ao final do processo.
6
Os docentes vêm exercendo a avaliação com uma função classificatória e
burocrática, estabelecendo uma rotina de tarefas e provas, transformando-a em
um fator negativo de motivação, excluindo o foco da verdadeira razão do
processo de construção do conhecimento.
7
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM NO CONTEXTO
DA DEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO
8
Luckesi (2005), Martins (1990), ressalta que a necessidade da sociedade e
da comunidade interfere nos objetivos propostos pelas escolas, embora não
sendo definitivamente. É partindo das características da escola e dos educandos
que é possível estabelecer os objetivos de ensino, metas e estratégias de
trabalho.
9
Hoffmann (2012), afirma que a escolarização em ciclos e a progressão
continuada teve início no século XX, e surgiram com o propósito de manter o
aluno na instituição de ensino, tendo por motivação os altos índices de
repetência e evasão nas redes públicas de ensino.
Hoffmann (2012), aborda que, embora a discussão dos ciclos diga respeito
à forma pela qual se pode organizar a escolaridade, muitos professores
entenderam esse programa, como total eliminação da prática avaliativa nas
10
escolas, mas não é essa a realidade e nem para isso que o programa foi
implantado.
11
praticando e as reflexões necessárias para a garantia de um processo avaliativo
que esteja a favor do aluno e de suas aprendizagens.
Ainda nas concepções dos autores, outro tipo de avaliação que se preocupa
com o ensino aprendizagem dos alunos é a avaliação formativa ou diagnóstica,
realizada no início do ano letivo e durante o desenvolvimento das atividades
escolares, caracterizada por uma sondagem das aprendizagens do aluno. Com
12
o objetivo de informar ao professor e educando sobre os resultados da
aprendizagem, e de verificar se os alunos estão realmente atingindo os objetivos
esperados, se possuem os conhecimentos e habilidades necessários como pré-
requisitos para adquirir novas aprendizagens, além de detectar dificuldades
específicas de aprendizagem. Esses dados tornam-se importantes para que o
professor dê a continuidade aos conteúdos, de modo a respeitar o tempo de
aprendizagem de cada aluno, reajustando seu plano de ação, constituindo
assim, um mecanismo de feedback, na medida em que possibilita ao professor
identificar possíveis falhas no seu processo de ensino, incentivando-o a refletir e
reformular seu trabalho docente, com o propósito da melhoria da qualidade do
processo de ensino-aprendizagem.
13
UMA AVALIAÇÃO A FAVOR DAS APRENDIZAGENS
14
Porém é preciso ter a consciência da importância de uma avaliação da
aprendizagem que seja coerente com a forma de ensinar. Verificando, se a
abordagem no ensino ocorreu juntamente com os princípios da construção do
conhecimento, devendo a avaliação da aprendizagem seguir o mesmo propósito.
15
Luckesi (2011), relata que o modo como tem sido elaborada as provas ou as
avaliações acabam causando certa frustação e desânimo nos educandos, por
que os professores exigem dos alunos, que estudem todos os conteúdos
lecionados, porém, nem todos são cobrados na avaliação. Essa prática
educativa infelizmente é compreendida na maioria das escolas como adequada
e correta, não leva em consideração a aprendizagem do aluno, pois o professor
escolhe arbitrariamente o que será avaliado. Assim sendo, os alunos apenas
decoram os conteúdos para obter uma boa nota na prova, porque a escola não
lhe oferece oportunidade para demonstrar o que realmente aprendeu.
16
A visão do erro como fonte de fracasso, na sala de aula, tem contribuído
para o uso frequente do castigo como forma de correção e sentido da
aprendizagem, tornando a avaliação a base para a definição do resultado. Porém
uma visão positiva do erro permite avaliar o processo de aprendizagem de forma
construtivista (LUCKESI, 2011).
Quando uma criança diz que “4+2=5”, a melhor forma de reagir invés de
corrigi-la, é perguntar-lhe: – Como foi que você conseguiu 5? As crianças
corrigem-se frequentemente de modo autônomo, à medida que tentam explicar
seu raciocínio à outra pessoa. Pois a criança que tenta explicar seu raciocínio
tem de descentrar para apresentar a seu interlocutor um argumento que tenha
sentido. Assim, ao tentar coordenar seu ponto de vista com o do outro
frequentemente ela se dá conta de seu próprio erro (KAMII, apud HOFFMANN,
2012, p.106).
17
O aluno aprende à medida que se engaja no processo, e responde aos
incentivos do professor, que tem a responsabilidade de criar um contexto para
facilitar a aprendizagem. Mas se o aluno não se engajar, de pouco ou nada
adiantara o envolvimento do docente (MORETTO, 2010).
18
A AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
19
conforme o objetivo e a natureza do componente que está sendo avaliado
(SUHR, 2008). A avaliação da aprendizagem é ainda um ponto vulnerável da
atuação do professor e requer melhores e profundas reflexões e compreensões
(ENRICONE & GRILLO, 2003).
20
A prática de avaliações rígidas e realizadas apenas com caráter
classificatório, sem considerar o empenho do aluno durante o processo, resulta
em um grave problema social caracterizado pela frustração do aluno com relação
ao seu desempenho. Contudo, desde a década de 90, existem manifestações
dos educadores em favor de mudanças nesse paradigma, defendendo a
educação formativa como adequada. A educação formativa visa avaliar a
aprendizagem real dos alunos e preocupa-se com a formação, não mais com a
classificação. E, de acordo com Neves (2007), a avaliação formativa é uma
prática interessante em todos os níveis de ensino, desde o ingresso da criança
na vida escolar, até a sua formação no ensino superior e além.
Avaliação formativa
21
Seu objetivo é identificar se as propostas do professor são alcançadas no
processo de ensino-aprendizagem. A partir do resultado obtido, é possível
orientar e regular a construção do conhecimento.
Avaliação cumulativa
22
Essa avaliação é aquela voltada à retenção dos conhecimentos
repassados em sala de aula. O professor trabalha junto com o aluno e o
acompanha em seu dia a dia. Assim, o estudante recebe orientações contínuas,
conforme determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Avaliação diagnóstica
23
Avaliação somativa
24
Autoavaliação
25
OS DESAFIOS DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
26
A AVALIAÇÃO SEGUNDO A LEI DE DIRETRIZESS E
BASES DA EDUCAÇÃO
27
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos
de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso
exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
28
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
29
A média então é realizada a partir da quantidade e não da qualidade, não
garantindo o mínimo de conhecimento (Luckesi, 1995). Essa prática torna a
avaliação nas mãos do professor um instrumento disciplinador de condutas
sociais, utilizando-a como controle e critério para aprovação dos alunos,
buscando controlar e disciplinar, retirando deles espontaneidade, criticidade e
criatividade, transformando-os em “cordeiros” de um sistema autoritário e
antipedagógico.
30
A prática da avaliação escolar, ao invés de servir como meio de perceber
como os alunos avançam na construção de seus conhecimentos, atua como um
fim de um processo. A avaliação nesse caso é usada como um mecanismo para
selecionar ou classificar o aluno em “forte” ou “fraco’. O indivíduo que não se
enquadra nas expectativas do processo educacional acaba muitas vezes
interiorizando a ideia de que não é capaz de crescer, de avançar de acordo com
suas próprias potencialidades.
31
explicita a intencionalidade da escola como instituição, indicando seu rumo e sua
direção. Ao ser construído coletivamente, permite que diversos atores
expressem suas concepções (de sociedade, escola, relação ensino-
aprendizagem, avaliação etc.) e seus pontos de vista sobre o cotidiano escolar,
observando-se tanto o que a escola já é quanto o que ela poderá ser, como base
na definição de objetivos comuns das ações compartilhadas por seus atores.
32
É papel do professor participar de forma efetiva nesse projeto global da
escola (PPP), pois, de acordo com Luckesi (1998, p. 1), a avaliação da
aprendizagem escolar adquire seu sentido na medida em que se articula com
um projeto pedagógico e com seu projeto de ensino. No caso que nos interessa,
a avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos, tendo
em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo. Por isso,
não pode ser estudada, definida e delineada sem um projeto que a articule.
Nascimento (2003) diz que aspectos não são notas, mas registros de
acompanhamento das atividades discentes. A avaliação contínua e cumulativa
é um recado para todos os professores de que nenhuma avaliação deve se
decidida no bimestre, trimestre ou semestre; deve resultar de um
acompanhamento diário, negociado, transparente, entre docente e aluno, daí
seu aspecto diagnóstico. Ou seja, constatada no processo de avaliação a não
retenção de conhecimentos, toma-se a medida de superar a limitação de
aprendizagem. Continuando, o autor afirma que: nota verifica, não avalia. Toda
verificação é uma forma de avaliação, mas nem toda avaliação resulta da
verificação. Aliás, mesmo a verificação, tão rotineira no meio escolar, é parte do
processo de aprendizagem e, portanto, não deve ser confundida com o
julgamento do ensino. Ninguém aprende para ser avaliado. Nós aprendemos
para termos novas atitudes e valores no palco da vida. A avaliação, meio e nunca
33
fim do processo de ensino, não deve se comprometer em ajuizar, mas
reconhecer, no processo de ensino, a formação de atitudes e valores (2003, p.
2).
Essa concepção deixa bem claro que a nota não é um processo avaliativo,
e sim verificativo. O professor que segue dessa forma, pensando que está
ajudando ao seu aluno na aprendizagem, está dificultando o processo. Sendo
assim, a avaliação contínua e cumulativa é exatamente para convencer de que
uma nota não deriva de uma eventual prova mensal, bimestral ou semestral. A
nota, quando existe, resulta de processo de aprendizagem, em que, a partir de
um pacto de convivência entre professor e aluno, define-se a avaliação,
satisfatória ou insatisfatória.
Nesse sentido, constatamos que a avaliação envolve o todo que faz parte
do cotidiano vivenciado pelo grupo, em que todos são avaliados. Avaliar, nessa
perspectiva, significa realizar ações como: organizar, fazer análises mais
precisas sobre sua evolução, comparar tarefas, estabelecer relações entre
respostas; assim, ela passa a ser uma ação crítica e transformadora, em que o
professor acompanha o seu grupo, investigando, observando e refletindo sobre
a criança, o grupo, a sua prática pedagógica e a instituição. Na medida em que
tudo que avaliamos não é visível a olho nu, isto quer dizer que avaliar vai além
de olhar para crianças como seres meramente observados, ou seja, a intenção
pedagógica avaliativa dará condições para o professor ou professora criar
objetivos e planejar atividades adequadas, dando assim um real ponto de partida
para essa observação; torna-se clara a necessidade de construir conhecimentos
e reflexão por parte de professores educadores acerca do processo avaliativo
formal.
34
CONCLUSÃO
35
REFERÊNCIA
36
PERRENOUD, Philippe. Avaliação: excelência à regulação das aprendizagens
– Entre duas logicas. Artmed, Porto Alegre 1999.
37