Este documento contém um formulário para uma atividade online de Microbiologia respondido pela estudante Celma Monica Pereira da Silva. O formulário contém 6 questões sobre microbiologia que abordam tópicos como adaptação de bactérias a diferentes ambientes, fatores de virulência bacteriana, toxinas bacterianas e diagnóstico e tratamento de infecções bacterianas.
Este documento contém um formulário para uma atividade online de Microbiologia respondido pela estudante Celma Monica Pereira da Silva. O formulário contém 6 questões sobre microbiologia que abordam tópicos como adaptação de bactérias a diferentes ambientes, fatores de virulência bacteriana, toxinas bacterianas e diagnóstico e tratamento de infecções bacterianas.
Este documento contém um formulário para uma atividade online de Microbiologia respondido pela estudante Celma Monica Pereira da Silva. O formulário contém 6 questões sobre microbiologia que abordam tópicos como adaptação de bactérias a diferentes ambientes, fatores de virulência bacteriana, toxinas bacterianas e diagnóstico e tratamento de infecções bacterianas.
Natureza: Obrigatória Estudante: Celma Monica Pereira da Silva
Atividade
Questão 01) (10 pontos)
As bactérias (e outros microrganismos) podem se adaptar a uma variedade de ambientes que incluem fontes externas como: solo, água e matéria orgânica ou em ambientes internos encontrados nos insetos vetores, animais e em seres humanos, onde normalmente habitam e subsistem. Assim, dotadas dessa capacidade, as bactérias asseguram sua sobrevida e aumentam a possibilidade de transmissão. Ao produzirem infecção assintomática ou doença leve, em vez de levarem à morte do hospedeiro, os microrganismos que normalmente habitam em seres humanos aumentam a possibilidade de transmissão de uma pessoa para outra. As mais frequentes portas de entrada das bactérias patogênicas são os locais do corpo nos quais as mucosas entram em contato com a pele: vias respiratórias (superiores e inferiores), trato gastrintestinal (principalmente a boca), trato genital e vias urinárias. As áreas anormais das mucosas e da pele (p. ex., cortes, queimaduras e outras lesões) também são portas de entrada frequentes. A pele e as membranas mucosas constituem o mecanismo de defesa secundária contra a infecção. Para causar uma doença, os patógenos precisam vencer essas barreiras. a) A afirmação está totalmente correta. b) A afirmação está totalmente incorreta. c) A afirmação está parcialmente correta.
Questão 02) (15 pontos)
A virulência bacteriana relaciona-se à sua capacidade de provocar infecção e doença. Nesse caminho é preciso considerar os fatores de aderência e a invasão das células e tecidos do hospedeiro. Quanto aos fatores de aderência, após as bactérias penetrarem no hospedeiro, precisam aderir as células de um tecido. Se não conseguirem fazê-lo, serão eliminadas pelo muco e por outros líquidos que banham a superfície tecidual. A aderência, que constitui apenas uma etapa no processo infeccioso, é seguida pelo desenvolvimento de microcolônias e por etapas subsequentes na patogênese da infecção. As interações entre as bactérias e as superfícies celulares dos tecidos no processo de aderência são complexas. Diversos fatores desempenham importantes papéis: a hidrofobicidade superficial e a carga efetiva da superfície; as moléculas de ligação nas bactérias (ligantes) e interações dos receptores das células do hospedeiro. As bactérias e células do hospedeiro geralmente possuem cargas negativas na superfície e, portanto, forças eletrostáticas repulsivas, superadas por interações hidrofóbicas e outras mais específicas entre as bactérias e as células do hospedeiro. Em geral, quanto mais hidrofóbica for a superfície da célula bacteriana, maior será sua aderência à célula do hospedeiro. Diferentes cepas de bactérias de uma mesma espécie podem variar bastante quanto a suas propriedades superficiais hidrofóbicas e sua capacidade de aderir às células do hospedeiro. As bactérias também possuem moléculas de superfície específicas que interagem com as células do hospedeiro. Muitas são dotadas de pili ou fímbrias, apêndices semelhantes a “pelos” que se estendem a partir da superfície da célula bacteriana e ajudam a mediar a aderência das bactérias à superfície das células do hospedeiro. Em relação ao processo de invasão das células e tecidos do hospedeiro, para muitas bactérias que causam doença, a invasão do epitélio do hospedeiro é essencial para o processo infeccioso. Algumas bactérias (p. ex., espécies de Salmonella) invadem os tecidos através das junções existentes entre as células epiteliais. Outras bactérias (p. ex., espécies de Yersinia, N. gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis) invadem tipos específicos de células epiteliais do hospedeiro, podendo, subsequentemente, penetrar nos tecidos. No interior da célula do hospedeiro, as bactérias podem permanecer encerradas em um vacúolo constituído pela membrana celular do hospedeiro, ou a membrana do vacúolo pode dissolver-se, permitindo a dispersão das bactérias no citoplasma. Algumas bactérias (p. ex., espécies de Shigella) multiplicam-se no interior da célula do hospedeiro, enquanto outras, não. O termo invasão costuma ser utilizado para descrever a entrada das bactérias nas células do hospedeiro, implicando um papel ativo para os microrganismos e um papel passivo para as células do hospedeiro. Em muitas infecções, as bactérias produzem fatores de virulência que influenciam as células do hospedeiro, induzindo-as a ingerir as bactérias. As células do hospedeiro desempenham um papel muito ativo nesse processo. Em geral, a produção de toxinas e outras propriedades de virulência são independentes da capacidade das bactérias de invadir células e tecidos. (x ) Afirmação verdadeira. ( ) Afirmação falsa. Questão 03) (15 pontos) Em geral, as toxinas produzidas por bactérias são classificadas em dois grupos: exotoxinas e endotoxinas. Sobre as exotoxinas, são excretadas pela célula viva; com altas concentrações em meio líquido; produzidas por bactérias gram-positivas e gram-negativas; polipeptídeos, com massa molecular de 10,000 a 900,000; relativamente instáveis; com frequência, a toxicidade é rapidamente destruída por aquecimento a temperaturas acima de 60°C ; altamente antigênicas; estimulam a formação de altos títulos de antitoxina. A antitoxina neutraliza a toxina ; convertidas em toxoides não tóxicos e antigênicos por formalina, ácidos, aquecimento entre outros métodos. Os toxoides são usados para imunização (p. ex., toxoide tetânico); altamente tóxicas; fatal para animais em microgramas ou menos; geralmente ligadas a receptores específicos em células; em geral, não provocam febre no hospedeiro; frequentemente controladas por genes extracromossômicos (p. ex. plasmídeos). Já as sobre as endotoxinas, são parte integrante da parede celular de bactérias gram-negativas. Liberadas com a morte bacteriana e em parte durante o crescimento. Pode não ser necessário que sejam liberadas para terem atividade biológica; encontradas somente em bactérias gram-negativas; lipopolissacarídeos complexos. A porção lipídeo A provavelmente é responsável pela toxicidade; relativamente estáveis; resistem ao aquecimento a temperaturas acima de 60°C por horas sem perda da toxicidade; fracamente imunogênicas; anticorpos são antitóxicos e protetores. A relação entre títulos de anticorpos e proteção contra doenças é menos nítida do que com exotoxinas; não convertidas em toxoide; moderadamente tóxicas; fatais para animais em dezenas a centenas de microgramas; não possuem receptores específicos em células; em geral causam febre no hospedeiro por liberação de interleucina 1 e outros mediadores; síntese dirigida por genes cromossômicos. (x ) Afirmação verdadeira. ( ) Afirmação falsa.
Questão 04) (15 pontos)
Uma mulher de 22 anos, que trabalha em uma creche, apresenta-se com histórico de febre e tosse há 2 meses. Durante este período, perdeu 5 kg. A radiografia de pulmão mostrou infiltrado bilateral nos lobos inferiores com cavidades. Um esfregaço corado do seu escarro mostrou bacilos álcool acidorresistentes. O modo mais provável pelo qual a paciente adquiriu a infecção foi: (A) Atividade sexual. (B) Ingestão de microrganismos na comida. (C) Ter segurado um corrimão contaminado ao entrar em um transporte público. (D) Ter manuseado um pote que continha terra. (E) Ter aspirado gotículas em aerossol contendo microrganismos.
Questão 05) (15 pontos)
Um homem de 70 anos com histórico de diverticulose do colo sigmoide apresenta episódio súbito de dor acentuada no quadrante inferior esquerdo do abdome, acompanhada de febre. A dor regride gradualmente, sendo substituída por uma dor constante acompanhada de acentuada sensibilidade abdominal. O diagnóstico de provável ruptura do divertículo é confirmado, sendo encontrado um abscesso próximo do colo sigmoide. A(s) bactéria(s) mais provável(is) de ser(em) encontrada(s) nesse abscesso é (são): (A) Microbiota gastrintestinal normal-mista. (B) Bacteroides fragilis isolado. (C) Escherichia coli isolada. (D) Clostridium perfringens isolado. (E) Espécies de Enterococcus isoladas.
Questão 06) (10 pontos)
O tratamento para as infecções bacterianas inclui a utilização de antimicrobianos que atuam especificamente, conforme o tipo de bactéria que esteja provocando a infecção. Um agente antimicrobiano ideal deve exibir toxicidade seletiva, ou seja, o fármaco deve ser prejudicial para o patógeno, mas não para o hospedeiro. Com frequência, a toxicidade seletiva é mais relativa que absoluta, significando um fármaco, em uma concentração tolerada pelo hospedeiro, pode lesar um microrganismo infectante. A toxicidade seletiva pode ser função de um receptor específico necessário para a ligação do fármaco ou depender da inibição dos eventos bioquímicos essenciais para o patógeno, mas não para o hospedeiro. Os mecanismos de ação dos fármacos podem ser compreendidos em 04 categorias, a saber:1) Inibição da Síntese da Parede celular: As bactérias têm uma camada externa rígida, denominada parede celular, a qual mantém a forma e o tamanho do mi- crorganismo, que possui elevada pressão osmótica interna. A lesão da parede celular (p. ex., pela lisozima) ou inibição de sua formação podem levar a lise da célula. Em um ambiente hipertônico (p. ex., sacarose a 20%), o comprometimento da formação da parede celular leva ao aparecimento de “protoplastos” bacterianos específicos nos microrganismos gram-positivos ou “esferoplastos” nos microrganismos gram-negativos, formas delimitadas pela frágil membrana citoplasmática. Se esses protoplastos ou esferoplastos forem colocados em meio de tonicidade normal, irão rapidamente absorver líquido e intumescer, podendo sofrer ruptura. Amostras obtidas de pacientes em tratamento com antibióticos que atuam na parede celular mostram com frequência bactérias degradadas ou disformes. Todos os fármacos betalactâmicos são inibidores seletivos da síntese da parede celular bacteriana e, portanto, mostram-se ativos contra as bactérias em crescimento. Tal inibição constitui apenas uma das várias atividades distintas desses fármacos, porém é a mais compreendida de todas. 2) Inibição da Função da Membrana Celular: O citoplasma de todas as células vivas é delimitado pela membrana citoplasmática, que atua como barreira de permeabilidade seletiva, desempenhando funções de transporte ativo e controlando, assim, a composição interna da célula. Se a integridade funcional da membrana citoplasmática for rompida, as macromoléculas e os íons escaparão da célula, com as consequentes lesão e morte celular. A membrana citoplasmática das bactérias e dos fungos tem uma estrutura diferente daquela das células animais, podendo ser mais facilmente rompida por determinados agentes. Em consequência, é possível usar uma quimioterapia seletiva. Os detergentes, que contêm grupamentos hidrofílicos e lipofílicos, rompem as membranas citoplasmáticas e matam a célula. Uma classe de antibióticos, as polimixinas, consiste em peptídeos cíclicos com atividade detergente que danificam seletivamente as membranas que contenham fosfatidiletanolamina, um dos principais componentes das membranas bacterianas. Alguns antibióticos interferem seletivamente nas funções biossintéticas das membranas citoplasmáticas (p. ex., o ácido nalidíxico e a novobiocina inibem a síntese do DNA e a novobiocina inibe também a síntese do ácido teicoico). Uma terceira classe de agentes que atuam na membrana é constituída pelos ionóforos, compostos que permitem a rápida difusão de cátions específicos através da membrana. A valinomicina, por exemplo, regula especificamente a passagem dos íons potássio. Alguns ionóforos atuam pela formação de poros hidrofílicos na membrana; outros atuam como carreadores iônicos solúveis de lipídeo, fazendo uma espécie de ponte para o interior da membrana. Os ionóforos podem matar células por descarga do potencial de membrana, essencial para a fosforilação oxidativa, bem como para outros processos associados à membrana; eles não são seletivos para as bactérias, podendo atuar em membranas de todas as células. 3) Inibição da Síntese Proteica: É sabido que os macrolídeos, as lincosamidas, as tetraciclinas, as glicilciclinas, os aminoclicosídeos e o cloranfenicol podem inibir a síntese proteica na bactéria. Entretanto, os mecanismos precisos de ação desses fármacos diferem entre si. As bactérias possuem ribossomos 70S, enquanto as células dos mamíferos apresentam ribossomos 80S. As subunidades de cada tipo de ribossomo, sua composição química e suas especificidades funcionais são suficientemente diferentes para explicar por que os antimicrobianos são capazes de inibir a síntese das proteínas nos ribossomos bacterianos sem exercer efeito significativo sobre os ribossomos dos mamíferos. Na síntese normal das proteínas microbianas, a mensagem do RNAm é “lida” simultaneamente por vários ribossomos ao longo do filamento do RNAm, denominados polissomos. 4) Inibição da Síntese dos Ácidos Nucléicos: Entre os exemplos de fármacos que atuam por inibição da síntese dos ácidos nucleicos estão as quinolonas, pirimetamina, rifampicina, sulfonamidas, trimetoprima e trimetroxato. A rifampicina inibe o crescimento bacteriano devido à sua forte ligação ao RNA dependente de polimerase do DNA das bactérias. Por conseguinte, inibe a síntese do RNA bacteriano. A resistência à rifampicina resulta de uma alteração na RNA polimerase devido à mutação cromossômica que ocorre com a alta frequência. O mecanismo de ação da rifampicina sobre os vírus é diferente. Com efeito, o fármaco bloqueia um estágio tardio na organização dos poxvírus. Todas as quinolonas e fluoroquinolonas inibem a síntese do DNA microbiano ao bloquearem as enzimas DNA girase e topoisomerase, que exercem um papel- chave na replicação e no reparo do DNA. ( ) Afirmação verdadeira. ( x ) Afirmação falsa.
Questão 07) (10 pontos)
Qual dos seguintes fatores geralmente não é considerado quando se faz a seleção da terapia antimicrobiana inicial para uma infecção? (A) A idade do paciente. (B) O local anatômico da infecção (p. ex., meningite ou infecção do trato urinário). (C) Se o paciente está ou não imunodeprimido. (D) Se o paciente possui ou não algum dispositivo implantado (p. ex., prótese articular de quadril, válvula cardíaca artificial, cateter urinário). (E) Aguardar os resultados da cultura e dos testes de sensibilidade aos antimicrobianos.
Questão 08) (10 pontos)
Uma mulher de 28 anos de idade, com 10 semanas de gravidez, procurou uma clínica de obstetrícia pré-natal. Ela tem uma história clínica de tratamento para sífilis sete anos atrás. Os resultados dos exames sorológicos para sífilis foram os seguintes: teste não treponêmico, RPR, não reativo; teste treponêmico (TP-PA), reativo. Qual das seguintes afirmativas é mais correta? (A) O tratamento prévio da mãe foi ineficaz. (B) A criança corre sério risco de apresentar sífilis congênita. (C) A mãe necessita ser tratada novamente contra sífilis. (D) A mãe precisa ser submetida a uma punção lombar e realizar um VDRL em seu LCS para neurossífilis. (E) Todas as alternativas anteriores são corretas.