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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA 1 (AD1)

Nome: Beatriz Martins Lisboa


Curso: Licenciatura em História
Polo: Miguel Pereira
Matrícula: 20216090053
Disciplina: História da América 1

Resenha crítica do texto: Garcia, Elisa Frühauf. “Identidades e Políticas Coloniais:


guaranis, índios infiéis, portugueses e espanhóis no Rio da Prata, c.1750-1800”. Anos 90,
Porto Alegre, v. 18, n. 34, dez. 2011, p. 55-76.

Quais as verdadeiras motivações?

No texto de Elisa Frühauf Garcia, ela descreve a partir de bases historiográficas como
vários acontecimentos influenciaram grandemente as relações sociais e políticas entre os
indígenas e os colonizadores. As motivações que gerava os posicionamentos de casa área e as
consequências das atitudes e as classificações criadas dentro destas novas sociedades geradas.
Segundo a autora a liderança Espanhola fazia questão de separar os indígenas dos
Espanhóis, ou seja, os nativos deviam ficar em uma área distante da população. E através do
trabalho que os Jesuítas realizaram no Paraguai eles confirmaram essa separação. Os
indígenas que foram catequizados por eles eram chamados de Missioneiros; de acordo com a
historiografia cada grupo recebia um nome; Ibéricos (Colonizadores), missioneiros,
minuanos, charruas e guenoas, relacionados aos indígenas.
O Rio da Prata era uma área de fronteira, onde habitavam os indígenas chamados de
infiéis, chamados assim pois eram contrários aos missioneiros, que possuíam uma certa
posição favorável junto ao governo espanhol e juntos lutavam pelo domínio do território de
fronteira, já os infiéis já agiam em apoio aos Portugueses. A autora coloca que toda a disputa
existente estava relacionada com as disputas de território entres as colônias espanholas e
portuguesas através dos indígenas e as disputas entre eles. Através de documentação histórica,
contata-se que os infiéis estavam sempre presentes em meio aos missioneiros seja para estar
em contato com familiares ou para conseguirem mercadorias. Os indígenas contrários as
missões tinham famas de serem violentos e não obedeciam a nenhuma lei e mudavam de
opinião com frequência e influenciavam outros missioneiros, para confirmar, a autora cita o
relato do padre Nusdorfer que frisa a questão de alguns missioneiros também estarem em
contato com minuanos infiéis (GARCIA, p.59).
Elisa Frühauf Garcia, fortalece ao descrever que vários historiadores conversam entre
si e concordam que os minuanos agiam de forma a usar das disputas existentes entre
portugueses e espanhóis para chegarem aos seus objetivos, que era o de garantir um futuro
mais tranquilo para eles, sem se importarem como, roubavam gado, enganavam com histórias
onde sempre eles sofriam injustiças; mas, apesar deles acharem que tinham vantagens, tantos
os missioneiros como os portugueses e espanhóis não acreditavam fielmente neles. E nestes
embates muitos indígenas perderam suas vidas, mesmo assim continuaram a insistir na união
com os portugueses, pois é importante fortalecer que os infiéis minuanos eram contrários aos
missioneiros e espanhóis, já que estes desejavam expulsá-los do território castelhanos.
Apesar da insistência dos indígenas eles eram inconstantes e os portugueses também
em suas lideranças políticas, tantos os espanhóis como os portugueses desejavam o domínio
das fronteiras em um certo momento os castelhanos pensaram em unir forças contra os
minuanos para elimina-los, mas para os lusitanos não existia uma forma de pensamento
igualitário quanto aos infiéis, para alguns lideres portugueses manter os indígenas na fronteira
seria uma forma de proteção, pois eles não demonstravam perigo para o poderio português,
mas outros desejavam o seu fim.
Portanto, a partir da leitura das aulas iniciais e do texto de Elisa Frühauf Garcia,
vemos que tanto os colonizadores como os indígenas tiveram várias motivações para que suas
identidades e políticas fossem formadas historicamente. Como pesquisado, “Motivação é um
impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus objetivos... é o que faz com que os
indivíduos deem o melhor de si, façam possível para conquistar o que almejam, e muitas
vezes, alguns acabam até mesmo “passando por cima” de outras pessoas.”. Se analisarmos os
colonizadores tiveram como motivação a conquista de territórios e riquezas, sem respeitar os
nativos das terras que chamavam de “novo mundo”, massacrando-os e possuindo a terra de
forma barbara; alguns nativos tinham motivações de problemas entre diferença de
pensamentos entre eles e outros nativos, foram motivados e influenciados pelas missões
evangelísticas. A autora Larissa Viana na aula 1 do material didático cita o Frei Bartolomé de
Las Casas, onde ele em sua obra mostra os espanhóis que ao chegarem nas terras do “novo
mundo”, a ganância pelo ouro foi a motivação para que eles dizimassem os nativos do
território nomeando-os como seres diabólicos, tiranos, cruéis e sanguinários. Vemos que
historicamente há uma dificuldade em definir quem é quem, quem são os inimigos e quem são
os amigos. Como definir cada indivíduo nesta sociedade que surge na era colonial, onde os
colonizadores desejam ser majoritários quanto ao poderio independente de qualquer situação e
os nativos tentando se impor como podem dentro desta nova sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 AULA 1 – As américas antes da conquista – temas e questões – p. 8 – 23.
 TEXTO: GARCIA, Elisa Frühauf. “Identidades e Políticas Coloniais: guaranis,
índios infiéis, portugueses e espanhóis no Rio da Prata, c.1750-1800”. Anos 90,
Porto Alegre, v. 18, n. 34, dez. 2011, p. 55-76.
 Motivação: o que é e qual o seu significado – w.w.w.significados.com.br –
19/03/2022.

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