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2 ASPECTOS TEÓRICOS
Nos aços tratados com CaSi, não é prática na CSN injetar argônio e portanto neste
caso a nucleação de gases teria que ocorrer na frente de solidificação.
Considerando-se que os aços microligados são fortemente desoxidados e que
apresentam na sua composição teores de Al e Ti, elementos com grande afinidade
pelo H, pode-se supor que o H2 é o principal gás responsável pela nucleação.
A nucleação e crescimento de uma bolha só ocorre se a sua pressão interna for
superior à soma das pressões a que esta bolha está submetida (Equação 1).
Pb = Pi > Patm + PFe + 2/r ........ (1)
Esta equação mostra que quanto menor o tamanho das bolhas, maior é a
supersaturação do soluto i necessária para a nucleação. Por outro lado, concorrem
dois fatores importantes para esta nucleação. Em primeiro, ocorre uma forte
contração de solidificação, principalmente nos aços hipo-peritéticos e, em segundo,
a supersaturação no líquido é tanto mais elevada quanto mais elevada a fração
solidificada. Se considerarmos o modelo de solidificação em equilíbrio, a
concentração de i no líquido residual será dada pela Equação 2.
C oi
C
i
.........(2)
1 f S (k 1)
L
2 ,5
2 ,0 não
forma
pH2 (atm)
poros
1 ,5
1 ,0 1,04 atm
forma
0 ,5 poros
0 ,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
p p m [H]
Figura 7. Porosidades.
Na primeira etapa, as medições foram realizadas para adições tradicionais com CaO
após tratamento no Forno Panela e em outras corridas na liberação do RH. Na
segunda etapa substituímos a CaO por duas toneladas de escória sintética
sinterizada durante o vazamento e Forno Panela e após tratamento, realizamos
medições.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Como resultado (Figura 13), a quantidade de Hidrogênio para aços com adição 2,5 t
de CaO por corrida é em média de 7,3 ppm na liberação do Forno Panela.
Substituindo a CaO por Escória Sintética Sinterizada, obtivemos valores próximos
de 4,65 ppm ou seja uma redução de aproximadamente 2,6 ppm de Hidrogênio.
Comparando os resultados obtidos na liberação do Forno Panela com adições de
escória sintética sinterizada e os resultados da liberação do RH, identificamos a
proximidade nos valores (Figura 14).
Após a comprovação de que a origem do defeito bolsa nos esboços estava
diretamente associada ao teor de hidrogênio no aço líquido, a primeira contramedida
tomada foi a de alterar a rota de fabricação das placas de aço microligado de
(LD FP MCC) para (LD FP RH EB MCC) a chamada rota tripla de
refino secundário. Esta rota de fabricação foi adotada durante o período de nov/2003
até maio/2004. E, a partir de junho/2004 estabeleceu-se a rota
(LD FP RH MCC), a chamada rota dupla de refino secundário. E atualmente
retornamos a rota de produção para (LD FP MCC), porém, com a quantidade
de Hidrogênio controlada através da substituição da CaO por escória sintética
sinterizada.
Média H final no Forno Panela x Adições
8,0
7,3
7,0
ppm H
6,0
5,0
4,65
4,0
CaO Escória Sintética
σ = 0,7 σ = 0,6
Nº corridas = 10 Nº corridas = 10
Figura 13. Resultados com CaO e Escória Sintética Sinterizada na liberação do FP.
Média H final x Equipamento
5,00
4,70
4,65
ppm H
4,50
4,00
RH ‐ CaO FP ‐ Escória Sintética
σ = 0,87 σ = 0,6
Nº corridas = 10 Nº corridas = 10
Figura 14. Resultados de liberação do RH com CaO e Escória Sintética Sinterizada do FP.
Grau 6 – Liberação do FP
9
8,0
8 8,0
7,3
7,3 7,4 7,4 7,3 7,4
7 7,2 7,2
Cal
H (ppm)
6 Média Cal
5,6 ES
5,2
5 5,1 Média ES
M 4,8 4,8 4,7
E 4,7 4,6
4,5 4,6
T 4,5
4 A
3,7
CaO Escória Sintética
σ = 0,7 σ = 0,6
Nº corridas = 10 Nº corridas = 10
Figura 15. Medições com CaO e com Escória Sintética Sinterizada após liberação do Forno Panela.
4 CONCLUSÕES
1 YASUNAKA, H., YAMANAKA, R., INOUE, T. e SAITO, T. Pinhole and inclusion defects
formed at the subsurface in ultra low carbon steel. Tetsu-to-Hagané, v.81, n.5, p.529-
534, 1995.
2 MORITA, Z. Thermodynamics on the equilibrium distribution coeficients of solute
elements between solid and liquid phases in iron alloys. Tetsu-to-Hagané, v.74, n.7,
p.1210-1218, 1988.
3 ZHANG, L. e TANIGUCHI, S. Fundamentals of inclusion removal from liquid steel by
attachment to rising bubbles. Iron & Steelmaker, n.9, p.55-79, 2001
4 ZHANG, L. e THOMAS, B. G. State of the art in evaluation and control of steel
cleanliness. ISIJ International, v.43, n.3, p.271-291, 2003.
5 YIN, H. SHIBATA, H., EMI, T. e SUZUKI, M. Characteristics of agglomeration of various
inclusion particles on molten steel surface. ISIJ International, v.37, n.10, p.946-955,
1997.