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INTRODUÇÃO
1
Mestre em História do Brasil (UFPI), Professora do Curso de História do Campus Senador Helvidio
Nunes de Barros da Universidade Federal do Piauí. Email: candeia09@hotmail.com
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POCOCK, J.G.A. Linguagens do ideário político. Organização: Sérgio Miceli. Tradução Fábio
Fernandez. São Paulo: Edusp, 2003, p. 9-82.
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IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA DA ANPUH/SE
O CINQUENTENÁRIO DO GOLPE DE 64
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ARENDT, Hannah. Da revolução. Revisão: Caio Navarro de Toledo. Tradução: Fernando Didimo
Vieira. São Paulo:Ática; Brasília,DF: Editorada UnB, 1988.
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O que está pressuposto tanto pelo o autor como pelo comentário da editora sobre
a última edição da obra, é que o mesmo desvela a verdade sobre os fatos, entretanto,
compreende-se, que a narrativa produz sentidos que possuem a dimensão de veracidade,
mas que não são isentos. Dessa forma, considera-se pertinente considerar os sentidos
lançados sobre o passado e que em certa medida ainda repercutem na sociedade
contemporânea.
4
1964: GOLPE OU CONTRAGOLPE. Disponível em:
http://www.lpm.com.br/site/default.asp?Template=../livros/layout_produto.asp&CategoriaID=610619&I
D=838253 Acesso em: 30 jun. 2014.
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deveria ser realizada no Brasil. Essas reflexões inserem-se em um contexto, no qual não
se realizou uma revolução de caráter comunista, e a suposição de que ela estaria em
curso serviu de pretexto para a deposição do presidente João Goulart, por meio de um
golpe militar.
Caio Prado Júnior5 frisa que a formação colonial forjou as bases das
desigualdades ainda vivenciadas pela sociedade brasileira em meados do século XX.
Dentre essas condições apresentavam-se a concentração da propriedade da terra, e a
dependência econômica em relação aos interesses do mercado internacional, no qual o
Brasil inseria-se como país agroexportador. Ele critica a teoria sobre a revolução
brasileira que caracterizava essa formação como feudal, incorrendo em um equívoco de
interpretação ao atribuir à luta dos trabalhadores rurais o objetivo de livre ocupação e
utilização da terra:
5
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978.
6
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978, p. 49.
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[...] o que se tem visto, afora agitação superficial, por vezes aparatosa,
mas sem nenhuma profundidade ou penetração nos sentimentos e na
vida da população, afora isso, o que há de real é a estagnação daquele
processo revolucionário. Ou pior ainda, a sua degenerescência para as
piores formas de oportunismo demagógico, explorando as aspirações
populares por reformas. Foi esse o espetáculo que proporcionou ao
país o convulsionado governo deposto a 1º de abril8.
7
Ibidem, p. 22.
8
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978, p. 22.
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9
Idem.
10
Ibidem, p. 11.
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PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978, p. 240.
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interesses. Neste aspecto, havia uma convergência e uma reciprocidade de apoio entre
os governos militares e a política norte-americana.
A Revolução Brasileira se constituiu em uma obra aberta. Sendo posteriormente
acrescentados os capítulos, Adendo a Revolução Brasileira e Perspectiva em 1977. O
primeiro se constitui em uma resposta de Caio Prado Júnior às críticas de Assis Tavares.
Caio Prado Júnior reafirma o cuidado de não emprestar apoio a políticas que não
representam o interesse nacional, ou que se declaram nacionalistas, mas em uma análise
mais detida, percebe-se que representam demandas de setores específicos da sociedade,
principalmente da iniciativa privada. Ele cita como exemplo, o antiimperialismo
discursivo contra a “desnacionalização das empresas brasileiras”, através da demanda
por recursos financeiros junto ao capital externo. Essas preocupações disfarçadas de
nacionalismo visavam reclamar financiamento público para formar o capital de giro
dessas empresas.
Caio Prado Júnior não propõe uma estatização das empresas, mas defende a
regulação da economia pelo Estado. No capítulo, Perspectiva em 1977, inclui-se na
análise do autor a preocupação com o reestabelecimento democrático. Para ele a
finalidade essencial do golpe militar de 1964, foi o alijamento dos grupos populares da
política e o silenciamento das reivindicações dos trabalhadores, o que atendeu aos
interesses do empresariado. Para ele a revolução “não se fará nunca através de manobras
artificiosas de bastidores, mas tem de partir e somente pode partir da ação popular”12.
Para ele a democracia só pode ser adquirida pela prática, assim, o primeiro movimento a
ser realizado na conjuntura do período, seria a participação das camadas populares na
atividade política. Contudo, o autor compreendia que esse segmento social precisava ser
orientado, pois:
12
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978, p. 218.
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[...] se lhe falta tutela e lhe é dado agir por iniciativa própria, será
vítima da demagogia e de aproveitadores mal-intencionados de sua
boa fé iludida. Terá sido isso muitas vezes o caso, e não é abafando a
voz e ação populares que se corrigirá tal situação. Antes pelo
contrário, é somente por essa ação que o povo adquirirá a experiência
política que eventualmente lhe faça falta, e aprenderá a defender
conscientemente seus verdadeiros interesses e promover com acerto
suas aspirações de maneira racional como os demais setores da
população brasileira13.
13
Ibidem, p. 250.
14
PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. 6ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1978, p. 229.
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HÉLIO SILVA. Disponível em:
http://www.lpm.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Templat
e=../livros/layout_autor.asp&AutorID=508160 Acesso em: 30 jun. 2014
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SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978.
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Idem.
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SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978, p. 18.
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políticos civis que combatiam o governo, dentre eles, Magalhães Pinto, governador de
Minas Gerais, que teve um papel decisivo no golpe de 1964.
As reformas propostas e a forma de conduzi-las afrontavam interesses dos
setores que ocupavam posições privilegiadas na sociedade, no que tange ao poder
econômico e político. João Goulart defendia a desapropriação de latifúndios
improdutivos, e de terras apropriadas às margens de obras públicas como ferrovias e
açudes, mas sem indenização. A maioria dos deputados da União Democrática
Nacional-UDN considerava que o programa de reformas era “comunizante”. A posição
do Governo em relação às reformas lhe custou a cisão da aliança pela qual se elegeu
PSD-PTB. O partido do presidente o PTB se tornou minoria no congresso e esses
fatores, contribuíram para o rápido reconhecimento do Congresso ao golpe de 1964,
declarando vaga a presidência da república19.
No comício de 13 de março de 1964, João Goulart informava que pretendia
encaminhar essa proposta de reforma ao Congresso. Considerando-se que muitos
parlamentares e militares de patentes mais elevadas fossem proprietários de terra, não se
deveria esperar que essa medida fosse aprovada pelo congresso. A desapropriação de
terras sem indenização era percebida pelos grupos já mencionados, como um atentado à
propriedade privada, e, portanto, como início da implantação do comunismo no país, e
de uma “ditadura de esquerda”, como acusavam os opositores das reformas e do
governo. Greves, manifestações populares e a desapropriação de terras eram entendidas
por setores militares e grupos dominantes economicamente, como uma ameaça aos seus
interesses e a ordem social estabelecida. Para Hélio Silva, “o movimento de 64
caracteriza-se melhor como a reação das classes conservadoras, a defesa do status quo
19
SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978.
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Além disso, contavam que, se caso irrompesse uma guerra civil e pudessem
resistir por 48 horas, poderiam contar com o apoio do governo americano. Dentre os
desdobramentos, da atuação do INPES, menciona-se a criação do Grupo de Atuação
Patriótica - GAP que atuava no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas e era formado por
jovens de família de elevado poder aquisitivo, realizando um contraponto entre os
jovens à União Nacional dos Estudantes - UNE. O grupo era vinculado ao Almirante
Silvio Heck e dirigido por Aristóteles Drummond que defendia a mobilização armada
20
SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978, p. 247.
21
Ibidem, p. 255-256.
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contra os camponeses de Francisco Julião e o Grupo dos Onze de Leonel Brizola. Havia
conivência de setores do exército em relação às ações ilegais deste grupo22.
Ressalta-se ainda, que em São Paulo, fazia parte da formação de opinião pública
favorável ao golpe, relacionar o ano de 1964 ao de 1932, no qual, o Estado de São Paulo
encampou uma guerra civil, que se justificava em prol da defesa da constitucionalidade
e contra o governo autoritário de Getúlio Vargas. Evocava-se assim, um espírito
patriótico. A relação articulada pelos conspiradores entre a Revolução
Constitucionalista de 1932, e o Golpe de 1964, configura-se como uma estratégia de
legitimação política. A Revolução Constitucionalista se opôs ao governo de Getúlio
Vargas, que ascendeu ao poder através de uma insurreição, impediu a posse de Júlio
Prestes de Albuquerque, e adotou medidas como fechamento do Congresso, deposição
de governadores e revogação da Constituição. Getúlio Vargas havia perdido a eleição
para presidente da República, para Júlio Prestes, no entanto, alegou-se que essas foram
fraudulentas. O Golpe de 1964 utilizando o argumento de defesa da democracia se opôs
ao governo de um Vice-Presidente que fora eleito e que assumiu o cargo de Presidente
com garantia constitucional, portanto, dentro do processo democrático. Essa associação
entre movimentos políticos que se processavam em contextos bastante distintos
agregava também um possível sentimento revanchista das elites civis de São Paulo, mas
também de Minas Gerais, que tiveram seu revezamento político no governo federal
interrompido por Getúlio Vargas, oriundo de São Borja cidade do Rio Grande do Sul.
Combate-se assim, também uma geração de políticos populistas, sobretudo, quando a
emergência dos mesmos no cenário nacional deu-se em relação com Getúlio Vargas,
como era o caso de João Goulart e Leonel Brizola, cuja filiação dá-se não apenas pelo
vínculo político, mas também regional. Além disso, Getúlio Vargas foi evocado por
22
SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978.
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SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978.
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O termo marcha faz alusão a uma ação militar, organizada, com disciplina,
direcionada para o mesmo sentido, de forma progressiva. A referida Marcha foi
realizada cerca de uma semana após o comício do governo em prol das reformas. A
função de ambos os eventos seria a capitalização de apoio popular e da opinião pública
favorável. O Golpe de 1964 foi bem sucedido, devido à organização que vinha se
realizando desde a derrota sofrida em 1961, com a posse de João Goulart. Dentre os
pronunciamentos realizados o autor destacou o de militares como o General do Exército
Humberto Castelo Branco, chefe do Estado-Maior, realizado no dia seguinte à Marcha:
24
Ibidem, p. 339.
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BRANCO, Humberto Castelo. apud. SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração:
Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto Alegre: L&PM, 1978, p. 343.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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SILVA, Hélio. 1964: golpe ou contragolpe? 2ª ed. Colaboração: Maria Cecília Ribas Carneiro. Porto
Alegre: L&PM, 1978, p. 1.
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uma tendência de oposição em relação aos governos de Getúlio Vargas, constando entre
políticos com os quais manteve relações, nomes como, Carlos Lacerda e Julio Prestes.
Neste sentido, destaca-se que foi um dos fundadores do Partido Democrata Cristão no
Rio de Janeiro, e que se opunha ao que se denominava de “getulismo”. Esta oposição
não se referia apenas a Getúlio Vargas, mas também a políticos que de alguma forma
vinculavam-se ao mesmo ideologicamente ou através da rede de alianças partidárias,
dentre os quais, Juscelino Kubitschek, João Goulart e Leonel Brizola.
A análise de Caio Prado Júnior configura-se como um ensaio analítico sobre um
viés marxista, que considera aspectos, como estruturas, sobretudo, sociais e econômicas.
A abordagem de Hélio Silva caracteriza-se como uma narrativa, com capítulos curtos,
semelhante a uma novela desenvolvida a partir de intrigas. Caio Prado Júnior expõe-se
seus argumentos, enquanto, a perspectiva de Hélio Silva, dilui-se no texto, em uma
linha de sentido que é desenvolvida pelo o encadeamento cronológico dos
acontecimentos.
Hélio Silva buscou narrar os acontecimentos que produziram o golpe de 1964,
produzindo um sentido de interpretação, no qual é possível supor que houvesse mesmo
uma crença de que estava em curso um processo de comunização do Brasil, pelo menos
entre alguns militares e segmentos civis. Para Caio Prado Júnior esse discurso era uma
ficção, que teve sua eficácia ao ser tomada como real. Enquanto, para Caio Prado
Júnior, Jânio Quadros e João Goulart eram políticos demagogos que manipulavam as
massas, para Hélio Silva os dois sucumbiram às pressões, e João Goulart seria
despreparado para o cargo e impotente frente à força dos acontecimentos. Caio Prado
Júnior contrapõe-se a ideia de que tenha havia qualquer revolução, e que era necessário
realizá-la.
A concepção de contra-revolução pode ser admitida na acepção de que em seus
objetivos e efeitos, a intervenção militar caracterizou-se pela manutenção de uma ordem
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REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
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