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[Doutorando – Unicamp/FAPESP]
1
Basicamente, a literatura secundária privilegia os seguintes textos: In I Sent., d. 8, q. 1 a. 3, De veritate,
q. 1, a. 1 e De veritate, q. 21, a. 1.
2
O trabalho pioneiro de Aertsen [1996] tem por objetivo específico comprovar a importância da doutrina
dos transcendentais para responder uma série de problemas filosóficos em Tomás de Aquino.
‘bem’ e ‘verdade’, utilizando-se, para isso, de uma expressão retirada do De anima
aristotélico que se encontra citada em De veritate, q. 1, a. 1.
Respondo dizendo que assim como nas demonstrações é preciso reduzir a algum
princípio evidente por si mesmo para o intelecto, da mesma maneira deve ser
investigando o que é cada uma. Caso contrário, procederíamos ao infinito em
ambos e, desse modo, pereceria toda a ciência e o conhecimento das coisas. Aquilo
que o intelecto por primeiro concebe como a mais evidente de todas, e na qual
todas as concepções se reduzem, é o ente, como diz Avicena, no início de sua
Metaphysica [I, 5]. Donde é preciso que todas as outras concepções do intelecto
sejam adquiridas por acréscimo ao ente.6
3
Utilizo-me do texto latino preparado pela Comissão Leonina [1972]. Todas as traduções no presente
texto, salvo alusão contrária, são de minha responsabilidade.
4
À guisa de exemplo do estilo de investigação das Questões disputadas, menciono os títulos dos artigos
seguintes que compõem o conjunto da primeira questão de De veritate: a. 1: o que é a verdade; a. 2: se a
verdade está principalmente no intelecto do que nas coisas; a. 3: se a verdade existe apenas no intelecto
compondo e dividindo; a. 4: se só há uma verdade a partir da qual todas as coisas são verdadeiras; a. 5: se
há outra verdade que seja eterna além da verdade primeira; a. 6: se a verdade criada é imutável; a. 7: se a
verdade nas pessoas divinas se diz essencialmente ou pessoalmente; a. 8: se toda verdade é da primeira
verdade; a. 9: se há verdade nos sentidos; a. 10: se alguma coisa é falsa; a. 11: se há falsidade nos
sentidos; a. 12: se há falsidade no intelecto.
5
In II Post. Anal. lect. 2, n. 419: “definição é a proposição que significa aquilo que é [quid est]”.
6
De veritate, q. 1, a. 1, resp: “Respondeo. Dicendum, quod sicut in demonstrabilibus oportet fieri
reductionem in aliqua principia per se intellectui nota, ita investigando quid est unumquodque; alias
utrobique in infinitum iretur, et sic periret omnino scientia et cognitio rerum. Illud autem quod primo
intellectus concipit quasi notissimum, et in quod conceptiones omnes resolvit, est ens, ut Avicenna dicit
in principio suae metaphysicae. Unde oportet quod omnes aliae conceptiones intellectus accipiantur ex
additione ad ens.”
concepção ou o princípio cognitivo imprescindível ao discurso científico e, em se
tratando do texto citado, à constituição do princípio mais geral que fundamenta todo e
qualquer discurso. A necessidade da exposição deste princípio, que é denominado de
primeira concepção do intelecto, encontra sua justificativa no fato de que não é possível
proceder ao infinito na investigação em busca de um fundamento para o conhecimento.
Como primeiro passo nessa investigação, Tomás afirma que se deve “reduzir a algum
princípio evidente por si mesmo para o intelecto”.
I. O método resolutivo
7
In Met. proem: “A metafísica, pois, considera o ente e aquilo que lhe segue. Porque aquilo que
transcende ao físico se encontra na via de resolução [via resolutionis], como o que é mais comum após o
menos comum. É denominada filosofia primeira, pois considera as causas primeiras das coisas”.
8
In Boeth. Trin. q. 6, a. 1, resp. [Utilizo-me, para este texto, da tradução de Carlos Arthur R. do
Nascimento].
aparato cognitivo humano9, uma vez que esta necessita, sempre, partir da multiplicidade
para deduzir a unidade. Contrariamente, as substâncias separadas, a saber, os anjos e a
divindade, inteligem de modo simples10, prescindindo de qualquer espécie de
multiplicidade ou composição. Apesar da distinção entre a razão humana e o intelecto
das substâncias separadas, Tomás não nega a possibilidade de se adquirir, mediante a
resolução, o conhecimento de princípios ou noções universais, semelhante ao modo de
conhecimento simples, sem as quais não se poderia garantir ao discurso nenhuma
fundamentação.
É preciso dizer que nas ciências especulativas procede-se sempre a partir de algo
previamente conhecido, tanto nas demonstrações das proposições quanto também
nas descobertas das definições; de fato, assim como alguém chega ao
conhecimento da conclusão a partir das proposições já conhecidas, assim também
alguém chega ao conhecimento da espécie a partir da concepção do gênero e da
diferença e das causas da coisa. Ora, aqui não é possível proceder ao infinito, quer
no que concerne às demonstrações, quer no que concerne às definições, pois, assim
toda ciência pereceria, visto que não acontece atravessar os que são infinitos;
donde, toda consideração das ciências especulativas reduzir-se a algo primeiro que,
de fato, o ente humano não tem necessariamente de aprender ou descobrir, de
modo que não seja preciso proceder ao infinito, mas tem naturalmente o
conhecimento disto. Tais são os princípios indemonstráveis das demonstrações,
como “todo todo é maior que sua parte” e similares aos quais todas as
demonstrações das ciências se reduzem, e também as primeiras concepções do
intelecto como a de ente, de uno e similares, às quais é preciso reduzir todas as
definições das supracitadas ciências.11
9
ST, I, q. 84, a. 7, resp.: “Cumpre dizer que é impossível ao nosso intelecto, conforme o atual estado de
vida, no qual encontra-se unido ao corpo passível, inteligir algo em ato, a não ser voltando-se para as
imagens sensíveis”.
10
ST, I, q. 58, a. 4, resp.: “Assim como no intelecto que raciocina a conclusão se liga ao princípio; assim,
no que compõe e divide, o predicado se liga ao sujeito. Caso nosso intelecto visse, imediatamente, no
próprio princípio, a verdade da conclusão, nunca inteligiria discorrendo ou raciocinando. De modo
similar, se o nosso intelecto tivesse conhecimento imediato, pela apreensão da qüididade do sujeito, de
tudo o que lhe pode ser atribuído ou deste removido, nunca inteligiria compondo e dividindo, mas
somente inteligindo a qüididade. Disso é claro que da mesma causa provém o inteligir do intelecto que
discorre e do que compõe e divide; e essa causa está em que o intelecto não pode ver imediatamente, na
primeira apreensão de qualquer coisa, primariamente apreendida, tudo o que nesta, pela sua virtude, está
contido; o que se dá pela debilidade da nossa luz intelectual, como já foi dito. Possuindo o anjo luz
intelectual perfeita, por ser espelho puro e claríssimo, como diz Dionísio, resulta que ele, que não intelige
raciocinando, também não intelige compondo e dividindo. Porém, intelige a composição e a divisão dos
enunciados, como também o raciocínio dos silogismos; uma vez que intelige as coisas compostas
simplesmente, as móveis, de modo imóvel, e as materiais, imaterialmente”
11
In Boet. Trin., q. 6, a. 4, resp.
O texto citado guarda certa similaridade com o início da resposta do De veritate,
q. 1, a. 1. A preocupação de Tomás diz respeito ao modo como o intelecto humano
constitui princípios sem os quais não é possível obter conhecimento científico. Nesse
sentido, a explicação do modo como é possível extrair novos conhecimentos mediante a
conclusão de silogismos, bem como a maneira pela qual se reconhece a definição de
algo pela explicitação da diferença específica e a classificação em gêneros e espécies
ainda necessita da apresentação de princípios que pressupõem este duplo modo de
aquisição do conhecimento. Para além, portanto, da conclusão silogística e da definição
de noções, faz-se necessário explicitar “princípios indemonstráveis” e, de acordo com
Tomás, a redução a estes princípios ocorre tanto no domínio das demonstrações, quanto
no domínio da constituição de definições. No que concerne à redução empregada em De
veritate, q. 1, a. 1, Tomás procura expor as primeiras concepções do intelecto humano,
sem as quais o desenvolvimento de definições das ciências, consideradas de modo geral,
tornar-se-ia impossível.
12
De veritate, q. 1, a. 1, resp.
13
Cf. AVICENNA LATINUS. Liber de philosophia prima sive scientia divina I, c. 5.
14
Estes termos latinos são, respectivamente, a tradução de tasdiq e tasawwur. Sobre a utilização desses
termos na filosofia árabe medieval, ver WOLFSON [1973], pp. 478-492. Sobre essas noções em Avicena,
ver KOUTZAROVA [2009], pp. 59-63.
15
Cf. De spirit. creat., a. 9, ad 6.
16
Cf. De veritate, q. 10, a. 6, resp.
“prima intelligibilia”17. Trata-se, neste caso, de uma adaptação terminológica que se
adequa ao propósito de concentrar a dedução dos princípios mediante a produção
imanente do intelecto humano. Ao adotar a expressão “concepção”, Tomás visa
justamente se contrapor, neste contexto, ao emanacionismo de Avicena, apesar de
admitir que o ente, uma das noções apresentadas no texto aviceniano, pode ser
considerado como o primeiro princípio assumido pelo intelecto humano para dar início
a qualquer investigação com pretensões científicas.
17
Cf. AERTSEN [2012], p. 84. Para as referências pontuais das ocorrências dessas expressões nas obras
de autores do séc. XIII, ver nota 126 na referida página.
tomásico, considerados como transcendentais relacionais, isto é, noções gerais que
denotam o modo do ente quando este se refere a outro.
Para justificar o estatuto das noções de ‘bem’ e ‘verdade’, Tomás mobiliza uma
citação extraída do livro III do De anima, de Aristóteles. De acordo com a interpretação
tomásica dessa citação, a alma pode ser dita, de certo modo, todas as coisas devido a
seus modos de operação e aos objetos que lhe são correspondentes.19 Nessa medida, à
potência ou faculdade cognoscitiva da alma, isto é, o intelecto encontra-se em relação
com seu objeto próprio mediante apreensão intelectual das coisas. O mesmo ocorre com
a potência ou faculdade apetitiva da alma ao encontrar-se em relação com seu objeto
próprio e, por isso, direcionada a um fim, qual seja, a perfeição. A identificação da alma
com a própria constituição das coisas, seja no que diz respeito ao seu aperfeiçoamento,
seja no que concerne à sua inteligibilidade em ato, formam para Tomás a justificativa de
que as noções gerais ‘bem’ e ‘verdade’ expressam algo que não se encontra explicitado
no termo ‘ente’. A noção de ‘bem’ expressa o aspecto de finalidade do ente e a noção de
verdade expressa a conveniência, ou seja, a inteligibilidade ou o reconhecimento
intelectual do ente.
18
De veritate, q. 1, a. 1, resp.: “Alio modo secundum convenientiam unius entis ad aliud; et hoc quidem
non potest esse nisi accipiatur aliquid quod natum sit convenire cum omni ente: hoc autem est anima,
quae quodammodo est omnia, ut dicitur in III de anima. In anima autem est vis cognitiva et appetitiva.
Convenientiam ergo entis ad appetitum exprimit hoc nomen bonum, ut in principio Ethic. dicitur quod
bonum est quod omnia appetunt. Convenientiam vero entis ad intellectum exprimit hoc nomen verum”.
19
Sobre isso, ver também In De Anima, III, lect. 13, 787-788. As demais ocorrências dessa citação na
obra de Tomás são: ST, Ia, q. 14, a. 1; ST, Ia, q. 16, a. 3; ST, Ia, q. 84, a. 2; De veritate, q. 4, a. 8; De
veritate, q. 24, a. 10; In De Caelo, II, lect. 14.
20
AERTSEN [1996], p. 243.
transcendentais relacionais em De veritate, q. 1, a.1, por ser constituído a partir da
noção de alma, denota o “motivo antropológico”21 da doutrina dos transcendentais em
Tomás. Além disso, a introdução da alma no conjunto da justificativa sobre os
transcendentais leva Aertsen a defender que, para Tomás, o motivo antropológico
consiste na explicitação do aspecto ilimitado do homem ou uma espécie de “abertura
transcendental” pela qual o intelecto humano encontra-se apto a compreender todas as
coisas e, em se tratando do aspecto volitivo, o homem busca, plenamente, seu fim
último.
21
AERTSEN [1998], p. 371: “O aspecto original da derivação dos transcendentais em De veritate
consiste na introdução dos transcendentais relacionais. Tomás compreende a transcendentalidade de
verum e de bonum em relação com as faculdades da alma humana. O ser humano é marcado por uma
abertura ‘transcendental’; o motivo antropológico é uma inovação na doutrina”.
22
À guisa de confronto com a interpretação heideggeriana e sua proximidade com a interpretação de
Aertsen, ver HEIDEGGER [2006], pp. 48-64, 100-103; [1967], pp. 14-15 e AERTSEN [1996], p. 105-
108.
23
De veritate, q. 1, a. 1, resp: “A primeira comparação do ente ao intelecto é enquanto o ente concorde
com o intelecto: e esta concordância se diz a adequação do intelecto e da coisa; e nela se efetiva
formalmente a noção de verdadeiro”.
24
Mutatis mutandis, pois ele se refere à noção de verdade em Aristóteles, penso que é correto afirmar o
mesmo no caso de Tomás: “[...] Em termos estritos, não se trata de uma definição nem de uma teoria,
mas, antes, de um critério de adequação material que qualquer definição ou teoria deve satisfazer como
condição inicial de plausibilidade” (BARBOSA FILHO, 2013, p. 51).
conhecimento humano sobre os princípios, bem como fornece a fundamentação
metafísica25 que Tomás pretende adquirir para um discurso filosófico sobre o mundo.26
Referências bibliográficas
Fonte primária
Tomás de Aquino:
Quaestio disputata De spiritualibus creaturis. ed. J. COS. Ed. Leon., t.XXIV-2. Roma -
Paris: Commissio Leonina - Les Éditions du Cerf, 2000.
25
Sobre essa dupla tarefa, é interessante notar a relação estabelecida por Tomás entre lógica e metafísica:
“Em relação à primeira pergunta, que algum procedimento, pelo qual se procede nas ciências, é dito
raciocinativo de três modos. De um primeiro modo, por parte dos princípios, a partir dos quais se procede,
como quando alguém procede à prova de algo a partir das obras da razão, tais como o gênero, a espécie, o
oposto e intenções semelhantes que os lógicos consideram; assim, algum procedimento será chamado de
raciocinativo, quando alguém se serve em alguma ciência das proposições ensinadas na lógica, isto é, na
medida que nos servimos da lógica nas outras ciências, na medida em que esta é uma doutrina. Ora, este
modo de proceder não pode caber como próprio a alguma ciência particular, nas quais ocorre erro, a não
ser que se argumente a partir do que lhes é próprio. Acontece, porém, que isto se faça de modo próprio e
adequado na lógica e na metafísica, pelo fato de que ambas são ciências gerais e se ocupam, de um certo
modo, do mesmo sujeito”. (In Boet. Trin., q. 6, a. 1, resp.). A relação e o limite tênue entre lógica e
metafísica seria, segundo penso, o pomo da discórdia entre as leituras de Dewan e Aertsen no que diz
respeito à noção de verdade em Tomás. Sobre o debate entre ambos, ver DEWAN [2004] e AERTSEN
[2007].
26
Analisando um aspecto posterior a este aqui investigado, ou seja, examinando a consequência da
verdade que, para Tomás, consiste no conhecimento obtido pelo ato de julgar, Landim Filho é preciso ao
afirmar: “O ato de julgar tem o intelecto como seu princípio. Em razão disso, a consciência do ato de
julgar envolve a consciência desse princípio, isto é, a consciência da presença do intelecto no ato de
julgar. Mas, a consciência da presença desse princípio é a consciência da função do intelecto. Tomás
exprime a consciência dessa ‘função’ como sendo a consciência da ‘natureza’ do intelecto. Não se trata,
no entanto, da consciência qüididativa da essência do intelecto na medida em que o intelecto é uma
faculdade imaterial, independente do corpo, que tem a alma humana como seu sujeito, pois, caso
contrário, só os filósofos metafísicos poderiam julgar. Trata-se, nesse caso, da consciência de que a
natureza do intelecto é a de visar às coisas ou ‘a de se conformar às coisas’. O intelecto seria, então, uma
faculdade que se caracterizaria por um dinamismo imanente: o de visar às coisas.” (LANDIM FILHO,
2009, pp. 390-391). Nessa medida, Tomás analisa, em De veritate, q. 1, a. 1, o que antecede esse processo
imanente do intelecto ou, dito de outra maneira, os pressupostos que fundamentam do ponto de vista
metafísico a tese do dinamismo intelectual.
Comentário ao Tratado da Trindade de Boécio: Questões 5 e 6. Tradução de Carlos
Arthur Ribeiro do Nascimento. São Paulo: Editora da Unesp, 1998.
Sentencia libri De anima. ed. R.-A. Gauthier. Ed. Leon., t.XLV-1. Roma - Paris:
Commissio Leonina - Librairie Philosophique J. Vrin, 1984.
Expositio libri Posteriorum. ed. R.-A. Gauthier. Ed. Leon., t.I*-2. Roma - Paris: Commissio
Leonina - Librairie Philosophique J. Vrin, 1989.
In libros Aristotelis De caelo et mundo expositio. Ed. Leon., t.III. Roma, 1886.
Avicena latino:
Liber De Philosophia prima sive Scientia divina, V-X. Édition critique de la traduction
latine médiévale, par S. Van Riet. Louvain, E. Peeters – Leiden, E. J. Brill, 1980.
Fonte secundária
AERTSEN, Jan. Medieval Philosophy and the Transcendentals: The case of Thomas
Aquinas. Leiden; New York: Brill, 1996.
________. Conférence de M. Jan Aertsen: Directeur d’études invité. École pratique des
hautes études. Section des sciences religieuses. Annuaire. Tome 107, 1998-1999. 1998,
pp. 369-372.
HEIDEGGER, Martin. Geschichte der Philosophie von Thomas von Aquin bis Kant.
Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 2006 [band 23, Gesamtausgabe].
KOUTZAROVA, Tiana. Das Transzendentale bei Ibn Sīnā: Zur Metaphysik als
Wissenschaft erster Begriffs und Urteilsprinzipien. Leiden; New York: Brill, 2009.
LANDIM FILHO, Raul. Predicação e juízo em Tomás de Aquino. In: Ibidem. Questões
disputadas de metafísica e de crítica do conhecimento. São Paulo: Discurso Editorial,
2009, pp. 373-406.
WOLFSON, H. A. The Terms Tasawwur and Tasdiq in Arabic Philosophy and their
Greek, Latin and Hebrew Equivalents. In: Ibidem. Studies in the History of Philosophy
and Religion. Cambridge: Cambridge Press, 1973. pp. 478–492. vol. 1.