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Sobre a teoria do conhecimento

Nesta pesquisa sobre a epistemologia enquanto conhecimento na filosofia, vale


explorar a natureza, as origens, e a validade do conhecimento. Não devemos ignorar que
desde a antiguidade até os dias atuais, muitos filósofos influentes têm oferecido diferentes
teorias e perspectivas sobre o conhecimento, incluindo Descartes, Locke, Hume, Kant e
Russell entre outros. A epistemologia continua sendo uma área de investigação ativa na
filosofia contemporânea, com muitas questões ainda em aberto e muitas teorias sendo
debatidas.

O assunto a respeito do conhecimento, ou epistemologia, é um tema fundamental


na filosofia e até mesmo em outras áreas da ciência. A epistemologia investiga através dos
estudos, desde a origem do conhecimento, incluindo a natureza, a fonte, o alcance e a
validade do conhecimento, até sua síntese com mundo.

A ideia de episteme. Que é uma palavra grega para conhecimento, tem seu sentido
amplo e abrange a busca por um conhecimento que seja verdadeiro, confiável e aplicável
em diversas situações no mundo. Tudo nos indica que a questão principal é compreender:
como podemos saber o que é verdadeiro e confiável enquanto conhecimento? Essa é a
questão que tratamos como fundamental da epistemologia.

Inúmeros pensadores no curso da história já se debruçaram a investigar pela força


da imaginação e da razão e fazer as primeiras tentativas de responder a essa questão que
foi, por sua vez, proposta pelos filósofos pré-socráticos, como Parmênides e Heráclito e
talvez até mesmo Tales de Mileto, que argumentavam acerca do conhecimento verdadeiro
ser obtido por meio da razão e da observação cuidadosa do mundo.
Diferentemente de Parmênides e Heráclito. Platão, por sua vez, acreditava que o
conhecimento verdadeiro era obtido por meio da contemplação das formas eternas e
imutáveis, que eram acessíveis apenas por meio da razão e não dos sentidos, ja que eles
poderiam oferecer informações imprecisas e subjetivas sobre um objeto. Aristóteles
discordava e, argumentava que o conhecimento verdadeiro era obtido por meio da
observação do mundo físico. E, também, que o conhecimento deveria ser baseado em
evidências empíricas.

Não há consenso no mundo filosófico, pode haver os tratados e essas são apenas
algumas das perspectivas desenvolvidas na históricas acerca da natureza do conhecimento e
de como ele é obtido. Interessante que hoje em dia, em pleno século XXI, existem muitas
outras teorias e perspectivas que buscam na epistemologia questões para exploram o
conhecimento de maneiras diferentes.

Alguns filósofos contemporâneos, por exemplo, argumentam que o conhecimento é


sempre relativo ao contexto em que é obtido, enquanto outros defendem que o
conhecimento é inerentemente incerto e que nunca podemos ter certeza absoluta sobre o
que sabemos. Independentemente das diferentes perspectivas, a questão do conhecimento
é uma questão fundamental na filosofia e continua a ser objeto de debate e reflexão.

Importante também que na epistemologia há diferenças entre conhecimento


justificado e crença verdadeira. A crença verdadeira é uma crença que corresponde aos
fatos da realidade. Já o conhecimento justificado é uma crença verdadeira que é
fundamentada por razões apenas suficientes e boas. De forma que a crença verdadeira, por
si só, não é suficiente para constituir o conhecimento.

Veja que o velho exemplo: se uma pessoa acredita que está chovendo lá fora, mas
não tem nenhuma boa razão para essa crença, pode ser apenas uma sorte ou coincidência
que a crença seja verdadeira. Essa pessoa não pode afirmar que "sabe" que está, ou não,
chovendo lá fora. Por outro lado, se uma pessoa acredita que está chovendo lá fora e tem
boas razões para essa crença, como ver as nuvens escuras no céu e ouvir o som da chuva,
então ela pode afirmar que "sabe" que está chovendo lá fora. Portanto, a diferença entre
conhecimento justificado e crença verdadeira é que o conhecimento justificado é uma
crença verdadeira que é fundamentada por razões suficientes e boas, enquanto a crença
verdadeira pode ser apenas uma coincidência ou sorte, sem fundamentação adequada para
constituir o conhecimento.

A ideia é que, para saber algo, não é suficiente apenas acreditar que é verdadeiro, é
necessário ter uma justificativa para essa crença. Mais um exemplo clássico é: se alguém
acredita que a Terra é plana, mas não tem nenhuma evidência ou justificativa para essa
crença, essa pessoa não tem conhecimento real da forma da Terra. Por outro lado, se
alguém acredita que a Terra é redonda com base em evidências científicas comprovadas,
então essa pessoa tem conhecimento justificado pela autoridade da ciência.

Alguns filósofos argumentam que a justificação para o conhecimento deve ser


absolutamente certa, enquanto outros argumentam que é suficiente que a justificação seja
provável ou confiável. A questão é importante e na epistemologia, não é diferente, a
natureza da evidência ajuda formular o conhecimento. Então o que conta como evidência
para uma crença? Algumas teorias afirmam que a evidência deve ser baseada em nossos
sentidos, enquanto outras afirmam que pode ser baseada na razão, na intuição ou na
autoridade.

Uma teoria importante na epistemologia é o empirismo, que afirma que todo o


conhecimento é baseado na experiência sensorial. Outra teoria importante é o
racionalismo, que afirma que o conhecimento é obtido principalmente por meio da razão e
da reflexão. Existem muitas outras teorias e debates na epistemologia, mas todas têm em
comum a preocupação com a natureza, fontes e justificação do conhecimento. A
epistemologia é uma disciplina fundamental para a filosofia e para muitas outras áreas do
conhecimento, incluindo a ciência, a psicologia e a teoria do conhecimento.
Para entender a epistemologia em um contexto histórico, é útil considerar as
contribuições de alguns dos filósofos mais influentes da história. René Descartes, por
exemplo, é um filósofo que é frequentemente associado ao racionalismo na epistemologia.
Em sua obra "Meditações sobre a Filosofia Primeira", Descartes argumenta que o
conhecimento verdadeiro deve ser baseado em uma fundação sólida e indubitável. E que a
única coisa que pode ser considerada indubitável é a própria existência do sujeito que
pensa. Por isso a famosa frase "Penso, logo existo". A partir dessa base, Descartes acredita
que podemos chegar ao conhecimento de outras verdades indubitáveis, como a existência
de Deus e a existência de verdades matemáticas.

John Locke, por outro lado, é frequentemente associado ao empirismo na


epistemologia. Em sua obra "Ensaio sobre o Entendimento Humano", Locke argumenta que
todo o conhecimento é baseado na experiência sensorial. Ele defende que a mente é como
uma tábula rasa no nascimento, e que todo o conhecimento é adquirido por meio da
experiência sensorial e da reflexão sobre essa experiência. Ele divide as experiências
sensoriais em duas categorias: as sensações, que são experiências diretas de coisas no
mundo, e as reflexões, que são experiências internas que surgem quando refletimos sobre
as sensações.

Immanuel Kant é outro filósofo importante na história da epistemologia. Em sua


obra "Crítica da Razão Pura", Kant argumenta que todo o conhecimento é construído a
partir de nossas estruturas mentais inatas. Ele argumenta que nossas mentes possuem
certas categorias e princípios que moldam a forma como percebemos e compreendemos o
mundo. Kant argumenta que não podemos ter acesso direto ao mundo em si, mas apenas
ao mundo tal como é organizado por nossas estruturas mentais.

Esses são apenas alguns exemplos de como a epistemologia foi explorada ao longo
da história da filosofia. Cada filósofo contribuiu com sua própria perspectiva e teorias sobre
a natureza do conhecimento e como ele é obtido.
Outro filósofo importante na história da epistemologia é David Hume. Em sua obra
"Investigação sobre o Entendimento Humano", Hume argumenta que todo o conhecimento
é baseado na experiência sensorial e que não há garantias absolutas de que nossas crenças
baseadas na experiência sejam verdadeiras. Hume defende que todas as nossas crenças são
baseadas em hábito e associação de ideias, e não em uma justificação racional ou científica.
Hume argumenta que, mesmo que tenhamos experiências repetidas que parecem confirmar
uma crença, não podemos ter certeza absoluta de que essa crença é verdadeira. Essa
perspectiva levou Hume a questionar a validade de conceitos como causa e efeito, que eram
considerados fundamentais na filosofia da ciência na época.

Uma das respostas a Hume veio de Immanuel Kant, que argumentou que nosso
conhecimento é baseado tanto na experiência sensorial quanto em nossas estruturas
mentais inatas. Ele argumentou que, embora não possamos ter certeza absoluta sobre o
mundo em si, podemos ter certeza de que nosso conhecimento é coerente e consistente
com nossas estruturas mentais.

Outro filósofo importante na epistemologia é Bertrand Russell. Em sua obra


"Problemas da Filosofia", Russell argumenta que nosso conhecimento do mundo exterior é
mediado por nossas percepções, parece um retorno as fontes, portanto, é sempre limitado
e incerto. Russell. defende que a única coisa que podemos ter certeza absoluta é da
existência da nossa própria mente. Russell argumenta que a filosofia deve se concentrar em
esclarecer nossas crenças e conceitos para garantir que eles sejam precisos e consistentes.

Esses filósofos e muitos outros contribuíram para a história da epistemologia, cada


um trazendo sua própria perspectiva e teorias sobre a natureza do conhecimento e como
ele é obtido. A epistemologia continua a ser uma área ativa de investigação na filosofia
contemporânea e até mesmo em outras ciências. A psicologia, por exemplo, tem uma
relação estreita com a epistemologia, uma vez que a compreensão do conhecimento
humano é essencial para entender o seu comportamento.
As teorias cognitivas da psicologia, que estudam os processos mentais, incluindo a
percepção, a memória e o pensamento, são fundamentadas na epistemologia. E a
compreensão da natureza do conhecimento humano é essencial para a compreensão da
cognição humana.

Além disso, muitas teorias psicológicas são baseadas em suposições epistemológicas,


incluindo a teoria da aprendizagem, que é baseada na ideia de que o conhecimento é
adquirido por meio da experiência. A teoria da construção social do conhecimento, que
enfatiza a influência do ambiente social e cultural no desenvolvimento humano, também
tem implicações epistemológicas. Portanto vale afirmar que a relação entre a epistemologia
e psicologia é importante para a compreensão da natureza do conhecimento.

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