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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA- ISMU

Curso: PST- 1º Ano

Disciplina: Filosofia I: elementos de Epistemologia e pensamento crítico.

Tema: Introdução à Filosofia e Epistemologia.

Nota Introdutória

Nesta sessão introdutória discutiremos sobre a filosofia numa perspectiva historicista,


procuraremos ver as ideias centrais que a mesma desenvolve ao longo da história. Ademais,
discutiremos sobre a Epistemologia, sua pertinência e preocupação central.

Conceptualização e historicidade da Filosofia

A palavra “Filosofia” provém da etimologia grega philos ou philia, que quer dizer amor,
amizade, companheirismo, e a palavra sophia que significa sabedoria. Portanto,
etimologicamente falando, a “filosofia” é o amor ao saber, ou seja, a filosofia é uma actividade
que visa conduzir-nos ao saber.

Apesar do consenso em relação à definição etimológica, é difícil encontramos uma


definição genérica da filosofia, uma vez que esta varoa não só quanto a cada filósofo ou corrente
filosófica, como também em relação a cada período histórico. Por isso Ortega y Gasset entendera
que o filósofo é filho de seu tempo.

No passado, o termo filosofia foi frequentemente usado para designar a totalidade do


saber, a ciência em geral, sendo a metafísica a ciência dos primeiros princípios, estabelecendo os
fundamentos dos demais saberes.
No período medieval a filosofia foi marcada pelas sucessivas tentativas de conciliação
entre a fé e a razão, entre a filosofia e os dogmas da religião revelada, passando-se para uma
filosofia que era ancilla theologie (filosofia tida como serva da teologia), na medida em que
oferecia bases racionais e argumentativas para a construção de um sistema teológico, sem,
contudo, poder questionar a própria fé.

No contexto da modernidade recupera-se o sentido de filosofia como investigação dos


primeiros princípios, tendo portanto, um papel de fundamento da ciência e de justificação
humana. O iluminismo, por exemplo, irá atribuir à filosofia exactamente o papel de investigação
de pressupostos, de consciência e limites, de crítica da ciência e da cultura.

Na contemporaneidade, encontramos um sentido de filosofia orientada para uma


investigação crítica, situando-se, portanto, em um nível essencialmente distinto do da ciência,
embora intimamente relacionado a esta, já que descobertas científicas muitas vezes sucitam
questões e reflexões filosóficas e frequentemente problematizam teorias científicas.

Epistemologia

A Epistemologia, que pode ser também conhecida como gnosiologia ou Teoria do


Conhecimento é um ramo da filosofia que se interessa pela investigação da natureza, fontes e
validade do conhecimento. Portanto, a Epistemologia tem como objecto de estudo, a construção
e validação do conhecimento, bem como avaliar o seu grau de confiabilidade. Nessa senda, a
epistemologia procura responder questões como: o que é o conhecimento? O ser humano
conhece? Como conhece? De onde provêm o conhecimento? Essas questões são, implicitamente
tão velhas quanto a própria filosofia.

Procurando responder a primeira questão diríamos, preliminarmente que, o conhecimento é a


crença verdadeira justificada. Esta definição parece plausível, na medida em que, dá a impressão
de que, para conhecer algo deve-se acreditar nele, que a crença deve ser verdadeira, e que a razão
de alguém acreditar deve ser satisfatória à luz de algum critério- pois alguém não poderia dizer
conhecer algo se sua razão para acreditar fosse arbitrária ou aleatória. Assim, cada uma das três
partes da definição parece expressar uma condição necessária para o conhecimento, e a
reivindicação é a de que, tomadas em conjunto, elas são suficientes.

Paralelamente a esse debate sobre como definir o conhecimento há um outro sobre como
o conhecimento é adquirido. Na história da epistemologia tivemos duas principais escolas de
pensamento sobre o que constitui o meio mais importante para o conhecer. Uma é a escola
"racionalista", que mantém que a razão é responsável por esse papel. A outra é a "empirista", que
mantém que é a experiência, principalmente o uso dos sentidos, ajudados, quando necessário, por
instrumentos, que é responsável por tal papel.

A definição do conhecimento já previamente vincada (conhecimento como crença


verdadeira justificada) é entendida como uma análise do conhecimento sentido proposicional. A
definição é obtida perguntando que condições têm de ser satisfeitas quando queremos descrever
alguém como conhecendo algo.

No campo da psicologia, a epistemologia procura compreender a relação entre o sujeito e


o objecto na produção conhecimento, esse sujeito que sai de sí e vai ao encontro do objecto e
dele capta as propriedades essenciais. A epistemologia, sendo aquela que analisa as condições de
produção e validação do conhecimento é importante, na medida em que confere legitimidade ao
conhecimento que este campo de actuação produz.

Tarefas:

Após a leitura do texto responda e submeta em formato Microsoft Word e/ou PDF
as seguintes questões:

1. Qual é a preocupação central da epistemologia?


2. Qual é a importância da epistemologia para o campo da psicologia?

PS.

Esta tarefa deve ser realizada até dia 24 de Fevereiro.

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