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AP1 – PEDAGOGIA 2022 – POLÍTICAS EDUCACIONAIS

Quanto ao primeiro caso, exponho o texto a seguir:

“No Brasil, os municípios são responsáveis por fornecer a educação de base, ou


seja: creches (até 3 anos), pré-escolas (educação infantil; 4 e 5 anos) e o
ensino fundamental (7 a 14 anos). A novidade para 2016 é que os municípios
agora são obrigados por lei a matricular todas as crianças a partir de 4 anos na
pré-escola. Os pais, evidentemente, também ficam obrigados a matricular suas
crianças: podem inclusive ser multados caso não coloquem os filhos na pré -
escola.” (Educação: o que é responsabilidade do município? | Politize!)

Veja abaixo um artigo publicado no site da UOL:

“A partir desta sexta-feira (5), o ensino se torna obrigatório entre os 4 e 17 anos. Os


pais ficam responsáveis por colocar as crianças na educação infantil a partir dos 4
anos e por sua permanência até os 17. Já os municípios e os Estados têm até o ano
de 2016 para garantir a inclusão dessas crianças na escola pública.... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/04/05/lei-regulamenta-obrigatoriedade-
de-matricula-na-rede-escolar-a-partir-dos-4-anos.htm?cmpid=copiaecola”

O texto citado anteriormente a esse afirma que os municípios são obrigados a


matricular todas as crianças a partir dos 4 anos na pré-escola e não somente 70%
delas (se foi isso realmente que eu entendi por “70% da necessidade municipal”). O
caso de Fantasia ocorreu em 2017, um ano após o tempo limite para os municípios se
adequarem à nova legislação.

Veja abaixo como ficou a legislação:

“A alteração foi feita na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) por
meio da Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, publicada no Diário Oficial da União
desta sexta-feira (5). Essa regulamentação oficializa a mudança feita na Constituição
por meio da Emenda Constitucional nº59 em 2009. Art. 6º "É dever dos pais ou
responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos 4 anos
de idade"
Fonte: Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013 - página 1 e página 2 ... - Veja mais em
https://educacao.uol.com.br/noticias/2013/04/05/lei-regulamenta-obrigatoriedade-
de-matricula-na-rede-escolar-a-partir-dos-4 anos.htm?cmpid=copiaecola”
(Lei obriga pais a matricular crianças a partir dos 4 anos na pré-escola - 05/04/2013 -
UOL Educação)

Diante destas informações, constata-se que a Prefeitura de Fantasia se equivocou


quanto às exigências da lei, procurando esquivar-se de sua responsabilidade, usando
como parâmetro não a lei, mas os outros municípios que, segundo ela estavam
abaixo de sua (Fantasia) condição ou realidade. Em outras palavras, Fantasia está
muito melhor do que muitos municípios do Brasil.

Em relação ao segundo caso, cito:

Estatuto da Criança e do Adolescente


Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e
social, em condições de liberdade e de dignidade. (Ênfase minha.)

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de


negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
(Ênfase minha.)

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;
III - elevados níveis de repetência.

LEI Nº 13.010, DE 26 DE JUNHO DE 2014

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o
uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção,
disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da
família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas
socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los.

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento cruel ou


degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente
comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de
outras providências legais. (Ênfase minha.)

Valendo-me destas citações, afirmo que o formador dos professores se equivocou ao


asseverar que eles não tinham quaisquer responsabilidades sobre o que, porventura,
pudesse acontecer com seus alunos, no seu ambiente familiar, considerando o
assunto violência.
Em virtude de a escola ter a responsabilidade da educação, deve trabalhar em
parceria com o Conselho Tutelar, quando o direito referente à educação, neste caso,
estiver sendo ameaçado ou mesmo anulado, por ocasião de maus-tratos por parte
dos responsáveis do (s) aluno (s). A escola, em virtude desse tipo de tratamento, não
poderá desempenhar o seu dever, de acordo com a legislação que lhe diz respeito.
Qualquer omissão no tocante a comunicar aos órgãos competentes, uma vez
constatado o fato, também constitui-se crime. Estranho o fato de um instrutor de
professores desconhecer o conteúdo base de seu treinamento.

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