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Sobreo Juri

Entendendo que a instituição do Júri tem caráter fundamental, e tem acento constitucional, e
está previsto no artigo quinto, que reconhece a instituição do Júri, assegurando a plenitude de
defesa, o sigilo das votações, a soberania dos vereditos e a competência mínima pra crimes
dolosos contra a vida, ou seja, homicídio, aborto, induzimento, instigação, auxílio ao suicídio,
infanticídio, e obviamente outros crimes conexos a esse, concito-vos a examinar a esta causa
com imparcialidade e proferir vossa decisão de acordo com vossa consciência e os ditames da
justiça.

Venho a presença de Vossa excelência, a fim de oferecer denúncia em face de Pai de George,
formalmente qualificado as folhas 30 pela pratica da seguinte atividade considerada ilícito
penal.
Consta dos inclusos autos do processo, que nesta cidade de São Petersburgo, um
pai ,qualificado as folhas 30 com a utilização de recurso psicológicos que dificultou a defesa da
vítima , matou a seu filho Georg, ao usar contra ele: incitações, provocações contra honra,
consistindo no açular, estimulando-o ao induzimento ao suicídio.

Consta tbem nos autos que logo após a morte de sua mãe á 2 anos atrás, naquele atual
momento, Georg, um jovem rapaz, cheio de vigor, que tinhas sonhos, dono de uma vida
normal onde possuía amigos e era noivo, passou a administrar a empresa de seu pai e que por
isso tivera que renunciar sua dor, postergando seu luto provavelmente camuflado dentro de si,
em detrimento do suposto sofrimento e luto no qual seu pai ainda se permitia viver e q dele
precisava, e da empresa que mantinha bastante funcionários que dela dependiam seus
sustentos.

Ocorre que o Pai, por perceber os resultados inesperados em que o filho tinha atingido em tão
pouco tempo de administração da empresa, vendo os negócios fluírem ,dobrando o
faturamento tanto quanto a quantidade de funcionários, concluiu que nunca na sua história de
empresa as coisas tinham ido tão bem assim, pois, como ainda consta nos autos, o Pai,
enquanto a mãe era viva, fazia valer só o seu próprio ponto de vista o que impediu o filho de
exercer uma atividade pessoal efetiva, nutri dentro de sí, uma espécie de ódio, recalque,
inveja e um sentimento de vingança contra o filho, e ainda como prova os autos , ele é claro
afirmando que o filho quando criança era diabólica, ofende, critica, e destrói a imagem do
jovem, sem nenhuma piedade e compaixão, inserindo assim no mesmo a ideia de
autodestruição, que não havia desenvolvido o pensamento por si só, levando como resultado
final ao suicídio.

Portanto meus caros, estamos tratando de um objeto aqui, protegido por este tipo penal que é
a vida humana, onde a legislação penal brasileira não pune ao suicida, mas sim, àquele que
induz, instiga ou auxilia ao suicida e que embora o titular do direito á vida pretenda encerrar
seu ciclo vital, a sociedade estabelece proteção jurídica em favor de sua vida, e por se tratar de
induzimento, incitamento, ou ajuda ao suicídio, esse crime se enquadra no art 122 que tem
como lei:
-induzir, ou instigar alguém a suicidar ou prestar-lhe auxilio para que o faça:
e que ainda deve ter como aumento de pena por ter sido o crime praticado por motivo egoísta
e possuir laço efetivo.
Entendendo que a instituição do Júri tem caráter fundamental, e tem acento constitucional, e
está previsto no artigo quinto, que reconhece a instituição do Júri, assegurando a plenitude de
defesa, o sigilo das votações, a soberania dos vereditos e a competência mínima pra crimes
dolosos contra a vida, ou seja, homicídio, aborto, induzimento, instigação, auxílio ao suicídio,
infanticídio, e obviamente outros crimes conexos a esse, concito-vos a examinar a esta causa
com imparcialidade e proferir vossa decisão de acordo com vossa consciência e os ditames da
justiça.

SOBRE A ATUAÇÃO DDO FILHO NA EMPRESA.

Talvez o pai, enquanto a mãe era viva, por querer fazer valer só o seu próprio ponto de vista na
firma, o tivesse impedido de exercer uma atividade pessoal efetiva; talvez o pai, desde a morte
da mãe, embora ainda continuasse trabalhando no estabelecimento, tivesse ficado mais
retraído; talvez — o que era até muito provável — acasos felizes houvessem desempenhado
um papel muito mais importante; fosse como fosse, porém, nesses dois anos a firma tinha se
desenvolvido de um modo totalmente inesperado, fora preciso dobrar o pessoal, o movimento
havia quintuplicado e sem dúvida se estava na iminência de um novo avanço. Mas o amigo não
fazia ideia dessa mudança.

CRÍTICA DO PAI

— Você não tem nenhum amigo em São Petersburgo. Você sempre foi um trapaceiro e não se
conteve nem mesmo diante de mim. Como iria ter justamente lá um amigo? Não posso de
maneira alguma acreditar nisso. — Pense outra vez, pai — disse Georg, erguendo o velho da
cadeira e lhe tirando o roupão, enquanto o pai ficava em pé numa posição frágil. — Agora vai
fazer três anos que o meu amigo nos fez uma visita. Ainda me lembro que você não simpatizou
muito com ele. Pelo menos duas vezes omiti de você a sua presença, embora ele estivesse
sentado logo

— Não! — bradou o pai de tal forma que a resposta colidiu com a pergunta, atirou fora a
coberta com tamanha força que por um instante ela ficou completamente estirada no voo e
pôs-se em pé na cama, apoiando-se de leve só com uma mão no forro. — Você queria me
cobrir, eu sei disso, meu frutinho, mas ainda não estou recoberto. E mesmo que seja a última
força que tenho, ela é suficiente para você, demais para você. É claro que conheço o seu
amigo. Ele seria um filho na medida do meu coração. Foi por isso que você o traiu todos esses
anos. Por que outra razão? Você pensa que não chorei por ele? É por isso que você se fecha no
seu escritório: ninguém deve incomodar, o chefe está ocupado — só para que possa escrever
suas cartinhas mentirosas para a Rússia. Mas felizmente ninguém precisa ensinar o pai a ver o
filho por dentro. E agora que você acredita tê-lo aos seus pés, tão submetido que é capaz de
sentar em cima dele com o traseiro sem que ele se mova, o senhor meu filho se decidiu casar!
De entusiasmo, arremessou o braço sobre a cabeça. — Ele sabe de tudo mil vezes melhor! —
gritou. — Dez mil vezes! — disse Georg para ridicularizar o pai, mas já na sua boca as palavras
ganharam uma tonalidade mortalmente séria. — Estava aguardando há anos que você viesse
com essa pergunta. Você acha que eu me preocupava com qualquer outra coisa? Você acha
que leio jornais? Olhe aí — e atirou na direção de Georg uma folha de jornal que de algum
modo tinha sido carregada para a cama, um jornal velho, com um nome já completamente
desconhecido de Georg. — Q

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