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Marketing Digital | SEO | Storytelling ... See more
29 artigos
Pouco mais de dois anos atrás, enquanto ainda cursava engenharia, estava extremamente
difícil conseguir um estágio e ser reprovado em processos seletivos já havia se tornado
parte da rotina.
Ou seja, ele não me ajudaria a concluir minha graduação. Pelo menos não diretamente,
pois foi com esse estágio que acabei aprendendo o conhecimento que me levou ao
próximo. E ao próximo.
Até que cheguei numa situação em que fazia exatamente a mesma coisa todos os dias e
minha motivação foi lá embaixo. Acabei saindo e, outra vez, busquei um caminho menos
convencional:
Passei a investir as seis horas diárias que seriam dedicadas ao estágio para estudar. Estudei
de casa mesmo e sobre vários temas diferentes: energia solar, gerenciamento de projetos
e passei a conhecer o marketing digital.
Acredito que o aprendizado constante é um dos valores mais importantes para nossas
vidas, profissional e pessoal, porque está ligado diretamente à motivação.
No momento que ficamos satisfeitos e nos damos como prontos com o que sabemos,
somos tomados pelo ego, nos acomodamos e o aprendizado para. Nesse momento,
estamos fadados à mediocridade e ao fracasso.
A primeira dica tem muito a ver com essa história que acabei de te contar:
Não precisa ir tão longe e mudar sua área de atuação. Nem precisa ser uma mudança de
ambiente físico. Apenas procure estudar e aprender sobre novos temas, e — sempre que
possível — frequente locais onde você será uma das pessoas com menos conhecimento.
Isso desperta uma sensação mista de curiosidade e desconforto. Ao mesmo tempo que
apreciamos o novo, nós tememos o desconhecido. E a sensação pode ser tão
desconfortável que te torna mais motivado e disposto para aprender.
Não apenas sobre aquele tema, pois a motivação e o conhecimento podem muito bem ser
aproveitados em outras áreas. Já ouviu falar em serendipidade?
Caso você não tenha um fone de ouvido à disposição, o Steve Jobs conta como uma aula
de caligrafia foi crucial na invenção do Mac. Mesmo que, na época em que fez a
disciplina, ele nem cogitasse usar algo que aprendeu ali.
Aproveitando que estamos falando do criador da Apple e uma das pessoas que mais
revolucionaram o mundo e o mercado nos últimos anos:
Vale escolher referências internacionais, como o Steve Jobs, mas também referências não
tão grandiosas e mais acessíveis, e pessoas que dividem sua rotina com você.
Mesmo que seja uma rotina virtual, o que torna o LinkedIn o local perfeito para
encontrar mentores:
A melhor parte é que essas indicações não são apenas minhas, mas do próprio LinkedIn
— com a lista de Top Voices.
Então, cerque-se de pessoas inspiradoras, aprenda com elas e procure entender bastante
sobre como elas próprias se desenvolvem.
3. Beba na fonte
Não se contente em aprender com os mentores que você encontrar. Descubra quem são
os mentores e as fontes de motivação e aprendizado deles e, então, beba na fonte.
Por indicação do Matheus de Souza, por exemplo, acabei lendo o livro Hit Makers e
descobri um excelente álbum do Father John Misty.
4. Torne-se um mentor
Por mais simples que seja, o seu aprendizado pode fazer toda a diferença para alguém que
faça parte da sua rotina. Então, não guarde para você e compartilhe.
Quando você repassa o seu conhecimento e assume brevemente o papel de mentor, duas
etapas bem interessantes ocorrem:
Quando foi a última vez que você aprendeu algo simplesmente porque queria
aprender?
Estudar para ser aprovado numa disciplina, por pressão de seu chefe ou de algum projeto
pode trazer bons resultados. Mas fazê-lo por seu próprio interesse sempre trará resultados
bem melhores.
Por isso que o decoreba só funciona até certo ponto. E se torna cada vez mais falho com
o aumento da complexidade dos assuntos.
Procure entender o que funciona e o que não funciona para você. Para isso, faça os mais
variados testes com os conteúdos, as formas e os horários que você irá consumi-los.
Até que você consiga modelar o seu processo de aprendizado ideal. A partir disso, basta
replicar para os próximos assuntos que você terá excelentes resultados, em menos tempo.
Então, transforme tudo isso em um ciclo e aprender algo novo vai se tornar um
hábito, ou um hobby.
Desde que decidi focar meus estudos em Storytelling, esse se tornou meu método
preferido para aprender mais. E venho desconstruindo todos os conteúdos possíveis:
livros, filmes, séries, cursos e até palestras.
Uma das que pude prestigiar e que mais me chamou a atenção foi a do Cristiano Santos,
sobre como gerar negócios pelo LinkedIn.
Antes da palestra, ele estava bastante nervoso e não tentou esconder isso. Mas no
momento em que subiu ao palco, ele transformou esse nervosismo em inquietude. E
ao caminhar de um lado para o outro, falando com enorme empatia e paixão, ele
transformou a inquietude em empolgação.
Dessa forma, quando ele te fala que o LinkedIn é a rede social preferida dele, você não
apenas acredita. Você concorda e, imediatamente, ele também se torna a sua favorita.
Ao final, o que eu acabei assistindo não foi apenas uma palestra sobre LinkedIn, mas
sobre storytelling, apresentações e como trabalhar seu nervosismo de uma forma
positiva. Por mais que não fosse esse o propósito do Cristiano.
Portanto, agradeço pela aula extra e gostaria de fechar nossa conversa de hoje
relembrando uma frase de On the Road, do Jack Kerouac:
De fato, ninguém pode. A menos que ele esteja disposto, como um eterno aprendiz e
não como um velho maestro. E a escolha entre ser um velho maestro ou um aprendiz
não depende de ninguém, além de você próprio.