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6 dicas simples para não se acomodar


e ser um eterno aprendiz
 Publicado em 5 de dezembro de 2018
Dimitri Vieira

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Marketing Digital | SEO | Storytelling ... See more
29 artigos

Pouco mais de dois anos atrás, enquanto ainda cursava engenharia, estava extremamente
difícil conseguir um estágio e ser reprovado em processos seletivos já havia se tornado
parte da rotina.

Como ainda precisava de um para me formar, busquei um caminho menos


convencional: fiz um estágio de férias, com um mês de duração, no interior de Minas
Gerais e que não seria contado na minha grade curricular.

Ou seja, ele não me ajudaria a concluir minha graduação. Pelo menos não diretamente,
pois foi com esse estágio que acabei aprendendo o conhecimento que me levou ao
próximo. E ao próximo.

Até que cheguei numa situação em que fazia exatamente a mesma coisa todos os dias e
minha motivação foi lá embaixo. Acabei saindo e, outra vez, busquei um caminho menos
convencional:

Passei a investir as seis horas diárias que seriam dedicadas ao estágio para estudar. Estudei
de casa mesmo e sobre vários temas diferentes: energia solar, gerenciamento de projetos
e passei a conhecer o marketing digital.

Foi essa inquietude e a vontade de aprender que me levaram a mudar de carreira.


É também a mesma inquietude que me faz seguir estudando para conhecer mais sobre
marketing, melhorar a escrita e publicar artigos semanalmente por aqui.

Acredito que o aprendizado constante é um dos valores mais importantes para nossas
vidas, profissional e pessoal, porque está ligado diretamente à motivação.

No momento que ficamos satisfeitos e nos damos como prontos com o que sabemos,
somos tomados pelo ego, nos acomodamos e o aprendizado para. Nesse momento,
estamos fadados à mediocridade e ao fracasso.

E não aprendi isso sozinho. Aprendi com o Bob Dylan:

He not busy being born is busy dying.

E com a Ayn Rand:

Que riqueza é maior que ser o dono da própria vida e empenhá-la no


crescimento? Toda coisa viva precisa crescer. Não pode parar. Ou
cresce. Ou morre.
Quando falamos em aprender parece algo bem óbvio, mas muitas vezes somos levados
pela rotina e deixamos isso de lado. Assim, o objetivo deste artigo é simples: relembrar a
importância de aprendermos algo novo todos os dias e como fazê-lo.

A primeira dica tem muito a ver com essa história que acabei de te contar:

1. Mude de ambiente e saia de sua zona de conforto

Não precisa ir tão longe e mudar sua área de atuação. Nem precisa ser uma mudança de
ambiente físico. Apenas procure estudar e aprender sobre novos temas, e — sempre que
possível — frequente locais onde você será uma das pessoas com menos conhecimento.

Isso desperta uma sensação mista de curiosidade e desconforto. Ao mesmo tempo que
apreciamos o novo, nós tememos o desconhecido. E a sensação pode ser tão
desconfortável que te torna mais motivado e disposto para aprender.

Não apenas sobre aquele tema, pois a motivação e o conhecimento podem muito bem ser
aproveitados em outras áreas. Já ouviu falar em serendipidade?

Caso você não tenha um fone de ouvido à disposição, o Steve Jobs conta como uma aula
de caligrafia foi crucial na invenção do Mac. Mesmo que, na época em que fez a
disciplina, ele nem cogitasse usar algo que aprendeu ali.

Isso é serendipidade: ligar os pontos e eventos — no futuro — de forma a descobrir uma


nova aplicação para um conhecimento que você adquiriu e que jamais imaginaria
essa possibilidade enquanto aprendia.

Aproveitando que estamos falando do criador da Apple e uma das pessoas que mais
revolucionaram o mundo e o mercado nos últimos anos:

2. Encontre os melhores mentores possíveis

Vale escolher referências internacionais, como o Steve Jobs, mas também referências não
tão grandiosas e mais acessíveis, e pessoas que dividem sua rotina com você.

Mesmo que seja uma rotina virtual, o que torna o LinkedIn o local perfeito para
encontrar mentores:

 Se quer aprender mais sobre a própria plataforma, Cristiano Santos;


 Para reflexões sobre o ambiente de trabalho e desenvolvimento profissional,
Eberson Terra;
 Nomadismo digital e storytelling, Laís Schulz;
 Como trabalhar melhor, Kaio Serrate;
 E se quiser aprimorar suas apresentações, Laís Vargas.

A melhor parte é que essas indicações não são apenas minhas, mas do próprio LinkedIn
— com a lista de Top Voices.

Então, cerque-se de pessoas inspiradoras, aprenda com elas e procure entender bastante
sobre como elas próprias se desenvolvem.
3. Beba na fonte

Não se contente em aprender com os mentores que você encontrar. Descubra quem são
os mentores e as fontes de motivação e aprendizado deles e, então, beba na fonte.

Os melhores mentores sempre fazem questão de compartilhar suas fontes de


inspiração — até porque elas costumam render excelentes artigos.

Por indicação do Matheus de Souza, por exemplo, acabei lendo o livro Hit Makers e
descobri um excelente álbum do Father John Misty.

Então, o próximo passo é repassar o que você aprendeu.

4. Torne-se um mentor

Por mais simples que seja, o seu aprendizado pode fazer toda a diferença para alguém que
faça parte da sua rotina. Então, não guarde para você e compartilhe.

Quando você repassa o seu conhecimento e assume brevemente o papel de mentor, duas
etapas bem interessantes ocorrem:

1. Você relembra e revisa seu processo de aprendizado;


2. Ao ver o impacto positivo nas outras pessoas, você renova sua motivação para
aprender mais.

E a primeira etapa vai te ajudar muito com a próxima dica:

5. Aprenda como aprender

Quando foi a última vez que você aprendeu algo simplesmente porque queria
aprender?

Estudar para ser aprovado numa disciplina, por pressão de seu chefe ou de algum projeto
pode trazer bons resultados. Mas fazê-lo por seu próprio interesse sempre trará resultados
bem melhores.

Por isso que o decoreba só funciona até certo ponto. E se torna cada vez mais falho com
o aumento da complexidade dos assuntos.

Estude para ser realizado. Busque a excelência e o sucesso vai te perseguir. ( 3


Idiots)

Procure entender o que funciona e o que não funciona para você. Para isso, faça os mais
variados testes com os conteúdos, as formas e os horários que você irá consumi-los.

Até que você consiga modelar o seu processo de aprendizado ideal. A partir disso, basta
replicar para os próximos assuntos que você terá excelentes resultados, em menos tempo.
Então, transforme tudo isso em um ciclo e aprender algo novo vai se tornar um
hábito, ou um hobby.

6. Desconstrua bons conteúdos

Desde que decidi focar meus estudos em Storytelling, esse se tornou meu método
preferido para aprender mais. E venho desconstruindo todos os conteúdos possíveis:
livros, filmes, séries, cursos e até palestras.

Por exemplo, no RD Summit, tive a oportunidade de assistir a diversas palestras e, como


sou péssimo para falar em público, decidi dissecar algumas apresentações enquanto as
assistia.

Uma das que pude prestigiar e que mais me chamou a atenção foi a do Cristiano Santos,
sobre como gerar negócios pelo LinkedIn.

Antes da palestra, ele estava bastante nervoso e não tentou esconder isso. Mas no
momento em que subiu ao palco, ele transformou esse nervosismo em inquietude. E
ao caminhar de um lado para o outro, falando com enorme empatia e paixão, ele
transformou a inquietude em empolgação.

Dessa forma, quando ele te fala que o LinkedIn é a rede social preferida dele, você não
apenas acredita. Você concorda e, imediatamente, ele também se torna a sua favorita.

Em seguida, ele usou recursos de humor ao mencionar alguns usuários menos


convencionais no LinkedIn e ainda mencionou sua mãe - a Dona Nair - para despertar
emoções no público e, consequentemente, identificação.

Ao final, o que eu acabei assistindo não foi apenas uma palestra sobre LinkedIn, mas
sobre storytelling, apresentações e como trabalhar seu nervosismo de uma forma
positiva. Por mais que não fosse esse o propósito do Cristiano.

Portanto, agradeço pela aula extra e gostaria de fechar nossa conversa de hoje
relembrando uma frase de On the Road, do Jack Kerouac:

Você não pode ensinar novas melodias a um velho maestro.

De fato, ninguém pode. A menos que ele esteja disposto, como um eterno aprendiz e
não como um velho maestro. E a escolha entre ser um velho maestro ou um aprendiz
não depende de ninguém, além de você próprio.

“ É impossível aprender aquilo que você considera já saber – disse


Epíteto. Você não pode aprender se acha que já sabe. Não encontrará respostas
se for orgulhoso ou presunçoso demais para fazer perguntas. Não poderá
melhorar se estiver convencido que já é o melhor. (Ryan Holiday)”

Então, o que você vai aprender de novo hoje

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