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PROJETO
ROTAS DA MEMÓRIA E MEMÓRIA DOS OBJETOS
Escola Municipal Gonçalves Dias (1872-2022)
Lugares de Memórias
RIO DE JANEIRO
2022.2
ROTEIRO INFORMATIVO DA HISTÓRIA DA EMGD
CONSTRUÇÃO E Construída entre 1870 e 1872, a partir de projeto em “estilo classicizante” eclético pela
firma Ballariny e Bosísio, contratada pela ACRJ, em terreno da Praça de D. Pedro I,
FUNDAÇÃO DA EMGD atual Campo de São Cristóvão e inaugurada como Escola da Freguesia de São
Christovão, A EMGD teve a sua pedra fundamental assentada em 21/12/1870, sendo
inaugurada em 31/08/1872. Na foto abaixo, vemos a futura EMGD, em um dos seus
registros mais antigos, onde é possível ver gravado na fachada: “1872 - Escola S.
Christovão edificada pelo Commercio da Corte”.
SITUAÇÃO Abrigando uma das primeiras “Escolas do Imperador”, o Campo de São Cristóvão - já
chamado de Largo da Igrejinha, Campo de São Christovão, Praça de D. Pedro I (a
URBANÍSTICA DA partir de fevereiro de 1866) e, depois de 1890, Praça Marechal Deodoro - é uma das
EMGD principais referências do Bairro Imperial de São Cristóvão. A situação urbanística da
Escola Municipal Gonçalves Dias (1872-2022)
Campo de São Cristovão em dois momentos: ante e depois da inauguração das obras de melhoramento e
embelezamento, 11/11/1906 (Fonte: col. Augusto Malta)
ROTEIRO INFORMATIVO DA HISTÓRIA DA EMGD
ROTEIRO EXTERNO ADOÇÃO DO ATUAL NOME DA ESCOLA, ESCOLA GONÇALVES DIAS, EM 1905.
DA EMGD: A ânsia dos governos do início do período republicano por apagar a memória das
instituições do Império alterou o nome da antiga Escola da Freguesia de São
Christovão para Escola Gonçalves Dias. Essa mudança de nome aconteceu em
ELEMENTOS DO 1905, no período do prefeito Pereira Passos, proposta do então Diretor Geral de
EDIFÍCIO E Instrução Pública do Distrito Federal, Medeiros e Albuquerque, autor da letra do
Hino da República, fundador da Cadeira n. 22 da Academia Brasileira de Letras.
EVOLUÇÃO
Sendo uma das principais figuras do simbolismo literário, aproveita as
ARQUITETÔNICA DA prerrogativas do cargo de Diretor Geral de Instrução Pública e eterniza a memória
FACHADA da literatura brasileira nomeando prédios públicos escolares com o nome de
expoentes de escolas literárias do Brasil. Ao lado, recorte do Jornal do Brasil de
novembro de 1905, informando mudança de nome de escolas do Rio de Janeiro.
EVOLUÇÃO ARQUITETÔNICA DA FACHADA DO EDIFÍCIO DA EMGD
Entre 1912 e 1913, o edifício da Escola Gonçalves Dias foi reformado tendo-se a
preocupação de preservar, na medida do possível, a unidade do conjunto original
de estilo eclético, acrescentando-se um segundo pavimento ao corpo central que,
Escola Municipal Gonçalves Dias (1872-2022)
Escola Municipal Gonçalves Dias em dois momentos – na sua conformação original e após a
reforma de um novo andar sobre a ala central. Acervo Augusto Malta.
ROTEIRO INFORMATIVO DA HISTÓRIA DA EMGD
Uma das marcas presente nos prédios escolares de grande parte das Escolas do
Imperador é o relógio incrustrado no tímpano da fachada, cujo painel se destaca
no frontão central do edifício, abaixo das armas da cidade. Sua máquina,
infelizmente, fora retirada na reforma de 1982 e, desde então, nunca mais
Escola Municipal Gonçalves Dias (1872-2022)
funcionou. Destaca-se que o relógio não é um mero aspecto formal das escolas
desse período, mas um símbolo da modernidade a marcar uma ruptura com a
supremacia da Igreja Católica na educação, que pode ser notada perante a
substituição dos sinos pelos relógios engastados nos tímpanos, caracterizando um
Lugares de Memórias
No fundo da sala entre as janelas, foi preservada na última reforma de 2013, uma
parte da pintura floral que decorava a sala de aula destinada ao ensino das
meninas.
Lugares de Memórias
ROTEIRO INFORMATIVO DA HISTÓRIA DA EMGD
jornalista Nelson
Rodrigues na EMGD,
em novembro de 1969.
Lugares de Memórias
O prof. Paim, então com 29 anos, passa a lecionar e dirigir a instituição, sendo
responsável pela escola de meninos e pela escola noturna para adultos,
recebendo para isso uma subvenção do governo. O professor Paim atua na
escola de 1872 até 1886, quando é substituído pelo professor Adalberto
Octaviano Arthur de Siqueira Amazonas, 2º professor de meninos da EMGD
(de 1887 a 1903). Paim alcança a jubilação pelo governo da corte em 1889.
04/10/1919.
DIRETORES E CORPO .
DOCENTE
DIRETORES DA EMGD
NA 1ª ½ DO SÉC. XX
Carta do Imperador Pedro II, de 19/03/1870, dirigida ao Ministro do Império, Conselheiro Paulino José
Soares de Souza, exortando que os recursos estatais e de doações públicas fossem investidos na
construção de escolas públicas em prédios próprios.
Sr. Paulino,
D. Pedro II
Rio, 19 de março de 1870.
DOCUMENTOS
Abaixo o registro do Relatório da Associação Comercial do Rio de Janeiro, relatando as deliberações para
iniciar o processo de edificação do prédio das Escolas da Freguesia de São Cristovão.
Escola Municipal Gonçalves Dias (1872-2022)
Lugares de Memórias
Nesse sentido, a EMGD é também, a memória viva do primeiro prédio escolar público, a demolida Escola de São
Sebastião (depois, Escola Benjamin Constant)