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Novo Hamburgo
2011
RITA SABRINA SULZBACH
Novo Hamburgo
2011
2
Universidade Feevale
Instituto de Ciências da Saúde
Curso de Fonoaudiologia
Trabalho de Conclusão de Curso
Novo Hamburgo
2011
RITA SABRINA SULZBACH
Aprovado por:
__________________________________
Profª Me. Ana Lúcia P. A. da Costa
Orientadora
__________________________________
Profª Me. Ananda Ramos Pereira
Banca Examinadora
__________________________________
Profª Dra. Me. Denise Rangel
Banca Examinadora
Fernando Pessoa
5
AGRADECIMENTOS
amor da minha vida, agradeço pela paciência, pelo incentivo, por toda a ajuda nos
momentos de dúvidas, por todas as críticas e soluções. Obrigada por me fazer sentir
tão amada, também por estar presente nos momentos mais difíceis da nossa vida.
Essa conquista é também tua. Sem você tudo seria muito mais difícil.
Aos meus irmãos pelo carinho e atenção que sempre tiveram comigo, em
especial ao meu irmão Rodrigo, o amigo e irmão mais velho, aquele em quem
enxergo as mesmas raízes que me alimentam. A quem considero um segundo pai, por
ter sido tão dedicado em minha criação, sempre me apoiando em todos os momentos,
enfim por todos os conselhos e pela confiança em mim depositada meu imenso
Meu eterno amor e muito obrigada à minha cunhada Ana Julia e a minha irmã
ao meu filho Davi, durante o desenvolvimento desse trabalho, e aos meus sobrinhos
A minha mãe Nelci, obrigado por tudo. Infelizmente não há espaço para
escrever e agradecer aqui afinal sou grata a você pela minha existência. Saiba que a
tua história de superação para poder estudar, me deu força e motivação para que
através de ligações, visitas, orações e e-mails. Obrigada, vocês que aliviaram minhas
apoio na realização deste projeto. Obrigada por sua frase que me deixou segura:
trabalho, Sandra Inês Marcon Paniz e Ananda Ramos Pereira por todas as
formação profissional.
Aos amigos que fiz durante o curso, pela verdadeira amizade que
construímos em particular aqueles que estavam sempre ao meu lado (Ana Paula
Vieira, Bruna Teixeira da Costa e Renata Tavares) por todos os momentos que
passamos durante esses anos, meu especial agradecimento. Sem vocês essa trajetória
E é a Ele que dirijo minha maior gratidão. Deus, mais do que me criar, deu
propósito à minha vida. Vem dEle tudo o que sou, o que tenho e o que espero.
Agradeço a Deus, pelo dom da vida, pela família, pelos amigos, pelo trabalho, por
tudo que sou e tudo que conquistei. Obrigada por permitir tantas maravilhas na
minha vida.
Muito obrigada!
LISTA DE REDUÇÕES
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO
RESUMO...................................................................................................................16
ABSTRACT ...............................................................................................................18
INTRODUÇÃO...........................................................................................................20
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................23
1 OBJETIVOS............................................................................................................26
1.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................26
1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS…………………………………………………………26
2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 26
2.1 ENVELHECIMENTO ........................................................................................... 27
2.1.1 O Processo de Envelhecimento .................................................................... 27
2.1.2 A Audição no Processo de Envelhecimento ................................................. 29
2.1.3 O Processo da Comunicação e a Percepção Auditiva no Envelhecimento .. 32
2.2 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO ........................................................... 35
2.2.1 Vias Auditivas Aferentes e Eferentes ............................................................ 39
2.2.1.1 Vias Auditivas Aferentes ............................................................................ 39
2.2.1.2 Vias Auditivas Eferentes ............................................................................ 40
2.3 FUNÇÕES COGNITIVAS .................................................................................... 42
2.4 FUNÇÕES EXECUTIVAS.................................................................................... 43
2.4.1 Funções Executivas em Idosos .................................................................... 48
2.5 O PROCESSAMENTO AUDITIVO E AS SUAS DESORDENS ............................ 49
2.5.1 Avaliação Processamento Auditivo Central .................................................. 56
2.6 TESTE DE DISSÍLABOS ALTERNADOS (TESTE STAGGERED SPONDAIC
WORD-SSW) ............................................................................................................ 58
2.7 QUESTIONÁRIO HEARING HANDICAP INVENTORY FOR THE ELDERLY –
SCREENING VERSION (HHIE-S) ............................................................................ 64
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 66
3.1 CONSIDERAÇÕES ÉTICAS ............................................................................... 66
3.2 DELINEAMENTO ................................................................................................ 66
3.3 LOCAL E DATA DAS AVALIAÇÕES .................................................................... 66
3.4 PARTICIPANTES DO ESTUDO .......................................................................... 66
3.5 ENTREVISTA E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ........................................... 68
14
RESUMO
entanto não foi estabelecida correlação positiva e nem negativa entre os resultados.
Na bateria de testes aplicados os sujeitos idosos apresentaram grande número de
resultados alterações em praticamente todos os testes que medem as diversas
habilidades auditivas e não auditivas como atenção e memória. As relações não
significantes estatisticamente podem estar relacionadas ao tamanho insuficiente da
amostra. Conclusão: O estudo apesar de não conclusivo estabelece a percepção
de que as habilidades auditivas avaliadas pelo teste SSW e as respostas obtidas no
questionário HHIE-S, em idosos de 60a 80 anos, apresentaram escores com
prejuízo considerável e mesmo assim não há correlação entre os testes e
questionários aplicados na presente pesquisa. Além disso, a observação de escores
ruins em grande parte dos testes demonstrou que há um comprometimento geral
das habilidades auditivas. Os resultados sugerem que as alterações decorrentes do
envelhecimento parecem contribuir por si só com o declínio prejudicando o efetivo
processamento auditivo do sujeito idoso considerando que amostra tinha limiares
auditivos normais.
ABSTRACT
Although the advancement of medical science has made people live longer,
the weather also brings some decline in sensory abilities, including the hearing,
which ends up being hurt and decreasing in both quantitative and qualitative aspects.
Match l aging is a gradual process of degradation that affects all living in a free and
match, often leads to the decreased ability to respond with precision and speed,
especially in more complex tasks. Some older adults, even with normal hearing
thresholds, have complained of difficulty in understanding speech, and in order to
approximate the time of the evaluation of situations that simulate the reality of
everyday communication, as the tests are dichotic (SSW) which is an interesting
alternative since it analyzes the speech with an overlap of information, requiring
attention, ability to sort the response, and comes very close to the situations of daily
life, which the elderly must cope to communicate. Objective: the objective of this
paper is to analyze the results obtained from the SSW Test, alternative dissyllabic
and compared the results obtained in protocol HHIE-S in elderly subjects of both
sexes aged 60 to 80 years who have normal hearing. Methods: sets up this study
and quantitative, case control, cross and contemporary. The sample consisted of 20
elderly subjects, aged between 60 and 80 years and of both genders with normal
hearing the second classification. (Davis & Silverman, 1970). The subjects were
submitted to anamnesis, mini mental state examination, protocol hearing handicap
inventory for the elderly screening version - HHIE-S, conventional audiologic
evaluation, and battery test central auditory processing. Results: the findings showed
that there was no significant relationship between the SSW and the results presented
in the protocol HHIE-S. What we observe is that a large number of elderly (15) have
any difficulties in dichotic tasks, and also major complaints about the downsides to
hear is that of the 20 subjects, 6 (30%) showed no self-perception of auditory
handicap with scores below 14%, 7 (35%) had self-perception of mild to moderate,
and 7 (35%) showed a severe self-perception of handicap. However no correlation
has been established between positive or negative results. Battery of tests applied in
the older subjects showed a great number of changes results in practically all the
various tests that measure skills such as auditory and non auditory attention and
memory. Relationship is not statistically significant may be related to the size of the
19
sample. Conclusion: the study though not conclusively establish that the perception
of auditory skills evaluated by the SSW and the responses obtained in the HHIE-S in
elderly patients 80 years of the 60th, had scores with considerable damage and even
then there is no correlation between tests and questionnaires used in this study.
Furthermore, the observation of poor scores on most tests demonstrated that there is
a general commitment of listening skills. The results suggest that the changes due to
aging alone seem to contribute to the decline impairing the effective auditory
processing in the older alone considering that the sample had normal hearing.
INTRODUÇÃO
Hoje em dia, mais de 15 milhões de brasileiros têm dificuldades auditivas e,
segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), apenas 40% dos comprometidos
sabem que têm perda. Entre os sujeitos com perdas auditivas, os mais acometidos
são os idosos, que aumentaram muito nos últimos anos, provavelmente pela
diminuição da mortalidade decorrente do avanço das ciências médicas.
Embora o avanço das ciências médicas tenha feito as pessoas viverem
mais, o tempo ainda traz declínio em algumas habilidades sensoriais, entre elas, a
audição, que acaba diminuindo e sendo prejudicada tanto nos aspectos quantitativos
como qualitativos.
O envelhecimento natural é um processo de degradação progressivo que
afeta todos os seres vivos, de uma forma gratuita e natural, levando, muitas vezes, à
diminuição da capacidade de responder com precisão e velocidade, principalmente
em tarefas mais complexas.
Conforme o estatuto do idoso, o envelhecimento é um direito extremamente
pessoal e a sua proteção, um direito social. É também obrigação do Estado, garantir
à pessoa idosa a proteção à vida, à saúde, mediante efetivação de políticas públicas
que permitam um envelhecimento saudável e em condições dignas (cap. I, Art. 8º e
9º do Estatuto do Idoso, 2003).
Com a expectativa de vida aumentando, surge, então, a necessidade de
compreendermos melhor os idosos e suas queixas mais constantes. No caso do
trabalho aqui proposto, a compreensão está diretamente relacionada às dificuldades
do idoso em ouvir, lembrando que cada vez mais se queixam de dificuldades para
compreender a fala, principalmente em ambiente ruidoso, com reverberação e de
situações de fala competitiva mesmo quando não apresentam limiares auditivos
alterados.
A comunicação humana é o foco de estudo da Fonoaudiologia, que é
estudada em diferentes áreas. Entre as áreas estudadas, temos a audiologia, que
inclui o estudo do processamento auditivo, que revela aspectos fundamentais para o
desenvolvimento da comunicação do sujeito.
A audição é um dos sentidos mais importantes em nossa vida, pois
possibilita ao ser humano sua integração com o meio e tem como função primordial,
a comunicação verbal. Independentemente da idade, a perda ou a diminuição da
21
JUSTIFICATIVA
Tendo em vista que a audição pode ser afetada pelo envelhecimento, torna-
se importante a realização de pesquisas que examinem a audição em todos os seus
aspectos, investigando, em especial, a compreensão da fala em situações que os
idosos mais se queixam que são o reconhecimento de fala na presença de ruído, as
dificuldades com as tarefas dicóticas, relacionadas muitas vezes do processamento
temporal.
Para conseguirmos perceber as dificuldades de comunicação desses
sujeitos, é necessário entendermos o que acontece no Sistema Auditivo, permitindo
que o conhecimento auxilie na intervenção de alguma forma. Já, compreender esse
processo é uma necessidade imediata do fonoaudiólogo que pode ajudar o sujeito
idoso a estabelecer uma melhor comunicação. Com isso, pode ser possível criar
formas de prevenção dos efeitos negativos do envelhecimento sobre a audição,
além de possibilitar a reabilitação dos problemas de comunicação que surgem com o
envelhecimento.
Entre as diversas avaliações auditivas, alguns testes de reconhecimento de
fala, com diferentes tipos de estímulos, têm sido utilizados. O emprego, nesta
pesquisa, do teste Dicótico de Dissílabos Alternados (SSW) foi uma alternativa
importante visto que analisou a fala com sobreposição de informação, sendo
necessária atenção, capacidade de ordenar a resposta, e aproxima-se bastante das
situações de vida diária que o idoso precisa lidar bem para comunicar-se.
Para o bom processo da comunicação oral, é necessário o desenvolvimento
e funcionamento correto do sistema auditivo. Segundo Schoeny e Talbott (1999), o
apoio da Audiologia para a localização da lesão já está bem definida, entretanto, a
clínica audiológica no futuro deverá estar mais dirigida à capacidade de fornecer
métodos de reabilitação para com o comprometimento no processamento auditivo,
levando os profissionais a atenderem melhor as necessidades em seus aspectos
diversos, entre eles: aspectos sociais e psicológicos. A terapia para os distúrbios do
processamento auditivo no idoso vem se comprovando como uma ferramenta
importante no sentido de proporcionar uma melhor intervenção e, em decorrência
disto, uma melhor qualidade auditiva do sujeito idoso. O processo terapêutico vem
sendo indicado tanto para idosos com presbiacusia como idosos sem perda e com
queixas auditivas.
25
1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Envelhecimento
O processo de envelhecimento
A audição no processo de envelhecimento
O processo da comunicação e a percepção auditiva no
envelhecimento
Anatomia e fisiologia da audição
Vias auditivas aferentes e eferentes
Vias auditivas aferentes
Vias auditivas eferentes
Funções cognitivas
Funções executivas
Funções executivas em idosos
Processamento auditivo e as suas desordens
Avaliação processamento auditivo central
Teste de dissílabos alternados (teste staggered spondaic word-ssw)
Questionário Hearing Handicap Inventory for the Elderly – Screening
version (HHIE-S)
2.1 ENVELHECIMENTO
partindo da audição normal até a deficiência auditiva severa nos sujeitos entre 60 e
70 anos de idade sem doença sistêmica ou otológica grave.
Um estudo comparativo, feito por Signorini, Azevedo e Ebel (1993), em
sujeitos entre 65-95 anos de idade, comprovou diferenças estatisticamente
significantes entre os limiares de audibilidade dos homens e das mulheres, onde a
curva audiométrica obtida nos homens mostrou perda auditiva mais íngreme nas
frequências altas. No que diz respeito ao fator idade, ainda foi conseguida diferença
estatisticamente significante entre os sujeitos de 65 a 79 anos de idade, e de 80 a 95
anos de idade, mostrando um grau de perda mais alto no grupo mais idoso.
Divenyi e Haupt (1997) verificaram que grupos de idosos com idade entre
60-81 anos de idade apresentam um índice maior de sujeitos com perda auditiva
moderada simétrica.
Uma das implicações da presbiacusia é o problema que o sujeito possui na
qualidade da fala. Essa dificuldade pode ser por parte infligida à perda auditiva
progressiva de alta freqüência, associada com discriminação vocal pior do que se
esperaria com base nos limiares da audiometria tonal, mas também pode ser
determinada por degeneração dos fatores cognitivos, como memória e poder
dedutivo (FREITAS; OLIVEIRA, 2001).
A redução na qualidade da recepção da fala, especialmente em lugares
ruidosos, é consequência das alterações centrais que, na maioria das vezes,
iniciam-se aos 60 anos de idade (ZAMPERLINI; KYRILLOS; SANTOS, 1997).
De acordo com Bess, Hedley-Williams e Lichtenstein (2001), o sistema
auditivo em envelhecimento, na maioria das vezes, depara com uma perda na
sensibilidade do limiar e uma diminuição na habilidade de entender a fala em
intensidade adequada.
Baran e Musiek (2001) descreveram que no idoso a função auditiva central
pode estar deprimida por uma perda geral de neurônios em todo o Sistema Nervoso
Auditivo Central (SNAC). O fluxo sanguíneo pode estar diminuído por depósito de
gordura nas artérias que regam o cérebro, e podem existir, ainda, modificações no
metabolismo cerebral que não comprometem a audição periférica.
Desse modo, as várias mudanças que acontecem nas vias auditivas
periféricas e centrais e provavelmente intervêm na sua capacidade de processar
com eficiência a fala que recebe, determinando, com freqüência, seu problema de
32
É muito comum sujeitos idosos mencionarem que estão aptos a ouvir, mas
que não compreendem a fala. Essa queixa, segundo Pedalini et al. (1997), deve-se
à configuração audiométrica da perda auditiva, por esta atingir as frequências altas,
tornando complicada a percepção dos sons mais agudos, especialmente na
presença de ruído e de fala acelerada. No entanto, hoje sabe-se que as dificuldade
podem descrever aspectos mais complexos.
Observando os sons do português brasileiro no gráfico do audiograma
(Figura 1), pode-se visualizar de como esses sons se dispõem, auditivamente, em
relação à frequência e à intensidade, antecipando prováveis dificuldades das
diversas configurações da perda auditiva (RUSSO; BEHLAU, 1993).
33
Figura 1 - Valores acústicos médios de frequência e intensidade dos sons da fala do português
brasileiro, aprontado no gráfico do audiograma
Fonte: Russo e Behlau (1993).
craniana, é um dos ossos mais complexos, tanto como anatômico como no funcional
(MUNHOZ et al., 2000). Didaticamente, pode-se dividir a orelha em três partes:
orelha externa, orelha média e orelha interna
De acordo com Hansen e Koeppen (2000) a orelha, órgão responsável pela
audição está dividido em três partes: orelha externa, média e interna, como
especifica a Figura 2:
discado, essa informação pode ser guardada se for um número que nos interessará
no futuro ou ser prontamente descartada após o uso. A memória de trabalho pode,
ainda, armazenar dados por via inconsciente.
Já memória de curto prazo trabalha com dados por algumas horas até que
sejam gravados de forma definitiva. Esse tipo de memória é particularmente
importante nos de cunho declarativo. Em caso de algum tipo de agressão ao cérebro
enquanto as informações estão armazenadas nesse estágio da memória, ocorrerá
sua perda irreparável (GAZZANIGA; IVRY; MANGUN, 2006).
É importante e imprescindível para um bom processo de aprendizagem um
bom nível de atenção. Schmidt (1995) destaca a atenção como sendo limitada,
seletiva e parcialmente sujeita ao controle natural.
Dalgalarrondo (2000) refere que a atenção seletiva é a capacidade de
seleção de estímulos e objetos característicos, causando uma orientação atencional
focal, um estado de agrupamento das funções mentais, assim como a afirmação de
preferências da atividade consciente do sujeito diante de um conjunto extenso de
estímulos ambientais.
Conforme Bear et al. (2002), a atenção seletiva relaciona-se com a opção do
sujeito em selecionar um estímulo-alvo a ser enfatizado pelo seu processo
atencional, de modo que o sistema sensorial referente àquele alvo seja ativado.
Esse tipo de atenção é responsável pelo direcionamento a uma determinada
informação que será enfatizada pelo processamento cerebral. Isso ocorre porque o
sujeito não é capaz de “prestar atenção” a todos os estímulos ao mesmo tempo,
poderia haver sobrecarga do sistema, visto que, muitas vezes, há grande riqueza de
informações e estímulos no ambiente.
A atenção seletiva é a habilidade de optar por informações ressaltantes do
ambiente e a inibição de outros dados irrelevantes para certas tarefas (CAPOVILLA;
ASSEF; COZZA, 2007). A inibição das tarefas não relevantes também constitui uma
tarefa importante e que declina no idoso.
Lezak, Howieson e Loring (2004) determinaram que, para obter o objetivo
traçado, faz-se indispensável também realizar um planejamento. Para os autores, é
certo que a habilidade de planejamento está ligada a outras habilidades como
memória de trabalho, atenção seletiva, flexibilidade, experiência temporal, entre
outras. Entretanto, uma vez que todas essas habilidades estejam conservadas, o
46
sujeito deve ser apto para entender as prováveis alternativas que fazem parte do
cumprimento do planejamento e, dessa forma, avaliar, ter preferências e unir ideias
sequenciais e hierárquicas que são fundamentais para o desenvolvimento do plano
de ação.
O planejamento é a ação que abrange o delineamento mental de tática para
se chegar a certos fins, isto é, sair de um início e alcançar um fim. Para isso, é
indispensável à formação de metas e finalidade, seleção de estratégias de ação –
indispensáveis para o conseguimento do objetivo como a antecipação de
acontecimentos e de suas implicações –, seleção das habilidades necessárias para
as ações programadas, coordenação dessas capacidades em uma ordem certa,
avaliação do efeito do processo (GOLDBERG, 2006; SOUZA; IGNÁCIO; CUNHA;
OLIVEIRA; MOLI, 2001).
Gazzaniga, Ivry e Mangun (2006) argumentam que três item são
fundamentais para a efetivação de um plano: reconhecer o objetivo, desenvolvendo
subobjetivos, adiantar acontecimentos e seus resultados e formar tática para
alcançar os subobjetivos. O bom funcionamento da habilidade de controle inibitório
pode colaborar na filtragem de informações irrelevantes, e falhas na evocação do
objetivo podem intervir no planejamento.
Outra função importante é a flexibilidade cognitiva que, segundo Gil (2002),
é uma capacidade de alternância de respostas que tende a adequar as escolhas às
contingências. Ao ter claro o objetivo, é necessário que haja adequações frequentes
das estratégias, para atingí-las. As ações para atingir determinado objetivo,
principalmente os objetivos mais complexos, determinam mudança de um
subobjetivo para outro de um modo coordenado (GAZZANIGA; IVRY; MANGUN,
2006).
O córtex pré-frontal como mostra na Figura 5, é a área responsável por essa
atividade e danos podem gerar o comprometimento de funções executivas,
procedendo numa constante conservação de comportamentos impróprios e pouco
eficazes (GIL, 2002). Desse modo, a incapacidade de flexibilização cognitiva pode
comprometer severamente a capacidade de desempenhar tarefas e resolver
problemas (ARAÚJO, 2004).
47
como uma deficiência de uma ou mais áreas responsáveis pela localização sonora,
discriminação sonora, reconhecimento auditivo, aspectos temporais da audição,
desempenho auditivo com sinais acústicos em competição e desempenho auditivo
em situações acústicas desfavoráveis (ASHA, 1996).
Alguns casos de sujeitos com perda auditiva e DPAC têm uma cobrança
maior do que o normal sobre os empregos centrais do sujeito, visto que a
informação auditiva já chega a desvantagem quantitativa, o que, em muitos casos,
não permite que os sujeitos possam resolver completamente a ambigüidade da
mensagem auditiva, gerando, também, uma desordem do processamento auditivo.
Nesses casos, a associação entre fatores periféricos e centrais faz crescer o desafio
para o sujeito (KATZ; TILLERY; MECCA, 1997).
É importante lembrar que uma DPAC não depende da idade ou inteligência
do sujeito e que a apresentação de retardo mental ou de outros comprometimentos
cognitivos não evita essa impossibilidade (KATZ; WILDE, 1999).
Pereira (1997) mencionou como sendo fatores de risco para a DPAC: perdas
auditivas nos primeiros anos de vida, consequentes de dano cocleares ou
retrococleares ou de modificação do elemento condutivo do sistema auditivo
(mesmo as de grau leve na primeira infância), modificações neurológicas e
genéticas, além de carência sensorial.
Assim como, diversos fatores podem estar também envolvidos com sua
etiologia como é o caso das causas genéticas, otites frequentes durante os primeiros
anos de vida, permanência em UTI-neonatal por mais de 48 horas (AZEVEDO,
1997). No caso do idoso, as causas de desordens seguem outra dimensão
relacionada a processos degenerativos.
Conforme Yellin (2004), a etiologia da DPAC não está sempre relacionada a
uma neuropatologia, mas pode ocorrer em casos de desordens neurológicas,
Alzheimer, traumatismo cerebral, tumor, epilepsia ou esclerose múltipla.
Em 1996, Pereira descreve determinadas manifestações da DPAC,
classificando-as em manifestações comportamentais e clínicas.
Em relação às manifestações comportamentais referidas por Pereira (1997),
podemos citar:
a) comportamento social: os sujeitos apresentam-se desatentos, agitados ou
extremamente quietos e com disposição ao isolamento;
53
encefálico. Os testes disponíveis são: teste de fusão binaural (binaural fusion test),
limiar diferencial de mascaramento (MLD - masking level difference).
As habilidades de ordenação, discriminação, resolução e integração
temporal fazem parte da avaliação do processamento auditivo temporal. Não há
testes exclusivos para a avaliação da integração e do mascaramento temporal, por
isso, Shinn (2007) indica a inclusão de ao menos dois testes de processamento
temporal na bateria de avaliação de PAC, sendo um de ordenação e outro de
resolução. Atualmente, estão disponíveis os testes: teste de padrão de frequência
(PPS – pitch pattern sequence test), teste de padrão de duração (DPS – duration
pattern sequence test), teste de fusão auditiva (AFT-R – auditory fusion test revised),
teste de detecção de intervalo de ruído (GIN – gap in noise test) e teste de resolução
temporal (RGDT – random gap detection test).
As tarefas de escuta dicóticas referem-se à apresentação de sinais sonoros
distintos em ambas as orelhas, ao mesmo tempo. O objetivo dessa categoria é
avaliar as habilidades auditivas de separação e integração binaural, fundamentadas
nos princípios de que ouvintes normais são capazes de compreender dois estímulos
ao mesmo tempo (integração binaural) e de ignorar um das mensagens e dirigir a
atenção para a outra (separação binaural). São tarefas que necessitam de atenção e
são usadas para estudar o nível de funcionamento e integridade dos lobos temporais
e do corpo caloso. São sensíveis a disfunções/lesões de conexões inter-
hemisféricas e intra-hemisféricas de hemisférios direito e esquerdo. Os testes
dicóticos mais utilizados são: escuta dicótica (DD, dichotic digits), dissílabos
alternados e sobrepostos (SSW, staggered spondaic words) que será utilizado nesse
estudo e será explicado no capítulo a seguir.
Ruth Rejtman e Isa Schneider e supervisionada pelo próprio autor do teste em 1986
(Borges, 1986). O teste foi criado com a finalidade de analisar a audição central em
sujeitos com lesões neurológicas. Começou ainda a ser usado com sucesso, a partir
dos anos 70, para analisar a função auditiva central em crianças com distúrbios do
desenvolvimento, seja da fala, da linguagem ou das habilidades escolares. O teste
foi adequado para o português por Borges, em 1986, e por Machado, em 2003,
utilizado vocábulos dissílabos. Foi um dos primeiros métodos usado nos Estados
Unidos e continua sendo um dos testes mais importante para analisar a audição
central, permitindo examinar a percepção auditiva como um processo do sistema
funcional auditivo.
Quando Borges (1986) adaptou o teste SSW para o português brasileiro, sob
supervisão de Katz, o autor do teste, obrigou-se a substituir as palavras espondaicas
raras em nossa língua. O primeiro processo para a adaptação para o português da
versão de Borges (1986) foi selecionar vocábulos que permitissem tornar o teste o
mais próximo do original em inglês. Assim, foi utilizada a montagem de palavras
dissílabas, sendo esta versão denominada teste de dissílabos alternados. A escolha
dessas palavras correspondeu ao princípio do teste de que as duas primeiras
palavras, assim como as duas últimas, mantêm relação do significado, sendo essa
relação também mantida entre a primeira e a quarta palavra (BORGES, 1997).
O teste SSW possui 40 itens, cada qual com dois pares de dissílabos, isto é,
quatro palavras em cada item, e um total de 160 palavras, apresentadas ao sujeito
avaliado por gravação, enviada através do audiômetro de dois canais. Vinte itens (os
de números ímpares) são apresentados começando pela orelha direita, enquanto
vinte itens (os números pares) são apresentados começando pela orelha esquerda.
O exemplo do primeiro item, no Quadro 2, a seguir, explica o teste na versão em
português.
A seguir, a sequência do teste, adaptado para o português por Borges
(1986):
60
A B C D E F G H
3 METODOLOGIA
3.2 DELINEAMENTO
Para a formação dos grupos, foi efetuada divulgação por meio eletrônico à
comunidade acadêmica, funcionários e professores desta instituição e através de
anuncio no jornal da cidade do Vale dos Sinos para a população externa.
Para compor a amostra, os sujeitos foram selecionados de acordo com os
seguintes critérios de elegibilidade:
que o sujeito deverá imitar (murmurar) os 3 sons ouvidos. O sujeito foi orientado a
repetir a seqüência, após ouvir os três sons, murmurando e/ou nomeando. Através
desse teste foi possível avaliar processamento temporal, atenção, discriminação e
memória imediata seqüencial. Foram testadas duas condições: a de imitação, no
hemisfério direito, e nomeação, no hemisfério esquerdo; o padrão de normalidade
considerado foii de 88% de acerto para cada orelha (Taborga-Lizarro, 1999);
Teste DPS (Anexo I): Este teste é similar ao teste PPS estando em
observação os padrões de duração e portanto, o sujeito recebe sons com durações
diferentes (ex.: curto/curto/longo, longo/curto/longo...), sendo o total de vinte
seqüências em cada orelha. O sujeito foi orientado a repetir a seqüência, após ouvir
os três sons, murmurando e/ou nomeando. O critério de normalidade foi de 67% de
acerto para cada orelha (Taborga-Lizarro, 1999). O Teste teve como objetivo avaliar
a habilidade de diferenciar e reproduzir sequências de tons, em diferentes
combinações de graves/agudos e curtos/longos;
Teste SSI (Anexo J): O sujeito recebeu uma cartela contendo 10 frases,
escritas em português brasileiro, com construção sintática incomum. O participante
foi norteado para que não prestasse atenção no estímulo competitivo (história), mas
que mantivesse atenção nas frases ouvidas e que estavam escritas em uma folha
que ficava sobre seus cuidados. O SSI foi apresentado na modalidade de
mensagem competitiva contralateral ( MCC) e ipsilateral (MCI), na intensidade de 40
dB acima do LRF do participante nas relações estímulo/competição de 0 dB, -40dB
(MCC) e 0dB, -10dB, -15dB (MCI). Esse teste permitiu analisar a habilidade de
fechamento auditivo, figura fundo associado à identificação visual e discriminação,
quando uma parte do sinal auditivo está distorcida ou ausente e/ou em presença de
estímulos auditivos competitivos dados em história;
Teste Dicótico de dígitos (Anexo L): Para realização do teste foi usada
lista de 20 pares de dígitos, sendo que quatro dígitos são apresentados
dicoticamente ao sujeito. Ele precisou repetir os 4 algarismos oralmente. Os
resultados obtidos foram registrados num protocolo padrão. Os resultados foram
analisados segundo critério de Pereira e Schochat (1997), sendo padrão de
normalidade 10% de erros.
E, por fim, foi aplicado o teste SSW (Anexo N). Para sua realização foi
utilizado o volume 2, faixa 6, do CD pertencente ao Manual de Avaliação do
Processamento Auditivo Central. A intensidade de apresentação dos estímulos foi
50 dB NS. O teste SSW é composto de 40 sequências de 4 palavras dissílabas,
apresentadas de forma competitiva e não competitiva. Os pacientes foram instruídos
a repetir a sequência de palavras ouvidas. As palavras foram apresentadas na
orelha direita e esquerda alternadamente com sobreposição parcial dos
estímulos/testes. O sujeito deveria ouvir as quatro palavras e repeti-las na ordem
ouvida. O teste avalia a habilidade de integração auditiva ou síntese binaural
(Borges, 1997). Esse teste consistiu junto como HHIE os testes principais deste
estudo e foi explicado mais detalhadamente no referencial bibliográfico.
que tinham fundamental completo e médio incompleto, com média de 26,2 acertos e
os participantes com ensino fundamental incompleto com média de 26,7 acertos
conforme demonstrado no gráfico abaixo. (Gráfico 2).
No teste PSI ou SSI, observamos maior dificuldade dos idosos em lidar com
as informações quando a mensagem a ser ouvida e a ser ignorada encontravam-se
78
Marota, Quintero e Marone (2002) usaram o teste SSW para analisar 100
sujeitos com idades de 19 anos a 59 anos, de ambos os sexos, distribuídos do
mesmo modo nos grupos controle e estudo, e encontraram diferenças significantes
nas condições de direito e esquerdo competitivos e disposição de respostas de
efeito auditivo, efeito de ordem e tipo A. Na checagem por número de erros, houve
diferenças significativas no estado de direito e esquerdo competitivos. Apesar da
diferença entre a idade de esta pesquisa e a citada acima, observa-se que o prejuízo
maior parece se manter nas situações onde a esquerda competitiva é acionada.
No gráfico abaixo, demonstra-se a diferença significativa encontrada no
comparativo entre EC e DC corroborando com as pesquisas citadas.
Gráfico 6: quando comparados com o valor médio de referência 90%. EC: (t = -3,123, p
= 0,006) Ou (t = -3,123, p < 0,05).
comumente nas clínicas para observação de melhoras nas queixas após adaptação
de prótese ou procedimento terapêutico.
Esta última sessão dará conta de discutir o objetivo geral lançando mão dos
dados já apresentados nos objetivos específicos anteriormente. O objetivo geral
consta de relacionar os resultados obtidos no teste SSW, de Dissílabos Alternados,
em sujeitos idosos com audição normal em relação aos resultados obtidos no
protocolo HHIE-S.
O que pudemos observar foi que os testes estatísticos não mostraram
correlação entre os resultados do SSW e os achados na aplicação do protocolo
HHIE.
Não conseguimos também estabelecer uma relação direta entre as queixas
e os resultados gerais dos testes de processamento auditivo. Diante disto,
poderíamos supor que as pessoas com testes de processamento auditivo, em
especial o SSW, alterados não teriam queixas auditivas importantes por utilizar
outras estratégias cognitivas para proceder ao entendimento da fala. Sabemos que
“ouvir” é uma tarefa cognitiva complexa e comunicar-se demanda não só ouvir. O
sujeito pode ouvir parcialmente e trabalhar, por exemplo, com pistas semânticas,
“leitura orofacial”, conhecimento prévio do contexto da conversa etc.
Talvez o fato de alguns sujeitos com poucas dificuldades observadas
apresentarem muitas queixas e alta percepção de sua dificuldade, esteja
relacionada à exigência pessoal de melhor desempenho, considerando aspectos
familiares e/ou sociais. Não é possível estabelecer afirmações categóricas sobre
isso, mas pesquisas devem ser feitas no sentido de compreender melhor as
questões relacionadas à como o sujeito lida coma comunicação independente das
dificuldades auditivas existirem ou não.
84
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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ZELAZO, D. P.; CRAIK, F. I. M.; BOOTH, L. Executive function across the life span.
Acta Psychologica, 115, 167-183, 2004.
APÊNDICES
101
Esta pesquisa tem como título “Analisar os resultados obtidos no teste SSW, de Dissílabos Alternados, em
sujeitos idosos com audição normal e a relação dos resultados obtidos no protocolo HHIE-S.” e será realizada pela
acadêmica Rita Sabrina Sulzbach, estagiária do Curso de Fonoaudiologia da Universidade Feevale, com orientação da
professora Mestre Fonoaudióloga Ana Lúcia P. A da Costa
Este estudo é de natureza básica, fundamentada na abordagem quantitativa e faz parte de um projeto de
conclusão do curso de Graduação em Fonoaudiologia da Feevale. Tem como objetivo verificar e analisar os resultados obtidos
no teste ssw, staggered spondaic word- teste de dissílabos alternados do testes, em sujeitos idosos com audição normal.
A participação neste estudo é voluntária, com liberdade de retirar o consentimento e deixar de participar do estudo
a qualquer momento, sem que isso traga prejuízos ao participante. O voluntário não terá nenhum tipo de despesa, bem como
nada será pago pela sua participação.
Para a realização do estudo será efetuada, primeiramente, uma entrevista com questionamentos referentes à
audição e histórico pessoal Em seguida será aplicado um teste rápido com perguntas e ordens simples para verificar
orientação, memória, atenção, linguagem e capacidade construtiva visual. Caso seja detectada alguma alteração será
encaminhado ao geriatra. Após, será realizada uma inspeção visual do canal do ouvido. Caso seja detectada alguma alteração
será encaminhado ao otorrinolaringologista. Posteriormente, o sujeito será conduzido até uma cabine audiológica onde serão
executados os exames de audiometria e testes de reconhecimento de fala seguindo de testes de processamento auditivo. As
avaliações serão realizadas na Clínica Escola de Fonoaudiologia da Universidade Feevale. Todas as avaliações são de fácil
aplicação e não causam dor, desconforto ou risco ao participante.
Após a conclusão dos exames, o voluntário receberá esclarecimentos a respeito dos resultados e cópia dos
exames. Caso apresente algum comprometimento, serão orientados a procurar avaliação médica.
Ao assinar este documento, o voluntário permitirá que a pesquisadora divulgue os resultados obtidos em seu
trabalho de conclusão de curso e, posteriormente, em eventos e artigos científicos, sempre preservando a identidade do
participante. Após o encerramento do estudo, os dados da pesquisa, protocolos e relatórios correspondentes serão arquivados
sob a guarda da pesquisadora por cinco anos após este prazo de cinco anos os dados serão destruídos.
Este termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Feevale.
Eu, Rita Sabrina Sulzbach e minha orientadora, Profª. Me. Fga. Ana Lúcia P. A da Costa estamos à disposição
para maiores esclarecimentos pelos telefones ((53) 32258467e (51) 96109914
Após estes esclarecimentos, solicitamos seu consentimento de forma livre para participar desta pesquisa. Portanto,
preencha, por favor, os itens que se seguem em duas vias: permanecendo uma delas com o participante e a outra com a
pesquisadora responsável.
Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, ___________________________de forma livre e esclarecida,
manifesto meu consentimento para participar desta pesquisa.
____________________________ ___________________________
Rita Sabrina Sulzbach Profª. Me. Fga. Ana Lúcia P. A da Costa
Acadêmica Pesquisadora Orientador, pesquisador responsável
103
APENDICE B - ANAMNESE
104
ANAMNESE
Data:___________
Nome:______________________________________________________________
Idade:________D/N:__/__/____ Nível de escolaridade:______________________
2. INÍCIO DA ALTERAÇÃO:
____________________________________________________________
3. OUVIDO MELHOR: OD ( ) OE ( )
HÁ QUANTO TEMPO?
7.ALTERAÇÕES OTOLÓGICAS:
OBS:
_________________________________________________________________________________
MEATOSCOTOSCOPIA OD OE
105
ANEXOS
106
DATA (escore)
Mini-Mental de Folstein (1975), adaptado por Brucki et al(2003)
Ano
Escrever uma frase completa “Escreva alguma frase que tenha começo, meio e
(01 ponto) fim”
Ler e executar ( 01 ponto) FECHE SEUS OLHOS
Copiar diagrama (01 ponto) Copiar dois pentágonos com interseção
PONTUAÇÃO FINAL (escore = 0 a 30 pontos)
108
Nome:____________________________________________ Gênero: ( )M ( )F
Data de Nascimento:____/____/_______ Idade:_____ Profissão:___________________
Data da Avaliação: ____/____/_______
Orelha Direita
dB 250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
Orelha Esquerda
dB 250 500 1000 2000 3000 4000 6000 8000
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
110
PÁ POSTE 96 PÉ PATO
TEM TOCA 92 TEM TELA
COR COLA 88 CAL CAMA
BOM BOTA 84 BAR BOLA
DAR CLASSE 80 DOM DATA
GÁS GOLA 76 GÁS GOTA
FIO CHUVA 72 FIZ FONTE
CHÁ CENTO 68 CHÁ CHEIO
SIM VENTO 64 SOL SANTO
VÃO ZONA 60 VOZ VALSA
ZÁS GELO 56 ZÁS ZEBRA
JÁ MATA 52 GIZ GEMA
MAL NINHO 48 NÃO MALA
NÃO MINHA 44 NÓ NARIZ
NHO MALHA 40 NHÁ MANHÃ
LER FAROL 36 LAR LAGO
LHE PRETO 32 LHA CALHA
RÉU GRAMA 28 RIR CARO
TRÊS BLOCO 24 BRIM CRAVO
GRAU CLASSE 20 GRÃO GRITO
TIA DRAMA 16 POR PLACA
CLA PLANO 12 PÃO VIDRO
DIA TRAVA 8 BEM BRANCO
PAU FITA 4 DOR BLUSA
TAL NUVEM 0 CÃO FLAUTA
116
ANEXO F - IMITANCIOMETRIA
117
IMITANCIOMETRIA
Nome:_________________________________________________________________
Data da Avaliação: ____/_____/________
Complacência Estática
2,5
Orelha
Direita
2 Pressão em
mm H2O
Volume
1,5
Equivalente
Ml Orelha
1 Esquerda
Pressão em
0,5
mm H2O
Volume
Equivalente
0
-400 -300 -200 -100 0 100 200
daPa
TIMPANOMETRIA
Pesquisa do Reflexo Estapédico
OD OE
FREQ LIM CON DIF IPSI FREQ LIM CON DIF IPSI
500 500
1000 1000
2000 2000
4000 4000
Conclusão:_________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
Observação:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
Estagiária de Fonoaudiologia Professor Supervisor
118
TESTE
0 2 5 10 15 20 25 30 40
500Hz ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 2 5 10 15 20 25 30 40
1000Hz ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 2 5 10 15 20 25 30 40
2000Hz ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
0 2 5 10 15 20 25 30 40
4000Hz ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Observação
120
Valores de
SoNo MLD Observações
Referência
= ou > que 9 dB s/r
Bin
aural
1. FFG GGF FFG FGG
2. FGG GGF FGF GGF
3. GFG FFG GGF FFG
4. GFF GFG FGG GFG
5. GFF GFF GGF GGF
6. GGF FGF FGG FGG
7. GGF FGF GFG FFG
8. FGF FGG FFG FFG
9. FFG FFG FGG GGF
10. GFF GFF GFF FFG
11. FGG GGF FGF GFG
12 GFG FGG GFG GFG
13. FFG FGG GFF FGF
14. FFG GFG FFG GFF
15. FGF FGF FGF GFG
16. GFG GFF GGF GFG
17. GFF GGF FGF FGF
18. GGF FGG GFF FGG
19.FGF FGG GGF GFF
20. GGF GFG FGF FGF
21. FGF FFG GGF FGG
22. GGF FGG FGF GGF
23. FFG GGF GFG FGG
24. FGF GFG FGG GFF
25. FFG GFG FFG FGF
26. FGF FGG GFF FFG
27. FGF FGG FGG GFF
28. GFG GFF GFF GGF
29. GFF GFF FFG GFF
30. FFG GFG GFG GFG
Condição Murmurando- Binaural OD -_______% OE ______%
Condição Nomeando- Binaural OD -_______% OE_______%
INVERSÔES – OD - _______% OE - ________%
126
ANEXO
DPS – TESTE DE RECONHECIMENTO DO PADRÃO DE DURAÇÃO
Nome:______________________________________________________________
Data da Avaliação: ____/_____/_______
Nome:__________________________________________________________
Data da Avaliação: ____/_____/________
MC
Orelha M dB Dif. SINAL Porcentagemual
Série dB 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Testada SPL MC RUÍDO de Acerto
SPL
1 OD MCC 0 1 2 5 3 4 7 8 9 10 6
2 OD MCC -40 3 7 9 6 5 8 10 1 2 4
3 OE MCC 0 2 10 3 6 7 5 1 8 9 4
4 OE MCC -40 2 1 6 10 3 9 8 5 7 4
5 OD MCI 0 7 4 1 10 6 5 8 2 9 3
6 OD MCI -10 10 2 3 8 7 1 9 6 4 5
7 OD MCI -15 7 4 3 9 1 8 10 6 2 5
8 OE MCI 0 1 2 9 4 8 10 6 5 3 7
9 OE MCI -10 3 5 4 8 1 6 9 7 10 2
10 OE MCI -15 3 7 9 6 5 8 10 1 2 4
Nome:_______________________________________________________
Data da Avaliação: ____/_____/________
O M T
Sorelha . C.M R otal de
1
1 2 3 4 5 6 7 8 9
série Testada dB NA dB Relação 0 acertos
NA NA (%)
O M
1 0 N
D CC
O M -
2
D CC 40
O M V
3 0
E CC IRA
O M -
4
E CC 40
O M O
5 0
D CI D
O M -
6
D CI 10
O M -
7
D CI 15
O M O
8 0
E CI E
O M -
9
E CI 10
1 O M -
0 E CI 15
132
Total de
DNC DC EC ENC
erros
1º OD A B C D
1º OE H G F E
Totais combinados
% De acertos nas
competitivas