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BENJAMIN
Apresentação:
Primeira parte:
Introdução sobre Walter Benjamin (Bruna)
Walter Benjamin nasceu em 1892, descrevendo a si mesmo como uma criança que
cresceu em uma família de classe média-alta, em Berlim. Desde cedo, investiu em seus estudos
na filosofia e se filiou ao Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt.
Na década de 1920 que ele se aprofundou no marxismo, e gerou reflexões que
misturavam essa filosofia com o judaísmo e o romantismo alemão. Contudo, suas ideias não
foram bem recepcionadas na época. Em 1928, sua tese de doutorado foi rejeitada pela
universidade.
Com a desilusão acadêmica, Benjamin ainda trabalhava como crítico e tradutor.
Entretanto, em 1933, o nazismo fez com que ele fosse perseguido, fugindo para França. Anos
depois, em 1940, o autor foi preso na fronteira do país com a Espanha, e sua opção foi o
suicídio.
Segunda parte: Introdução do Artigo
Algumas considerações sobre Técnica e Imagem em Walter Benjamin (Annelise)
O artigo disponibilizado para a leitura da autora Taisa Palhares, é baseado nas relações
propostas por Walter Benjamin em “A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica”,
o artigo tem a intenção de pontuar sobre os conceitos de técnica de Benjamin sobre sua
estética materialista, nessa apresentação vamos falar sobre esses conceitos que o autor trás e
que ele considera levar a “morte da pintura” devido o surgimento do cinema enquanto
imagem técnica.
(1 imagem: primeira fotografia registrada em 1816, através de uma folha de papel sensibilizada
quimicamente dentro de um local fechado)
(2 imagem: foto da primeira teleobjetiva do mundo: usada para fotografar objetos distantes)
O termo “Reprodução Figurativa” é abordado no artigo como atividade de imitar as obras de
arte, o autor enfatiza que por qualquer meio ou razão, seja a mão ou através de aparelhos, o
resultado é sempre cópias e imitações da obra original.
Então a fotografia foi um divisor de águas, pois com ela o processo de reprodução a mão é
substituída pelo olho, ou seja, antigamente o contato com uma obra de arte só seria possível
pessoalmente, se uma pessoa quisesse ver uma obra pintada a mão ela teria que ir ao local
onde estava sendo exposta, nos dias atuais pelas fotos, uma obra pode ser facilmente vista
através de um clique.
Então, em uma imagem produzida, sua reprodução ainda é vista no sentido de cópia
(Abbild), que com a nova técnica da fotografia isso pode ir além, se transformando em Bild,
onde a configuração ou figura gerada adquire posição central.
As obras originais nunca vão perder sua autenticidade, porém, as obras geradas de sua
reprodução também têm uma autenticidade própria, essa reprodução nos dá outras
perspectivas de visualizar uma obra.
Portanto, esse conceito gera dialética: Pode se prender ao paradigma de imitação-cópia que se
contenta a uma réplica fiel; ou pode ser uma reprodução inédita do visível.
Para o autor, a fotografia como imagem técnica reprodutível segue esses dois caminhos, mas
uma reprodução inédita do visível vem tomando mais forma a partir do século 20, a partir de
capacidades cada vez mais aprimoradas da própria técnica. (como por exemplo montagens,
edições de imagens, photoshop).
Taisa Palhares professora de estética e filosofia da arte da Unicamp fala em seu artigo que
para Benjamin a atividade de produção/construção é identificada também em outras
manifestações de vanguarda, como no cinema russo, na fotografia surrealista, nas
fotomontagens de John Heartfield, nas imagens de plantas de Blossfeld etc. Só essas imagens
construtivas ou construídas serviriam à tarefa de “experimentação e aprendizado” da arte, tal
como exigia o professor da Bauhaus.
Se insistimos na diferenciação entre Bild e Abbild, é porque acreditamos que não se deve
interpretar o conceito de técnica em Benjamin de forma essencialista, ou seja para ele a
técnica não tem um valor progressista em si. Ao contrário, seu significado não pode ser
separado de seu uso. A técnica traz potencialidades a serem exploradas. E é nesse sentido que,
na segunda versão do ensaio sobre a reprodutibilidade técnica da obra de arte, a inserção do
conceito de “segunda técnica” adquire um significado particular.
Portanto, não basta ao fotografo “reproduzir” uma cópia do mundo pelas suas relações já
conhecidas a olho nu, mas que “produza” pelo uso da técnica, novas e inesperadas relações.
Atget, Eugène. Magasin de vêtements pour hommes. Avenue des Gobelins, 1926.
Na primeira relação, o homem conserva uma distância apropriada a fim de produzir uma arte a
partir de uma perspectiva ou referência, com isso, a relação com a natureza permanece no
âmbito da magia e do inalcançável.
Na segunda, é como se o homem tivesse uma relação mais intima com a natureza e usa do
recorte de suas partes, que juntos apresentam uma imagem que assume uma visão aberta e
inacabada: envolve a construção entre o pintor e seu objeto, que sempre recomeça a fim do
aprimoramento, é importante acrescentar que essa experiencia só é possível devido a nova
percepção desencantada sobre a natureza adquirida com a modernidade.
Primeira e Segunda técnica: (Amanda)
Já vimos que a reprodução da imagem técnica passa do sentido de arte como imitação
fiel e real do mundo, para o conceito de “construção”, “montagem” ou “jogo”, como algo que
intervêm (altera) nesse real. O autor cita a mimese trazendo um sentido mais antigo da
capacidade do ser humano de produzir semelhanças.
Na criação da arte o autor cita dois polos que se ligam: Aparência (Schein) e jogo
(Spiel). A obra de arte traz essas noções em seu jogo: É no corpo e na interação que o artista
faz seu objeto.
Podemos analisar que a primeira técnica seria mais séria, e a segunda mais lúdica, no
meio delas se encontra a obra de arte, que liga diretamente as duas técnicas.
Com todos esses conceitos que apresentamos das ideias de Benjamin, e também
levando em consideração as apresentações passadas, a nossa problematização final é
pensar sobre como nós futuros professores podemos utilizar dos conceitos de Benjamin
no âmbito escolar?
Conhecer os conceitos do autor, nos leva a refletir melhor sobre todo o processo da
fotografia, que nos dias de hoje para nós é bem comum já que todos temos um aparelho
fotográfico em mãos: o celular.
Então saber fazer uso de imagens técnicas em sala de aula, assim como das
multimodalidades, é essencial e complementa de forma benéfica o ensino e aprendizado
dos alunos, já que a aula somente com textos pode se tornar algo muito maçante, então a
gente deve saber se beneficiar do uso com as imagens e as utilizar de maneira criativa, e
claro devemos também mostrar pro aluno que essa fácil reprodução de imagens não é
somente para o entretenimento, que também pode agregar para o seu conhecimento.