Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gramado – RS
1. INTRODUÇÃO
O
processo
de
implantação
do
curso
de
Design,
no
Brasil,
foi
longo.
As
primeiras
discussões
a
respeito
aconteceram
em
ambientes
vinculados
à
arte
e
à
arquitetura
e,
apesar
dos
esforços
e
estudos,
do
planejamento
e
da
organização
do
curso,
a
consolidação
não
foi
imediata.
O
ensino
do
Design,
em
nível
superior,
iniciou-‐
se
em
1962,
com
a
fundação
da
Escola
Superior
de
Desenho
Industrial
–
ESDI
(ESDI,
2013).
A
ESDI
foi
criada
em
um
cenário
bastante
conturbado.
O
Brasil,
em
1962,
tinha
uma
situação
política
muito
peculiar
e
instável,
entre
a
renúncia
de
Jânio
Quadros
e
a
complexa
posse
de
João
Goulart
Nos
anos
de
presidência
de
Juscelino
(1956
a
1961),
a
população,
devido
ao
acúmulo
de
capital
e
pelo
aumento
do
poder
aquisitivo
da
classe
média,
apresentava-‐se
disposta
a
consumir
(Moraes,
2008).
Diante
das
constantes
manifestações
da
esquerda
trabalhista,
em
busca
do
“progresso”
desejado
por
grande
parte
da
sociedade
brasileira,
João
Goulart
e
seu
partido
apostaram
no
Design.
Contudo,
de
acordo
com
Niemeyer,
neste
período
a
grande
parte
da
indústria
brasileira
nem
mesmo
sabia
o
que
era
Design,
embora
percebesse
a
importância
do
ensino
de
Design,
decorrente
da
falta
de
mão
de
obra
qualificada
para
suprir
a
demanda
de
projetos
de
produtos
e
de
comunicação
visual
advinda
do
crescimento
econômico
e
social
(NIEMEYER,
2000).
O
projeto
de
modernidade
e
de
desenvolvimento
industrial,
simbolizado
pela
construção
de
Brasília,
estava
em
evidência
e
uma
posição
contrária
poderia
ser
interpretada
como
retrógrada
ou
conservadora.
Seguindo
a
mesma
linha,
dentro
da
proposta
de
progresso,
o
Secretário
de
Educação
e
Cultura
do
Rio
de
Janeiro,
Flexa
Ribeiro,
com
a
assistência
do
Grupo
de
Trabalho
(GT)
e
apoio
do
governador
Carlos
Lacerda,
viabilizou
o
início
do
curso
de
Design
do
Estado.
Desde
a
fundação
da
ESDI,
o
curso
de
graduação
passou
por
uma
série
de
transformações
(Cardoso,
2008).
Desde
a
fundação
da
ESDI,
o
número
de
cursos
de
graduação
na
área
ampliou-‐
se
de
forma
significativa.
O
Design
Brasileiro
atingiu
um
nível
de
maturidade
que
necessita
de
um
aprofundamento
qualitativo,
visando
assegurar
sua
relevância
frente
aos
desafios
cada
vez
mais
complexos,
colocados
tanto
pela
sociedade
quanto
pelas
novas
tecnologias.
Neste
contexto,
a
ESDI
participa
deste
contínuo
enriquecimento
do
campo
de
ensino
e
de
atuação
profissional
no
país
(ESDI,
2013).
A
análise
comparativa
entre
alguns
movimentos
e
escolas
da
Europa
e
os
modelos
adotados
nos
primeiros
cursos
de
Design,
no
Brasil,
é
a
base
para
entender
o
panorama
do
Design
Brasileiro.
2. DESENVOLVIMENTO
No
início
do
século
XIX,
estava
em
curso
o
processo
crescente
de
desenvolvimento
da
indústria,
ao
mesmo
tempo
em
que,
iniciavam-‐se
os
primeiros
debates
e
movimentos
de
questionamento
do
novo
mundo
industrial
que
surgia.
O
primeiro
movimento
de
oposição,
o
Arts
and
Crafts,
surgiu
em
Londres
e
foi
idealizado
e
liderado
por
John
Ruskin
e
Willian
Morris
(Moraes,
2008;
Schneider,
2010).
O
Arts
and
Crafts
caracterizou-‐se
fundamentalmente
pela
proposição
de
divisão
da
arte
por
meio
de
duas
denominações
distintas,
a
arte
pura
e
a
arte
aplicada.
Na
mesma
época,
os
objetos
industrialmente
produzidos
eram
denominados
como
arte
decorativa
e
industrial.
Outro
questionamento
de
oposição,
feito
pelo
movimento,
era
o
modelo
de
atuação
da
indústria
e
dos
produtos
derivados
deste
sistema,
a
baixa
qualidade.
Sendo
assim,
pregavam
a
volta
do
sistema
artesanal,
como
forma
de
3
possibilidade
de
fazer
objetos
de
uso
com
qualidades
funcionais
e
estéticas,
destinados
às
massas
e
não
só
as
minorias
privilegiadas.
A
criação
da
ESDI
pode
ser
vista
como
decorrência
de
uma
série
de
fatores
políticos,
econômicos
e
sociais,
porém,
de
forma
simplificada,
está
diretamente
ligada
à
ideologia
nacional-‐desenvolvimentista
dos
anos
1950/60,
época
inserida
em
um
universo
de
crenças
modernistas
(Hatadani;
Andrade;
Silva,
2010).
Ao
ser
implantado,
o
curso
da
ESDI
tinha
quatro
anos
de
duração,
sendo
que
no
primeiro
ano
frequentava-‐se
ao
Curso
Fundamental,
e
nos
três
restantes
seriam
cursadas
as
disciplinas
específicas
da
habilitação
escolhida.
A
formação
do
seu
primeiro
corpo
docente
resultou,
em
grande
parte
de
indicações
vindas
de
Oberg,
Flexa
Ribeiro
e
Lacerda,
devido
a
vínculos
profissionais
ou
de
amizade.
Os
primeiros
professores
de
projeto,
Alexandre
Wollner
(1983),
Paul
Edgard
Decurtins
(1929)
e
Karl
Heinz
Bergmiller
(1928)
em
especial,
fizeram
com
que
prevalecesse
na
ESDI
a
estética
racionalista
trazida
da
Escola
de
Ulm,
que
se
caracterizava
pelo
predomínio
de
formas
geométricas
retilíneas
e
de
tons
acromáticos.
A
inflexibilidade
dos
modelos
formais
desses
professores
restringiu,
por
longo
tempo,
o
ensaio
de
novas
configurações
nos
projetos
dos
alunos.
Os
padrões
formais
implantados
por
esses
professores,
com
formação
estrangeira,
obstaram
a
expressão
da
estética
modernista
na
escola,
ao
contrário
do
que
se
deu
na
arquitetura
nos
anos
1930/40,
onde
a
influência
de
Lê
Corbusier,
não
impediu
que
profissionais
brasileiros
dessa
área
construíssem
uma
linguagem
formal
própria
(Hatadani;
Andrade;
Silva,
2010).
Na
área
do
Design
Gráfico
as
influências
mais
marcantes
ficaram
por
conta
dos
professores
Alexandre
Wollner,
que
desenvolvia
projetos,
sobretudo
de
identidade
corporativa
de
empresas
em
São
Paulo,
e
do
pernambucano
Aloísio
Magalhães,
pioneiro
do
Design
Gráfico
no
Rio
de
Janeiro.
Magalhães
elaborou
projetos
que
tiveram
ampla
repercussão
como
identidade
corporativa
da
Petrobrás
e
o
desenvolvimento
das
cédulas
do
cruzeiro
(Hatadani;
Andrade;
Silva,
2010;
Van
Camp,
2012).
Em
julho
de
2003
ano,
foi
lançado
o
livro
A
herança
do
Olhar
–
O
Design
de
Aloísio
Magalhães,
dos
professores
da
ESDI,
João
de
Souza
Leite
e
de
Felipe
Taborda,
tratando
da
vida
e
do
trabalho
de
Aloísio
Magalhães,
pioneiro
do
design
no
Brasil.
Em
agosto
do
mesmo
ano,
o
designer
paulista
Alexandre
Wollner,
lançou
na
ESDI
o
livro
Design
Visual
50
anos,
que
mostra,
década
a
década,
sua
produção
(Van
Camp,
2012).
Alguns
professores
da
ESDI,
como
Wollner,
Bergmiller
e
Magalhães,
que
são
considerados
responsáveis
por
definir
o
que
era
ser
designer
em
sua
época,
tinham
grande
influência
e
aproximação
com
os
alunos,
oferecer-‐lhes,
frequentemente,
estágios
em
seus
escritórios.
Esta
ligação
com
os
alunos
resultou
em
uma
característica
do
ensino
na
ESDI:
o
processo
de
endogenia
(Hatadani;
Andrade;
Silva,
2010).
Segundo
Niemeyer,
o
processo
de
endogenia
deu-‐se,
à
primeira
instância,
devido
ao
longo
período
de
direção
de
Carmem
Portinho,
a
qual
decidiu
cercar-‐se
ao
máximo
de
ex-‐alunos
que
se
ajustavam
com
a
sua
linha
de
gestão.
Este
procedimento
foi
determinante
para
a
fixação
de
padrões
bastante
tradicionais,
já
que
em
grande
parte
das
vezes
os
ex-‐alunos
repetiam,
enquanto
docentes,
as
práticas
e
procedimentos
aprendidos.
A
ação
do
governo
por
trás
da
ESDI
também
provocou
falhas,
como
o
favorecimento
desmedido
na
escolha
de
alguns
colegas,
principalmente
de
Flexa
Ribeiro,
para
a
formação
do
corpo
docente,
em
detrimento
de
pessoas
melhor
qualificadas,
o
que,
em
conjunto
com
o
processo
de
endogenia,
certamente
gerou
um
prejuízo
para
a
faculdade.
Outro
aspecto
a
ser
considerado,
é
o
fato
de
que,
7
durante
a
criação
da
ESDI
apropriou-‐se
indevidamente
do
currículo
da
Ulm,
que
não
se
adequava
à
realidade
do
setor
produtivo
brasileiro
(Niemeyer,
2000).
Pedro
Luiz
Pereira
de
Souza,
ao
examinar
a
trajetória
para
concretização
burocrática
da
ideia
de
criação
da
escola,
em
concordância
com
outros
autores,
também
menciona
a
coincidência
entre
uma
determinada
concepção
de
Design
e
os
anseios
políticos
do
então
governador
Carlos
Lacerda,
que
tinha
o
interesse
em
mostrar
a
face
moderna
de
sua
administração.
No
entanto,
com
relação
a
formulação
do
programa
didático
e
curricular
da
ESDI,
ressalta
a
especificidade
da
proposta
da
escola,
contestando
a
clássica
versão
de
que
o
programa
era
uma
cópia
da
Hochschule
fur
Gestaltung
de
Ulm.
Para
Souza,
as
influências,
são
resultantes
de
um
longo
processo
de
discussão
de
quase
oito
anos,
que
acabaram
por
estabelecer
uma
combinatória
saudável
de
princípios,
cujo
resultado
“não
seria
apenas
um
papel
carbono
do
currículo
da
HfG-‐Ulm”.
Neste
processo
foi
decisiva
a
presença
habilidosa
de
Aloisio
Magalhães,
que
não
estava
atrelado
com
a
racionalidade
formal
e
com
as
metodologias
sistemáticas.
Acrescenta
ainda,
que
o
fator
determinante
do
mal
crônico
da
ESDI,
não
é
“o
modelo
importado
da
HfG
desvinculado
da
realidade
brasileira”,
mas
sim,
uma
questão
política.
Embora
a
ESDI
tenha
sido
criada
pelo
favorecimento
do
poder
público,
estando
implícita
em
suas
origens
uma
ordem
econômica
e
social
que
lhe
fosse
favorável
e
que
parecia
objetivamente
viável,
as
circunstâncias
foram
adversas
e
os
primeiros
anos
da
escola
coincidiram
com
o
período
de
grande
turbulência
política
no
país.
Não
bastando,
a
partir
de
1969,
ocorreu,
o
que
Julio
Katinsky
descreveu
como
o
“avanço
sereno
das
multinacionais”,
época
em
que,
segundo
ele,
“a
importação
do
projeto
se
tornou
uma
insolente
realidade
cotidiana”
(Santos,
2009).
No
início
dos
anos
70,
a
ESDI
foi
a
primeira
escola
a
requerer
filiação
ao
ICSID
(International
Council
of
Societies
of
Industrial
Design).
Um
dos
objetivos
da
ESDI
é
de
preparar
profissionais
para
atuar
na
indústria,
e
por
isso
mantém,
além
de
um
excelente
leque
de
parcerias
com
empresas,
convênios
com
nove
universidades
(Fachochschule
Schwäbisch
Gmünd,
Hochschule
für
Gestaltung,
Hochschule
für
Gestaltung
Offenbach
am
Main,
Bergische
Universität
Wuppertal,
Hogelschool
Antwerpen,
Hoger
Instituut
voor
Integrale
Productontwikkeling,
Korean
Advanced
Institute
of
Science
and
Technologyid,
Ohio
State
University,
University
of
Art
and
Design
Helsinki,
École
des
Beaux-‐Arts
de
Saint-‐Étienne,
École
Nationale
Superieure
de
Creation
Industrielle
/
Les
Ateliers,
Institut
d'Arts
Visuels
d'Orléans,
TU
Delft,
Faculteit
Industrieel
Ontwerpen,
IADE
Instituto
de
Artes
Visuais,
Design
e
Marketing)
disseminadas
ao
redor
do
mundo,
com
as
quais
faz
um
intercâmbio
anual
de
alunos
e
professores.
Sobre
os
convênios,
a
instituição
reconhece
a
devida
importância
em
construir
um
diálogo
internacional
para
o
exercício
da
atividade
do
Design,
buscando
promover
uma
formação
mais
completa
para
os
seus
alunos
ao
mesmo
tempo
em
procura
o
aprimoramento
do
seu
corpo
docente
e
a
abertura
de
possibilidades
de
cooperações
em
projetos
e
pesquisas
(ESDI,
2013).
Os
projetos
de
pesquisa
e
extensão
da
ESDI
desenvolveram-‐se
muito
nos
últimos
anos,
e
apresentam
ações
bem
sucedidas
como
a
revista
Arcos
e
o
Motolab
Esdi
–
uma
parceria
realizada
com
a
Motorola,
que
construiu
e
equipou
um
laboratório
de
ponta
na
faculdade.
Outro
passo
importante
foi
o
estímulo
ao
empreendedorismo,
colocado
em
prática
desde
2007
por
meio
da
incubadora
de
empresas
de
Design
de
Produto
da
escola,
intitulada
“design.inc”
(ESDI,
2013).
As
atividades
voltadas
para
o
8
uma
massa
crítica,
que
possa
contribuir
com
a
definição
do
papel
do
designer,
ainda
em
formação
(Cardoso,
2008).
Desde
2000,
o
modelo
de
ensino,
está
sendo
rediscutido,
com
ações
de
aproximação
com
o
setor
produtivo
e
para
intensificar
as
experiências
de
intercâmbio.
Um
longo
percurso,
para
uma
ideia
que
se
mostrou
adequada
desde
sua
primeira
hora,
quando
se
planejava
o
desenvolvimento
e
a
autonomia
da
realidade
industrial
do
país
(ESDI,
2013).
3. CONCLUSÃO
A
ESDI
desempenhou
e
desempenha
o
papel
de
uma
espécie
de
modelo
para
o
ensino
de
Design
no
Brasil.
O
estatuto
profissional
do
designer
foi
traçado
a
partir
de
sua
implantação.
Surgiu
como
o
espaço
institucional
em
que
seria
produzida
a
identidade
nacional
dos
produtos
e
se
transformou
no
ponto
de
partida
para
muitas
escolas
de
Design
quando
muitos
de
seus
ex-‐alunos
se
tornaram
professores
e
disseminaram
seus
fundamentos.
“São
50
anos
de
contínua
participação
na
formação
do
Design
neste
país,
o
que
não
é
pouca
coisa!!!”
(Freddy
Van
Camp,
2012).
REFERÊNCIAS
CARDOSO,
Rafael.
Uma
introdução
à
história
do
design.
São
Paulo:
Blücher,
2008.
ESDI.
Escola
Superior
de
Desenho
Industrial.
Escola
Superior
de
Desenho
Industrial/
universidade
do
estado
do
Rio
de
Janeiro,
2013.
Disponível
na
internet
por
http
em:
<www.esdi.uerj.br/website>.
Acesso
em:
15
de
mar.
2013
GOMES,
R.
Z.
Ovo
–
O
Hibridismo
no
Design
Contemporâneo.
2009.
Dissertação
(mestrado)
-‐
Universidade
Estadual
Paulista
“Júlio
de
Mesquita
Filho”
–
Campus
Bauru,
Curso
de
Pós-‐Graduação
em
Design.
GULLAR,
Ferreira.
Etapas
da
arte
Contemporânea:
do
cubismo
à
arte
neoconcreta.
Rio
de
Janeiro:
Reva,
1998.
HATADANI,
P.
S.;
Andrade,
R.
R.;
Silva
J.
C.
P.
Um
estudo
de
caso
sobre
o
ensino
do
Design
no
Brasil:
A
Escola
Superior
de
Desenho
Industrial
(ESDI).
9º
Congresso
Brasileiro
de
Pesquisa
e
Desenvolvimento
em
Design,
2010.
Disponível
na
internet
por
http
em:
<blogs.anhembi.br/congressodesign/anais/artigos/69532.pdf>.
Acesso
em:
15
de
mar.
2013.
MORAES,
Dijon
de.
Limites
do
Design.
São
Paulo:
Studio
Nobel.
Paym
Gráfica
e
Editora,
1999.
NIEMEYER,
L.
Design
no
Brasil:
origens
e
instalação.
Rio
de
Janeiro,
2AB,
2000.
SANTOS,
M.
C.
L.
DOS.
ESDI-‐Biografia
de
uma
ideia.
Disponível
na
internet
por
http
em:
<http://resenhasbrasill.blogspot.com.br/2009/04/esdi-‐biografia-‐de-‐uma-‐
ideia.html>.
Acesso
em
27
marc.
2013.
SCHNEIDER,
B.
Design
–
uma
introdução:
o
design
no
contexto
social,
cultural
e
econômico.
São
Paulo,
Editora
Blücher,
2010.
10
VAN
CAMP,
F.
50
anos
de
Design
no
Brasil.
Disponível
na
internet
por
http
em:
<http://designqualidade.blogspot.com.br/2012/12/50-‐anos-‐de-‐design-‐no-‐brasil.html>.
Acesso
em:
27
de
marc.
2013
VENTURA,
Z.
Disponível
na
internet
por
http
em:
<http://www.esdi.uerj.br/novaesdi/p_plot3.shtml>.
Acesso
em:
18
marc.
2013