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Metodologia Científica

Fichamentos para
Podcast

Matheus Nonato de Almeida


13 de junho de 2023
Universidade do Estado de Minas - Escola de Design

Departamento de Metodologia Científica - Professora Moema David Oliveira

Matheus Nonato de Almeida

Fichamentos para roteirização do podcast.

Artigo 01:

Lona, M. T., & Barbosa, A. M. (2020). O ENSINO DE DESIGN NO BRASIL:


Formação das Escolas, Diretrizes Curriculares Nacionais e ENADE. DAT Journal,
5(2), 53–75. https://doi.org/10.29147/dat.v5i2.192

Ensino de Design no Brasil (RJ, MG e SP):

Marco inicial: Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), RJ, década de


50. As referências eram baseadas na metodologia das escolas alemãs (Max Boll e
Tomás Maldonado; escola de Ulm), mantendo equilíbrio entre ciências humanas e
conhecimento tecnológico.

Eram 4 especializações: fotografia, cinema e comunicação visual; rádio e


televisão; equipamentos de habitação; industrialização da construção. Funcionavam
junto de oficinas diversas (madeira, metal, gráfica, fotografia…). Permanece em
destaque acadêmico até hoje, pertencendo à UERJ.

Escola de Artes Plásticas da UEMG: artes plásticas, desenho industrial e


comunicação visual, decoração, licenciatura em desenho. A escola passou por
processos de fusão até se tornar a UEMG (ESAP + Universidade Mineira de Arte se
tornou Fundação Mineira de Arte em 1963; Fundação Mineira de Arte Aleijadinho em
1980; incorporação a UEMG em 1990, se tornando a Escola de Design).

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Formalização do ensino em design (bacharelado em desenho industrial) com
proposta de currículo mínimo elaborado em 1987 pelo conselho federal de
educação.

Em SP, se iniciou através da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.


O Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do MASP ensina em 1951 desenho
industrial. Diretrizes didáticas seriam utilizadas posteriormente na ESDI e na
FAU/USP.

“O curso do IAC estimulava a discussão sobre a relação design, arte,


artesanato e indústria, abrindo as portas para a aproximação do design com o setor
produtivo.”

“Nos anos 1950, havia o predomínio na atuação em desenho de produto, mas


o curso da FAU/USP, conforme citado anteriormente, abordava a Comunicação
Visual pois o desenho gráfico era visto como parte do processo projetual.”

Nas décadas de 70 e 80, o estímulo à exportação incentivou a expansão do


design, com a criação de departamentos na indústria. Surgem também as primeiras
tentativas de regulamentação da profissão.

A partir da década de 2000 surgem novas abordagens no ensino de design,


focadas em diversas especificações (design de moda, design de animação, design
digital, design de games).

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de Design

“Art. 3o O curso de graduação em Design deve ensejar, como perfil desejado


do formando, capacitação para a apropriação do pensamento reflexivo e da
sensibilidade artística, para que o designer seja apto a produzir projetos que
envolvam sistemas de informações visuais, artísticas, estéticas culturais e
tecnológicas, observados o ajustamento histórico, os traços culturais e de
desenvolvimento das comunidades bem como as características dos usuários e de
seu contexto socioeconômico e cultural.”

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A prática do ensino em design enfrenta barreiras na construção do
pensamento crítico. Tradição de erudição, distinções sociais, negligenciamento das
culturas identitárias nacionais (especialmente afrodiasporicas e indígenas) impedem
que o verdadeiro pensamento interdisciplinar e teórico-reflexivo seja alcançado.

Não há, para os cursos especializados, grades curriculares especificadas.


Deve-se obedecer as diretrizes gerais.

Conforme Art 4o da DCN, o estudante de design deverá ao fim do curso ter o


domínio de técnicas e processos de criação, mas também entender os processos
produtivos de seu setor de atuação. Deverá também saber realizar o gerenciamento
(financeiro, de qualidade e de produção) dos projetos, e entender os aspectos
econômicos e sócio-culturais que afetam empresas, interpretando fenômenos
mercadológicos e culturais.

O Art 5o da DCN reforça os conteúdos relacionados à gestão, e a


necessidade do estudante de design de saber lidar com a produção e o mercado.

Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE)

A função do ENADE é avaliar o desempenho dos estudantes em relação aos


conteúdos programáticos da DCN do curso, além do nível de aprofundamento
profissional e da atuação dos estudantes. Desde sua criação foram feitos 5 exames
de ENADE para cursos de design, não separados por área de concentração.

Analisando-se as provas, é possível verificar o apontado nas DCNs de Design


e relações com outras áreas de conhecimento. Muitas questões tratam sobre o
processo de gestão relacionado ao design.

(NOTA: Nesta parte do texto a autora traz algumas questões de ENADES


anteriores para exemplificar as habilidades exigidas em cada um em consonância
com a DCN de design. Das questões postas, a maioria tratou acerca de processos
gerenciais. Marketing, análise de caso concreto, gestão e liderança, e estratégias de
negócio também figuraram entre os temas.)

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Para calcular a nota do ENADE, são tiradas as médias dos estudantes nas
formações gerais e componentes específicos, em seguida é calculada uma média
ponderada entre estas. Então, usando-se a média brasileira e o desvio padrão, são
atribuídos conceitos aos cursos em notas de 1 a 5. Desta forma, as notas dos
cursos são relativas aos outros cursos das instituições que o oferecem no país.
(NOTA: Design geral || UERJ - 5, UFRJ - 3, UEMG - 4, UNESP - 5, UFMG - 4,
UTFPR - 5, UNB -5, USP - NA).

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Artigo 02:

Rangel, B. L., Almada, J. F. (2019). DESIGN COMO FERRAMENTA DE


CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO. Revista Tecnologia e Tendências, 10(1), 61.
https://doi.org/10.25112/rtt.v10i1.1507

Educação

A educação no Brasil teve um salto na década de 20, progredindo o número


de escolas e alunos anualmente. A criação do Ministério da Educação, e as
constituições auxiliaram a construção do paradigma da educação enquanto
necessidade da população brasileira. Com a nova constituição de 1988, garantiu-se
o direito à educação continuada dos 4 aos 17 anos no país.

Para a Unesco, existem 4 pilares para a educação globalizada: aprender a


aprender, aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver. Estes pilares
focam em além da passagem compulsória de conhecimento.

O papel do professor

O professor aprende a ensinar muito antes de ingressar na graduação. Ele


aprende a ensinar quando entra no processo educacional pela primeira vez. Muitos
professores no Brasil tiveram seu período escolar ainda na ditadura (o curso de
pedagogia foi regulamentado em 1969). Neste contexto, aprenderam o modelo
clássico de ensino, onde a exposição verbal e apelo à hierarquia são as principais
ferramentas.

Novos modelos de ensino foram propostos desde o século 19. Em geral


preconiza instigar o aluno ao pensamento crítico e ao desenvolvimento da
autonomia no processo, tornando os alunos atores ativos do processo
histórico-cultural da sociedade. Cabe ao professor se tornar facilitador do
conhecimento, e não mero replicador. Ele se torna mediador nos processos de
metodologias ativas em ensino.

Metodologias ativas

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Podem ser conceituadas como “processos interativos de conhecimento,
análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, com a finalidade de
encontrar soluções para um problema”.Há diversas vantagens em relação aos
métodos clássicos, pois o aluno retém mais conhecimento e por mais tempo, cria
uma capacidade crítica maior, e há uma maior satisfação com as aulas. A
problematização e a estratégia utilizada para o ensino-aprendizagem. Se ensina
com base em resolução de problemas ou com a criação de projetos.

A necessidade da reconfiguração dos currículos baseados em modelos


clássicos de ensino são uma barreira. Há iniciativas no país para criação de
escolas-espaço que proporcionem a mescla entre lazer e pesquisa. Estas iniciativas
costumam gerar maiores notas médias no Enem para os alunos.

Tecnologia

Há a necessidade da sociedade de ferramentas que auxiliem o processo de


ensino. Na realidade social brasileira, a escola é para vários alunos, a única fonte de
acesso das crianças a informações e recursos tecnológicos, colocando sobre a
escola uma nova função.

O letramento digital por vezes acontece antes mesmo do alfabeto escolar.


Isso se deve a forma como a vida cotidiana depende de recursos informáticos e
eletrônicos. As ferramentas digitais representam uma nova possibilidade na prática
pedagógica por permitir a abordagem de conteúdos de forma integrada, além de
proporcionar o estímulo à experiência.

O Professor e a Tecnologia

Evidenciada a necessidade de mudança no perfil do ensino e do perfil


metodológico do professor, este deve assumir novas tarefas, valendo-se do papel de
agente de mudança social. Muitos professores se incomodam com o uso da internet
pelos alunos durante o processo, mas devem neste processo vê-la como aliada.
Com a possibilidade do aluno conectado a internet ter acesso a conteúdos a
qualquer hora e lugar, o professor deve entender que a escola não é mais somente o

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lugar físico onde se localiza, mas sim um agente organizador dos espaços virtuais
para convergência dos conteúdos para geração de conhecimentos. E isso deve ser
realizado de forma ativa pelo aluno.

Design

O design recebe muitas definições, dentre elas a de atividade projetual. Com


a evolução da técnica, o design que originalmente foi pensado para projetos de
produtos, começa a ganhar outras abordagens, sempre pensando a relação do
homem com a técnica disponível.

No design tradicional, são propostos métodos de desenvolvimento de


projetos, com etapas que se assemelham entre si, como a inspiração (identificação
do problema), idealização (geração e validação de alternativas) e implementação
(finalização do projeto e lançamento no mercado). Outra abordagem mencionada é o
design emocional, que visa estimular emoções nos usuários através da experiência
com o produto, de forma intencional. O design emocional é considerado uma
abordagem holística das necessidades e desejos do usuário, buscando o êxito do
projeto através do foco na emoção.

O design estratégico também é uma abordagem relevante, que visa elaborar


estratégias internas e externas de uma organização, promovendo a articulação entre
elas. Essa abordagem busca mediar a produção e o consumo, mantendo-os
conectados, e tem como foco os níveis estratégicos de atuação nas organizações. O
design instrucional, que surgiu a partir da ciência da instrução e inicialmente estava
relacionado à produção de materiais didáticos. No entanto, o design instrucional tem
ganhado espaço em ambientes apoiados por tecnologias de informação e
comunicação, ampliando suas aplicações.

As aplicações do design na educação

O surgimento do Design Instrucional é uma resposta à necessidade de


treinamento militar durante a Segunda Guerra Mundial. Após o término desta guerra,

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passou a ser aplicado nas organizações. A autora traz algumas iniciativas onde o
design instrucional foi aplicado e seus resultados em uma revisão teórica.

Desenvolvimento

Foi proposta uma pesquisa dividida em etapas para a aplicação de


metodologia de design instrucional no contexto educacional.

"[...] Foi utilizada a metodologia projetual proposta por Kumar (2012)[...]. Esse
método é composto por sete etapas (intenção, contexto, conhecer as pessoas,
estruturar percepções, explorar conceitos, estruturar soluções e realizar ofertas)[...]."

"Essa metodologia se caracteriza como um processo iterativo, composto por


etapas que podem ser retrabalhadas tantas vezes quantas forem necessárias, ainda
sem a necessidade de um início em ordem específica."

Conhecer pessoas

Esta etapa foi subdividida entre os atores do processo educacional. Se


qualificou os alunos e os professores. São apresentadas análises qualitativas sobre
estes atores nos contextos de uma escola analisada. Foram usadas entrevistas
estruturadas para as pesquisas com os alunos, e com professores destes mesmos
alunos.

Análises

Foram escolhidas as ferramentas dentro da metodologia proposta para


entender os alunos e professores. Foram reunidas as informações após
cruzamentos de dados semelhantes, gerando também insights (propostas) para
melhoria das aulas dadas.

"Insights alunos: 1. Os alunos não se interessam mais pela aula apenas expositiva; 2. O
celular e as tecnologias fazem parte da rotina dos alunos, se faz necessário tê-los mais
presentes no ambiente escolar. 3. Querem estar fazendo as atividades pelo fato de gostarem

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delas e verem nelas algo que desperte a curiosidade delas. 4. Ser formado é o sonho de
todos os alunos, é algo que a sociedade já impõe para que eles tenham um futuro bom. 5.
Tornar matemática e português mais atrativos."

"Insights professores: 1. Os alunos adiantados precisam estar ocupados e já ter uma nova
atividade, para que a professora possa dar atenção aos alunos com mais dificuldades; 2. A
tecnologia deve estar inserida na sala de aula, os alunos já vivem a tecnologia; 3. É
necessário ter cursos e palestras que gerem informação constante para os professores; 4. Ter
uma ferramenta ou metodologia que desperte o interesse do aluno e o cative na sala de aula;
5. Tornar essa elaboração da aula mais cooperativa, com informações e conteúdos
armazenados de maneira que facilite o acesso."

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Artigo 03:

Nani da Fonseca, A., & Barbosa, A. M. (2020). COLONIZAÇÃO E ENSINO DO


DESIGN. DAT Journal, 5(1), 220–243. https://doi.org/10.29147/dat.v5i1.181

Ensino do Design

"Cabe destacar que não é o intuito da pesquisa realizar uma retrospectiva


histórica do ensino do Design, citamos alguns dados históricos apenas para [...]
chegar ao recorte do artigo que objetiva demonstrar como ele ainda permanece
colonizado".

O ensino na ESDI foi fundamentado no contexto sócio-político da ditadura


militar brasileira, que impunha o conteúdo tecnicista acima dos demais, além da
orientação à escola de Ulm. Portanto, o ensino de design no país começa com uma
tradição racionalista, pragmática, encurtando iniciativas relacionadas à arte. O
instituto de artes da UNB apresenta um projeto inovador para a época, relacionado a
experimentação artística. Este é pouco estudado devido a intervenção militar no
instituto. Pode-se então inferir que o estudo de design mais próximo da engenharia
sobressaiu no país devido ao contexto.

As iniciativas de ensino libertador em artes auxiliaram a abertura de novas


perspectivas para o ensino de design. Principalmente após a expansão do ensino
superior durante o governo Lula (2002-10), novas metodologias e propostas de
cursos foram aprovadas e postas em prática, aproximando o design de perspectivas
artísticas. Uma destas propostas, a do Bacharelado Interdisciplinar em Design e
Artes, foi mal recebida devido ao histórico tecnicista do design no país.

Colonização e Colonização das Subjetividades

Os estudos decoloniais desempenharam um papel crucial na conscientização


dos efeitos perversos da colonização, contribuindo para uma revisão na forma de
ensinar a história. Ao destacar a magnitude do genocídio, da escravidão e dos
saques decorrentes da colonização, essas abordagens têm promovido uma

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mudança de paradigma, evidenciando que a colonização ainda influencia as
subjetividades e a percepcao das nações colonizadas. A inclusão da perspectiva
decolonial em todas as disciplinas têm permitido abordar as experiências dos povos
considerados minoritários em relação à dominação eurocêntrica, masculina, branca,
patriarcal, heterocisnormativa, machista e sexista.

Ana Mae Barbosa apontou para o impacto da colonização na imposição da


estética do colonizador sobre o Brasil. Ela destaca que o trabalho dos jesuítas e da
Missão Artística Francesa contribuiu para desvalorizar a produção cultural dos povos
originários e africanos, impondo uma visão estereotipada e exótica sobre suas
obras.

Essa interpretação distorcida era influenciada pelo preconceito colonizador, e


segundo a autora, pelo "narcisismo europeu", que impediam uma leitura adequada
das obras dentro de suas próprias línguas e culturas. Além disso, a falta de materiais
disponíveis, como metais e pedras preciosas nas obras contribuía para a
desvalorização, levando a uma apreciação superficial baseada apenas na raridade
dos objetos. As restrições impostas à produção na colônia, representadas pela
expressão "ppp - pão, pau e pano", obrigavam os habitantes a importarem quase
tudo da Europa, visando maximizar os lucros e manter o poder.

Nesse contexto, a Academia Imperial de Belas Artes entra em cena, não com
o objetivo de promover a cultura local, mas de perpetuar o domínio estético e
ensinar os artistas a produzirem de acordo com os padrões do poder. Além dos
cursos de formação de artistas, seguindo o cânone colonial, também havia cursos
de apreciação para domesticar o gosto da população. Barbosa aponta que as
poucas tentativas de independência estética, como o estilo Barroco reinterpretado
pelos artistas brasileiros, inclusive os escravizados, foram castradas pela Escola
Nacional de Belas Artes, que impôs o estilo neoclássico, mantendo a obediência e
subserviência ao novo estilo europeu.

A mudança epistemológica promovida pelos estudos decoloniais é


apresentada como um complemento para a teoria foucaultiana, permitindo uma

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compreensão mais abrangente das estratégias de manutenção da hegemonia pelos
detentores do poder.

Nora Merlin acrescenta outra perspectiva, destacando a colonização das


subjetividades como o estigma mais profundo da colonização. A autora argumenta
que, embora a colonização tenha oficialmente terminado, ela continua presente de
forma inconsciente, levando à obediência inconsciente nas nações colonizadas.
Essa obediência é resultado de uma manipulação psicopolítica invisível que se
intensifica através dos meios de comunicação e da cultura de massas. Este
fenômeno impõe valores e modelos normativos de identidade. Isso resulta em um
totalitarismo comunicacional e semiótico que coloniza as subjetividades.

A autora ainda ressalta que o poder neoliberal enfraquece as democracias ao


despolitizar o social por meio da obediência inconsciente. As democracias
neoliberais não cumprem mais o papel de regular e limitar o poder. Isso resulta no
retorno de um novo absolutismo, onde as corporações exercem o poder. Diferente
do absolutismo, o poder na modernidade é exercido por pessoas comuns
temporariamente, sem uma chancela divina. A cultura de massa do neoliberalismo é
um sistema fechado que produz uniformidade, promovendo um totalitarismo político.
Isso leva as pessoas a permanecerem alienadas e submetidas à escravidão
pós-moderna das grandes corporações e sistemas de comunicação. Essa
obediência inconsciente e subjetividade colonizada faz com que as pessoas não se
importem com as consequências negativas do neoliberalismo.

Colonização das Subjetividades e Ensino do Design

"Sendo assim, a colonização das subjetividades impede a produção de um


design autoral, repercutindo na formação profissional que ainda permanece
colonizada, abrindo espaço para a consolidação da institucionalização da lógica de
livre mercado da e na educação".

O neoliberalismo, influenciado pelo Banco Mundial, tem diminuído a qualidade


do ensino no geral, principalmente devido às privatizações e à mercantilização do

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ensino. Isso reforça a desigualdade social em vez de atenuá-la, reforçando
paradigmas coloniais.

A privatização do ensino, através de parcerias público-privadas, transformou a


educação em uma mercadoria vendida, distorcendo seu propósito como um direito
do cidadão. Essa abordagem visa facilitar o comércio e reduzir o papel do Estado na
promoção da educação. Argumentos como ampliação de oportunidades e eficiência
são usados para justificar essa transformação, resultando em uma educação
altamente lucrativa. Diversos grupos, incluindo internacionais, religiosos e políticos,
estão envolvidos nesse processo de empréstimos públicos para financiar seus
investimentos e oferecer uma educação barata e colonizada, alegando evitar a
suposta doutrinação marxista nas universidades públicas.

"Cabe salientar que se entende o Design no campo expandido da Arte, sendo


assim, ele é afetado pelo contexto político que ocorre na cultura e na educação"

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