O documento discute diferentes tipos de ligações estruturais em madeira, incluindo colagem, pregos, grampos, parafusos e entalhes. Explica como cada tipo de ligação transmite cargas e fornece fórmulas para dimensionar as ligações considerando fatores como espessura da madeira e diâmetro de pregos. O documento também fornece exemplos práticos de como dimensionar ligações para aplicações específicas.
O documento discute diferentes tipos de ligações estruturais em madeira, incluindo colagem, pregos, grampos, parafusos e entalhes. Explica como cada tipo de ligação transmite cargas e fornece fórmulas para dimensionar as ligações considerando fatores como espessura da madeira e diâmetro de pregos. O documento também fornece exemplos práticos de como dimensionar ligações para aplicações específicas.
O documento discute diferentes tipos de ligações estruturais em madeira, incluindo colagem, pregos, grampos, parafusos e entalhes. Explica como cada tipo de ligação transmite cargas e fornece fórmulas para dimensionar as ligações considerando fatores como espessura da madeira e diâmetro de pregos. O documento também fornece exemplos práticos de como dimensionar ligações para aplicações específicas.
Ligações As peças de madeira bruta têm o comprimento limitado pelo tamanho das árvores, meios de transporte etc. As peças de madeira serrada são fabricadas em comprimentos ainda mais limitados, 4 a 5 metros.
Para confeccionar as estruturas, as peças são ligadas entre si,
utilizando-se diversos dispositivos. Os principais tipos de ligações empregados são: colagem, prego, grampos, braçadeira, pinos, parafusos, conectores metálicos, tarugos e entalhes.
Os grampos e as braçadeiras são utilizados apenas como
elementos auxiliares de montagem, não sendo considerados elemento de ligação estrutural. Ligações Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
As ligações executadas com pregos, parafusos ou pinos
metálicos se comportam de maneira semelhante, por isso estão englobadas na categoria pinos metálicos.
A figura mostra uma ligação em corte duplo típica. A
transmissão da força F se dá por apoio do pino nas peças de madeira. O pino fica sujeito a uma carga distribuída transversal ao seu eixo e, portanto à flexão simples. Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
A resistência à compressão da madeira localizada em ligações
com pinos é denominada resistência ao embutimento e deve ser determinada, segundo a NBR 7190, através de ensaio padronizado.
A resistência ao embutimento, seja paralelo às fibras (fe) seja
normal as fibras (fen) é definida como a tensão de compressão localizada referida à força que causa deformação residual igual a 0,2%. Trata-se portanto de uma condição de deformabilidade. Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
De acordo com a NBR 7190, na ausência de determinação
experimental específica permite-se avaliar a resistência ao embutimento com as seguintes expressões: Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
A resistência das ligações por pinos é determinada por dois
mecanismos.
Mecanismo 1 – Esmagamento local da madeira:
Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
Mecanismo 2 – Flexão do pino:
Ligações Ligações axiais por corte com pinos metálicos
De acordo com a NBR 7190, no caso de pinos em corte duplo
somam-se as resistências referentes a cada uma das seções de corte, considerando t como o menor valor entre a espessura t1 d peça lateral e a metade da espessura da peça central t2/2. Ligações Ligações por pregos
Os pregos são fabricados com arame de aço-doce, em grande
variedade de tamanhos. As bitolas comerciais antigas, ainda utilizadas no Brasil, descrevem os pregos por dois números: o primeiro apresenta o diâmetro em fieira (diâmetro do arame que originou o prego); o segundo mede o comprimento.
(diâmetro x comprimento) Ligações Ligações por pregos
Com a penetração do prego na madeira as fibras se afastam,
podendo ocorrer o fendilhamento da madeira. Para evitar o fendilhamento, as normas de projeto prescrevem regras construtivas envolvendo dimensões e espaçamentos entre pregos. A pré-furação da madeira é um recurso para evitar o fendilhamento da mesma. A NBR 7190 obriga, para estruturas definitivas, a execução de pré-furação em ligações pregadas, com diâmetro d0, sendo d0 não menor que o diâmetro def.
A resistência ao corte dos pregos é dada pela equação vista
anteriormente. Ligações Ligações por pregos
Os espaçamentos e distâncias mínimas para pregos, segundo a
NBR 7190 são mostradas abaixo: Ligações Ligações por parafusos de porca e arruela
Os parafusos são instalados em furos ajustados, de modo a não
ultrapassar uma pequena folga (da ordem de 1 mm). Após a colocação dos parafusos, as porcas são apertadas, comprimindo fortemente a madeira na direção transversal, sendo o esforço transferido à madeira com auxílio de arruelas. A tensão característica de escoamento do aço, fyk, deve ser no mínimo igual a 240 MPa. Parafusos de aço A307 podem ser utilizados em estruturas de madeira. Ligações Ligações por parafusos de porca e arruela
A NBR 7190 especifica os espaçamentos mínimos.
Ligações Ligações por entalhes
Os entalhes são ligações em que a transmissão do esforço é
feita por apoio nas interfaces. Na figura abaixo, vê-se uma ligação entre duas peças de uma treliça de cobertura, na qual o esforço inclinado de compressão se transmite em duas faces do entalhe. Ligações Ligações por entalhes
A escora inclinada da figura abaixo apresenta o mesmo tipo de
ligação. Os entalhes devem ser executados com grande precisão, a fim de que as faces transmissoras de esforços fiquem em contato antes do carregamento. Havendo folgas, a ligação se deformará até as faces se apoiarem definitivamente. As ligações por entalhe são mantidas na posição por meio de parafusos ou talas pregadas que não são levados em consideração no cálculo da resistência. Ligações Ligações por entalhes
Na figura a seguir vê-se uma ligação por dente simples, na qual
a face frontal de apoio é cortada em esquadro com o eixo da diagonal. Nessa ligação, verifica-se a tensão normal de compressão na face frontal nn´ e a tensão de cisalhamento na face horizontal de comprimento a e largura b. Ligações Ligações por entalhes
A profundidade necessária do dente é:
O comprimento a necessário para transmitir a componente
horizontal do esforço N à peça inferior é dada por: Ligações Aplicação n° 1 Dimensionar a emenda pregada de peças tracionadas da madeira louro-preto de 2ª categoria utilizadas em uma estrutura sujeita a uma combinação de cargas de longa duração em classe de umidade 2. O esforço de tração de projeto é igual a 5 kN. Ligações Aplicação n° 2 O pórtico ilustrado na figura está sujeito a carregamento permanente G e de vento V de tal maneira que os esforços axiais nas duas peças inclinadas (mão-francesa) são: NG = 6,0 kN e NV = -9,0 kN (tração). Dimensionar a ligação pregada, segundo a NBR 7190, para o esforço axial de projeto com os seguintes dados: madeira maçaranduba de 2ª categoria, carga de longa duração, classe 2 de umidade e prego 20 x 33 (fyd = 600 MPa, d = 4,4 mm, L = 76 mm). Ligações Aplicação n° 2 Ligações Aplicação n° 3 Dimensionar a emenda das peças de pinho-do-paraná de 1ª categoria, sujeita ao esforço de tração de projeto de 40 kN, com chapas de aço A36 e parafusos A307 de 9,5 mm de diâmetro (fyk = 310 MPa). Condições de projeto: carga de longa duração e classe 2 de umidade. Ligações Aplicação n° 4 Dimensionar a emenda por dente simples, como é indicado na figura abaixo, sendo um eucalipto citriodora, de segunda categoria, carregamento permanente, 70% de umidade relativa do ar. Obrigado!