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Jonato Prestes
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Strength training with blood flow restriction in chronic kidney disease patients View project
Efeito do treinamento de força sobre a eficácia da vacina H1N1 em mulheres idosas obesas: influência da respon View project
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INTRODUÇÃO metabolismo em repouso e para o exercício pro- INTRODUÇÃO metabolismo em repouso e para o exercício pro-
longado de intensidade leve ou moderada. Esses longado de intensidade leve ou moderada. Esses
produção de ATP (adenosina trifosfato) dá- AGs, armazenados na forma de TAGs no tecido produção de ATP (adenosina trifosfato) dá- AGs, armazenados na forma de TAGs no tecido
50 SAÚDE REV., Piracicaba, 8(18): 49-54, 2006 50 SAÚDE REV., Piracicaba, 8(18): 49-54, 2006
saude18bknovo.book Page 51 Tuesday, September 19, 2006 11:05 AM saude18bknovo.book Page 51 Tuesday, September 19, 2006 11:05 AM
Os AGs no plasma são de natureza hidrofóbica cícios de baixa intensidade, a proporção de lipídios Os AGs no plasma são de natureza hidrofóbica cícios de baixa intensidade, a proporção de lipídios
e encontram-se particularmente nos quilomícrons no mix de combustíveis oxidados é maior do que e encontram-se particularmente nos quilomícrons no mix de combustíveis oxidados é maior do que
e nas lipoproteínas de muito baixa densidade (VL- nos de alta intensidade.10 Exercícios prolongados e nas lipoproteínas de muito baixa densidade (VL- nos de alta intensidade.10 Exercícios prolongados
DL). Eles são hidrolisados sobretudo pela enzima de intensidade moderada mostraram que os resul- DL). Eles são hidrolisados sobretudo pela enzima de intensidade moderada mostraram que os resul-
LPL fora da célula e podem ser absorvidos pelo te- tados são tempo-dependentes, aumentando a oxi- LPL fora da célula e podem ser absorvidos pelo te- tados são tempo-dependentes, aumentando a oxi-
cido adiposo. Entretanto, para serem liberados na dação de lipídios e diminuindo a oxidação de CHO, cido adiposo. Entretanto, para serem liberados na dação de lipídios e diminuindo a oxidação de CHO,
circulação sanguínea, precisam estar ligados à al- como proposto por Randle, em 1963.3 circulação sanguínea, precisam estar ligados à al- como proposto por Randle, em 1963.3
bumina no plasma, em razão de sua natureza in- Em exercícios de resistência ocorre acentuada bumina no plasma, em razão de sua natureza in- Em exercícios de resistência ocorre acentuada
solúvel, para evitar a formação de micelas, as melhora de fatores que modulam o fluxo e a ca- solúvel, para evitar a formação de micelas, as melhora de fatores que modulam o fluxo e a ca-
quais são capazes de agir como detergentes, cau- pacidade oxidativa dos músculos esqueléticos: ca- quais são capazes de agir como detergentes, cau- pacidade oxidativa dos músculos esqueléticos: ca-
sando danos celulares.2 pilarização, lipólise dos TAGs no tecido adiposo e sando danos celulares.2 pilarização, lipólise dos TAGs no tecido adiposo e
Após transportados pela corrente sanguínea, circulante, transporte dos AGs do sangue ao sar- Após transportados pela corrente sanguínea, circulante, transporte dos AGs do sangue ao sar-
são oxidados em diferentes tecidos do organismo, coplasma, disponibilidade e taxa de hidrólise dos são oxidados em diferentes tecidos do organismo, coplasma, disponibilidade e taxa de hidrólise dos
como o fígado, os rins, o tecido adiposo marrom, TGIMs, transporte dos AGs pela membrana mito- como o fígado, os rins, o tecido adiposo marrom, TGIMs, transporte dos AGs pela membrana mito-
o coração e, especialmente, o músculo esqueléti- condrial, ativação das enzimas da cadeia oxidati- o coração e, especialmente, o músculo esqueléti- condrial, ativação das enzimas da cadeia oxidati-
co. Ao contrário do que se acreditava até poucos va e adaptações hormonais, especialmente da co. Ao contrário do que se acreditava até poucos va e adaptações hormonais, especialmente da
anos atrás, os AGs não entram na célula por difu- insulina e das catecolaminas.11 anos atrás, os AGs não entram na célula por difu- insulina e das catecolaminas.11
são simples, e sim pelas proteínas ligantes na são simples, e sim pelas proteínas ligantes na
Há aumento da oxidação de AGs durante o Há aumento da oxidação de AGs durante o
membrana celular.6 membrana celular.6
treinamento de endurance em exercícios submáxi- treinamento de endurance em exercícios submáxi-
No citossol eles precisam ser transportados mos. Nos primeiros 90 minutos, a lipólise é apro- No citossol eles precisam ser transportados mos. Nos primeiros 90 minutos, a lipólise é apro-
para dentro das mitocôndrias, a fim de que a oxi- ximadamente duas vezes maior que a oxidação para dentro das mitocôndrias, a fim de que a oxi- ximadamente duas vezes maior que a oxidação
dação se realize, recebendo para isso uma coenzi- dação se realize, recebendo para isso uma coenzi-
dos AGs. No entanto, a entrada desses ácidos no dos AGs. No entanto, a entrada desses ácidos no
ma A (CoA) e transformando-se em acil- CoA. Este ma A (CoA) e transformando-se em acil- CoA. Este
plasma é similar à taxa de oxidação deles, no mes- plasma é similar à taxa de oxidação deles, no mes-
é transportado por meio das membranas mito- é transportado por meio das membranas mito-
mo período.11 Após aproximadamente duas horas mo período.11 Após aproximadamente duas horas
condriais pelas enzimas carnitina acil transferase I condriais pelas enzimas carnitina acil transferase I
de exercício, a sua concentração no plasma come- de exercício, a sua concentração no plasma come-
e II (CAT I e CAT II). Essas enzimas de ligação são e II (CAT I e CAT II). Essas enzimas de ligação são
ça a aumentar mais do que a taxa de AGs oxidados, ça a aumentar mais do que a taxa de AGs oxidados,
conhecidas também por carnitina palmitoil trans- conhecidas também por carnitina palmitoil trans-
sugerindo que estes são capazes de suprir as neces- sugerindo que estes são capazes de suprir as neces-
ferase I e II (CPT I e CPT II) – por conta de o ácido ferase I e II (CPT I e CPT II) – por conta de o ácido
sidades decorrentes da ativação muscular.12 sidades decorrentes da ativação muscular.12
palmítico ser o principal AG metabolizado no palmítico ser o principal AG metabolizado no
músculo esquelético – e se localizam nas membra- Atletas de endurance têm maior quantidade músculo esquelético – e se localizam nas membra- Atletas de endurance têm maior quantidade
nas externa e interna da mitocôndria, respectiva- de sangue circulante no tecido adiposo, em res- nas externa e interna da mitocôndria, respectiva- de sangue circulante no tecido adiposo, em res-
mente. Ainda uma outra enzima, denominada posta à infusão de adrenalina, do que sedentários. mente. Ainda uma outra enzima, denominada posta à infusão de adrenalina, do que sedentários.
carnitina acilcarnitina translocase, atua entre a Durante o exercício, há maior possibilidade de li- carnitina acilcarnitina translocase, atua entre a Durante o exercício, há maior possibilidade de li-
2
CPT I e a CPT II. A ação da enzima CPT I limita-se beração de catecolaminas para o tecido adiposo, 2
CPT I e a CPT II. A ação da enzima CPT I limita-se beração de catecolaminas para o tecido adiposo,
pela concentração da enzima malonil-CoA, fruto em razão da concentração similar delas no plas- pela concentração da enzima malonil-CoA, fruto em razão da concentração similar delas no plas-
da lipogênese. A concentração de malonil-CoA re- ma. Adicionalmente, um aumento na lipólise de da lipogênese. A concentração de malonil-CoA re- ma. Adicionalmente, um aumento na lipólise de
sulta alta, quando a insulina está elevada, em esta- TGIM após treinamento de endurance pode ser sulta alta, quando a insulina está elevada, em esta- TGIM após treinamento de endurance pode ser
dos de pós-absorção de alimentos e durante a responsável por uma elevação de glicerol de até dos de pós-absorção de alimentos e durante a responsável por uma elevação de glicerol de até
oxidação de carboidratos.1 Altas concentrações três vezes, em sujeitos treinados.13 oxidação de carboidratos.1 Altas concentrações três vezes, em sujeitos treinados.13
de malonil-CoA inibem o transporte de AGs para O estrógeno é capaz de influenciar diretamen- de malonil-CoA inibem o transporte de AGs para O estrógeno é capaz de influenciar diretamen-
dentro da mitocôndria pela enzima CPT I.6 te a mobilização lipídica, por direcionar o meta- dentro da mitocôndria pela enzima CPT I.6 te a mobilização lipídica, por direcionar o meta-
Na mitocôndria, o acil-CoA passa pelo proces- bolismo para mobilização e oxidação de AGs. Na mitocôndria, o acil-CoA passa pelo proces- bolismo para mobilização e oxidação de AGs.
so de β-oxidação, em que são removidos pares de Entretanto, a progesterona tem a faculdade de li- so de β-oxidação, em que são removidos pares de Entretanto, a progesterona tem a faculdade de li-
carbonos, formando moléculas de acetil-CoA, li- mitar a influência do estrógeno diretamente, por carbonos, formando moléculas de acetil-CoA, li- mitar a influência do estrógeno diretamente, por
berando íons H+, elétrons, NADH e FADH2 para a favorecer o aumento dos estoques de AGLs e de berando íons H+, elétrons, NADH e FADH2 para a favorecer o aumento dos estoques de AGLs e de
cadeia de transporte de elétrons e produzindo glicogênio hepático e a redução da gliconeogêne- cadeia de transporte de elétrons e produzindo glicogênio hepático e a redução da gliconeogêne-
ATP. Já o acetil-CoA é metabolizado no Ciclo de se hepática e da sensibilidade periférica à insuli- ATP. Já o acetil-CoA é metabolizado no Ciclo de se hepática e da sensibilidade periférica à insuli-
Krebs, formando CO2 e H2O.7 na.10 Evidências sugerem que, em homens, o Krebs, formando CO2 e H2O.7 na.10 Evidências sugerem que, em homens, o
Durante o exercício, os ácidos graxos livres treinamento de endurance melhora a capacidade Durante o exercício, os ácidos graxos livres treinamento de endurance melhora a capacidade
(AGLs) são mobilizados do tecido adiposo e trans- de oxidação lipídica pelo aumento da quantidade (AGLs) são mobilizados do tecido adiposo e trans- de oxidação lipídica pelo aumento da quantidade
portados no sangue até o músculo, a fim de servir de mitocôndrias.10 É sabido ainda que sujeitos portados no sangue até o músculo, a fim de servir de mitocôndrias.10 É sabido ainda que sujeitos
como substrato.8 Como conseqüência, eles au- obesos apresentam menos capacidade para mobi- como substrato.8 Como conseqüência, eles au- obesos apresentam menos capacidade para mobi-
mentam suas concentrações no sangue.9 Em exer- lizar e oxidar AGs durante estimulações β-adre- mentam suas concentrações no sangue.9 Em exer- lizar e oxidar AGs durante estimulações β-adre-
nérgicas, como também de utilização dos AGLs na função pulmonar, na força respiratória nem nérgicas, como também de utilização dos AGLs na função pulmonar, na força respiratória nem
pelo músculo após sua absorção.13 no consumo máximo de oxigênio. pelo músculo após sua absorção.13 no consumo máximo de oxigênio.
Ao prolongar o exercício, a oxidação lipídica Em trabalho de revisão sobre o efeito da car- Ao prolongar o exercício, a oxidação lipídica Em trabalho de revisão sobre o efeito da car-
começa a se tornar mais pronunciada, por conta nitina, Krahenbuhl20 também relata a não asso- começa a se tornar mais pronunciada, por conta nitina, Krahenbuhl20 também relata a não asso-
do aumento da disponibilidade de AGLs no plas- ciação entre a suplementação dessa substância e o do aumento da disponibilidade de AGLs no plas- ciação entre a suplementação dessa substância e o
ma, em indivíduos não-treinados. Os estoques in- aumento da performance atlética, não havendo ma, em indivíduos não-treinados. Os estoques in- aumento da performance atlética, não havendo
tramusculares revelaram-se uma fonte importante estudos randomizados sobre a sua administração tramusculares revelaram-se uma fonte importante estudos randomizados sobre a sua administração
de energia, particularmente no final do exercício. crônica em atletas. Resultados similares foram de energia, particularmente no final do exercício. crônica em atletas. Resultados similares foram
Na recuperação pós-exercício, grande quantidade descritos por Hawley et al.21 sobre a ausência de Na recuperação pós-exercício, grande quantidade descritos por Hawley et al.21 sobre a ausência de
de energia provém da β-oxidação do TAG.12 efeito da suplementação de L-carnitina na oxida- de energia provém da β-oxidação do TAG.12 efeito da suplementação de L-carnitina na oxida-
ção de AGs, na utilização do glicogênio muscular ção de AGs, na utilização do glicogênio muscular
e na performance dos indivíduos por eles obser- e na performance dos indivíduos por eles obser-
SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA, EXERCÍCIO vados. Ao examinar a suplementação de aminoá- SUPLEMENTAÇÃO LIPÍDICA, EXERCÍCIO vados. Ao examinar a suplementação de aminoá-
E PERFORMANCE cidos de cadeia ramificada (BCAA), creatina, E PERFORMANCE cidos de cadeia ramificada (BCAA), creatina,
carnitina e cafeína em atividades de endurance, carnitina e cafeína em atividades de endurance,
Nos exercícios de longa duração, é imprescin- Clarkson22 também não encontrou resultados Nos exercícios de longa duração, é imprescin- Clarkson22 também não encontrou resultados
dível que a utilização dos estoques abundantes de significativos na melhora da performance com re- dível que a utilização dos estoques abundantes de significativos na melhora da performance com re-
AGs armazenados na forma de TAGs seja a maior lação à carnitina. AGs armazenados na forma de TAGs seja a maior lação à carnitina.
possível, de modo que a quebra de glicogênio mus- Assim, os estudos mais recentes sugerem que possível, de modo que a quebra de glicogênio mus- Assim, os estudos mais recentes sugerem que
cular e a oxidação da glicose resultem menores.14 a carnitina originária da dieta é suficiente para a cular e a oxidação da glicose resultem menores.14 a carnitina originária da dieta é suficiente para a
A carnitina é um elemento natural do organis- oxidação dos AGs e a sua suplementação ainda A carnitina é um elemento natural do organis- oxidação dos AGs e a sua suplementação ainda
mo, adquirida pela ingestão protéica animal ou não apresenta efeitos relevantes sobre a perfor- mo, adquirida pela ingestão protéica animal ou não apresenta efeitos relevantes sobre a perfor-
sintetizada no fígado, nos rins e no cérebro, che- mance atlética. Bisschop et al.23 afirmam que os sintetizada no fígado, nos rins e no cérebro, che- mance atlética. Bisschop et al.23 afirmam que os
AGs dietéticos modulam tanto a produção hepáti- AGs dietéticos modulam tanto a produção hepáti-
gando aos tecidos pela circulação.15 Seus níveis gando aos tecidos pela circulação.15 Seus níveis
ca quanto a utilização plasmática da glicose em ca quanto a utilização plasmática da glicose em
nos músculos cardíaco e esquelético são superio- nos músculos cardíaco e esquelético são superio-
ratos e humanos alimentados com dieta rica em ratos e humanos alimentados com dieta rica em
res aos séricos e a captação dela por esses tecidos res aos séricos e a captação dela por esses tecidos
lipídios. Uma alimentação rica em gorduras satu- lipídios. Uma alimentação rica em gorduras satu-
é mediada por um processo de transporte ati- é mediada por um processo de transporte ati-
radas induz a um aumento na gliconeogênese e radas induz a um aumento na gliconeogênese e
vo.15 Por mostrar-se um agente importante na vo.15 Por mostrar-se um agente importante na
na resistência à insulina pelo fígado. na resistência à insulina pelo fígado.
oxidação dos AGs, presume-se que a suplementa- oxidação dos AGs, presume-se que a suplementa-
Já a suplementação dietética com ácidos gra- Já a suplementação dietética com ácidos gra-
ção de carnitina pode melhorar a capacidade de ção de carnitina pode melhorar a capacidade de
xos de cadeia média (AGCM) vem sendo estudada, xos de cadeia média (AGCM) vem sendo estudada,
oxidação desses ácidos durante a contração mus- oxidação desses ácidos durante a contração mus-
há muitos anos, por apresentar um potencial efei- há muitos anos, por apresentar um potencial efei-
cular, reciclando a CoA.16 Porém, existe uma con- cular, reciclando a CoA.16 Porém, existe uma con-
to ergogênico na performance de exercícios de to ergogênico na performance de exercícios de
trovérsia sobre se, realmente, a suplementação de trovérsia sobre se, realmente, a suplementação de
endurance. A maioria desses trabalhos mensura endurance. A maioria desses trabalhos mensura
carnitina atua como agente efetivo em exercícios carnitina atua como agente efetivo em exercícios
tais resultados, sobre o metabolismo e a perfor- tais resultados, sobre o metabolismo e a perfor-
de longa duração, com o objetivo de prolongar o mance, depois de ingestões agudas antes e/ou du- de longa duração, com o objetivo de prolongar o mance, depois de ingestões agudas antes e/ou du-
exercício com base na oxidação dos AGs. rante o exercício. Esse tipo de suplementação visa exercício com base na oxidação dos AGs. rante o exercício. Esse tipo de suplementação visa
Lancha et al.16 relatam o possível aumento da a aumentar o uso dos AGLs como fonte de ener- Lancha et al.16 relatam o possível aumento da a aumentar o uso dos AGLs como fonte de ener-
atividade de consumo de AGs no ciclo de Krebs, gia, poupando os estoques corporais de glicogê- atividade de consumo de AGs no ciclo de Krebs, gia, poupando os estoques corporais de glicogê-
com a suplementação de carnitina em ratos sub- nio para o final da competição. com a suplementação de carnitina em ratos sub- nio para o final da competição.
metidos a exercícios de endurance, retardando, Jeukendrup et al.24 perceberam essas melho- metidos a exercícios de endurance, retardando, Jeukendrup et al.24 perceberam essas melho-
assim, a fadiga muscular. Brass17 ressaltou o uso ras, porém, com a adição de carboidrato aos AG- assim, a fadiga muscular. Brass17 ressaltou o uso ras, porém, com a adição de carboidrato aos AG-
positivo de suplementação de L-carnitina, com a CM. Esses autores submeteram oito ciclistas bem positivo de suplementação de L-carnitina, com a CM. Esses autores submeteram oito ciclistas bem
finalidade de realçar a performance aeróbia. Estu- treinados a quatro estímulos de 180 minutos a finalidade de realçar a performance aeróbia. Estu- treinados a quatro estímulos de 180 minutos a
dos recentes em que se suplementou L-carnitina 57% do VO2max, tendo cada atleta consumido dos recentes em que se suplementou L-carnitina 57% do VO2max, tendo cada atleta consumido
cronicamente em pacientes com insuficiência car- uma solução de AGCM e CHO com 4 ml AGCM/kg cronicamente em pacientes com insuficiência car- uma solução de AGCM e CHO com 4 ml AGCM/kg
díaca também evidenciaram melhora da tolerân- de peso corporal, no início, e 2ml AGCM/kg, du- díaca também evidenciaram melhora da tolerân- de peso corporal, no início, e 2ml AGCM/kg, du-
cia aos esforços físicos e dos parâmetros rante o exercício. Uma quantidade maior de cia aos esforços físicos e dos parâmetros rante o exercício. Uma quantidade maior de
fisiológicos desses indivíduos.18 Porém, Sridhar et AGCM foi oxidada, quando ingerida em combina- fisiológicos desses indivíduos.18 Porém, Sridhar et AGCM foi oxidada, quando ingerida em combina-
al.,19 ao analisar um grupo de pessoas com doen- ção com CHO. Van Zyl et al.25 observaram que, al.,19 ao analisar um grupo de pessoas com doen- ção com CHO. Van Zyl et al.25 observaram que,
ça pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em pro- no grupo que consumira AGCM e CHO, o tempo ça pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em pro- no grupo que consumira AGCM e CHO, o tempo
grama de reabilitação, não observaram melhora de sessão contra-relógio revelou-se menor, quan- grama de reabilitação, não observaram melhora de sessão contra-relógio revelou-se menor, quan-
significativa, com a suplementação de carnitina, do comparado com outras sessões sem suplemen- significativa, com a suplementação de carnitina, do comparado com outras sessões sem suplemen-
52 SAÚDE REV., Piracicaba, 8(18): 49-54, 2006 52 SAÚDE REV., Piracicaba, 8(18): 49-54, 2006
saude18bknovo.book Page 53 Tuesday, September 19, 2006 11:05 AM saude18bknovo.book Page 53 Tuesday, September 19, 2006 11:05 AM
Tabela 1. Interferência da suplementação lipídica na performance esportiva. Tabela 1. Interferência da suplementação lipídica na performance esportiva.
MODALIDADE MODALIDADE
AUTOR SUPLEMENTAÇÃO RESULTADOS AUTOR SUPLEMENTAÇÃO RESULTADOS
ESPORTIVA ESPORTIVA
agcm + cho M agcm + cho M
Jeukendrup et al.24 ciclismo Jeukendrup et al.24 ciclismo
agcm P agcm P
Van Zyl et al.25 agcm + cho M Van Zyl et al.25 agcm + cho M
ciclismo ciclismo
agcm P agcm P
agcm SR agcm SR
Goedecke et al.26 agcl ciclismo SR Goedecke et al.26 agcl ciclismo SR
Missel et al.27 agcm ciclismo SR Missel et al.27 agcm ciclismo SR
AGCM = ácidos graxos de cadeia média; AGCL = ácidos graxos de cadeia longa; CHO = carboidratos; M = melhora na performance; P = AGCM = ácidos graxos de cadeia média; AGCL = ácidos graxos de cadeia longa; CHO = carboidratos; M = melhora na performance; P =
piora na performance; SR = sem resultados significantes. piora na performance; SR = sem resultados significantes.
tação. A quantidade de AGCM aí consumida foi (120 mg/d soja isolada) sobre a dor muscular tar- tação. A quantidade de AGCM aí consumida foi (120 mg/d soja isolada) sobre a dor muscular tar-
86 g, maior que a de outras pesquisas, as quais dia induzida pelo exercício. Porém, não constata- 86 g, maior que a de outras pesquisas, as quais dia induzida pelo exercício. Porém, não constata-
mencionaram sintomas gastrintestinais com ram a atenuação desse processo inflamatório, mencionaram sintomas gastrintestinais com ram a atenuação desse processo inflamatório,
quantidades superiores a 30 g de AGCM (tab. 1). depois de 50 contrações máximas isocinéticas, quantidades superiores a 30 g de AGCM (tab. 1). depois de 50 contrações máximas isocinéticas,
Segundo Ferreira et al.,28 outros estudos não excêntricas, em mulheres e homens jovens. Segundo Ferreira et al.,28 outros estudos não excêntricas, em mulheres e homens jovens.
demonstraram nenhum efeito sobre a performan- demonstraram nenhum efeito sobre a performan-
ce atlética, além do que, com o AGCM ingerido CONSIDERAÇÕES FINAIS ce atlética, além do que, com o AGCM ingerido CONSIDERAÇÕES FINAIS
sozinho, ela piora em comparação à ingestão iso- sozinho, ela piora em comparação à ingestão iso-
lada de CHO. Goedecke et al.26 também não re- Os AGs armazenados na forma de TAG no teci- lada de CHO. Goedecke et al.26 também não re- Os AGs armazenados na forma de TAG no teci-
gistraram nenhuma conseqüência gastrintestinal do adiposo, no músculo esquelético e no plasma gistraram nenhuma conseqüência gastrintestinal do adiposo, no músculo esquelético e no plasma
em atletas treinados em endurance, suplementa- dependem de sua mobilização, transporte pela em atletas treinados em endurance, suplementa- dependem de sua mobilização, transporte pela
dos com shakes contendo 30 g de AGCM, durante corrente sanguínea e entre as membranas celula- dos com shakes contendo 30 g de AGCM, durante corrente sanguínea e entre as membranas celula-
duas semanas; tampouco perceberam melhora na res e oxidação nas mitocôndrias para serem usa- duas semanas; tampouco perceberam melhora na res e oxidação nas mitocôndrias para serem usa-
performance. Nesse estudo, os níveis séricos de dos pelo músculo esquelético. Tal processo é performance. Nesse estudo, os níveis séricos de dos pelo músculo esquelético. Tal processo é
TAGs revelaram-se maiores nos atletas suplemen- TAGs revelaram-se maiores nos atletas suplemen-
modulado por uma série de enzimas, que contri- modulado por uma série de enzimas, que contri-
tados com AGCM do que naqueles que receberam tados com AGCM do que naqueles que receberam
buem para a degradação e a utilização dos AGs buem para a degradação e a utilização dos AGs
ácidos graxos de cadeia longa (AGCL). No entan- ácidos graxos de cadeia longa (AGCL). No entan-
como substrato energético. Fica evidente, pelos como substrato energético. Fica evidente, pelos
to, essa suplementação não resultou em aumen- to, essa suplementação não resultou em aumen-
estudos relatados anteriormente, a importância estudos relatados anteriormente, a importância
tos no tempo de endurance ou VO2max numa tos no tempo de endurance ou VO2max numa
do metabolismo lipídico no desempenho de atle- do metabolismo lipídico no desempenho de atle-
corrida de 30 minutos em esteira. corrida de 30 minutos em esteira.
tas de endurance. tas de endurance.
Em estudo realizado em 2001, Missel et al.27 Em estudo realizado em 2001, Missel et al.27
A suplementação de AGs e de carnitina parece A suplementação de AGs e de carnitina parece
não encontraram nenhuma melhora na perfor- não encontraram nenhuma melhora na perfor-
mance atlética, após suplementação crônica com não apresentar efeitos sobre a performance de atle- mance atlética, após suplementação crônica com não apresentar efeitos sobre a performance de atle-
AGCM em corredores treinados. Já com relação
tas e a oxidação lipídica, de modo a justificar o seu AGCM em corredores treinados. Já com relação
tas e a oxidação lipídica, de modo a justificar o seu
ao metabolismo de substratos, Van Wylmelbeke emprego. Contudo, nos casos de suplementação ao metabolismo de substratos, Van Wylmelbeke emprego. Contudo, nos casos de suplementação
et al.29 relataram que a suplementação com lan- com o objetivo de atenuar quadros patológicos et al.29 relataram que a suplementação com lan- com o objetivo de atenuar quadros patológicos
ches ricos em AGCM e em AGCL aumentou signifi- como a DPOC, os estudos mostram-se inconclusi- ches ricos em AGCM e em AGCL aumentou signifi- como a DPOC, os estudos mostram-se inconclusi-
cativamente, nos dois casos, a oxidação lipídica. vos. O consumo de óleo de peixe, por sua vez, de- cativamente, nos dois casos, a oxidação lipídica. vos. O consumo de óleo de peixe, por sua vez, de-
A microlesão muscular é um acontecimento monstrou efeitos positivos sobre o metabolismo A microlesão muscular é um acontecimento monstrou efeitos positivos sobre o metabolismo
comum a qualquer indivíduo, independentemen- lipídico; entretanto, não acarretou melhoras signi- comum a qualquer indivíduo, independentemen- lipídico; entretanto, não acarretou melhoras signi-
te do seu nível de aptidão física. A performance ficativas na performance física e na atenuação de te do seu nível de aptidão física. A performance ficativas na performance física e na atenuação de
de exercícios aos quais não se está adaptado, de processos inflamatórios. Considerando os dados de exercícios aos quais não se está adaptado, de processos inflamatórios. Considerando os dados
intensidade moderada a alta, resultará em micro- contraditórios acerca da suplementação de AGs e intensidade moderada a alta, resultará em micro- contraditórios acerca da suplementação de AGs e
lesão muscular. Sabendo disso, Timothy et al.30 de carnitina, futuros estudos se fazem necessários lesão muscular. Sabendo disso, Timothy et al.30 de carnitina, futuros estudos se fazem necessários
analisaram os efeitos da suplementação de óleo para analisar o impacto dela sobre parâmetros re- analisaram os efeitos da suplementação de óleo para analisar o impacto dela sobre parâmetros re-
de peixe (1.8 g/d de AGs Omega-3) e isoflavonas lacionados à performance humana. de peixe (1.8 g/d de AGs Omega-3) e isoflavonas lacionados à performance humana.
3. Powers SK, Howley ET. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole; 2000. 3. Powers SK, Howley ET. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole; 2000.
4. Ramirez M, Amate L, Gil A. Absorption and distribution of dietary fatty acids from different sources. Early Hum Dev nov/2001; 65 suppl: S95-S101. 4. Ramirez M, Amate L, Gil A. Absorption and distribution of dietary fatty acids from different sources. Early Hum Dev nov/2001; 65 suppl: S95-S101.
5. Jeukendrup AE, Saris WHM, Wagenmakers AJM. Fat Metabolism During Exercise: A Review – Part I: Fatty Acid Mobilization and Muscle Meta- 5. Jeukendrup AE, Saris WHM, Wagenmakers AJM. Fat Metabolism During Exercise: A Review – Part I: Fatty Acid Mobilization and Muscle Meta-
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Submetido: 29/out./2004 Submetido: 29/out./2004
Aprovado: 9/nov./2005 Aprovado: 9/nov./2005
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