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Curso: Bacharelado em Direito

Turno: Vespertino
Disciplina: História do Direito
Docente: Álvaro Rodrigo Costa
Discente: Mário Sérgio Said

Questões sobre os textos do Capítulo 6:

1. Quais os motivos alegados por D. Pedro I para dissolver a


Assembleia Constituinte em 1823? Que têm a ver esses motivos com os
objetivos de construção de um estado nacional?

R: Dissolvida pelo Dom Pedro I, o mesmo não aprovou o texto original


porque achou que seu poder seria comprometido pelas influências das ideias
liberais. A constituição aprovada em 1824 tinha outro texto, que referendava as
intenções absolutistas de Dom Pedro I.

2. Quais fatos, especificamente, fazem D. Pedro I duvidar do


compromisso da Assembleia para com o Brasil? Pensando no contexto
histórico e político da época (independência de muitas colônias europeias
na América), é sensato o temor de D. Pedro I? Justifique sua resposta.

R: A revolução liberal do porto, e a revogação das medidas que haviam


sido implantadas no Brasil. Sim, porque Dom Pedro I declarou a independência
do Brasil, com o grito do Ipiranga.

3. Quais são, em grandes linhas, as principais objeções


apresentadas por Frei Caneca ao projeto de Constituição apresentado por
D. Pedro I?

R: Autoritarismo do imperador Dom Pedro I ao impor os termos da


constituição de 1824.
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4. Quais são mais especificamente suas críticas à divisão de


poderes políticos estabelecida na Constituição?

R: O partido brasileiro queria a submissão do monarca ao parlamento e


o partido português reivindicava poderes absolutos para Dom Pedro I. José
Bonifácio, ministrado império, tentou unir o interesse dos dois partidos, sendo a
principal causa para uma crítica.

5. Que papel, na concepção de Frei Caneca, deveria caber ao


imperador na ordem política e como ele vê o papel atribuído ao imperador
pelo projeto de Constituição?

R: Outorgado em 25 de março de 1824, a constituição de 1824 foi a


primeira constituição do Brasil e foi elaborada para atender os interesses do
imperador Dom Pedro I em não ter seus poderes limitados pelo legislativo,
essa constituição foi elaborada por um pequeno conselho, depois que a carta
proposta pela constituinte havia sido rejeitada pelo imperador.

6. Qual é a crítica apresentada por Frei Caneca? O que é, para ele,


uma Constituição política legítima e qual a crítica que tece ao projeto
desse ponto de vista?

R: É constitucional o que fala sobre os limites e atribuições, respectivas


dos poderes políticos e os direitos políticos individuais de cada cidadão, o que
não é constitucional pode ser alterado pelas legislaturas ordinárias.

Questões sobre os textos do Capítulo 7:

1. Sobre a questão servil (Perdigão Malheiro, Lei do Ventre Livre e


Anais do Senado)
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a. Como se dava a libertação dos filhos de mulher escrava segundo


a Lei do Ventre Livre?

R: A lei estabelecia as condições em que o senhor de escravos tinha


que cuidar dos filhos da mulher escrava até tal idade, quando o filho
completava oito anos, o senhor de escravos poderia libertar o filho em troca de
uma indenização, que seria paga pelo Estado.

b. Trace os argumentos contrários e favoráveis à indenização dos


ex-proprietários de escravos.

R: O Direito natural ou absoluto relata que a obrigação de indenizar não


é de rigor e apenas de equidade como consequência da lei positiva, sendo da
mesma a razão da existência da escravidão, é claro que ela também pode
extinguir a escravidão, visto que essa propriedade fictícia é antes uma
tolerância da lei por motivos especiais e de ordem pública, do que
reconhecimento de um direito que tenha base e fundamento nas leis eternas.
Por equidade e favor à liberdade, eximi-los do cativeiro, por meio indenização
ao senhor, de modo que só se declare escravo e mantenha como tal aquele
sobre quem houver um direito evidente de propriedade e ainda assim
remunerá-lo de forma equitativa e a favor do direito e da liberdade.

c. Analise a frase seguinte, proferida pelo Visconde de S. Luiz do


Maranhão, à luz do conceito de direito adquirido. “Si a escravidão não é
um facto legitimo, é pelo menos um facto legal. A lei o tem reconhecido,
autorizado e animado. O possuidor é de boa fé: o seu erro é filho do erro
do legislador, e este duplo erro tem durado 200 anos... É pois de toda
equidade que haja a indemnização”.
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R: A marcante instituição social do império foi objeto de reflexão jurídica,


as pressões inglesa sobre o Brasil para que acabassem com o tráfico negreiro
se iniciaram em 1807, quando a Inglaterra proibiu a prática dessa atividade.

2. Sobre Pimenta Bueno

a. Qual a justificativa do autor para a existência de um Poder


Moderador?

R: Dom Pedro I se baseava nos ideais políticos de Benjamin Constant


que acreditava em um poder neutro capaz de ajustar e regular os outros três
poderes clássicos: Legislativo, Judiciário e Executivo.

b. O art. 99 da Constituição de 1824 afirma que o Imperador é


inviolável e irresponsável por seus atos. Com que argumentos o autor
defende esses atributos do Imperador?

R: A constituição de 1824 adotou o catolicismo como religião oficial,


estabelecendo sobre esta o controle do Estado através do Beneplácito Régio e
Padroado, logo a Constituição faz importante referência a igreja católica
quando invoca no preâmbulo a tutela da Santíssima Trindade ao novel Estado.

4. Sobre o Visconde do Uruguai

a. O debate em torno da centralização ou descentralização política


do Império não é apenas um jogo de palavras ou uma simples
contraposição entre liberais e conservadores; todavia, muito
diferentemente disso, propõe soluções a problemas concretos. Quais
problemas são esses?
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R: Duas posturas gerais, apesar das divisões internas e especificidades


de cada agente político, se defrontaram ao longo do período reinado de Dom
Pedro II, a dos chamados “conservadores” ou “saquaremas” e a dos chamados
“luzias” ou “liberais”. Porém, tanto uns quanto outros são dois grupos políticos
egressos de um mesmo grupo original: o dos “liberais moderados”, que
derrotam, na regência, os restauradores “caramurus” e os “liberais exaltados”,
próximos ao republicanismo e as vezes até a secessão.

b. Por que o autor entende que a centralização é conveniente?

R: Analisados a atribuição e o conceito para a prestação dos serviços


públicos, deve ter em mente que são regidos por princípios que levam em
consideração o prestador “ delegado ou ente público”, os destinatários e o
regime a que se sujeitam.

5. Sobre Tobias Barreto

a. Qual o papel que a história e as ciências naturais desempenham


no texto do autor?

R: As diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores


da Educação Básica 15 afirmam que as licenciaturas devem incluir em seus
projetos pedagógicos as competências que favoreçam o domínio dos
conteúdos a serem socializados, a relação com outros assuntos afirma que é
importante que os professores discutam uma ampla cultura geral e profissional,
não somente em áreas específicas.

b. Qual sua posição em relação ao direito natural?


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R: É o conjunto de normas e direitos que são intrínsecos ao ser humano,


como o direito à vida, podendo ser chamado também de jusnaturalismo, sendo
o direito natural e a ideia universal de justiça.

d. “Os teimosos theoristas de um direito natural são figuras


anachronicas, estão fóra de seu tempo. Se elles possuissem ideias mais
claras sobre a historia do tal direito, não se arrojariam a tê-lo, ainda hoje,
na conta de uma lei suprema, preexistente à humanidade e ao planeta que
ella habita”. Essa crítica, feita por Tobias Barreto, é sustentável frente a
teoria de Pufendorf (um importante representante da escola do direito
natural)?

R: Sua crítica em relação ao Direito Natural é que acusa uma aceitação


parcial ao positivismo, entretanto, em outros trechos de sua escrita ele começa
a produzir uma crítica ao que se tornou o positivismo no Brasil, portanto esses
dois argumentos parecem ser uma mudança paradoxal de posição, mas na
verdade é uma manutenção de uma mesma posição.

7. Sobre o Código do Processo Criminal

a. Qual a competência dos juízes? Quem poderia ser jurado? O que


isso significava ?

R: O povo é representado pelo pelo júri, que por meio dele expressa sua
vontade, por meio de votação secreta e seu veredicto é soberano, jurado a
toda pessoa não magistrada, investida na função de julgar no órgão coletivo
que é o Tribunal do júri. Ademais, nenhuma qualificação é necessária para a
função de jurado, sendo obrigatória por imposição constitucional.
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b. Pelo texto selecionado, verifique o que há de “liberal” nesse


código.

R: As condições de elegibilidade e causas de inelegibilidade tratadas


nesta parte se restringem aquelas que não são objetos de volumo próprio,
razão pela qual também devem ser consultados: Eleitor do alistamento ao voto,
sobre alistamento e domicílio eleitoral, filiação partidária e
desincompatibilização e afastamentos.

8. Sobre o Ato Adicional e Lei de Interpretação

a. Qual a grande novidade trazida pelo Ato Adicional?

R: A escolha de apenas um representante para ocupar o cargo regencial


e a importante reforma que o Ato Adicional estipulou foi a extinção da regência
Trina.

b. Por que se diz que o Ato Adicional descentralizou o poder?

R: No conflito entre as facções políticas, o Ato adicional seria uma forma


de firmar um compromisso político que estivesse acima das rixas de cada
partido, em primeiro aspecto, essa reforma da constituição autorizou cada uma
das províncias a criar uma Assembleia Legislativa.

c. Quais os mecanismos utilizados pela Lei de Interpretação,


elaborada pelos conservadores, para retirar competências das
Províncias? Aponte os artigos relevantes.

R: Primeiramente, a tal conquista parecia simbolizar uma vitória política


dos liberais, porém, essas assembleias ainda seriam subordinadas aos
mandos do presidente da província, que seria escolhido através da indicação
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do governo central, Ademais, havia uma recomendação de que as províncias


não deveriam se contrapor às deliberações provenientes da administração
regencial.

9. Sobre O juiz de paz na roça

a. Aponte passagens do texto em que Martins Pena deixa claro as


características do juiz de paz retratado.

R: Quem entra em cena é o Escrivão, que traz uma intimação do Juíz de


Paz: Manuel João tem de levar até a cidade um prisioneiro como recruta para a
revolta que estava havendo no Rio Grande do Sul. João não entende por que
justo ele tem de realizar essa tarefa, o que seria a perda de um dia de trabalho.
As preocupações imediatas, ligadas à sobrevivência, entram mais uma vez em
foco.

b. Você seria capaz de recompor o contexto do juiz de paz? Qual a


sua relação com a Corte?

R: Sim, existe críticas fortes aqui que chegam a se contrapor com o


conjunto de valores burgueses, seu efeito só não é de imediato grave porque
tudo se mistura em meio ao humor e principalmente por estar na boca de uma
personagem que age de forma tão desajeitada(desastrada).

10. Sobre Pai contra mãe

a. O direito de propriedade aparece no texto como uma das


justificativas ao ofício de capturador de escravos fugidios (“não seria
nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a
propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações
reivindicadoras”). Como você vê esse raciocínio?
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R: Não podemos ter hoje uma ideia nítida do que foi, por exemplo, os
pavores da inquisição, o ulular das vítimas do Santo. O horror que hoje nos
causa da leitura daquela infinita narração de barbaridades, sendo um horror
puramente literário.

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