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FACULDADE MULTIVIX SÃO MATEUS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO

PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA Il

ÁDILA RAMOS FIRMES


KARINA NETO DA SILVA
LUCAS FRANÇA MARQUES
LETYCIA PEREIRA GAMA
RAFAELLA RANGEL DO ROSARIO

SÃO MATEUS – ES
2022
PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E
DIETOTERAPIA Il

ÁDILA RAMOS FIRMES


KARINA NETO DA SILVA
LUCAS FRANÇA MARQUES
LETYCIA PEREIRA GAMA
RAFAELLA RANGEL DO ROSARIO

Trabalho realizado para


obtenção de nota parcial
do semestre do curso de
graduação em: Nutrição,
apresentado á Faculdade
Multivix São Mateus,
disciplina Patologia da
Nutrição e Dietoterapia.

SÃO MATEUS

2022
OMEGA 3 – DHA
INTRODUÇÃO

Embora o envelhecimento seja uma fase normal da vivência, o aumento de

doenças decorrentes da velhice e o fato de estarmos encaminhando para essa

etapa, nos deixa em alerta para a necessidade de procurarmos meios de

envelhecer com maior saúde e qualidade de vida.

De acordo com a imprensa e pesquisadores o ômega 3 é um dos nutrientes

mais abordads como potencial coadjuvante no retardo do envelhecimento.

De acordo com SILVERA e MOREIRA (2017), até o início do século XX, os

ácidos graxos foram vistos exclusivamente como uma forma eficiente de

armazenar energia, podendo ser sintetizados no organismo a partir de

carboidratos e proteínas. Como várias evidências apontaram que dietas pobres

em ácidos graxos estavam relacionadas a síndromes que podem levar à morte,

eles começaram a ser chamados de essenciais porque são fundamentais e não

podem ser sintetizados pelo organismo humano.

Quanto à composição química, o ômega-3 é um ácido graxo. Os


ácidos graxos raramente estão livres na natureza e quase sempre
estão ligados a outras moléculas por seu grupo principal de ácido
carboxílico. Eles são classificados de acordo com o número de
carbonos na cadeia, o número de duplas ligações e posição da
primeira dupla ligação. Os ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs),
assim chamados por conterem duas ou mais insaturações, são
caracterizados pela localização das duplas ligações (SILVEIRA,
MOREIRA apud MARTINS et al, 2008).
]

A IMPORTÂNCIA DO OMEGA 3 – DHA COMO PREVENÇÃO

Segundo KRAUSE (2018) Há evidências que sugerem que o ômega-3 pode:

• Ajudar a reduzir a concentração de triglicerídeos. As elevadas


concentrações de triglicerídeos podem contribuir para a doença cardíaca
coronariana.
• Reduzir a tendência do sangue a coagular, o que pode estar relacionado
com a obstrução que ocorre na aterosclerose.
• Reduzir a inflamação envolvida em doenças como a artrite reumatoide.
• Em alguns indivíduos, melhorar os sintomas da depressão e de outros
transtornos de saúde mental.

Os efeitos benéficos do ômega 3 não se limita somente às doenças

cardiovasculares, existem cada vez mais resultados experimentais que

sugerem que os ácidos graxos ômega 3 têm papel importante na prevenção do

câncer. A suplementação de ômega 3 têm sido positivos na relação com a

redução do risco de desenvolver câncer de mama, próstata, cólon e sua

relação com o aumento da eficácia dos medicamentos de quimioterapia. .

O EPA e DHA estão presentes no ômega 3 e têm sido amplamente estudados

devido aos efeitos benéficos na saúde e relação com a prevenção de diversas

doenças como as cardíacas, câncer, dislipidemias entre outros. As principais

fontes alimentares de ômega 3 são: os peixes gordos como a sardinha e o

salmão, esses dois peixes são fontes de dois tipos de ômega 3 chamados

eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA).

Há evidências provenientes de múltiplos estudos populacionais em


ampla escala (epidemiológicos) e de ensaios clínicos randomizados
no sentido de que a ingestão da quantidade recomendada de DHA e
EPA na forma de suplementos de peixe ou de óleo de peixe reduz a
concentração de triglicerídeos; reduz o risco de morte, infarto agudo
do miocárdio, arritmias cardíacas perigosas e acidentes vasculares
encefálicos em pessoas com doença cardiovascular conhecida;
retarda a formação de placas ateroscleróticas (“endurecimento das
artérias”); e reduz ligeiramente a pressão arterial. No entanto, doses
elevadas podem ter efeito prejudicial, como, por exemplo, aumento no
risco de sangramento. (KRAUSE, 2018, pg.1047)

O DHA está associado à memória conhecimento e aprendizagem e raciocínio

direcionada mais a ações relacionadas ao cérebro. Na gravidez tem sido muito

recomendado o uso de ômega 3.

No último trimestre da gestação é um período considerado de extrema

importância e onde o DHA apresenta muitos benefícios quando utilizado neste

período.

Segundo Silveira e Moreira ( apud Cortes, 2013), em sociedades com alto

consumo de ômega3, observa-se uma menor prevalência de depressão,

ansiedade e dor crônica, sendo que nota-se uma correlação negativa entre

níveis deste ácido graxo e os sintomas destes problemas. A suplementação de

DHA e EPA na gestação e lactação pode reduzir o risco de déficit cognitivo e

psicopatológico na fase adulta. Eles referem ainda que a deficiência de DHA

está relacionada à transmissão da serotonina, dopamina e norepinefrina, o que

poderia estar relacionado aos distúrbios de humor e depressão. Também

referem que a suplementação com ômega-3 leva a uma diminuição da

produção de prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos, potentes

inflamatórios, o que levaria à diminuição da dor.

É importante verificar se o suplemento escolhido possui alta concentração de

EPA e DHA. Alguns suplementos de ômega 3 possui o selo IFOS, que garante
pureza e segurança do produto e ausência de metais pesados. Sempre dê

preferência a produtos de excelente qualidade e que contém o selo IFOS.

Durante o processo de envelhecimento fisiológico existe uma tendência dos

ácidos graxos presentes no tecido nervoso esgotarem, o que leva a

necessidade destes serem recuperados ou suplementados com ácido docosa-

hexaenóico (DHA) (Chaudhary et al., 2021). Este é um ácido do tipo ômega 3 é

abundantemente presente nas membranas celulares dos neurônios (Zhou et

al., 2018). O DHA possui características neuroprotetoras e está relacionado

com a manutenção do metabolismo lipídico cerebral, transdução de sinal e

mecanismos de neurotransmissão, além de reduzir metabólitos do ácido

araquidônico e estresse oxidativo, portanto, desempenhando um papel

importante na prevenção da DA (Chaudhary et al., 2021).


REFERÊNCIAS

• Mahan, L. K. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. [Rio de


Janeiro]: Grupo GEN, 2018. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151635/.
Acesso em: 23 Jun 2022.
• SILVEIRA, D. C. S. RODRIGUES, MOREIRA, E. ELIANE. Efeitos Da
Utilização Do Ômega-3 No Processo De Envelhecimento: Uma
Revisão. Revista Científica FacMais, Volume. VIII, Número 1. Ano
2017/1º Semestre. ISSN 2238-8427.
• Coutinho. V. et al. Benefícios da Ingestão de Ômega 3 e a Prevenção de
Doenças Crônico Degenerativas – Revista Brasileira de Obesidade,
Nutrição e Emagrecimento, São Paulo v.4, n.21, p.137-146, 2010.
• Mesquita. T.R et al Efeito anti-inflamatório da suplementação dietética
com ácidos graxos ômega-3, em ratos. Rev Dor. São Paulo, v.12, n.4.:p
337-41, 2011.
• Pessoa. D. P et al. Influência da suplementação de ômega 3 no
rendimento físico de praticantes de exercício físico. Motricidade.v. 14, n.
1, p. 144-149, 2018.
• Baker. E. J et al. Metabolism and functional effects of plant-derived
omega-3 fatty acids in humans. V. 64, n., p. 30-56, 2016.
• Béliveau. R, Gingras. D. Os alimentos contra o câncer. Editora
Vozes.Petrópolis, 2007.
• Judge. M. P et al Maternal consumption of a DHA-containing functional
food benefits infant sleep patterning: An early neurodevelopmental
measure. v. 88, n.7, p. 531-537, 2012.
• Disponível em: https://blog.nutrify.com.br/epa-e-dha-diferencas-e-
beneficios-2022/ (acesso: 25/06/2022 16:27).

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