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Belo Horizonte - MG
2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG
CURSO DE MESTRADO EM MATEMÁTICA
Orientador:
Prof. Ezequiel Rodrigues Barbosa
Belo Horizonte - MG
Março - 2011
Agradecimentos
Aos meus pais, Antônio e Neuma, pela ajuda que sempre me deram.
Às minhas irmãs, Mikaella e Gabriele, e à minha noiva, Daiana, pelo apoio, alegrias e
companheirismo que sempre me concederam.
Ao Ezequiel pela orientação e amizade.
Ao Emerson e, em especial, ao Marcos por comporem a banca.
Aos professores que compartilharam os seus conhecimentos nas matérias que cursei:
Ezequiel, Gastão, Heleno, Marcos, Mário, Viviane e Rodney.
Ao professor e amigo, Benedito M. Acióly, pelo incentivo para continuar estudando numa
pós-graduação.
Aos colegas Allan, Larissa, à turma do futebol e a todos os outros colegas pelo compa-
nheirismo.
À CAPES pela bolsa de estudos.
A grandeza de um ser humano não está no quanto ele sabe, mas no quanto ele tem
consciência de que não sabe.
Augusto Cury
Resumo
iv
Abstract
The notion of differentiable manifold is a concept similar to the regular surface, howe-
ver, is an intrinsic notion, and therefore need not be contained in a Euclidean space. The
first eigenvalue of the Laplacian, an elliptic differential operator of second order is an
analytic entity that will be used to provide geometrical information about a submanifold
isometrically immersed in Euclidean space. In this dissertation, will be presented the
basic notions of Riemannian Geometry such as Differentiable Manifolds, Tangent Spaces,
Riemannian Manifolds, Affine Connections, Curvatures and Isometric Immersions. After
we introduce some differential operators, Sobolev space H 1,2 and the eigenvalue problem
for the Laplacian. Finally, it presents a geometric and analytic approach to the first
eigenvalue of the Laplacian using the second fundamental form of immersion, more pre-
cisely, we will show that a compact submanifold, M immersed in Rn+p has the following
inequality: λ1 ≤ maxM kσk2 , where λ1 the first eigenvalue of the Laplacian of M and
kσk2 is the norm squared of the second fundamental form of immersion. Moreover, if
λ1 = maxM kσk2 , then M is isometric to a sphere Sn (r), r > 0.
v
Sumário
Introdução 1
Referências Bibliográficas 53
Notações 56
Índice Remissivo 58
vi
Introdução
Seja (M, g) uma n-variedade Riemanniana compacta com bordo (possivelmente va-
zio). Em cartas locais, a métrica Riemanniana, g, é dada por
n
g=
X
gij dxi dxj .
i,j=1
em que g ij = (g −1 )ij e |g| = det (gij ), o qual é o conhecido como operador de Laplace-
Beltrami.
Quando ∂M = ∅, o operador −∆ é um operador autoadjunto sobre o espaço de Sobolev
H 1,2 (M ). Seu espectro é discreto e os seus autovalores 0 < λ1 ≤ λ2 ≤ · · · ≤ λk ≤ · · ·
satisfazem λk → +∞. As autofunções correspondentes
−∆ui = λi ui , em M,
1
Introdução 2
em que Z
H = {u ∈ H 1,2
(M ); u dvg = 0} ,
M
se ∂M = ∅, e
|∇u|2 dvg
R
λ1 = inf M
R
2
,
M u dvg
1,2
HD (M ), u6=0
se ∂M 6= ∅.
A desigualdade de Poincaré desempenha um papel importante em Análise. Já que
cotas inferiores para o primeiro autovalor do Laplaciano geram cotas superiores para
a melhor constante da desigualdade de Poincaré, é interessante estudar cotas inferiores
para o primeiro autovalor do Laplaciano. Para domínios no espaço Euclidiano, existem
os trabalhos clássicos de Faber (em [15]), Krahn (em [21] e [22]), Polyá-Szegö (em [32]),
Payne e Weinberger (em [30]). Entretanto, para muitos problemas geométricos, precisa-
se estimar a melhor constante na desigualdade de Poincaré para domínios em variedades
Riemannianas mais gerais do que o espaço Euclidiano. Os primeiros resultados nessa
direção foram obtidos por Lichnerowicz, Obata e Reilly. Em 1958, Lichnerowicz, em [26],
demonstrou que se (M, g) é uma n-variedade Riemanniana compacta sem bordo, ∂M = ∅,
e curvatura de Ricci satisfazendo Ric ≥ k, em que k > 0, então
nk
λ1 ≥ .
n−1
Em 1962, Obata, em [29], demonstrou que se (M, g) é uma n-variedade Riemanniana
compacta sem bordo, ∂M = ∅, e curvatura de Ricci satisfazendo Ric ≥ k, em que k > 0,
então
nk
λ1 =
n−1
se, e somente se, M for isométrica a uma esfera Euclidiana com curvatura constante igual
a k
n−1
. Posteriormente, Reilly, em [33], estendeu os resultados de Lichnerowicz e Obata
para o caso em que M possui bordo, ∂M 6= ∅. Reilly demonstrou que se (M, g) é uma
n-variedade Riemanniana compacta com bordo, ∂M 6= ∅, curvatura de Ricci satisfazendo
Ric ≥ k, em que k > 0, e com curvatura média, H, do bordo, ∂M , sendo não-negativa,
então
nk
λ1 ≥ ,
n−1
e a igualdade ocorrerá se, e somente se, M for isométrica à semiesfera superior de uma
esfera Euclidiana com curvatura constante e igual a k
n−1
.
Também, outros autores como Cheeger (em [12] e [13]), Aubin (em [2]), Cheng (em
[14]) e Yau (em [36]) obtiveram estimativas para o primeiro autovalor do Laplaciano
Introdução 3
nas quais figuram quantidades geométricas como volume, raio de injetividade, diâmetro,
curvatura escalar, etc.
Observando que na esfera Euclidiana, Sn , tem-se λ1 = n = kσk2 , em que kσk é a
norma da segunda forma fundamental, surge, então a seguinte pergunta:
Neste capítulo, será apresentada uma breve revisão de alguns conceitos básicos em
Geometria Riemanniana, e também alguns resultados fundamentais que serão utilizados
no texto. Serão introduzidas as variedades diferenciáveis, conexões e métricas Rieman-
nianas; curvaturas seccional, de Ricci e escalar. A maioria dos resultados não será de-
monstrada aqui. O leitor encontrará um material mais completo nas seguintes referências
[10, 11, 17, 20, 31, 34].
i : ϕi (Ωi ∩ Ωj ) → ϕj (Ωi ∩ Ωj ) ,
ϕj ◦ ϕ−1
em que Ωi ∩Ωj 6= ∅. Um atlas (Ωi , ϕi )i∈I diz-se de classe C k se as suas funções de transição
são todas de classe C k , e é dito ser C k -completo se ele não estiver contido em atlas de
classe C k estritamente maior. Pode-se verificar facilmente que todo atlas de classe C k está
contido em um único atlas C k -completo. Para o propósito deste trabalho, assumir-se-á
sempre a seguinte definição:
4
Espaço Tangente 5
for diferenciável (ou de classe C k , k ≥ 0). No que segue, uma função diferenciável será
entendida como uma função de classe C ∞ . Neste caso, define-se o posto R(f )p , de f no
ponto p ∈ M , como sendo o posto de ψ ◦f ◦ϕ−1 em ϕ(p), em que (Ω, ϕ) e (U, ψ) são cartas
locais tais que p ∈ Ω e f (p) ∈ U . Esta é uma definição intrínseca no sentido de que ela
não depende da escolha das cartas locais. A aplicação f é, então, dita ser uma imersão se,
para cada p ∈ M , tem-se R(f )p = n, e uma submersão se, para cada p ∈ M , R(f )p = m.
Diz-se, ainda, que f é um mergulho, se ela for uma imersão e realizar um homeomorfismo
sobre a sua imagem. Uma apliacação f : M → N é dita ser um difeomorfismo de classe
C k , se f for uma bijeção de classe C k , e f −1 também for uma aplicação de C k .
Dadas duas variedades diferenciáveis M e N , diz-se que M é uma subvariedade imersa
de N , se existe uma imersão f : M → N . Por exemplo, Sn é uma subvariedade imersa de
Rn+1 .
O conjunto Tp M possui uma estrutura natural de espaço vetorial, e numa carta local
∂(p)
(Ω, ϕ), p ∈ Ω, os vetores : D(p) → R, definidos por
∂xi
∂(p) ∂
(f ) = f ◦ ϕ−1 (ϕ(p)) ,
∂xi ∂xi
formam uma base. O fibrado tangente de M , é a união T M = Tp M . Pode-se
S
p∈M
Observação 1.1. O leitor deve tomar cuidado porque f X é o campo vetorial dado por
(f X)(p) = f (p)Xp , enquanto que X(f ) é uma função.
Dadas duas variedades diferenciáveis M e N , um ponto p ∈ M , e uma aplicação
diferenciável f : M → N , a aplicação diferencial de f em p, denotada por dfp , é a
aplicação linear de Tp M em Tf (p) M definida por: para Xp ∈ Tp M e g ∈ D(f (p)),
(dfp · Xp )(g) = Xp (g ◦ f ) .
Agora, para p ∈ M , seja Tp∗ M o espaço dual do espaço Tp M . Se (Ω, ϕ) é uma carta
local de M , p ∈ Ω, obtém-se uma base para o espaço Tp∗ M , considerando-se as aplicações
dxi (p) : Tp∗ M → R definidas por dxi (p) ∂(p)
∂xj
= δij . Como o fibrado tangente, o fibrado
co-tangente de M é definido por T ∗ M = Tp∗ M . Novamente, pode-se provar que
S
p∈M
e Γkij X i Y j denota
n
Γkij X i Y j .
X
i,j=1
Definição 1.5. Uma 1-forma definida sobre M , é uma aplicação η : M → T ∗ M tal que,
para cada p ∈ M , η(p) ∈ Tp∗ M . η é dita ser de classe C k , se a aplicação η : M → T ∗ M
for de classe C k . Diz-se que η é diferenciável, quando ela é de classe C ∞ .
g(p)(Xp , Yp )
cos θ = q q ,
g(p)(Xp , Xp ) g(p)(Yp , Yp )
com o qual tem-se g(p)(Xp , Yp ) = kXp kg kYp kg cos θ. Daqui em diante, quando for conve-
niente, g(p)(Xp , Yp ) será denotado por hXp , Yp ip , e quando não houver perigo de confusão,
os sub-índices serão omitidos.
Seja (Ω, ϕ) uma carta local de M . Nesta carta, a métrica Riemanniana g, sobre M , é
representada por uma matriz definida positiva e simétrica
(gij (p))1≤i,j≤n ,
isto é, gij = gji para todos i, j = 1, ..., n, e gij xi xj > 0 para todo x = (x1 , ..., xn ) 6= 0,
Pn
i,j=1
D E
em que gij = ∂
∂xi
, ∂x∂ j depende suavemente de p ∈ M .
A seguir, alguns exemplos de n-variedades Riemannianas.
Exemplo 1.4. Seja V um espaço vetorial n-dimensional, com um produto interno h. , .i.
Para p ∈ V , denote por τp : Tp V → V a identificação canônica (note que há sentido em
considerar Tp V , pois V é uma n-variedade diferenciável). Assim, colocando-se
g(p)(Xp , Yp ) = hτp · Xp , τp · Yp i ,
Conexões Afins 8
tem-se que g define uma métrica Riemanniana sobre V . Em particular, o produto interno
usual
n
hx, yi =
X
xi yi ,
i=1
Portanto, toda subvariedade, imersa, de uma variedade Riemanniana admite uma métrica
Riemanniana induzida. Em particular, (Sn , δ), em que δ é a métrica induzida pela métrica
Euclidiana, é uma n-variedade Riemanniana.
Sejam (M, g) e (N, h) variedades Riemannianas. Uma difeomorfismo f : M → N tal
que f ∗ h = g, é chamado de isometria, e as variedades M e N são ditas serem isométricas.
∇ : X (M ) × X (M ) → X (M )
(X, Y ) 7→ ∇X Y
que possui as seguintes propriedades:
2. ∇X Y − ∇Y X = [X, Y ] , (simetria)
diz-se que a conexão é Riemanniana (ou de Levi-Civita). Note que uma conexão afim é
R-linear na segunda variável, isto é, se a, b ∈ R, então ∇X (aY + bZ) = a∇X Y + b∇X Z.
De fato, ∇X (aY + bZ) = ∇X (aY ) + ∇X (bZ) = a∇X Y + b∇X Z, pela segunda e terceira
propriedade da conexão.
Observação 1.2. Sejam X, Y ∈ X (M ). Lembre que [X, Y ] = XY − Y X é um campo
vetorial chamado de colchete entre X e Y , e que possui as seguintes propriedades:
Para maiores informações e demonstração destas propriedades, veja [10], página 29.
Um pergunta que surge é a seguinte: existe, para toda variedade Riemanniana (M, g),
uma conexão Riemanniana? A resposta é dada pelo teorema de Levi-Civita:
Teorema 1.1. Dada uma variedade Riemanniana (M, g), existe uma única conexão afim,
∇, em M , que é simétrica e compatível com a métrica Riemanniana g.
Demonstração. Veja [10], página 61.
X = X i ∂i , Y = Y j ∂j ,
∇i ∂j = Γkij ∂k ,
em que ∇i ∂j = ∇ ∂
∂
∂xj
, que são chamadas de símbolos de Christoffel. Recíprocamente,
∂xi
a qual tem uma analogia com a regra do produto de Leibniz para a derivação do produto
de funções diferenciáveis.
Observação 1.3. Seja M uma variedade diferenciável com uma conexão afim, ∇, e di-
mensão n. Seja (U, x) uma carta local em p ∈ M e ∂
∂xi
o vetor tangente em p à “curva
coordenada”
xi 7→ x(0, ..., 0, xi , 0, ..., 0) ,
∂ 2f ∂ 2f
[ei , ej ](f ) = − = 0,
∂xi ∂xj ∂xj ∂xi
pelo teorema de Schwarz. Uma observação concernente, é que nas derivadas parciais da
equação anterior, f indica, em um abuso de linguagem, a expressão de f no sistema de
coordenadas (U, x). Para maiores detalhes, veja [10], página 8. No restante do texto, esta
observação não será feita novamente.
1.5 Curvaturas
Defini-se a curvatura, R, de uma variedade Riemanniana (M, g), como uma correspon-
dência que associa a cada par X, Y ∈ X (M ), uma aplicação R(X, Y ) : X (M ) → X (M )
dada por
R(X, Y )Z = ∇X ∇Y Z − ∇Y ∇X Z − ∇[X,Y ] Z, Z ∈ X (M ) ,
então,
n
!
∇Y Z = ∇Y
X
Zi ei
i=1
n n
= Zi ∇Y ei + [Y (Zi )] ei
X X
i=1 i=1
n
= [Y (Zi )] ei ,
X
i=1
i=1
n n
= Y (Zi )∇X ei + X[Y (Zi )]ei
X X
i=1 i=1
n
= X[Y (Zi )]ei .
X
i=1
Analogamente,
n
∇Y ∇X Z = Y [X(Zi )]ei .
X
i=1
Portanto,
n n
∇X ∇Y Z − ∇Y ∇X Z = X[Y (Zi )]ei − Y [X(Zi )]ei
X X
i=1 i=1
n
= {X[Y (Zi )] − Y [X(Zi )]}ei
X
i=1
n
= {[X, Y ](Zi )}ei
X
i=1
n n
= {[X, Y ](Zi )}ei +
X X
Zi ∇[X,Y ] ei
i=1 i=1
= ∇[X,Y ] Z .
Daí,
0 = ∇X ∇Y Z − ∇Y ∇X Z − ∇[X,Y ] Z = R(X, Y )Z .
Com base nisso, pode-se interpretar R como uma maneira de medir o quanto M deixa
de ser euclidiana. Outro tipo de interpretação ocorre quando se considera um sitema de
h i
coordenadas {xi } em torno de um ponto p ∈ M ; como ∂
, ∂
∂xi ∂xj
= 0 tem-se,
!
∂ ∂ ∂ ∂
R , = (∇ ∂ ∇ ∂ − ∇ ∂ ∇ ∂ ) ,
∂xi ∂xj ∂xk ∂xi ∂xj ∂xj ∂xi ∂xk
Proposição 1.1. A curvatura, R, de uma variedade Riemanniana, (M, g), tem as seguin-
tes propriedades:
1. R é bilinear em X (M ) × X (M ), isto é,
em que f, g ∈ D(M ) e X, X1 , X2 , Y, Y1 , Y2 ∈ X (M ).
em que f ∈ D(M ) e Z, W ∈ X (M ).
Demonstração. Tem-se
Note que,
Então,
∇X ∇Y (f Z) = ∇X (f ∇Y Z + (Y f )Z)
= f ∇X ∇Y Z + (Xf )∇Y Z + (Y f )∇X Z + [X(Y f )]Z,
tem-se,
e
∇[X,Y ] (f Z) = f ∇[X,Y ] Z + ([X, Y ]f )Z .
Daí,
R(X, Y )f Z = ∇X ∇Y (f Z) − ∇Y ∇X (f Z) − ∇[X,Y ] (f Z)
= f ∇X ∇Y Z − f ∇Y ∇X Z + ([X, Y ]f )Z − f ∇[X,Y ] Z − ([X, Y ]f )Z
= f R(X, Y )Z.
na qual X, Y, Z ∈ Tp M. Portanto,
n
Ric (X, Y ) =
X
hR(ei , X)Y, ei i ,
i=1
i=1 j=1
Tp M = Tp M ⊕ (Tp M )⊥ ,
Imersões Isométricas 15
∇X Y = (∇X Y )> ,
é um campo local, definido sobre M , normal a M , que não depende das extensões X e
Y . Denote por X (U )⊥ , o conjunto dos campos de vetores (diferenciáveis em U ) normais
a f (U ) ≈ U .
B(X, Y ) = ∇X Y − ∇X Y ,
é bilinear e simétrica.
Demonstração. Veja [10], página 140.
X η é D(M )-linear em X:
1. ∇⊥
X η + g∇Y η.
= f ∇⊥ ⊥
2. ∇⊥
X η é aditiva em η:
X (η + ξ) = ∇X (η + ξ) − (∇X (η + ξ))
∇⊥ >
X (f η) = ∇X (f η) − (∇X (f η))
∇⊥ >
para Tp M na qual Aη seja diagonal, isto é, Aη (ei ) = λi ei para i = 1, ..., n. Então, pelas
equações (1.1) e (1.3), tem-se Hη (ei , ei ) = λi e Hη (ei , ej ) = 0, se i 6= j. Como B(X, Y ) é
um múltiplo de η, (1.2) se escreve da seguinte forma
n+1
Suponha que M = Rn+1 . Neste caso, pode-se dar uma interpretação geométrica
importante para Aη . Considere N como sendo uma extensão local de η, unitária e normal à
M . Tome a esfera unitária Sn ⊂ Rn+1 e defina a aplicação normal de Gauss, g : M n → Sn ,
transladando a origem do campo N para a origem de Rn+1 e fazendo
Note que em todo ponto p, de uma variedade Riemanniana M , existe uma vizinhança U
de p, na qual é possível definir um tal referencial geodésico. Basta considerar a vizinhança
normal de p (para conhecer a definição de vizinhança normal, veja [10], página 79).
Dado um campo de vetores X ∈ X (M ), defini-se a divergência do campo X como
sendo a função divg X : M → R dada por
19
Operadores Diferenciais 20
Teorema 2.1. Seja X um campo vetorial de classe C 1 com suporte compacto sobre uma
n-variedade Riemanniana (M, g). Então
Z
divg X dvg = 0 .
M
Assim,
n
∇f (p) = (ei (f ))ei (p) .
X
i=1
n
divg X(p) =
X
h∇ei X(p), ei i
i=1
n
* n
+
= fj ej (p), ei
X X
∇e
i
i=1 j=1
n
* n
n
+
= fj ∇ei ej (p) + [ei (fj )ej ](p), ei
X X X
i=1 j=1 j=1
n n
= ei (fj )(p) hej , ei i = ei (fi )(p) .
X X
i,j=1 i=1
i=1
n
* n
+
= (ej (f ))ej (p), ei
X X
∇e
i
i=1 j=1
n
= h(ej (f )∇ei ej + ei (ej (f ))ej ) (p), ei i
X
i,j=1
n n
= ei (ej (f ))(p)hej , ei i = ei (ei (f ))(p) .
X X
i,j=1 i=1
isto é, a definição apresentada coincide com a definição usual. Lembre-se que h∇f, ei i =
df ei = ei (f ) = ∂f
∂xi
. Além disso,
n n
!
∂(f g)
−∆(f g) = ei (ei (f g)) =
X X
ei
i=1 i=1 ∂xi
n
! !
∂g ∂f
= + ei
X
ei f g
i=1 ∂xi ∂xi
n
∂f ∂g ∂ 2g ∂f ∂g ∂ 2f
= +f 2 + +g 2
X
Portanto, se g é uma função harmônica (−∆g = 0), então g 2 será harmônica se, e somente
se, k∇gk2 = 0.
Defini-se o hessiano de f ∈ D(M ) por
∇∇f : X (M ) × X (M ) → D(M )
(X, Y ) 7→ h∇X ∇f, Y i .
Note, ainda, que
n
−∆f = divg ∇f = traço Y 7→ ∇Y ∇f = h∇ei ∇f, ei i = traço ∇∇f , (2.2)
X
i=1
e
X(Y f ) = Xh∇f, Y i = h∇X ∇f, Y i + h∇f, ∇X Y i .
Portanto,
∇∇f (X, Y ) = X(Y f ) − (∇X Y )f .
i,j=1
Um teorema útil é o
O espaço de Sobolev, H 1,2 (Ω), é, então, definido como sendo o completamento do espaço
em relação à norma k . k1,2 . Existe, também, outra definição para espaço de Sobolev, que
agora será descrita.
Seja u ∈ L2 (Ω), diz-se que u é fracamente diferenciável, se para todo i = 1, ..., n,
existir uma função vi ∈ L2 (Ω) tal que
Z Z
u∂i φ dx = − vi φ dx,
Ω Ω
para toda função φ ∈ C0∞ (Ω). Denote vi por ∂i u, assim, o espaço de Sobolev, W 1,2 (Ω),
também, é definido por
A priori, estes espaços podem ser distintos, entretanto, o seguinte resultado de Meyers e
Serrin mostra que eles são iguais.
Este resultado motiva a definição do espaço de Sobolev sobre uma variedade Riemanni-
ana, que será apresentada na próxima seção. A seguir, algumas propriedades importantes
dos espaços de Sobolev.
Observação 2.2. Relembre que um espaço de Banach (E, k . k) é dito ser reflexivo se, e
somente se, toda sequência limitada em E, possui uma subsequência fracamente conver-
gente.
Proposição 2.4. Seja (M, g) uma n-variedade Riemanniana compacta. O espaço de So-
bolev H 1,2 (M ) é um espaço de Hilbert. Em particular, o espaço H 1,2 (M ) é reflexivo.
Observação 2.3. Diz-se que uma função, u : M → R, é de Lipschitz em (M, g), se existe
uma constante K > 0 tal que, para todos p, q ∈ M ,
i,j=1 i=1
agindo sobre funções u ∈ C 2 (Ω), no qual os aij ’s, bi ’s e c são funções definidas em Ω.
Assuma, por simplicidade, que estas funções são suaves, e que aij = aji . Dada f ∈ L1 (Ω),
diz-se que u ∈ H 1,1 (Ω) é uma solução fraca da equação L(u) = f , se
n Z n Z Z Z
aij ∂i u∂j ϕ dx + bi ∂i uϕ dx + cuϕ dx =
X X
f ϕ dx,
i,j=1 Ω i=1 Ω Ω Ω
para toda função ϕ ∈ C0∞ (Ω). Diz-se que o operador L é um operador elíptico, se para
cada x ∈ Ω, existe λ(x) ≥ 1 tal que, para qualquer vetor X = (X 1 , ..., X n ) ∈ Rn , vale
n n n
λ(x)−1 (X i )2 ≤ aij (x)X i X j ≤ λ(x) (X i )2 . (2.5)
X X X
i,j=1 i=1
Espaço de Sobolev H 1,2 25
−∆g u + au = f ,
Observação 2.4. Regularidade é uma noção local. Assim, para se provar o resultado
acima, olha-se a equação localmente e aplica-se os resultados do contexto Euclidiano.
Para ler a demonstração de todos estes resultados, do contexto Euclidiano, consulte [18].
Para ler uma prova deste resultado, consulte [18]. Uma simples consequência do
princípio do máximo de Hopf é a seguinte.
Assim, −∆g é um operador linear elíptico de segunda ordem sobre B(0, δ) ⊂ Rn . Portanto,
o princípio do máximo de Hopf é aplicável. Como v(x0 ) = 0, tem-se v = 0 em Bg (x0 , δ).
Cobrindo M com cartas normais e repetindo o argumento acima, obtém-se que se v(x0 ) =
0, então v é identicamente nula em M . Então, ou u é identicamente nula ou u > 0 em
M.
hT x, xi
λ1 = max = max hT x, xi .
x∈V,x6=0 kxk2 x∈V,kxk=1
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 27
i,j=1 i=1
i=1 i=1
hT x,xi
O quociente kxk2
é chamado quociente de Rayleigh.
ou dualmente,
! !
hT x, xi
λj = max min hT x, xi = max max , (2.7)
W ∈Wj−1 x⊥W,kxk=1 W ∈Wj−1 x⊥W,x6=0 kxk2
logo, dim W ∩ Z ⊥ ≥ 1 e existe um vetor x ∈ W ∩ Z ⊥ tal que kxk = 1. Escrevendo
x= xk vk , tem-se kxk2 = x2k = 1, donde
Pn Pn
k=j k=j
* n n
+ n
hT x, xi = xl vl =
X X X
xk T vk , λk xk xl hvk , vl i
k=j l=j k,l=j
n n
= λk x2k x2k = λj .
X X
≥ λj
k=j k=j
k=1 k=1
−∆u = λu,
Disso tem-se, Z Z
|∇u| = λ2
u2 ,
Ω Ω
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 29
logo, todos os autovalores (exceto o trivial) do Laplaciano com condição de Dirichlet são
positivos (se λ = 0, será mostrado na proposição 2.8, adiante, que a única solução para o
problema será a nula, que é a trivial).
Sejam f ∈ L2 (Ω) e g ∈ W 1,2 (Ω). Diz-se que u ∈ W 1,2 (Ω) é uma solução fraca para o
problema de Dirichlet
−∆u = f em Ω
u=g sobre ∂Ω,
se, Z Z
∇u · ∇v = f.v, ∀ v ∈ W01,2 (Ω),
Ω Ω
e
u − g ∈ W01,2 (Ω).
ou seja,
−∆u = f em Ω.
Além disso, como u − g ∈ W01,2 (Ω) ∩ C 0 (Ω), segue do próximo teorema que u − g = 0
sobre ∂Ω.
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 30
Teorema 2.8. Seja Ω ⊂ Rn uma aberto de classe C 1 . Se u ∈ W 1,p (Ω) ∩ C 0 (Ω), então
u ∈ W01,p (Ω) se, e somente se, u = 0 sobre ∂Ω.
−∆u1 = f1 , −∆u2 = f2 em Ω,
para f1 , f2 ∈ L2 (Ω), e
u1 − u2 ∈ W01,2 (Ω),
Fazendo v = u1 − u2 , tem-se
Z
k∇u1 − ∇u2 k2L2 (Ω) = |∇(u1 − u2 )|2
ZΩ
= (f1 − f2 )(u1 − u2 ) (usando Green)
Ω
≤ kf1 − f2 kL2 (Ω) ku1 − u2 kL2 (Ω) (desigualdade de Holder)
≤ Ckf1 − f2 kL2 (Ω) k∇u1 − ∇u2 kL2 (Ω) (desigualdade de Poincaré).
Simplificando,
k∇u1 − ∇u2 kL2 (Ω) ≤ Ckf1 − f2 kL2 (Ω) .
ku1 − u2 kL2 (Ω) ≤ Ck∇u1 − ∇u2 kL2 (Ω) ≤ C 2 kf1 − f2 kL2 (Ω) .
Portanto, f1 = f2 ⇒ u1 = u2 .
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 31
na qual C = C(n, Ω). Como W01,2 (Ω) é de Banach, segue que kuk0 := k∇ukL2 (Ω) é uma
norma equivalente em W01,2 (Ω), logo W01,2 (Ω) é um espaço de Hilbert sob o produto interno
Z
hu, vi0 := ∇u · ∇v.
Ω
Portanto, a existência de uma única solução fraca u ∈ W01,2 (Ω) para o problema de
Dirichlet homogêneo, é equivalente à existência de um único vetor u ∈ W01,2 (Ω) tal que
Z Z
hu, vi0 := ∇u · ∇v = f.v, ∀ v ∈ W01,2 (Ω).
Ω Ω
|F (v)| ≤ kf kL2 (Ω) .kvkL2 (Ω) ≤ kf kL2 (Ω) kvkW 1,2 (Ω) .
0
note que a parte final é uma função real de segundo grau na variável k∇vkL2 (Ω) , e como
t2
h(t) = 2
− at + b é limitada inferiormente para t ∈ R e quaisquer que sejam a, b ∈ R;
pode-se então definir
I0 = inf I(v).
v∈E
É fácil ver que o funcional I é convexo. Isto é uma consequência imediata da convexidade
da função x 7→ |x|2 ,
Z
I(tu + (1 − t)v) = |t∇u + (1 − t)∇v|2 dx
ZΩ h i
≤ t|∇u|2 + (1 − t)|∇v|2 dx
Ω
= tI(u) + (1 − t)I(v).
Por sua vez, a convexidade da função x 7→ |x|2 pode ser provada do seguinte modo:
Logo, tem-se
uk + ul 1 1
I0 ≤ I ≤ I(uk ) + I(ul ) → I0
2 2 2
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 33
logo, (um ) também é uma sequência de Cauchy em L2 (Ω), e portanto, (um ) é uma sequên-
cia de Cauchy em W 1,2 (Ω), ou seja, existe u ∈ W 1,2 (Ω) tal que um → u em W 1,2 (Ω), pois
W 1,2 (Ω) é de Banach. Em particular, segue que I(u) = I0 , e que u − g ∈ W01,2 (Ω), pois
W01,2 (Ω) é um subespaço fechado de W 1,2 (Ω). Como um → u em L2 (Ω) e ∇um → ∇u em
L2 (Ω), tem-se que
1Z Z
1Z Z
|∇um |2 dx − f.um → |∇u|2 dx − f.u,
2 Ω Ω 2 Ω Ω
= ∇u · ∇v − f.v,
Ω Ω
Observação 2.6. Usando a teoria de regularidade, é possível concluir que a solução fraca
obtida no teorema anterior é suave se os dados f e g o forem.
autoadjunto e compacto, então H admite uma base hilbertiana formada por autovetores
de T .
Demonstração. Veja [6], página 97.
1. 0 ∈ σ(T );
possui uma quantidade infinita e enumerável de autovalores {λn }n∈N que satisfazem
0 < λ1 ≤ λ2 ≤ . . . ,
tais que
λk /
k→+∞
+∞ ,
e autofunções {uk } que constituem um sistema ortonormal completo para L2 (Ω), isto é,
+∞
v=
X
αi ui ,
i=1
i=1
é limitado.
De fato, se u1 , u2 ∈ W 1,2 (Ω) satisfazem
−∆u1 = f1 e − ∆u2 = f2 , em Ω,
para f1 , f2 ∈ L2 (Ω) e u1 − u2 ∈ W01,2 (Ω), então existe uma constante C = C(n, Ω) tal que
k(−∆)−1 (f1 ) − (−∆)−1 (f2 )kW 1,2 (Ω) = ku1 − u2 kW 1,2 (Ω)
≤ Ckf1 − f2 kL2 (Ω) .
Para perceber isto, olhe a demonstração da proposição 2.8. Considere agora, a imersão
compacta
W01,2 (Ω) → L2 (Ω),
Agora, note que, usando os teoremas 2.11 e 2.12, pode-se escrever: Sejam (ξk ) os auto-
valores não nulos de (−∆)−1 , associados aos autovetores (uk ), então; (−∆)−1 (uk ) = ξk uk ,
logo, uk = ξk (−∆uk ), donde −∆uk = 1
u .
ξk k
Portanto,
λk := 1 k→+∞ / +∞ .
ξk
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 36
Teorema 2.14. Seja (M, g) uma n-variedade Riemanniana compacta. Então, o problema
de autovalor
−∆u = λu em M,
possui uma quantidade infinita e enumerável de autovalores {λn }n∈N que satisfazem
0 < λ1 ≤ λ2 ≤ . . . ,
tais que
λk /
k→+∞
+∞ ,
i=1
Teorema 2.15. Seja (M, g) uma n-variedade Riemanniana compacta. Então, o primeiro
autovalor do Laplaciano λ1 satisfaz
|∇u|2 dvg
R
λ1 = inf M
R
2
,
H\{0} M u dvg
onde Z
H = {u ∈ H 1,2
(M ); u dvg = 0} .
M
Tem-se que a curvatura de Ricci na esfera Euclidiana (Sn , δ), em que δ é a métrica
canônica, é dada por Ric = (n−1)δ ≥ n−1. Assim, do teorema de Lichnerowicz concluí-se
que
λ1 ≥ n .
Teorema 2.17. Seja λ1 o primeiro autovalor do Laplaciano na esfera (Sn , δ), em que δ é
a métrica canônica. Então, λ1 = n.
Demonstração. Considere sobre a esfera, Sn , as coordenadas polares (r, θ) em que θ ∈
Sn−1 , fornecidas pelo seguinte difeomorfismo: G : (0, π) × Sn−1 → Sn ⊂ R × Rn , G(r, θ) =
(cos(r), sen(r) · θ). Assim, a métrica δ tem as seguintes expressões:
Para ver isto, note que como θ = (θ1 , ..., θn ) ∈ Sn−1 tem-se
logo,
0 = d(θ12 + ... + θn2 ) = 2(θ1 dθ1 + ... + θn dθn ).
Segue-se que
n
δ = dt2 + δij dxi dxj
X
i,j=1
n
= (d cos(r))2 + δij d(sen(r)θi )d(sen(r)θj )
X
i,j=1
n
= sen2 (r)dr2 + δij (θi cos(r)dr + sen(r)dθi )(θj cos(r)dr + sen(r)dθj ),
X
i,j=1
O Problema de Autovalor para o Laplaciano 38
i,j=1 i,j=1
n n
+ δij θj cos(r)sen(r)dθi dr + δij sen2 (r)dθi dθj
X X
i,j=1 i,j=1
n n
= sen2 (r)dr2 + cos2 (r)dr2 δij θi θj + sen2 (r)
X X
δij dθi dθj
i,j=1 i,j=1
n n
!
+ cos(r)sen(r)dr θi dθi + cos(r)sen(r)
X X
θi dθi dr
i=1 i=1
= dr2 + sen2 (r) dθ12 + ... + dθn2 ,
como (dθ12 + ... + dθn2 ) restrita à Sn−1 é exatamente a métrica canônica da mesma, segue-
se a afirmação. Portanto, nesta carta local, a métrica de Sn é representada pela seguinte
matriz:
1 0 ... 0
0 sen2 (r) . . . 0
. .. .. ..
.. . . .
0 0 ... sen2 (r)
n×n
Neste capítulo, será feita uma abordagem analítica e geométrica do primeiro auto-
valor do Laplaciano em subvariedades imersas no espaço Euclidiano. Serão apresentados
alguns exemplos interessantes, e será provado um resultado de caracterização usando-se
o primeiro autovalor do Laplaciano e a segunda forma fundamental.
i=1
39
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 40
i,j=1
α=n+1
R = n2 H 2 − kσk2 .
Aα (X) = ∇X eα − ∇⊥
X eα ∈ Tp M,
B(X, Y ) = ∇X Y − ∇X Y ∈ (Tp M )⊥ .
Então,
n
Aα (X) = hAα (X), ei i ei ,
X
i=1
n+p
B(X, Y ) = hB(X, Y ), eα i eα .
X
α=n+1
Por definição,
n
Ric (X, Y ) =
X
hR(ei , X)Y, ei i .
i=1
Por definição,
n
R= hR(ei , ej )ej , ei i .
X
i,j=1
n+p n
!2
X X
= hAα (ei ), ei i − kσk2
α=n+1 i=1
n+p
X
= Hα2 − kσk2
α=n+1
= n2 H 2 − kσk2 .
i=1 j=1
Defina
f: M → R
1
x 7→ 2
kxk2 ,
e denote por ∇f o gradiente de f (f é diferenciável, pois f = 12 k · k2 ◦ x). Note que
n n n+p n+p
∇f = h∇f, ei iei = hx, ei iei =
X X X X
hx, ei i − hx, eα ieα .
i=1 i=1 i=1 α=n+1
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 42
Portanto,
n+p n+p
x= hx, ei i ei = ∇f + (3.2)
X X
ρα eα .
i=1 α=n+1
Lema 3.2. Seja M n uma subvariedade imersa numa variedade Riemanniana N n+p . De-
note por Ric e kσN k2 as funções, sobre N , que atribuem a cada ponto de M o valor
mínimo da curvatura de Ricci e a norma ao quadrado da segunda forma fundamental no
ponto, respectivamente. Se todas as curvaturas seccionais de N n+p são limitadas por k,
então √
n−1
Ric ≥ (n − 1)k − kσN k2 .
2
Demonstração. É conhecido que
n−1 n−2 √ 2
( )
Ric ≥ nk + nH 2 − kψk2 − √ nH kψk ,
n n−1
Teorema 3.1. Seja M uma subvariedade compacta imersa em Rn+p . Seja λ1 o primeiro
autovalor do Laplaciano de M . Então, λ1 ≤ maxM kσk2 . Além disso, se λ1 = maxM kσk2 ,
então M é isométrica a uma esfera Sn (r), r > 0.
Demonstração. Integrando ambos os membros da fórmula de Bochner, e aplicando o
teorema da divergência, tem-se
Z
k∇∇f k2 + h∇f, ∇∆f i + Ric (∇f, ∇f ) = 0.
M
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 43
Como M é compacta, pela identidade de Green e pela equação (2.2) segue que
Z Z
h∇f, ∇∆f i = − ∆f.∆f
M ZM
= − (traço ∇∇f )2
M
Z n
!2
= −
X
h∇ei ∇f, ei i .
M i=1
Portanto,
Z n
!2
− k∇∇f k2 − Ric (∇f, ∇f ) = 0. (3.3)
X
h∇ei ∇f, ei i
M i=1
Considerando cartas normais, suponha, sem perda de generalidade, que ∇ei ej |q = 0 para
todo q ∈ M , então em q tem-se
n
∇X ∇f = ∇X
X
hx, ej iej
j=1
n n
= hx, ej i∇X ej + X
X X
hx, ej i ej
j=1 j=1
n
= (h∇X x, ej i + hx, ∇X ej i)ej
X
j=1
n
= h∇X x, ej iej + hx, ∇X ej + B(X, ej )iej (fórmula de Gauss)
X
j=1
n
= X+ hx, B(X, ej )iej
X
j=1
n+p
= X+ ρα Aα (X), (3.4)
X
α=n+1
pois,
n n
h∇X x, ej iej = h∇X (x1 , ..., xn ), ej iej
X X
j=1 j=1
n
= h(Xx1 , ..., Xxn ), ej iej
X
j=1
n
=
X
h(h∇x1 , Xi, ..., h∇xn , Xi), ej iej
j=1
n
= h(h(1, 0, ..., 0), Xi, ..., h(0, ..., 0, 1), Xi), ej iej
X
j=1
n
= h(X1 , ..., Xn ), ej iej
X
j=1
n
=
X
hX, ej iej
j=1
= X,
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 44
e
n n
* n+p +
hx, B(X, ej )iej = hB(X, ej ), eα ieα ej
X X X
x,
j=1 j=1 α=n+1
n n+p
= hx, eα i hB(X, ej ), eα iej
X X
j=1 α=n+1
n n+p
= ρα hAα (X), ej iej
X X
j=1 α=n+1
n+p
= ρα Aα (X).
X
α=n+1
Consequentemente,
−∆f = div ∇f
= traço X 7→ ∇X ∇f
n
=
X
h∇ei ∇f, ei i
i=1
n
* n+p +
= ei + ρα Aα (ei ), ei (por (3.4))
X X
i=1 α=n+1
n n+p n
= hei , ei i + hAα (ei ), ei i
X X X
ρα
i=1 α=n+1 i=1
n+p
= n+ ρα Hα . (por (3.1))
X
α=n+1
e
n
k∇∇f k2 = h∇ei ∇f, ej i2
X
i,j=1
n
* n+p +2
= ei + ρα Aα (ei ), ej
X X
i,j=1 α=n+1
n n+p !2
= hei , ej i + ρα hAα (ei ), ej i
X X
i,j=1 α=n+1
n+p n n+p !2
= n+2 ρα Hα + ρα hAα (ei ), ej i
X X X
.
α=n+1 i,j=1 α=n+1
Z
n+p n+p
!2
X X
= n2 + 2n ρα Hα + ρα Hα
M α=n+1 α=n+1
Z
n+p n n+p
!2
X X X
+ −n − 2 ρα Hα − ρα hAα (ei ), ej i − Ric (∇f, ∇f )
M α=n+1 i,j=1 α=n+1
Z
n+p
!2 n n+p
!2
X X X
= ρα Hα − ρα hAα (ei ), ej i − Ric (∇f, ∇f )
M α=n+1 i,j=1 α=n+1
n+p n+p n+p n+p
Z " #
X X X X
2
+ n +n ρα Hα + n ρα Hα − ρ α Hα − ρα Hα − n
M α=n+1 α=n+1 α=n+1 α=n+1
=
X X
ρα Hα ρβ Hβ
α=n+1 β=n+1
n+p
=
X
ρα ρβ Hα Hβ ,
α,β=n+1
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 46
e
n n+p !2 n
" n+p ! n+p !#
ρα hAα (ei ), ej i = ρα hAα (ei ), ej i ρα hAα (ei ), ej i
X X X X X
De fato,
Z n+p ! Z " n+p n
!#
= hAα (ei ), ei i
X X X
ρα Hα ρα
M α=n+1 M α=n+1 i=1
Z " n+p n
!#
= hB(ei , ei ), eα i
X X
ρα
M α=n+1 i=1
Z " n * n+p +#
= B(ei , ei ),
X X
ρα eα .
M i=1 α=n+1
Z n+p ! Z " n #
= hB(ei , ei ), ηi
X X
ρα Hα
M α=n+1 M i=1
Z " n #
= hAη (ei ), ei i
X
M i=1
Z " n #
XD E
= −(∇ei η) , ei >
(proposição 1.4)
M i=1
Z " n #
XD E
= −∇ei (x − ∇f ), ei ,
M i=1
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 47
Tome o centro de massa como sendo a origem de Rn+p , então, x = 0. Pelo teorema
R
M
2.15, tem-se Z Z Z
λ1 kxk ≤2
k∇xk = − 2
h∆x, xi.
M M M
Como
Z Z n
h∆x, xi = − (∆xi )xi
X
−
M M i=1
Z n
= k∇xi k2
X
M i=1
Z
= n
M
= n vol.M,
obtém-se
Z Z
n vol.M = − h∆x, xi ≥ λ1 kxk2 , (3.6)
M M
pois,
n+p n+p n
!2
X X X
ρ2α Hα2 = ρ2α hAα (ei ), ei i
α=n+1 α=n+1 i=1
2
n+p
X n
X
= ρ2α hei , ej ihAα (ei ), ej i
α=n+1 i,j=1
n+p
X
= ρ2α [h(he1 , e1 i, ..., he1 , en i, he2 , e1 i, ..., hen , e1 i, ..., hen , en i),
α=n+1
(hAα (e1 ), e1 i, ..., hAα (e1 ), en i, hAα (e2 ), e1 i, ..., hAα (en ), e1 i, ..., hAα (en ), en i)i]2
n+p
X
≤ ρ2α k(he1 , e1 i, ..., he1 , en i, he2 , e1 i, ..., hen , e1 i, ..., hen , en i)k2
α=n+1
k(hAα (e1 ), e1 i, ..., hAα (e1 ), en i, hAα (e2 ), e1 i, ..., hAα (en ), e1 i, ..., hAα (en ), en i)k2 ,
ou seja,
n+p
X n+p
X n
X n
X
ρ2α Hα2 ≤ ρ2α hei , ej i2 hAα (ei ), ej i2
α=n+1 α=n+1 i,j=1 i,j=1
+
n+p
X n
X
* * n
X
+
≤ n ρ2α Aα (ei ), Aα (ei ), ej ej
α=n+1 i=1 j=1
n+p
X n
X
!
≤ n ρ2α hAα (ei ), Aα (ei )i
α=n+1 i=1
n+p
X
≤ n ρ2α kAα k2 ,
α=n+1
e
n+p n+p n
(n − 1) ρ2α kAα k2 = (n − 1) ρ2α hAα (ei ), ej i2
X X X
α=n+1 i,j=1
n+p n n+p
≤ (n − 1) ρ2α hB(ei , ej ), eα ihB(ei , ej ), eα i
X X X
α=n+1 i,j=1
n+p
≤ (n − 1) ρ2α kσk2 .
X
α=n+1
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 49
1 Z n+p !
(n − 1)kσk 2
ρ2α − Ric (∇f, ∇f )
X
≤
n−1 M α=n+1
n+p
1
Z !
= 2
ρ2α Ric (∇f, ∇f ) .
X
kσk −
M α=n+1 n−1
Segue do lema 3.2 que
√
n−1
!
∇f ∇f
Ric , ≥ Ric ≥ − kσk2 ,
k∇f k k∇f k 2
ou seja,
√
n−1
Ric (∇f, ∇f ) ≥ − kσk2 k∇f k2 . (3.8)
2
Portanto,
n+p
1
Z Z " !#
2 2
ρ2α + √ k∇f k2 (3.9)
X
λ1 kxk ≤ kσk .
M M α=n+1 2 n−1
Tem-se então,
pois x = ∇f + ρα Hα , implica
Pn+p
α=n+1
* n+p n+p +
kxk2 = ∇f + ρα Hα , ∇f +
X X
ρα Hα
α=n+1 α=n+1
* n+p + * n+p n+p +
= h∇f, ∇f i + 2 ∇f, ρα Hα +
X X X
ρα Hα , ρα Hα
α=n+1 α=n+1 α=n+1
n+p
= k∇f k2 + ρ2α , (3.11)
X
α=n+1
e como
n+p
1
Z Z !
2 2
ρ2α + √ k∇f k2
X
λ1 kxk ≤ kσk
M M α=n+1 2 n−1
n+p
1
Z !
≤ max kσk 2
ρ2α + √ k∇f k2 ,
X
M M α=n+1 2 n−1
tem-se,
P
n+p
ρ2α + √1 k∇f k2
R
M α=n+1
λ1 ≤ max kσk2 2 n−1
kxk2
R
M
M
≤ max kσk , 2
M
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 50
α=n+1 α=n+1
ter-se-ia
Z
λ1 kxk2 ≤ n vol.M (por (3.6))
M
1 Z
" n+p #
ρ2α (Hα2 − kAα k ) − Ric (∇f, ∇f )
2
(por (3.5))
X
≤
n−1 M α=n+1
1 Z n+p " #
(n − 1)kσk2 ρ2α − Ric (∇f, ∇f )
X
<
n−1 M α=n+1
n+p
1
Z " #
2
ρ2α Ric (∇f, ∇f )
X
< kσk −
M α=n+1 n−1
n+p
1
Z " #
kσk2 ρ2α + √ kσk2 k∇f k2 (por (3.8))
X
<
M α=n+1 2 n − 1
n+p
1
Z " !#
2
ρ2α + √ k∇f k2
X
< kσk .
M α=n+1 2 n−1
Disso, seria válido que
n+p
1
Z Z !
2
< max kσk 2
ρ2α + √ k∇f k2 , (3.12)
X
λ1 kxk
M M M α=n+1 2 n−1
ou seja,
n+p
1
Z Z !
2
ρ2α + √ k∇f k2 ,
X
kxk <
M M α=n+1 2 n−1
mas por (3.11), valeria que
n+p n+p
1
Z ! Z !
ρ2α + k∇f k2 < ρ2α + √ k∇f k2 ,
X X
M α=n+1 M α=n+1 2 n − 1
isto é, valeria que 1 < 1, um absurdo. Portanto, λ1 = maxM kσk2 implica
n+p n+p
ρ2α (Hα2 − kAα k ) = (n − 1)kσk
2 2
ρ2α . (3.13)
X X
α=n+1 α=n+1
Agora, se a desigualdade em (3.9) fosse estrita, usando que λ1 = maxM kσk2 e continu-
ando a partir de (3.12), ter-se-ia novamente que 1 < 1. Portanto, quando λ1 = maxM kσk2 ,
a igualdade em (3.9) é válida, e como √1
2 n−1
6= 0, tem-se ∇f = 0, logo M ⊂ Sn+p−1 (r),
para algum r > 0 (pois M é conexa), e pelo exemplo 3.2, kσk2 é constante. De (3.13) e
(3.7) obtém-se
n+p n+p
ρ2α kAα k2 = kσk 2
ρ2α ,
X X
α=n+1 α=n+1
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 51
ou seja,
n+p
ρ2α (kσk2 − kAα k2 ) = 0. (3.14)
X
α=n+1
Lembrando que
n
kσk2 = hB(ei , ej ), B(ei , ej )i
X
i,j=1
n+p n
= hB(ei , ej ), eα ihB(ei , ej ), eα i
X X
α=n+1 i,j=1
n+p n
= hAα (ei ), ej ihAα (ei ), ej i
X X
α=n+1 i,j=1
n+p n
= hAα (ei ), Aα (ei )i
X X
α=n+1 i=1
n+p
= kAα k2 , (3.15)
X
α=n+1
concluí-se que para algum α ∈ {n + 1, ..., n + p} ocorre kAα k2 = kσk2 (pois, se para
todo α ∈ {n + 1, ..., n + p} isso não valesse, (3.14) implicaria que um número positivo é
igual a zero, um absurdo), logo kAβ k2 = 0 para todo β ∈ {n + 1, ..., n + p}\{α} (pois as
parcelas de (3.15) são todas positivas). Supondo α = n + 1, tem-se kAn+1 k2 = kσk2 e
kAn+2 k2 = · · · = kAn+p k2 = 0. Então, M está imersa isometricamente em Sn (r), isto é, M
é uma subvariedade de Sn (r), logo M é aberta (pois a dimensão de M é igual à dimensão
de Sn ), como M é compacta, logo fechada, e Sn (r) é conexa, tem-se que M = Sn (r), pois
M 6= ∅.
Corolário 3.1.1. Seja M n uma subvariedade compacta imersa no espaço Euclidiano Rn+1 .
Então ( )
R kσk2
λ1 ≤ max , √ ,
M n−1 2 n−1
e a igualdade ocorre se, e somente se, M n é isométrica a uma esfera Sn (r), com raio r.
Demonstração. Pelo lema 3.2, por (3.5) e pela relação R = n2 H 2 − kσk2 , tem-se
√ √
Rρ2 + ( n − 1/2)kσk2 k∇f k2 n − 1kσk2
Z ( )
(n − 1)λ1 ≤ dvg ≤ max R, .
M ρ + k∇f k dvg 2
2 2
R
M M
Corolário 3.1.2. Seja M n uma subvariedade compacta imersa no espaço Euclidiano Rn+1 ,
com Ric ≥ 0. Se
R ≤ (n − 1)λ1 ,
Primeiro Autovalor do Laplaciano em Subvariedades 52
[2] T. Aubin - Function de Green et valeurs propres du Laplacien, J. Math. Pures Appl.
53 (1974) 347-371.
[8] K. R. Cai - Topology of some Closed Submanifolds in Euclidean Space, Chinese Ann.
Math. Ser. A 8, 1987, n. 2, 234-241.
[12] J. Cheeger - Cheeger, Jeff The relation between the Laplacian and the diameter for
manifolds of non-negative curvature, Arch. Math. (Basel) 19 (1968), 558-560.
53
Referências Bibliográficas 54
[13] J. Cheeger - A lower bound for the smallest eigenvalue of the Laplacian. Problems in
analysis (Papers dedicated to Salomon Bochner, 1969), pp. 195-199. Princeton Univ.
Press, Princeton, N. J., 1970.
[14] S. Y. Cheng - Eigenvalue comparison theorems and its geometric applications, Math.
Z. 143 (1975), no. 3, 289-297.
[15] G. Faber - Beweis, dass unter allen homogenen Membranen von gleicher Fläche und
gleicher Spannung die kreisförmige den tiefsten Grundton gibt Sitzungsber. Bayer.
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[19] E. Hebey - Introduction à l’analyse non linéaire sur les variétés, Paris: Diderot, 1997.
[21] E. Krahn - Über eine von Rayleigh formulierte Minimaleigenschaft des Kreises. (Ger-
man) Math. Ann. 94 (1925), no. 1, 97-100,
[22] E. Krahn - Berechnung der zweiten Näherung der kompressiblen Strömung um ein
Profil nach Janzen-Rayleigh. (German) Luftfahrtforschung 20, (1943). 147-151.
[25] P. F. Leung - An Estimate on the Ricci Curvature of a Submanifold and some Ap-
plications, Proc. Amer. Math Soc. 114, 1992.
[33] R. C. Reilly - Applications of the integral of an invariant of the Hessian, Bull. Amer.
Math. Soc. 82 (1976), no. 4, 579-580.
[36] S. T. Yau - Isoperimetric constants and the first eigenvalue of a compact Riemannian
manifold, Ann. Sci. École Norm. Sup. (4) 8 (1975), no. 4, 487-507.
Notações
• T M := Tp M ;
S
p∈M
• dfp : Diferencial de f em p;
• T ∗ M := ∪p∈M Tp∗ M ;
• ∂i := ∂
∂xi
;
• ∇i ∂j := ∇∂i ∂j ;
• R(X, Y )Z := ∇X ∇Y Z − ∇Y ∇X Z − ∇[X,Y ] Z;
hR(X,Y )Y,Xi
• K(X, Y ) := √ ;
kXk2 kY k2 −hX,Y i2
56
Notações 57
• Aη : Transformação de Weingarten;
• ∇f (p): Gradiente de f em p;
• ∆f : Laplaciano de f;
• ∇∇f : Hessiano de f ;
1 1
• kuk1,2 := ( |u|2 dx) 2 + ( |∇u|2 dx) 2 ;
R R
Ω Ω
• Aα := Aeα ;
• Hα : Traço de Aα ;
• kσk: Norma de B.
Índice Remissivo
1-forma, 7 escalar, 14
média, 39
Ângulo
Ricci, 14
entre vetores, 7
Ricci numa direção, 14
Aplicação
seccional, 13
classe C k , 5
diferenciável, 5 Difeomorfismo, 5
diferencial, 6 Divergência de um campo, 19
normal de Gauss, 18
Equação
Atlas, 4
Gauss, 17
C k -completo, 4
Espaço
classe C k , 4
reflexivo, 23
Campo Vetorial, 6 Sobolev, 23, 24
classe C k , 6 tangente, 6
Carta
Fibrado
local, 4
co-tangente, 6
Colchete, 9
tangente, 6
Componente
Fórmula
normal, 15
Gauss, 15
tangencial, 15
Weingarten, 16
Condição de Dirichlet, 28
Função
Conexão
altura, 41
afim, 8
fracamente diferenciável, 23
Levi-Civita, 9
Lipschitz, 24
normal, 16
suporte, 41
Riemanniana, 9
transição, 4
Convenção de Einstein, 6
Curvatura, 10 Gradiente, 20
58
Índice Remissivo 59
Operador Riemanniana, 7
elíptico, 24 topológica, 4
Quociente
Rayleigh, 27
Referencial
geodésico, 19
Regra
Leibniz, 8