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de Pessoas Naturais,
Jurídicas e de Títulos
e Documentos
Prof.a Lili de Souza
Indaial – 2021
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.a Lili de Souza
S729e
Souza, Lili de
ISBN 978-65-5663-405-0
ISBN Digital 978-65-5663-401-2
CDD 340
Impresso por:
Apresentação
Iniciaremos uma nova etapa de estudos! É claro que você já ouviu
falar sobre o REGISTRO CIVIL! Isso mesmo, você pode entender tanto o lugar
– Cartório – onde são realizados os atos registrais, ou os próprios registros,
como o do seu nascimento, por exemplo. Para entender um pouquinho a
relevância deste assunto, você sabia que os registros eram feitos na igreja,
antes de existirem os chamados Cartórios?
Bons estudos!
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da
unidade, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o
conteúdo apresentado.
CHAMADA
1
2
TÓPICO 1 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Para que você, acadêmico, possa compreender melhor os Elementos do
Registro Civil, é importante trazer um apanhado geral da atividade registral.
Dessa forma, iniciaremos com a questão legislativa e alguns aspectos inerentes à
serventia registral e ao registrador.
3
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Porque vamos iniciar nossos estudos sobre Registro Civil, vale destacar o
§ 1ᵒ do Art. 4ᵒ dessa “Lei dos cartórios”, que reza: “O serviço de registro civil das
pessoas naturais será prestado, também, nos sábados, domingos e feriados pelo
sistema de plantão” (BRASIL, 1994).
ATENCAO
4
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
• A serventia não tem personalidade jurídica, mas deve ter CNPJ para fins
tributários e trabalhistas.
• Quando os registradores são sucedidos, por qualquer razão, todas as pastas,
papéis, livros e documentos com ele arquivados sofrem afetação pública e
deverão ser transferidos ao novo, isentos de qualquer custo. Se houver alguma
discussão entre o sucessor ou interino e o sucedido, serão resolvidas na via
judicial e não administrativa.
• O registrador precisa seguir as normas federais e estaduais impostas, porém,
tem independência para a gestão administrativa e financeira da serventia.
• É livre a contratação de colaboradores, os quais são regidos pelo regime da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O registrador escolhe entre estes
o substituto e escreventes, cujos nomes deverão ser encaminhados ao juízo
competente, sendo que os escreventes só podem praticar os atos autorizados
pelo registrador. E o substituto, responde nas ausências e impedindo do titular.
• A atividade registral não é compatível com a advocacia ou com a intermediação
de seus serviços, e também com emprego ou função pública.
• O registrador é impedido de praticar atos de seu interesse, de seu cônjuge
ou parentes, na linha reta ou colateral, sendo consanguíneos ou afins, até o
terceiro grau.
NOTA
5
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
NTE
INTERESSA
6
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
Percebeu que no desenho foi incluído o tio (irmão do pai, também filho do
avô – por isso colateral – que fica ao lado) e o filho do tio, que é o primo? Então,
agora ficou tranquilo para você fazer a diferença entre LINHA RETA e LINHA
COLATERAL, não é mesmo? Agora que você já sabe o que é parentesco em linha
colateral, você está sendo desafiado a se colocar no lugar do FILHO e perceber
que parente seu tio é, e em que grau? Vamos lá!
NOTA
7
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Com essa necessária introdução, você deve ter ficado muito curioso para
seguir e saber o que se faz no Registro Civil. Então, na sequência falaremos dos
LIVROS do Registro Público.
Seguimos!
8
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
2 LIVROS
É no Registro Civil que são realizados e ficam arquivados os registros de
nascimento, casamento e óbito e outros atos da vida civil da pessoa.
9
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Nas lições de Neves, Loyola e Roquetto (2013, p. 20) vamos colher que
havendo “omissão ou erro de modo que seja necessário fazer adição ou emenda,
estas serão feitas antes da assinatura ou ainda em seguida, mas antes de outro
assento, sendo a ressalva novamente por todos assinada”.
E
IMPORTANT
Agora, você já se questionou do tempo que esses livros devem permanecer ali?
Por quanto tempo você acredita que os livros e papéis de uma serventia precisam
ficar ali quando acontecer o desmembramento desse serviço, por exemplo, a
cidade cresce e o serviço vem a ser dividido, sendo criados dois cartórios?
FONTE: A autora
10
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
3 APOSTILAMENTO DA HAIA
O Apostilamento da Haia é um assunto novo e vem se tornando cada vez
mais comentado em nossos dias, por essa razão, acadêmico, incluímos no seu material
didático. Para você compreender bem a temática, fique atento a todas as dicas, e
busque sempre se atualizar, pois em razão das questões eletrônicas, devem aparecer
novidades em breve por aí, já que ainda se exige: “[...] deverá ser impressa em papel
seguro fornecido pela Casa da Moeda do Brasil” (CNJ, 2016, p. 6).
11
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
12
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
DICAS
13
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
14
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brasilia-brasil-aug-26-2018-
itamaraty-1170908053>. Acesso em: 4 jan. 2021.
DICAS
Esse tema é novo, acadêmico, esperamos que você tenha gostado, mas
alertamos que o assunto não se esgota aqui, busque saber mais, assista à webinar realizada
pela Escola Nacional de Notários e Registradores (ENNOR), em: https://www.youtube.com/
watch?v=HwLGwizaMBA
15
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
TUROS
ESTUDOS FU
4 NASCIMENTO
Vamos iniciar apontando duas informações importantes, que você deverá
aprender e assimilar bem. Primeira é a que dispõe a Lei de Registros Públicos no
Art. 50: “Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a
registro” (BRASIL, 1973).
16
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
NTE
INTERESSA
Se ocorrer nascimento de criança com vida e morrer após o parto, haverá dois
assentos, no livro A e no livro C (nascimento e óbito).
• Dentro do prazo: se o registro for lavrado dentro do prazo (15 dias), pode
ser feito onde ocorreu o parto ou no local de residência dos pais; mas, será
ampliado para até três meses, para lugares distantes mais de 30 quilômetros da
sede do Cartório, conforme Art. 50 da LRP.
• Fora do prazo: registrado no local de residência dos pais ou interessado. Se os
pais morarem em lugares diferentes, pode ser registrado no lugar de residência
do pai ou da mãe, pela igualdade constitucional atribuída entre ambos.
São crimes, as condutas dispostas nos Arts. 241 e 242 do Código Penal:
17
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
18
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
ATENCAO
19
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
20
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
E
IMPORTANT
21
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
5 NATIMORTO
O conceito de natimorto que colhemos das lições de Hildebrand (2007,
p. 205 apud LOPOMO, 2018, s. p.) menciona: “O natimorto é aquele que nasceu
morto, isto é: ‘Diz-se de, ou aquele que, tendo vindo à luz com sinais de vida,
logo morreu”.
E para você, acadêmico? Qual sua opinião? O natimorto teve vida? Sim,
claro! A doutrina majoritária entende que a vida se inicia com a concepção. Logo,
tem direitos enquanto nascituro.
NTE
INTERESSA
22
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
FONTE: <https://atos.cnj.jus.br/files//provimento/provimento_63_14112017_19032018150944.pdf>.
Acesso em: 5 jan. 2021.
O artigo a seguir é sobre o natimorto, justamente para que você tenha mais
material sobre o assunto. E também é interessante você perceber, acadêmico, que
o autor apresenta, segundo ele, o primeiro casal brasileiro que levou a registro
um natimorto – o registro de Sara, nascida em Barueri (SP). Ainda, neste artigo,
há referência sobre o Projeto de Lei nᵒ 5.171/2013, que propunha alteração no § 1ᵒ
23
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Ao nascituro que nasce sem vida, feto que falece no interior do útero ou
no parto, como tal havido natimorto, após uma gestação superior a vinte semanas,
não é dado alcançar direito personalíssimo ao nome e sobrenome. Cumpre-se
somente o registro do óbito fetal, em livro próprio – “C-Auxiliar” (Lei 6.015/1973,
Art. 53) –, com indicação dos pais, dispensado o assento de nascimento.
O filho, já esperado pelo nome que lhe seria dado, torna-se apenas o
registro do feto que feneceu como sombra de si mesmo e feto, enquanto tal,
por não ter vindo à luz com vida, mesmo que por mínima fração de tempo.
24
TÓPICO 1 — LIVROS DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS NATURAIS/APOSTILAMENTO DA HAIA/REGISTRO
DE NASCIMENTO/NATIMORTO
E acentuava, com precisão, que a lei diz apenas que o registro fará
referência aos “elementos que couberem”, “mas não explicita quais são e quais
não os cabíveis”. De fato. Como destacado na doutrina adiantada de Teixeira
de Freitas, por ele referida, “as pessoas por nascer existem, porque, suposto
não sejam ainda nascidas, vivem já no ventre materno”.
25
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
FONTE: <https://www.conjur.com.br/2013-ago-05/jones-figueiredo-nome-natimorto-direito-
humanitario>. Acesso em: 5 jan. 2021.
26
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Lei nᵒ 6.015/1973 é a Lei dos Registros Públicos e ainda dita as diretrizes dos
assentos, requisitos etc., para o registro civil das pessoas naturais.
• A Lei nᵒ 8.935/94 é a Lei dos Cartórios que regulamenta a atividade dos notários e
registradores.
• Foi só a partir da Constituição de 1988 que para se ter acesso aos Cartórios é
necessário concurso público, cuja delegação é do Estado. É um serviço público
com autonomia para contratação de funcionários pela CLT. Mesmo não tendo
personalidade jurídica, é necessário CNPJ.
• Parentesco em linha reta até o 3ᵒ grau são os que descendem do mesmo tronco
desde o avô na mesma linha, ou seja, o avô, o filho e o neto.
• Parentesco em linha colateral até 4ᵒ grau são os que descem do mesmo tronco
desde o avô, porém, em linha paralela, ou seja, o mesmo avô, com dois filhos
e esses filhos com filhos que já seriam primos entre eles. Ficaria assim: entre o
neto e o tio – colateral em 3ᵒ grau e com o primo já é em 4ᵒ grau.
• O prazo para registrar uma criança é de 15 dias, que será ampliado em até 3
meses para lugares distantes mais de 30 km da sede do Cartório.
27
AUTOATIVIDADE
28
3 O Registro Civil de Pessoas Naturais, em razão dos avanços sociais e
tecnológicos também devem caminhar juntos, razão que, sobre esses
cartórios, há uma frequente fiscalização pela Corregedoria Geral de Justiça.
Esta, por sua vez, está sempre no radar dos Provimentos emanados do
Conselho Nacional de Justiça. De acordo com a função pública, exercida
pelo oficial registrador, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para
as falsas:
5 Sabemos que para a maioria dos atos registrais deve existir um prazo, para
fazer o Registro Civil de Nascimento não é diferente. E se o Registro Civil
de Nascimento não for feito no prazo legal? Neste contexto, disserte sobre
o prazo legal para fazer o Registro Civil de Nascimento e comente se esse
registro não for feito no prazo legal.
29
30
TÓPICO 2 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico, seja muito bem-vindo ao Tópico 2!
31
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Perceba que o primeiro item traz: “fundar uma família” e no terceiro, que
a família é “o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção
da sociedade e do Estado” (ONU, 1948, s. p.). Esse recorte mostra-se importante
para relembrá-lo, acadêmico, das questões fundamentais do Direito, e para nossa
temática que o CASAMENTO sempre mereceu um olhar de proteção.
32
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
2 CASAMENTO
Interessante conceituar casamento antes de nos enveredar pelas questões
registrais diretamente. À luz da doutrina contemporânea, o casamento pode
ser conceituado como a união de duas pessoas, de sexos distintos e, atualmente,
também do mesmo sexo, reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com
o fim de constituir uma família e baseado em um vínculo de afeto. Com uma visão
civilista, temos na disposição do Art. 1.511 do Código Civil, o casamento estabelece a
comunhão plena de vida com igualdade de direitos e deveres dos cônjuges.
ATENCAO
33
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
O Código Civil, em seus Arts. 1.518 e 1.519, ainda permite que os pais ou
os tutores revoguem a autorização até a celebração do casamento. Ademais, o juiz
poderá suprir a autorização quando entender que a negativa foi injusta, desde
que uma das partes provoque o judiciário.
ATENCAO
34
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
E
IMPORTANT
ATENCAO
Nos termos do Art. 1.548, inciso II, do Código Civil, o casamento realizado com
alguma hipótese de impedimento será considerado nulo.
35
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
E
IMPORTANT
• habilitação;
• celebração;
• registro.
2.3.1 Habilitação
A Habilitação é procedimento de natureza administrativa que precede o
casamento, previsto nos Arts. 1.525 a 1.532 do Código Civil, em que se analisará a
aptidão dos nubentes para o casamento. Pode ser feita por meio de procurador.
Essa procuração pode ser particular com firma reconhecida.
36
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
ATENCAO
37
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
NTE
INTERESSA
2.3.1.1 Proclamas
É a convocação pública para que qualquer pessoa possa apontar fato
inidôneo, de que tiver ciência, a impedir o profetado matrimônio. Existindo
esse apontamento, deve ser registrado no Livro D (NEVES; LOYOLA E SILVA,
2013, p. 30).
E
IMPORTANT
38
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
39
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
2.3.2 Celebração
Com o “certificado de habilitação”, os nubentes requerem ao Oficial
registrador para que marque dia, hora e local para a celebração do casamento.
Conforme a Constituição de 1988, em seu Art. 98, inciso II, o juiz de paz
é a autoridade competente para presidir a celebração do casamento. Entretanto,
acadêmico, saiba que em muitas unidades da federação não se encontra
regulamentado a justiça de paz nos moldes previstos pela Lei Maior, sendo, em
sua maioria, realizado por juiz de direito a celebração do casamento.
ATENCAO
Quanto ao local, temos o Art. 1.534 do Código Civil impondo regras gerais.
A solenidade do casamento poderá ser realizada na sede do cartório, exigindo-
se portas abertas para efeito de se prestigiar a publicidade do ato, bem como a
presença de duas testemunhas, parentes ou não dos contraentes.
40
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
E
IMPORTANT
2.3.3 Registro
Ocorrida a celebração do casamento, será lavrado o assento no livro
de registro. No assento, que deverá ser assinado pelo presidente do ato, pelos
cônjuges, as testemunhas, e o oficial do registro, deverão constar as seguintes
informações arroladas no Art. 1.536 do Código Civil, admitindo-se, na prática, a
inclusão também da nacionalidade:
41
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
NTE
INTERESSA
42
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
E
IMPORTANT
43
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Por fim, nessa linha das espécies de casamento, ainda precisamos tratar
sobre o casamento religioso com efeitos civis.
44
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
ATENCAO
E
IMPORTANT
45
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
E
IMPORTANT
46
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
NOTA
TUROS
ESTUDOS FU
47
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
E
IMPORTANT
Portanto, frisa-se, caso o casal queira que no seu casamento vigore o regime
da comunhão parcial de bens, não será necessário que faça um pacto antenupcial.
Cabe destacar, que é nula a convenção ou cláusula que conflite com normas de
ordem pública (Art. 1.655 do Código Civil). Como exemplo desta regra, o STJ
(REsp. 954567/PE) entende que é nula a cláusula que exclui o direito à sucessão
no regime de comunhão parcial de bens, afastando a concorrência sucessória do
cônjuge com os ascendentes.
O Código Civil exige que o pacto antenupcial seja feito por meio de
escritura pública, devendo ser realizado durante o processo de habilitação (Art.
1.653 do Código Civil). Ademais, resta explícito que é nulo o pacto nupcial se não
for feito por escritura pública. De outra maneira, será ineficaz o pacto nupcial se
não lhe seguir o casamento.
O Art. 1.656 da lei civil traz regra específica ao regime de participação final
dos aquestos. Estabelece que caso seja adotado tal regime no pacto nupcial, será
possível ter convenção no sentido de se estabelecer a livre disposição dos bens
imóveis, desde que particulares, mitigando a regra que exige a outorga conjugal
(Art. 1.647 do Código Civil).
49
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
3 UNIÃO ESTÁVEL
Já aprendemos que a partir da Constituição de 1988 tivemos a
consagração de muitas mudanças positivas no tratamento dado ao Direito
de Família. É possível afirmar que o reconhecimento da união estável como
entidade familiar consiste em uma dessas grandes e positivas mudanças.
Súmula 382 STF - A vida em comum sob o mesmo teto, "more uxório", não
é indispensável à caracterização do concubinato (BRASIL, 1964b).
50
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
3.1 CONCEITO
O Art. 226, § 3ᵒ da Constituição Federal de 1988, é claro ao estabelecer
que “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão
em casamento” (BRASIL, 1988).
Por sua vez, o Código Civil traz o conceito de união estável no seu Art. 1.723:
NOTA
• Deveres conjugais: o Art. 1.724 do Código dispõe que as relações pessoais entre
os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e
de guarda, sustento e educação dos filhos.
NTE
INTERESSA
52
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
53
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
DICAS
54
TÓPICO 2 — CASAMENTO/UNIÃO ESTÁVEL/CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO
55
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
56
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 14 anos de idade.
b) ( ) 16 anos de idade.
c) ( ) 18 anos de idade.
d) ( ) 20 anos de idade.
I- o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer
inventário dos bens do casal e der partilha aos herdeiros.
II- a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido
anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou da dissolução da
sociedade conjugal.
III- o divorciado, mesmo que não houver sido homologada ou decidida a
partilha dos bens do casal.
57
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
58
TÓPICO 3 —
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste terceiro e último tópico da Unidade 1 da nossa Disciplina
Elementos do Registro Civil de Pessoas Naturais, Jurídicas e Títulos e
Documentos, desafiamos você a acompanhar temas que já se encontram na
pauta das agendas político/jurídico do país, em especial os dois primeiros, que
tratam da ALTERAÇÃO DE PRENOME E GÊNERO e também da ALTERAÇÃO
DO NOME DA GENITORA.
DICAS
59
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
60
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
NTE
INTERESSA
Agnome é usado para designar uma parte do nome que diferencia o indivíduo
de seus homônimos (pessoas que tem o mesmo nome). Exemplos de agnome: Júnior,
Filho, Neto, Sobrinho.
61
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Sabe acadêmico, nosso curso tem um cunho jurídico, por essa razão
é importante que você saiba que essa alteração de prenome e/ou de gênero
tem natureza sigilosa, por isso a informação a seu respeito não pode constar
das certidões dos assentos, salvo por solicitação da pessoa requerente ou por
determinação judicial, hipóteses em que a certidão trará todo o conteúdo registral.
62
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
NOTA
63
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
FONTE: <https://www.inovamidiabrasil.com/
images/300x200/718a966ef292eb067c1fdebbcc902fb0.jpg> Acesso em: 3 nov. 2020.
64
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
A tese definida pelo STF, no caso relatado pelo Ministro Toffoli, cuja
origem era do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o qual autorizou a
mudança do nome, condicionando a alteração de gênero à realização de cirurgia
de transgenitalização, ou seja, de mudança do sexo feminino para o masculino,
foi assim definida:
DICAS
65
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
66
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
NOTA
Fato é que o Registro Civil joga luz à toda a identidade da pessoa humana,
conforme já vimos até aqui, pois é nele que se apoiam todas as autoridades, seja
para verificar a grafia do nome, seja para checar o estado civil atual da pessoa e
para o lançamento, liberação/emissão de documentos públicos da pessoa (Carteira
de Identidade – civil ou profissional, passaporte entre outros).
E
IMPORTANT
Vale lembrar que mesmo apresentando a certidão do Registro Civil, seja ela
de casamento ou nascimento, não significa que a pessoa seja casada ou solteira; já que
existem outras possibilidades, como, por exemplo, a União Estável, a qual, conforme já
estudamos, atualmente muito se assemelha ao casamento, difere em muito quanto às
formalidades que o casamento requer (Vide conceito de União Estável no Tópico 2).
67
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Nesse artigo, Queiroz (2020, s. p.) salienta que muitas mães tinham de
viajar com a certidão de casamento contendo a averbação do divórcio afim de
“justificar a alteração do seu nome com o que estar registrado na identidade
do menor, sendo uma situação desagradável, para muitas[...]” entre outras
situações constrangedoras.
69
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
70
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
DICAS
71
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
72
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
4 REGISTRO DE ÓBITO
Você já deve saber, ou pelo menos imaginar, que o registro de óbito é
feito no Registro Civil das Pessoas Naturais, e que também são exigidos alguns
requisitos para tal. Daqui em diante abordaremos este assunto, encerrando a
Unidade 1 do nosso Livro Didático da disciplina Elementos do Registro Civil das
Pessoas Naturais, Jurídicas e Títulos e Documentos.
De início, pode parecer que o REGISTRO DE ÓBITO não tem muito que
estudar não é verdade? Ledo engano de quem assim pensa. Este estudo, assim
como a maioria dos temas jurídicos, também tem suas vertentes que merecem
um olhar mais acurado. E é o que nos propomos a fazer quando formulamos esta
pesquisa para você, acadêmico.
A morte é certa? Sim, disso ninguém duvida! O que precisamos nos ater
são as consequências jurídicas daí advindas. Apenas para levá-lo a uma pequena
reflexão, apresentamos um rol de alguns questionamentos que, seguramente, no
final dos nossos estudos, você estará capacitado a responder:
ATENCAO
Na Lei nᵒ 6.015/1973 (LRP), em seu Título II, o qual identifica “Do Registro
de Pessoas Naturais”, também apresenta no “Art. 29 São registrados no registro
civil de pessoas naturais: [...] III – os óbitos” (BRASIL, 1973); e na mesma linha das
disposições antes mencionadas, a gratuidade está prevista no “Art. 30 Não serão
cobrados emolumentos pelo registro civil de nascimento e pelo assento de óbito,
bem como pela primeira certidão respectiva” (BRASIL, 1973).
74
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
Já foi estudado, na parte dos LIVROS do Registro Civil, mas não custa
lembrar, acadêmico, que o registro de óbitos é feito no Livro “C”, o qual contém
300 folhas.
A LRP, em seu Art. 49, apresenta uma informação importante que diz
respeito à obrigação que o oficial tem de remeter ao IBGE, dentro dos primeiros 8
(oito) dias dos meses de janeiro, abril, julho e outubro de cada ano, um mapa dos
nascimentos, casamentos e óbitos ocorridos no trimestre anterior.
75
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
4.1 CREMAÇÃO
O § 2ᵒ do Art. 77 dispõe que:
76
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
No caso da análise a seguir, foi morte natural, ou seja, não houve morte
violenta, mas havia um Decreto Municipal que sustentou a decisão do TJ/RJ, em
modificar a decisão do juiz singular:
77
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
Você já percebeu que a questão na prática não é tão simples para os casos
que a legislação prevê autorização judicial. Todavia, é sempre um desafio esses
estudos, seguimos, pois.
No caso julgado em agosto de 2020 pelo TJ/MT, o que precisa ser percebido
foi o pedido do MP quanto à competência que foi desprovido. O caso foi trazido
apenas para exemplificar que o assunto existe, embora incomum:
78
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
NOTA
79
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
80
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
Por fim, a LRP no Art. 88 faculta aos juízes admitir justificação para o assento
de óbito de “pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou
qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre
e não for possível encontrar o cadáver para exame” (BRASIL, 1973).
81
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
NTE
INTERESSA
82
TÓPICO 3 — ALTERAÇÃO DE GÊNERO E NOME/ALTERAÇÃO DO NOME DA GENITORA E REGISTRO DE ÓBITO
LEITURA COMPLEMENTAR
83
UNIDADE 1 — ELEMENTOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS
RESOLVE:
Art. 1ᵒ. Poderá ser requerida, perante o Oficial de Registro Civil competente,
a averbação no registro de nascimento e no de casamento das alterações de
patronímico dos genitores em decorrência de casamento, separação e divórcio,
mediante a apresentação da certidão respectiva.
§ 1ᵒ. O procedimento administrativo previsto no caput deste artigo não depende
de autorização judicial.
§ 2ᵒ. A certidão de nascimento e a de casamento serão emitidas com o nome
mais atual, sem fazer menção sobre a alteração ou o seu motivo, devendo fazer
referência no campo ‘observações’ ao parágrafo único Art. 21 da lei 6.015, de 31
de dezembro de 1973.
§ 3ᵒ. Por ocasião do óbito do(a) cônjuge, poderá o(a) viúvo(a) requerer averbação
para eventual retorno ao nome de solteiro(a).
Art. 2ᵒ. Poderá ser requerida, perante o Oficial de Registro Civil competente, a
averbação do acréscimo do patronímico de genitor ao nome do filho menor de
idade, quando:
I- Houver alteração do nome do genitor em decorrência de separação, divórcio
ou viuvez;
II- O filho tiver sido registrado apenas com o patronímico do outro genitor.
§ 1ᵒ. O procedimento administrativo previsto no caput deste artigo não depende
de autorização judicial.
§ 2ᵒ. Se o filho for maior de dezesseis anos, o acréscimo do patronímico exigirá o
seu consentimento.
§3ᵒ. Somente será averbado o acréscimo do patronímico ao nome do filho menor
de idade, quando o nome do genitor for alterado no registro de nascimento, nos
termos do Art. 1ᵒ, deste Provimento.
§ 4ᵒ. A certidão de nascimento será emitida com o acréscimo do patronímico do
genitor ao nome do filho no respectivo campo, sem fazer menção expressa sobre
a alteração ou seu motivo, devendo fazer referência no campo ‘observações’ ao
parágrafo único do Art. 21 da lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973.
Art. 3ᵒ. Para os fins deste provimento deverão ser respeitadas as tabelas estaduais
de emolumentos, bem como as normas referentes à gratuidade de atos, quando
for o caso.
FONTE: <https://www.anoreg.org.br/site/2019/07/04/provimento-no-82-do-cnj-padroniza-nacio-
nalmente-procedimentos-de-alteracao-do-nome-do-genitor/#:~:text=PQTA-,Provimento%20N%-
C2%BA%2082%20do%20CNJ%20padroniza%20nacionalmente%20procedimentos%20de%20alte-
ra%C3%A7%C3%A3o,genitor%20e%20d%C3%A1%20outras%20providencias>. Acesso em: 5 jan. 2021.
84
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Por ocasião do óbito do(a) cônjuge, poderá o(a) viúvo(a) requerer averbação
para eventual retorno ao nome de solteiro(a).
85
• Falecimento ocorrido em navio brasileiro segue a regra, porém, pode acontecer
de sepultamento no porto, onde será tomado o assento.
CHAMADA
86
AUTOATIVIDADE
I- Patronímico de família.
II- Agnome.
III- Prenome.
87
3 O Registro Civil das Pessoas Naturais recebe novos procedimentos quanto
à averbação no registro de nascimento e no casamento dos filhos, da
alteração do nome do genitor. São novidades na prática registral inseridas
pelo Provimento nᵒ 82/2019. Classifique V para as sentenças verdadeiras e
F para as falsas:
4 No Registro Civil das Pessoas Naturais também serão feitos os assentos dos
óbitos. Esse serviço é gratuito. Todavia, pode ocorrer falecimento, como de
fato ocorre, nos finais de semana. Disserte sobre o serviço do registro do
óbito fora do horário de expediente do cartório. Como funciona e se tem
prazo para se noticiar/declarar ao Registro Civil o óbito?
88
REFERÊNCIAS
ALVES, J. F. O nome do natimorto é um direito humanitário.
Consultor Jurídico, São Paulo, * ago. 2013. Disponível em: https://
www.conjur.com.br/2013-ago-05/jones-figueiredo-nome-natimorto-
direito-humanitario#:~:text=Ao%20nascituro%20que%20nasce%20
sem,personal%C3%ADssimo%20ao%20nome%20e%20sobrenome. Acesso em:
1ᵒ nov. 2020.
89
BRASIL. Lei nᵒ 13.105, de 16 de março de 2015. Código de Processo Civil. Brasília,
DF: Diário Oficial [da] União, [2015]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm. Acesso em: 5 jan. 2021.
90
BRASIL. Lei nᵒ 8.935, de 18 de novembro de 1994. Regulamenta o art. 236 da
Constituição Federal, dispondo sobre serviços notariais e de registro. (Lei dos
cartórios). Brasília, DF: Diário Oficial [da] União, [1994]. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8935.htm. Acesso em: 30 out. 2020.
BRASIL. Lei nᵒ 3.071, de 1ᵒ de janeiro de 1916. Código Civil dos Estados Unidos
do Brasil. Rio de Janeiro: Diário Oficial [da] União, Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l3071.htm. Acesso em: 4 jan. 2021.
91
CAMARGO NETO, M.C.; OLIVEIRA, M. S. Registo civil das pessoas naturais:
parte geral e registro de nascimento. São Paulo: Saraiva, 2014a. (Volume 1).
CASSETTARI, C. 2ª fase para concursos de cartórios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
92
CNJ – CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Provimento nᵒ 28, de 5 de
fevereiro de 2013. Dispõe sobre o registro tardio de nascimento, por Oficial
de Registro Civil das Pessoas Naturais, nas hipóteses que disciplina. Brasília,
DF: CNJ, 2013. Disponível em: https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/atos-
normativos?documento=1730. Acesso em: 30 out. 2020.
93
MALUF, C. A. D.; MALUF, A. C. F. D. Curso de direito de família. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018.
NEGRÃO, T. Código civil e legislação em vigor. 38. ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
NEVES, G. B.; LOYOLA, K.; SILVA, C. M. R. Cartório. 3. ed. São Paulo: Rideel, 2013.
OLIVEIRA, D. Sociologia Jurídica. v. 21, São Paulo: Saraiva, 2011. (Coleção os 10+).
94
RIO DE JANEIRO. Tribunal de Justiça. Agravo de instrumento
0046938-87.2019.8.19.0000. Relator Des. Gilberto Clóvis Farias Matos,
Rio de Janeiro, 1ᵒ de outubro de 2019. Disponível em: https://tj-rj.
jusbrasil.com.br/jurisprudencia/795021029/agravo-de-instrumento-ai-
469388720198190000?ref=feed. Acesso em: 5 jan. 2021.
TARTUCE, F. Manual de direito civil. 11. ed. São Paulo: método, 2020.
VILLAVERDE, A. 2ª fase para concursos de cartórios. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
95
96
UNIDADE 2 —
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
97
98
TÓPICO 1 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo à Unidade 2, Acadêmico! Esta unidade vai revelar
a você um universo muito interessante e, acredite, pouco explorado ou até pouco
falado: é o Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Todavia, nosso cotidiano é cheinho
de situações que estão relacionadas com as atividades dessa Serventia.
Aqui, acadêmico, não vamos nos alongar muito falando o que é o Registro,
como o Oficial chega a esse cargo, porque tudo isso já foi explorado na Unidade
1, quando você estudou o Registro Civil das Pessoas Naturais, lembra? Então,
não sendo repetitivo, mas também para não avançar sem deixar brechas no seu
conhecimento, só vamos relembrar que essas atividades registrais são serviços
públicos, concedidos pelo Estado, com certa autonomia privada e sob a vigilância
e orientação das Corregedorias Geral de Justiça de cada Estado.
Seguimos em frente!
99
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
2 PESSOA JURÍDICA
Para compreender o que é pessoa jurídica nada melhor do que apresentar
um aporte teórico com conceitos escritos por alguns autores, bem como explorar a
legislação vigente a respeito, sem perder de vista, acadêmico que nossa Lei Maior
– a Constituição Federal – já determina, em seu Art. 1ᵒ, IV, que a “livre iniciativa”
é um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito (BRASIL, 1988).
100
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
Para Thelma Fraga apud Mello (2017, p. 368), concebe a pessoa jurídica
como: “’a representação decorrente da união de algumas pessoas naturais e/ou
jurídicas ou, ainda, da destinação de um patrimônio com o intuito da consecução
de certos fins, reconhecida pela ordem jurídica, como sujeito de direitos e
obrigações’”. Na mesma toada, Arnaldo Rizzardo, apud Mello, define a pessoa
jurídica como:
Levantamos aqui uma reflexão: Como fica no caso das atuais sociedades
de uma pessoa só? Esse conceito de todos esses autores que consideram como
fenômeno histórico e social a necessidade do homem em se agrupar, advindo daí
também as pessoas jurídicas. Vale uma análise da sociedade unipessoal ou EIRELI.
ATENCAO
101
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
102
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
E a pessoa jurídica?
É Ramos (2016, p. 175) que nos esclarece “a pessoa jurídica tem sua
personalidade jurídica instituída por lei”. E continua dizendo que “a doutrina
busca explicar a natureza jurídica da pessoa jurídica a partir de duas grandes
teorias: a negativista e a afirmativista”.
I- teoria da ficção: para essa teoria que teve Savigny como um dos
principais defensores, a pessoa jurídica seria um sujeito com
existência ideal, ou seja, fruto da técnica jurídica, uma ficção legal;
II- teoria da realidade objetiva ou organicista: entendia que a pessoa
jurídica não seria fruto da técnica jurídica, mas sim um organismo
social e real, dotado de vontade própria. Clóvis Beviláqua era um
dos fortes defensores dessa teoria;
III- teoria da realidade técnica: trata-se de uma teoria intermediária,
pois aproveita elementos das duas correntes anteriores. Para os
adeptos dessa teoria, a pessoa jurídica é real e não uma ficção,
embora sua personalidade jurídica seja uma construção jurídica.
Assim, a teoria da realidade técnica reconhece a existência da
pessoa jurídica, mas sustenta que sua personalidade jurídica é
uma criação legal. Entende-se que essa teoria é a adotada pelo
Código Civil (Art. 45) (RAMOS, 2016, p. 176).
103
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
104
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
Desse dispositivo do Código Civil (Art. 40), vamos nos ocupar somente
das pessoas jurídicas de direito privado, e ainda assim, só de uma parte, as que
são registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
105
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
E
IMPORTANT
FIGURA 1 – LIVROS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/law-justice-legality-concept-notary-
seal-1158312286>. Acesso em: 4 dez. 2020.
106
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
NOTA
Acadêmico, fique atento! As disposições das leis muitas vezes não foram
revogadas, ou seja, ainda estão em vigor, mas há Provimentos que estabelecem diretrizes
de novos procedimentos, deixando os dispositivos legais, em desuso.
Para nunca mais esquecer, vamos evocar o Art. 119 da LRP, que dispõe
exatamente assim: “A existência legal das pessoas jurídicas só começa com
o registro de seus atos constitutivos” (BRASIL, 1973), e o Parágrafo único
complementa que: “Quando o funcionamento da sociedade depender de
aprovação da autoridade, sem esta não poderá ser feito o registro” (BRASIL,
1973). Perceba a responsabilidade do registrador aqui!
Lamana Paiva e Alvares (2017) apresentam:
107
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
108
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
DICAS
109
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
4 ATOS REGISTRAIS
O Registro Civil das Pessoas Jurídicas é o nascedouro de inúmeras pessoas
jurídicas; todavia, não de todas. As pessoas jurídicas que devem ser registradas
nesse serviço registral serão analisadas no decorrer de nossa apresentação, mas
o que destacaremos neste subtópico são os atos que o registrador pratica, como
o registro e a averbação e, atualmente, o Apostilamento da Haia, que você já
conheceu na Unidade 1.
4.1 REGISTRO
A Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG)
destaca, em relação ao ato praticado pelo registrador, o que é o REGISTRO da
pessoa jurídica:
FONTE: <https://www.anoreg.org.br/site/wp-content/images/logo-anoreg-300.png>.
Acesso em: 3 fev. 2021.
110
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
Para os atos registrais dos sindicatos, das pessoas jurídicas com contrato
social, para matricular empresas de radiodifusão, jornais, oficinas impressoras e
agências de notícias, trataremos juntamente quando abordarmos as respectivas,
nos tópicos seguintes.
111
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
4.2 AVERBAÇÃO
A averbação é o ato registral que é praticado para fazer alterações/
modificações supervenientes ao ato registral, ou seja, no registro efetuado.
112
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
ATENCAO
113
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
NOTA
114
TÓPICO 1 — PESSOA JURÍDICA, LIVROS E ATOS REGISTRAIS
FONTE: <https://ennor.org.br/site/2020/06/26/em-Webinar-da-ennor-especialistas-elogiam-
servico-de-apostilamento-realizado-no-brasil/>. Acesso em: 3 fev. 2021.
115
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
116
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Existem três áreas distintas de pessoa física: Direito Civil, Direito Empresarial
e Direito Público.
• O Registro da pessoa jurídica no RCPJ é o que faz nascer uma nova pessoa jurídica
e o ato de averbação é o que altera ou modifica algum registro já praticado, bem
como, por averbação também se dá a dissolução da pessoa jurídica.
117
• O registro integral dos documentos consiste na transladação dos mesmos, com
a mesma ortografia e pontuação, com referências às entrelinhas ou quaisquer
acréscimos, alterações, defeitos ou vícios que tiver o original apresentado,
e, bem assim, com menção precisa aos seus característicos exteriores e às
formalidades legais (REGISTRO, 2021).
118
AUTOATIVIDADE
119
( ) A denominação, os fins, a sede, o tempo de duração e o fundo social,
quando houver.
( ) As condições de extinção da pessoa jurídica, porém, o destino do seu
patrimônio, pode ser informado no ato da dissolução.
( ) O modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial
e extrajudicialmente.
120
TÓPICO 2 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico e no próximo, trabalharemos diretamente com as pessoas
jurídicas que são registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Porém,
faz-se mister que iniciemos nossos estudos com a apresentação dos requisitos
que cada modalidade deve apresentar para instruir o pedido de registro nessa
Serventia Registral.
Para os Partidos Políticos, tem novidade, então, fique bem atento, para
saber se esse registro continua no rol das pessoas jurídicas registráveis no Ofício
de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
121
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
2 ASPECTOS LEGAIS
Já é da Lei Maior, inciso IV do Artigo 1ᵒ – Constituição da República
Federativa do Brasil – o dispositivo que os “valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa”, fundamentam nosso Estado Democrático de Direito (BRASIL, 1988).
Com esses “valores da livre iniciativa”, acadêmico, para uma Sociedade que se
destaca pelo empreendedorismo, somado ao modo como isso se configura na
prática, é como você será conduzido a compreender esta nova fase do estudo,
iniciando pela Lei nᵒ 6.015/1973 – Lei de Registros Públicos, a qual dispõe:
122
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
123
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
124
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
NTE
INTERESSA
Deve ter ficado claro para você acadêmico, que, assim como uma pessoa,
ao nascer, deve ser registrada – matéria que já estudamos na Unidade 1 – estas
entidades, chamadas pessoas jurídicas, devem também ser registradas no Registro
Civil das Pessoas Jurídicas para serem constituídas.
DICAS
125
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
3 ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
Interessante que sempre que falamos ou ouvimos a expressão Organizações
religiosas, logo vem em nossa mente a imagem de um templo, não é mesmo
acadêmico? Por essa razão trouxemos a Figura 6.
FONTE: https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/behind-trang-church-religious-
organization-city-1465116071. Acesso em 7 dez. 2020.
Nossa Constituição Federal, no Art. 5ᵒ, dispõe que “Todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”:
[...]
VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na
forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII- é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII- ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa
ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para
eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a
cumprir prestação alternativa, fixada em lei (BRASIL, 1988).
126
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
3.1 CONCEITO
Ao destacarmos o conceito de Organizações Religiosas, buscamos
referendá-lo em dicionário jurídico e na doutrina. No Dicionário Jurídico
(ORGANIZAÇÕES, 2021, s. p.), encontramos:
127
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
Também para Monello (2012, s. p., grifo nosso) “As organizações religiosas
são constituídas sob o manto confessional. São portadoras de um direito próprio que
regula e disciplina sua vida, organização e atividades”. O autor também aponta
alguns exemplos como: “Igrejas, Dioceses, Prelazias, Mitras, Ordens, Congregações,
Institutos de Vida Consagrada, Institutos de Vida Apostólica e outras”.
NTE
INTERESSA
128
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
129
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
130
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
131
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
132
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
[...]
III - que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio
líquido seja transferido a outra pessoa jurídica de igual natureza
que preencha os requisitos desta Lei e cujo objeto social seja,
preferencialmente, o mesmo da entidade extinta; (Redação dada pela
Lei nᵒ 13.204, de 2015)
[...]
§ 2ᵒ Serão dispensadas do atendimento ao disposto nos incisos I e
III as organizações religiosas. (Incluído pela Lei nᵒ 13.204, de 2015)
(BRASIL, 2014, grifo nosso).
133
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
ATENCAO
134
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
135
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
4 PARTIDOS POLÍTICOS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/people-involved-politics-vector-flat-
isolated-1552766414>. Acesso em: 10 dez. 2020.
136
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
4.1 CONCEITO
Os partidos políticos recebem como definição jurídica: uma organização
de direito privado que congrega uma união voluntária de cidadãos com afinidades
ideológicas e políticas, organizadas e com disciplina, com o objetivo de disputar
o poder político.
Todavia, prezado acadêmico, o que você encontrará pela frente com todo
o escorço legislativo e a necessidade do registro no Ofício Civil de Registro de
Pessoas Jurídicas, já não é mais assim, pois a Lei nᵒ 14.063, de 23 de setembro de
2020, dispõe:
137
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
O § 5ᵒ do Art. 17 aponta que “ao eleito por partido que não preencher
os requisitos previstos no § 3ᵒ deste artigo é assegurado o mandato e facultada
à filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não
sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo
partidário [...]”. O § 3ᵒ do mesmo Art. 17 menciona quem terá direito aos recursos
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, dispondo uma
sequência gradual.
138
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
139
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
140
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
Com relação à fusão de partido político, assevera o “Art. 29. Por decisão
de seus órgãos nacionais de deliberação, dois ou mais partidos poderão fundir-se
num só ou incorporar-se um ao outro” (BRASIL, 1995). E, quanto ao registro de
“novo partido”, a competência do Registro Civil de Pessoa Jurídica, está disposta
no “§ 4ᵒ Na hipótese de fusão, a existência legal do novo partido tem início com
o registro, no Ofício Civil competente da sede do novo partido, do estatuto e do
programa, cujo requerimento deve ser acompanhado das atas das decisões dos
órgãos competentes (Redação dada pela Lei nᵒ 13.877, de 2019)” (BRASIL, 1995).
141
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
142
TÓPICO 2 — ASPECTOS LEGAIS, ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS E PARTIDOS POLÍTICOS
FONTE: <https://www.anoreg.org.br/site/wp-content/uploads/2020/04/
bloggif_5e864d62b0d94.jpeg>. Acesso em: 7 dez. 2020.
143
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
144
AUTOATIVIDADE
145
( ) As sociedades de advogados são registradas na OAB, inclusive há uma
proibição legal de se registrar uma sociedade de advogados no RCPJ.
( ) As organizações religiosas são registradas na Junta Comercial do Estado.
Entendendo-se Estado Membro da Federação. Sendo Igreja Católica, há
regramento próprio.
( ) A Igreja Católica é dotada de personalidade jurídica internacional.
146
TÓPICO 3 —
UNIDADE 2
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, no Tópico 3, abordaremos as demais pessoas jurídicas que são
registradas no Registro Civil das Pessoas Jurídicas. Dentre as pessoas jurídicas,
no tópico anterior, analisamos as Organizações Religiosas e os Partidos Políticos.
Este último, conforme previsão da novel Lei nᵒ 14.063 de 23 de setembro de 2020,
já não mais necessita do registro no RCPJ.
147
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
2 ASSOCIAÇÕES
FIGURA 9 – ASSOCIAÇÕES
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/association-groups-people-
meeting-club-membership-402874261>. Acesso em: 8 jan. 2021.
2.1 CONCEITO
As associações são entidades de direito privado que se constituem
pela reunião de pessoas físicas, que objetivam determinado fim comum, não
lucrativo e lícito.
148
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
149
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
E
IMPORTANT
Documentação Necessária
Notas:
• É necessário constar da ata ou de relação à parte, firmada pelo representante legal, os
nomes dos sócios fundadores e dos membros da diretoria, com o respectivo mandato,
mencionando-se o estado civil, nacionalidade, profissão, documento de identidade
e órgão expedidor, número do CPF, residência e domicílio de cada um deles, data de
nascimento dos solteiros e cópia autenticada da CI de estrangeiro com visto permanente,
exceto maior de 65 anos;
• Havendo associado, pessoa jurídica, a sua qualificação compreenderá nome, endereço
completo e, se sediada no país, o número de identificação do Registro de Empresas
(NIRE) ou do Cartório competente, data de registro no Órgão e o número do CNPJ.
• Declaração de desimpedimento dos sócios diretores, se não constar no Estatuto Social.
• Cópia autenticada do CPF e dos Documentos de Identidade - RG dos sócios.
FONTE: <https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/PE/Anexos/ROTEIRO%20
ASSOCIA%C3%87%C3%83O.pdf>. Acesso em: 1ᵒ fev. 2021.
150
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
3 FUNDAÇÕES
FIGURA 10 – FUNDAÇÕES
151
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
3.1 CONCEITO
As fundações, conforme Paiva e Alvares (2017, p. 57), “são, basicamente,
a personificação de um patrimônio, afetado a determinada finalidade, de acordo
com a manifestação de vontade de seu instituidor”. Registram os autores, que
no início do século XX não havia essa figura conhecida no "direito nacional
escrito”, surgindo com o Código Civil de 1916 e uma das primeiras manifestações
jurisprudenciais a seu respeito foi proferida em 1912 pelo TJSP (RT3/310).
152
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
O segundo artigo, que essa Lei dispõe sobre as Fundações, é o Art. 120,
que expressa o ato registral em si, ou seja, o ato do registrador.
E
IMPORTANT
153
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
Art. 62. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública
ou testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se
destina, e declarando, se quiser, a maneira de administrá-la.
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins
de: (Redação dada pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
I- assistência social; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
II- cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico; (Incluído
pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
III- educação; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
IV- saúde; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
V- segurança alimentar e nutricional; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
VI- defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do
desenvolvimento sustentável; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
VII- pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias alternativas,
modernização de sistemas de gestão, produção e divulgação de
informações e conhecimentos técnicos e científicos; (Incluído pela Lei nᵒ
13.151, de 2015)
VIII- promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos
humanos; (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
IX- atividades religiosas; e (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
X- (VETADO) (Incluído pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
Art. 64. Constituída a fundação por negócio jurídico entre vivos, o instituidor
é obrigado a transferir-lhe a propriedade, ou outro direito real, sobre os bens
dotados, e, se não o fizer, serão registrados, em nome dela, por mandado judicial.
Art. 66. Velará pelas fundações o Ministério Público do Estado onde situadas.
§ 1 ᵒ Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o encargo ao
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. (Redação dada pela Lei nᵒ
13.151, de 2015)
§ 2ᵒ Se estenderem a atividade por mais de um Estado, caberá o encargo, em
cada um deles, ao respectivo Ministério Público.
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister que a reforma:
154
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
I- seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e representar a
fundação;
II- não contrarie ou desvirtue o fim desta;
III- seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo de 45
(quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o Ministério Público a
denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento do interessado. (Redação
dada pela Lei nᵒ 13.151, de 2015)
Art. 68. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se
quiser, em dez dias.
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação,
ou vencido o prazo de sua existência, o órgão do Ministério Público, ou qualquer
interessado, lhe promoverá a extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo
disposição em contrário no ato constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação,
designada pelo juiz, que se proponha a fim igual ou semelhante.
FONTE: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm>.
Acesso em: 3 fev. 2021.
NOTA
155
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
FONTE: <https://www.cjf.jus.br/cjf/cjf/corregedoria-da-justica-federal/centro-de-estudos-
judiciarios-1>. Acesso em: 1ᵒ fev. 2021.
156
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
[...]
Art. 121. Para o registro serão apresentadas duas vias do estatuto,
compromisso ou contrato, pelas quais se fará o registro mediante
petição do representante legal da sociedade, lançando o oficial, nas
duas vias, a competente certidão do registro, com o respectivo número
de ordem, livro e folha. Uma das vias será entregue ao representante
e a outra arquivada em cartório, rubricando o oficial as folhas em que
estiver impresso o contrato, compromisso ou estatuto (Redação dada
pela Lei nᵒ 9.042, de 1995) (BRASIL, 1973, grifo nosso).
4 SOCIEDADES
FIGURA 11 - SOCIEDADES
FONTE:<https://www.shutterstock.com/pt/image-illustration/yellow-simple-circle-group-
businessman-infographics-417951655>. Acesso em: 9 jan. 21.
157
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
4.1 CONCEITO
Atualmente, no Direito brasileiro, encontramos as sociedades simples e as
sociedades empresárias, conforme nova sistematização do Código Civil, pois, esta
divisão substitui a antiga que contemplava em sociedades civis e comerciais.
Observe acadêmico, que para nosso estudo, partindo dessa divisão, nos
interessa apenas as sociedades simples, pois, na expressa dicção do Art. 998
do Código Civil, que trata das sociedades simples, colhemos que: “Nos trinta
dias subsequentes à sua constituição, a sociedade deverá requerer a inscrição do
contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurídicas do local de sua sede”
(BRASIL, 2002, grifo nosso).
158
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
ATENCAO
159
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
160
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
161
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
5 SINDICATOS
FIGURA 12 – SINDICATOS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/trade-union-worker-protests-activist-
policy-1837077160>. Acesso em: 9 jan. 21.
162
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
5.1 CONCEITO
O conceito de sindicato torna-se muitas vezes, o que podemos chamar
de impuro, porque, para a maioria dos doutrinadores, ele está como sinônimo
de associação.
A doutrina de Martinez (2013, s. p.), não destoa dessa afirmação: “No que
tange especificamente à liberdade sindical, a primeira Constituição a consagrá-
la e a distingui-la da liberdade genérica de associação foi mesmo a mexicana de
1917 (Art. 123, A, XVI), seguida da weimariana de 1919 (Art. 159)”.
163
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
Observa também o autor que, por outro lado, “os beneficiários da liberdade
sindical precisam ser expressamente reconhecidos como tais pelo sistema jurídico
instituidor [...], o que não acontece com a liberdade genérica de associação,
outorgada para quem quer que seja, indistintamente, observado apenas os limites
dos fins a que se destina” (MARTINEZ, 2013, s. p.)
164
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
E, ainda:
165
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/pr-marketing-campaign-public-
relations-announcements-1604886502>. Acesso em: 9 jan. 2021.
166
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
167
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
168
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
FIGURA 14 - PERIÓDICOS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/stack-magazines-250261546>.
Acesso em: 9 jan. 2021.
169
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
FONTE:<https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/large-offset-printing-press-magazine-
running-1642906555>. Acesso em: 9 jan. 2021.
170
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/brasilia-federal-district-brazil-
december-20-1885855189>. Acesso em: 9 jan. 2021.
171
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
• designação da emissora;
• sede da administração;
• local de instalação do estúdio;
• nome, idade, residência e prova de nacionalidade do diretor ou redator-
chefe, responsável pelos serviços de notícias, reportagens, comentários,
debates e entrevistas.
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/moscow-mar-5-employees-work-
office-159814607>. Acesso em: 9 de jan. 2021.
172
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
173
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
Rubens Requião menciona que deveria ter sido criado capítulo do Código
Civil com regrais gerais de Direito Societário porque a legislação da sociedade
simples é subsidiária para as regidas pelo Código Civil [1].
174
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
2 REGISTRO
3 PLURIPESSOALIDADE
175
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
Pode o incapaz ser sócio, conforme o Artigo 974 §3° do Código Civil,
no entanto, existem requisitos cumulativos: Devidamente assistido ou
representado; Necessário que não exerça administração; O Capital Social deve
estar totalmente integralizado.
4 QUOTAS SOCIAIS
Entende-se por Sócio Remisso, o sócio que não integralizou suas cotas
sociais. O Artigo 1004 do Código Civil, Parágrafo único menciona que:
Indenização é ajuizar uma ação para cobrar o percentual que ele está
devendo, Exclusão é retirada da sociedade e a Redução da cota ao valor que
ele integralizou, consiste em diminuir a porcentagem na sociedade ao valor
que foi pago.
176
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
5 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO
Pelo Artigo 997 do Código Civil, VIII, O contrato Social vai estabelecer se o
sócio responde ou não por dívidas da sociedade de forma: Limitada ou Ilimitada,
Subsidiária ou Solidária. Se for limitada, o sócio não responde por dívidas da
sociedade, no caso da Ilimitada o sócio responderá por dívidas da sociedade.
Para prazo Determinado terá que ser por justa causa e judicialmente, já
para prazo Indeterminado não precisa de justa causa, ou seja, não precisa de
medida judicial. É preciso que se tenha de notificar os demais sócios com uma
antecedência de sessenta dias.
177
UNIDADE 2 — REGISTRO CIVIL DE PESSOA JURÍDICA
7 ADMINISTRADOR
8 DISSOLUÇÃO
178
TÓPICO 3 — PESSOAS JURÍDICAS COM REGISTRO NO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS
FONTE: <https://conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/51460/sociedade-simples-no-
codigo-civil-brasileiro>. Acesso em: 9 de jan. 21.
179
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
180
• No Registro Civil de Pessoas Jurídicas também são realizadas as matrículas
de meios de comunicações, como jornais e outros periódicos; oficinas
impressoras; empresas de radiodifusão e agência de notícias.
CHAMADA
181
AUTOATIVIDADE
a) ( ) As sociedades simples.
b) ( ) As sociedades empresárias.
c) ( ) As sociedades anônimas.
d) ( ) A EIRELI que tem característica empresarial.
182
( ) Para todos os atos dos meios de comunicação, é possível, por averbação,
proceder as alterações que houver posterior ao registro, em qualquer das
declarações ou documentos apresentados por ocasião da matrícula, com
prazo de dez dias.
( ) Para cada ato que for requerer averbação para alterar as informações e/ou
o documentos que instruíram o requerimento do registro da matrícula,
deve corresponder um requerimento respectivo.
183
REFERÊNCIAS
AGUIAR JÚNIOR, R. R. (coord.). Jornadas de Direito Civil I, III, IV e V
enunciados aprovados. Brasília, DF: Conselho de Justiça Federal, Centro de
Estudos Judiciários 2012. Disponível em: https://www.cjf.jus.br/cjf/corregedoria-
da-justica-federal/centro-de-estudos-judiciarios-1/publicacoes-1/jornadas-cej/
EnunciadosAprovados-Jornadas-1345.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020.
184
BRASIL. Lei nᵒ 13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico
das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade
civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de
interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos
previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define
diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de cooperação com
organizações da sociedade civil; e altera as Leis nᵒs 8.429, de 2 de junho de 1992, e
9.790, de 23 de março de 1999. (Redação dada pela Lei nᵒ 13.204, de 2015). Brasília,
DF: Diário Oficial [da] União, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13019.htm. Acesso em: 3 fev. 2021.
185
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988. Brasília, DF: Presidência da República, 1988. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 5 dez. 2020.
186
LACERDA, A. Câmara aprova MP que regula assinatura eletrônica de
documentos. ANOREG/BR, Brasília, DF, c2021. Disponível em: https://www.
anoreg.org.br/site/2020/08/12/clipping-uol-camara-aprova-mp-que-regula-
assinatura-eletronica-de-documentos/. Acesso em: 3 fev. 2021.
MELLO, C. M. Direito Civil: parte geral. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2017.
PAIVA, J. P. L.; ALVARES, P. B. Registro civil das pessoas jurídicas. 2. ed. São
Paulo: Saraiva, 2017.
187
SEBRAE. Roteiro para registro de Associação. Recife: Sebrae/PE, c2021. https://
www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/PE/Anexos/ROTEIRO%20
ASSOCIA%C3%87%C3%83O.pdf. Acesso em: 8 jan. 2021.
SINDICATO. In: Conceito de, [S. l.], 2020. Disponível em: https://conceito.de/
sindicato. Acesso em: 9 jan. 2021.
188
UNIDADE 3 —
REGISTRO DE TÍTULOS E
DOCUMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
CHAMADA
189
190
TÓPICO 1 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, neste tópico apresentamos a você uma breve história do
Registro de Títulos e Documentos para melhor situá-lo no contexto da matéria
e, ao final, levá-lo a concluir se atualmente essa prestação de serviço ainda é
essencial, frente aos avanços tecnológicos.
Ao longo do estudo você deve ter sempre em mente que estamos numa
era digital e que isso não tem mais volta, por mais romanceada que a história
possa se nos apresentar.
191
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Comentam Paiva e Alvares (2018, s. p., grifo do original) que mesmo com
todo esse entusiasmo, “O problema que surgiu, logo a seguir, foi resolver como
os escritos poderiam ter fé ou confiabilidade suficiente para que se afirmassem
como verdadeiros, autênticos, originais, quando realizados no passado, de modo
a serem respeitados, produzindo efeitos no futuro”.
Paiva e Alvares (2018, s. p., grifo do original) deduzem que “daí surgiu a
atividade dos escreventes como encargo de caráter público” (pessoas incumbidas
pelo governo) para escreverem o que a população declarasse perante eles; tinham
a prerrogativa da autenticidade e guardavam consigo tais escritos para serem
consultados, no caso de surgimento de dúvidas futuras das declarações prestadas
ou pactos realizados.
192
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
Por isso, ao tecerem esse relato, Paiva e Alvares (2018) o fazem com a
memória da tradição histórica do caráter cumulativo de atribuir-se ao mesmo
Oficial do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, o Registro de Títulos e Documentos.
193
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
FONTE: <https://www.anoreg.org.br/site/wp-content/uploads/2018/08/bloggif_5b72e701a58b3.jpeg>.
Acesso em: 9 fev. 2021.
194
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
DICAS
TUROS
ESTUDOS FU
Perceba, acadêmico, que na gama dos serviços apresentados pela Central RTDJ
Brasil (Figura 3), aparece a coleta de assinaturas com certificado digital e autenticação de
LIVRO SPED. Sobre o “LIVRO SPED”, veja as anotações adiante, no Subtópico 5.4.
195
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
196
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
Os limites da ação do Estado, por seus agentes, também devem ser fixados,
ante a cidadania, inclusive no âmbito dos registros públicos.
197
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
4 CONCEITO
O vocábulo registrar, desde as primeiras civilizações, sempre teve um
sentido básico de consignar por escrito, inscrever, historiar, como bem nos
lembram Paiva e Alvares (2018).
198
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
5 ATRIBUIÇÕES
As atribuições dos Registros de Títulos e Documentos estão dispostas nos
Arts. 127 e seguintes da Lei nᵒ 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros
Públicos), e visam arquivar, dar publicidade, dar validade inclusive contra
terceiros e perpetuar os negócios realizados entre pessoas físicas e/ou jurídicas.
Não é demais repetir, acadêmico, que as principais funções no Registro
de Títulos e Documentos são a publicidade e a conservação de documentos em
sentido amplo para a produção de efeitos jurídicos perante terceiros, fixando o ato
praticado no tempo e no espaço, ou seja, definindo quando e onde foi registrado,
que, nas palavras de Demchuk (2020, p. 89), “para fixação da data do documento
evitando a simulação, bem como para mera conservação de meio de prova ou
início de prova escrita”. A autora também enfatiza que outra função importante
do RTD é a de notificar as pessoas indicadas pelo interessado, atendendo seu
pedido escrito e mediante pagamento de emolumentos e diligências devidos. A
notificação será realizada pelo registrador ou escrevente autorizado, assegurando
se a notificação foi recebida ou recusada (DEMCHUK, 2020).
TUROS
ESTUDOS FU
5.1 REGISTRO
A Associação dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG),
apresenta, em seu sítio eletrônico, específicamente “o que é” o registro de
títulos e documentos e “como é feito”, conforme você pode contemplar no
excerto a seguir:
O que é?
O registro de títulos e documentos é uma forma de garantir autenticidade,
conservação, publicidade e segurança de um documento original.
Qualquer documento registrado tem uma segurança permanente. Você
não precisa mais se preocupar com o extravio da sua via. Isto porque, a
qualquer tempo, poderá obter uma cópia idêntica e com a fé pública de
que o Cartório dispõe. Essa certidão tem o mesmo valor do original, em
juízo ou fora dele. Qualquer tipo de documento pode ser registrado em
RTD para efeito de conservação, garantindo sua data e a integralidade do
texto (inciso VII, Art. 127, da Lei 6.015/73).
199
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Como é feito?
Para realizar o registro de um título ou documento basta comparecer
a um cartório do registro de títulos e documentos, munido do
documento original ao qual se deseja registrar (REGISTRO, 2020).
5.2 AVERBAÇÃO
Sobre a averbação, no Registro de Títulos e Documentos, a Associação
dos Notários e Registradores do Brasil (ANOREG), também apresenta em seu
sítio eletrônico, didaticamente, “o que é”, “como é feito” e dá uma referência de
“quanto custa”.
O que é?
É o ato de anotar um fato jurídico que modifica ou cancela o conteúdo de
um registro e é feita na sua margem direita já apropriada para este fim.
Como é feito?
Para realizar a averbação em um registro de título e documento, o
interessado deve comparecer ao cartório munido dos documentos com
a averbação que será feita, para que o registrador realize a correção no
documento depositado na serventia.
Quanto custa?
O preço é tabelado por lei em todos os cartórios do País. Para verificar
os valores, consulte Tabela de Emolumentos (AVERBAÇÃO, 2021, s. p.).
Daremos continuidade com outra atividade do Registro de Títulos e
Documentos, também conhecida de outras serventias registrais – a certidão.
200
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
5.3 CERTIDÃO
Outra importante função do registrador é a emissão de certidões. “Os
oficiais de registro estão obrigados a fornecer às partes as informações solicitadas,
o que se realiza, ordinariamente, por meio de certidões, por eles lavradas, acerca
do que lhes for requerido” (PAIVA; ALVARES, 2018, s. p.).
O que é?
Certidões são a reprodução autêntica do documento original registrado
a partir da sua imagem arquivada em microfilme.
Como é feito?
As certidões extraídas em Títulos e Documentos têm o mesmo valor
do original, conforme dispõe o Artigo 217 do Código Civil:
‘Art. 217. Terão também a mesma força probante os translado e as
certidões extraídas por tabelião ou oficial de registro, de instrumentos
ou documentos lançados em suas notas. ’
Assim, em muitos casos, é saudável utilizar a certidão e manter
guardado o original de um documento importante. Deve-se também
considerar a tranquilidade de ter um documento importante
registrado, no caso dele ser extraviado, perdido, destruído etc.
O registro garante a certidão que pode ser extraída sem burocracia
e sem dificuldades, pois, conforme previsto no Artigo 17 da Lei de
Registros Públicos, “qualquer pessoa pode requerer certidão do
registro sem informar ao oficial ou aos funcionários o motivo ou
interesse do pedido”.
Quanto custa?
O preço é tabelado por lei em todos os cartórios do País. Para verificar
os valores, consulte Tabela de Emolumentos (CERTIDÕES, 2021, s. p.).
201
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
O artigo de Júlio César Teixeira (2019, s. p., grifo nosso) nos orienta com
relação à criação do SPED: “O germe do SPED está contido na Lei 9.989/2000
(Plano Plurianual), na qual havia a previsão da modernização das administrações
tributárias e aduaneiras”.
E o autor conclui que “Após várias idas e vindas, sejam por questões
econômicas ou políticas, em 2007, foi editado o Decreto 6.022, que efetivamente
criou o SPED” (TEIXEIRA, 2019, s. p.).
FONTE: <https://fia.com.br/blog/wp-content/uploads/2019/01/SPED-o-que-e-para-que-serve-
como-fazer-guia-completo-730x487.jpg>. Acesso em: 9 fev. 2021.
202
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
O que é?
Como é feito?
203
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Onde fazer?
Quanto custa?
FONTE: <https://www.anoreg.org.br/site/atos-extrajudiciais/registro-civil/
apostilamento/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%3F,selo%20ou%20carimbo%20de%20
institui%C3%A7%C3%A3o)>. Acesso em: 8 fev. 2021.
6 LIVROS
A Lei de Registros Públicos dispõe no Art. 132, I a IV, que existem os
seguintes livros:
204
TÓPICO 1 — BREVE HISTÓRICO / PRINCÍPIOS / ATRIBUIÇÕES E LIVROS
Esses livros devem conter 300 (trezentas) folhas; todavia, fica a critério
do registrador a adoção de livros com menos quantidade de folhas, conforme
julgue conveniente segundo sua organização técnica, podendo reduzir para até
100 (cem) folhas, conforme reza o Art. 5ᵒ da LRP.
Segundo Paiva e Alvares (2018, s. p.) “Desde o advento da LRP, não mais
é necessário submeter à aprovação do juiz competente a abertura e encerramento
dos livros de escrituração do serviço registral (Art. 4ᵒ da Lei n. 6.015/73), ficando
essa tarefa a cargo do oficial do registro”. Nos termos do § 1ᵒ do Art. 3ᵒ da LRP,
as dimensões dos livros serão estabelecidas pelo registrador de acordo com a
conveniência do serviço.
Conforme reza o Art. 133 da LRP: “Na parte superior de cada página
do livro se escreverá o título, a letra com o número e o ano em que começar”
(BRASIL, 1973).
205
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
206
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
207
AUTOATIVIDADE
208
3 As atribuições do Registro de Títulos e Documentos visam arquivar, dar
publicidade, dar validade aos atos jurídicos convertidos em documentos,
inclusive, contra terceiros, e perpetuar os negócios realizados entre pessoas
físicas e/ou jurídicas. Para tanto, são praticados alguns atos. Classifique V
para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) Registro.
( ) Apostilamento de cartas.
( ) Averbação.
209
210
TÓPICO 2 —
UNIDADE 3
DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, acadêmico, abordaremos as espécies de documentos
registráveis no Registro de Títulos e Documentos. Contudo, você ainda deve
estar se perguntando: isso realmente é necessário, ou é um serviço facultativo às
pessoas? Se for facultativo, por que tanta preocupação, não é mesmo? E, qual a
importância e validade de se registrar um documento?
Começa a ficar interessante, quando o que temos a fazer é buscar as
respostas, certo? E é com esta motivação que iniciamos mais este tópico para levar
a você, acadêmico, as informações deste importante tema, e já podemos adiantar,
que: SIM(!), o serviço do Registro de Títulos e Documentos, diferente do Registro
Civil de Pessoas Naturais e Jurídicas, é facultativo; todavia, deveras importante,
por conservar no tempo e no espaço os atos e fatos jurídicos, dando proteção e
assegurando veracidade – o que resulta em segurança jurídica.
211
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
E
IMPORTANT
Entenda a importância
Apesar de não muito divulgado o registro de títulos e
documentos possui 5 princípios básicos, observe:
• Autenticidade de data.
• Valor igual ao do original.
• Prioridade – a ordem de protocolo é capaz de determinar a ordem
do registro.
• Competência residual (CARTÓRIO, 2021, s. p., grifo do original).
212
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
Nessa toada, a notícia também afirma que “Vanuza Arruda também foi
incisiva na defesa do relevante papel dos cartórios de RTDPJ na garantia da
segurança para os negócios” (ENCONTRO, 2019, s. p., grifo nosso). E, enfatiza
com as próprias palavras da palestrante:
213
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
FONTE: <https://www.cartoriorgipoxoreu.com.br/novo/titulos-e-documentos/
procedimentos-para-registro-de-titulos-e-documentos/>. Acesso em: 9 fev. 2021.
214
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
O autor cita como exemplo o disposto no Art. 129 e seu § 6ᵒ da LRP, que
dispõe: “todos os documentos de procedência estrangeira, acompanhados das
respectivas traduções, para produzirem efeitos em repartições da União, dos
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou em qualquer
instância, juízo ou tribunal” (CAMARGO, 2017, p. 2); que são pouco lembrados
comumente. Explicando que o efeito erga omnes, significa atingir a todos ou
“contra todos”, Camargo (2017, p. 2) enfatiza que “A essência de se registrar um
contrato ou um instrumento particular no RTD é a publicidade e os repisados
efeitos erga omnes, ou seja, contra todos”.
Ainda sobre os títulos, Paiva e Alvares (2018, s. p., grifo do original) ensina
que “A doutrina esclarece que há títulos em sentido próprio e títulos em sentido
impróprio. Título em sentido próprio refere-se ao título causal de um registro. Diz
respeito ao fundamento do feito ou obrigação que se quer registrar, só pode ser
outorgado pelo titular do direito”.
Incluem-se nessa categoria os títulos elencados nos Arts. 127 e 129 além
daqueles do Art. 167, I, todos da LRP.
216
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
NOTA
FONTE: <https://www.ebradi.com.br/coluna-ebradi/numerus-clausus-numerusclausus-
ou-numeru-clausu/>. Acesso em: 9 fev. 2021.
217
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
218
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
FONTE: A autora
219
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
DICAS
Veja uma listagem dos documentos que podem ser registrados, disponível no
site da ANOREG/BR: https://bit.ly/3a1zmCb.
NTE
INTERESSA
FONTE: <https://www.cartorio24horas.com.br/cartorio/registro-de-titulos-documentos>.
Acesso em: 9 fev. 2021.
220
TÓPICO 2 — DOCUMENTOS REGISTRÁVEIS
DICAS
Acadêmico, você sabia que a UNIASSELVI tem uma Biblioteca Virtual com
uma enorme gama de publicações? Nela você vai encontrar o e-book Registro de títulos
e documentos de João Pedro Lamana Paiva e Pércio Brasil Alvares. Convidamos você a
acessar em seu AVA: bibliotecavirtual.uniasselvi.com.br.
5.1 ACORDO
Se buscarmos o conceito operacional para a categoria “acordo”,
encontraremos, em Paiva e Alvares (2018, s. p.), para quem:
5.2 AGÊNCIA
O contrato de agência é o “negócio jurídico em que uma pessoa, física
ou jurídica, assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência,
a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização
de certos negócios, em zona determinada” (GAGLIANO; PAMPLONA FILHO,
2017, p. 498-499).
221
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Dessarte, acadêmico, você está sendo desafiado a buscar cada uma dessas
espécies de documentos e/ou contratos/títulos para contemplar o conceito de cada
uma das modalidades, porque, conforme já informamos, são mais de 140 espécies, e,
a disposição aqui, tornaria seu livro deveras enfadonho, supomos, não é não? Além
do que, tiraríamos de você a oportunidade da pesquisa bibliográfica na fonte.
222
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
223
AUTOATIVIDADE
224
( ) Todo documento registrado em Títulos e Documentos prova o texto e a data.
( ) Todo documento registrado, embora dê muitas garantias às partes, pode
ser alegado desconhecimento, em razão do caráter “facultativo” do
registro, que não é obrigatório.
( ) Todo documento registrado garante a publicidade.
225
226
TÓPICO 3 —
UNIDADE 3
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico, com este Tópico 3, vamos encerrar nosso Livro Didático,
no qual tivemos a oportunidade de estudar importantes temas dos Registros
Públicos. Nas Unidades 1 e 2 analisamos o Registro Civil de Pessoas Naturais e
Registro Civil de Pessoas Jurídicas, respectivamente.
227
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
ATENCAO
Seguimos, pois!
2 LEGISLAÇÕES PERTINENTES
Conforme anunciado anteriormente, apresentaremos esse lastro
legislativo antes de contemplar o último ponto das atribuições do Registro de
Títulos e Documentos, que são as notificações.
FIGURA 5 – LEIS/DECRETOS
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/international-human-rights-day-
concept-wooden-457119424>. Acesso em: 9 fev. 2021.
228
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
229
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
FONTE: A autora
E
IMPORTANT
FONTE: A autora
230
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
DICAS
Acadêmico, você pode ficar por dentro de cada ato do CNJ, acessando o
endereço: https://www.cnj.jus.br/atos_normativos/.
2.3.1 Recomendações
A Recomendação nᵒ 38, de 19 de junho de 2019, dispõe sobre a
necessidade de observância das decisões emanadas da Corregedoria Nacional de
Justiça. Dentre às suas considerações, extrai-se:
231
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
2.3.2 Provimentos
Igualmente, os provimentos mais recentes do CNJ, apresentaremos
no Quadro 4, pois entendemos que esta forma visual lhe proporciona melhor
entendimento, ou melhor clareza, acadêmico:
QUADRO 4 – PROVIMENTOS
232
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
FONTE: A autora
233
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
234
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
3 NOTIFICAÇÃO
O que é notificar? “Comunicar, fazer com que uma notícia, um aviso,
um informe se torne conhecido [...] Anunciar, fazer um aviso solene [...]”
(NOTIFICAR, 2021, s. p.). Dessa feita, é fazer algo conhecido formalmente.
3.1 CONCEITO
O que vem a ser uma notificação? No vocabulário jurídico – e é este que
nos interessa –, encontramos:
235
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
3.2 PROCEDIMENTOS
A Notificação Extrajudicial por meio do Registro de Títulos e
Documentos é bastante utilizada, os exemplos mais comuns entre particulares
são notificações de término de contrato de locação, inadimplementos e
situações do gênero. Com relação ao seu procedimento: “[...] qualquer pessoa
pode elaborar uma notificação, seja ela para qual fim for e apresentá-la ao
registro. O registrador ou seu preposto fará o registro e diligenciará, com
o objetivo de dar ciência pessoalmente ao destinatário do inteiro teor do
conteúdo do documento” (CAMARGO, 2017).
ATENCAO
236
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
237
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
3.3 COMPETÊNCIA
Já não há mais discussão que o Registro de Títulos e Documentos é a
serventia competente para enviar notificações extrajudiciais. Todavia, segundo
Demchuk (2020, p. 91), “[...] existia um conflito em relação às notificações judiciais
e os limites territoriais do Registro de Títulos e Documentos”.
Demchuk (2020, p. 91) levanta uma questão: “[...] será que um cartório
de São Paulo poderia enviar uma notificação para alguém domiciliado no Rio de
Janeiro”? E, nos convida a analisar a ementa do Superior Tribunal de Justiça (STJ):
238
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
Você pode perceber que houve uma grande alteração com relação a
“obrigatoriedade” da utilização do serviço registral, prestado pelo RTD, no
sentido de cumprir as notificações.
239
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Uma vez notificado, o devedor tem um prazo de trinta dias para purgar a
mora, ou seja, fazer o pagamento das prestações vencidas e das que se vencerem
até a data do efetivo pagamento, além, é claro, dos acréscimos com os juros
convencionados e das despesas com a notificação.
O devedor será notificado nos termos dessa lei, a qual dispõe nos
parágrafos 3ᵒ e 3ᵒ-A. do Art. 26:
240
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
241
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
FONTE: <https://www.community-posts.com/news/degree-certificate-attestation-of-
educational-documents.html>. Acesso em: 9 fev. 2021.
242
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/legal-advice-concept-lawyer-hand-
touching-1822691369>. Acesso em: 9 fev. 2021.
Acadêmico, a hora é agora, o tempo não volta a ser o que era antes, os
serviços nas serventias registrais, em especial no RTD estão se aperfeiçoando
porque é certo que não espaço para profissionais despreocupados. É preciso ser
criativo, eficiente, e se envolver com as mudanças tecnológicas.
5 CANCELAMENTO DO REGISTRO
A Lei de Registros Públicos dispõe, em seus Artigos 164-166, o tema “Do
Cancelamento” no que tange ao Registro de Títulos e Documentos. Geralmente
acontece com apresentação de documento particular, contendo a quitação ou
exoneração do credor em relação ao título registrado. Poderá ser cancelado em
virtude de sentença judicial, também.
243
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
244
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
LEITURA COMPLEMENTAR
Ricardo Dip
245
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
246
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
247
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
248
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
249
UNIDADE 3 — REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS
Certo que a tipicidade dos direitos reais não supõe símile tipificaçâo dos
fatos que os constituam; certo, ainda, que o registro imobiliário, nada obstante
sua tendencialidade para o direito real é, antes, uma fonte de convergência
de fatos relativos aos imóveis, pode verificar-se que o registro de títulos e
documentos configura, de modo dúplice, um sucedâneo do registro predial: ora
porque recepciona títulos aptificados a constituir direitos reais imobiliários, mas
não suscetíveis in abstracto, de registração predial, assim, controversamente,
o leasing; ora porque inscreve causas de direito creditício referente ao imóvel
(comodato, locação, proposta de venda, multipropriedade).
250
TÓPICO 3 — NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL / REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS NA ATUALIDADE / CANCELAMENTO
DO REGISTRO
251
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Pode se notificar, pelo RTD, o inquilino para lhe dar ciência do direito de
preferência, se o locador tiver a intenção de alienar o imóvel (vender, ceder,
prometer ceder ou dar em pagamento), embora essa notificação não seja
necessariamente obrigatória somente pelo RTD.
CHAMADA
252
AUTOATIVIDADE
I- Qualquer pessoa pode elaborar uma notificação, seja ela para qual fim for
e apresentá-la ao registro. O registrador ou seu preposto fará o registro e
diligenciará para cumpri-la.
II- O Oficial do Registro de Títulos e Documentos deve ir pessoalmente
entregar a NOTIFICAÇÃO no endereço do notificado, quando se tratar
de Alienação Fiduciária, ou seja, não pode ser um escrevente.
III- Com as atualizações na legislação de mercado de capitais, a última em
2014, não traz mais expressa que a mora poderá ser comprovada por carta
registrada expedida por intermédio de Cartório de Títulos e Documentos
ou pelo protesto do título, a critério do credor.
253
( ) A Lei nᵒ 6.766/79 (Lei do Parcelamento do Solo Urbano) dispõe que
para os casos de imóveis vendidos em parcelas, e, vencendo estas sem
pagamento, o devedor-adquirente será intimado a requerimento do
credor, pelo Oficial do Registro de Imóveis, a satisfazer as prestações
vencidas e as que se vencerem até a data do pagamento, os juros
convencionados e as custas de intimação. Na prática, essa “intimação”,
quer dizer a NOTIFICAÇÃO para constituir o devedor em mora e pode o
Oficial do Registro de Imóveis requerer que o RTD o faça.
( ) A Lei nᵒ 9.514/1997 inaugura no Brasil a Alienação Fiduciária sobre
imóvel. Há muito, os agentes financeiros, abandonaram a velha hipoteca
e passaram a emprestar dinheiro para a aquisição/construção da casa
própria ou para qualquer imóvel, apenas por essa modalidade de garantia
(alienação fiduciária). Esta lei dispõe: Vencida e não paga, no todo ou
em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á,
nos termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.
Para constituir em mora o devedor, a intimação far-se-á pessoalmente ao
fiduciante, que deverá ser realizada por preposto do agente financeiro
diretamente ao domicílio do adquirente-devedor.
( ) A Alienação Fiduciária sobre imóvel dispõe: Vencida e não paga, no todo
ou em parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á,
nos termos desse artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.
Para constituir em mora o devedor, a intimação far-se-á pessoalmente ao
fiduciante, ou ao seu representante legal ou ao procurador regularmente
constituído, podendo ser promovida, por solicitação do oficial do Registro
de Imóveis, por oficial de Registro de Títulos e Documentos da comarca
da situação do imóvel ou do domicílio de quem deva recebê-la, ou pelo
correio, com aviso de recebimento.
254
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA CNJ de notícias. Corregedoria prorroga provimentos relativos à
atuação dos cartórios na pandemia. Conselho Nacional de Justiça, Brasília,
DF, 29 de dez. 2020. Disponível em: http://www.irtdpjbrasil.com.br/cnj-
corregedoria-prorroga-provimentos-relativos-a-atuacao-dos-cartorios-na-
pandemia-cnj/. Acesso em: 9 fev. 2021.
255
BRASIL. Lei nᵒ 11.977, de 7 de julho de 2009. Dispõe sobre o Programa Minha
Casa, Minha Vida – PMCMV e a regularização fundiária de assentamentos
localizados em áreas urbanas; altera o Decreto-Lei no 3.365, de 21 de junho de
1941, as Leis nos 4.380, de 21 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de
1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida
Provisória no 2.197-43, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Brasília,
DF: Diário Oficial [da] União, 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11977.htm. Acesso em: 10 de jan. 2021.
256
BRASIL. Lei nᵒ 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento
do Solo Urbano e dá outras Providências. Brasília, 19 nov. 1979. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6766.htm. Acesso em: 8 fev. 2021.
257
CENTRAL NACIONAL de cartórios: registro de títulos e documentos. RTDPJ
BRASIL, Brasília, DF, c2021. Disponível em: http://www.rtdbrasil.org.br/.
Acesso em: 17 jan. 2021.
258
KOLBE JÚNIOR, A. Produção e preservação de documentos sigilosos. Curitiba:
Intersaberes, 2020.
LÔBO, P. Direito civil: v. 1: parte geral, 9. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020.
259
TÍTULOS e documentos. Cartório do 1ᵒ Ofício, Poxoréo, 2017. Disponível
em: https://www.cartoriorgipoxoreu.com.br/novo/titulos-e-documentos/
procedimentos-para-registro-de-titulos-e-documentos/. Acesso em: 9 fev. 2021.
TEIXEIRA, J. C. SPED: o que é, para que serve e como fazer (guia completo).
FIA – Fundação Instituto de Administração, São Paulo, 17 jan. 2019. Disponível
em: https://fia.com.br/blog/sped/. Acesso em: 9 fev. 2021.
260